Dermatopatias Infecciosas e Parasitárias - Parte III PDF
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CESMAC
Profa. Régia Ribeiro
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Este documento apresenta um resumo de dermatopatias infecciosas e parasitárias, com foco em micozes superficiais como pitiríase versicolor e tinea nigra. São analisados diferentes tipos de micozes, suas características clínicas e tratamentos. Inclui também informações sobre a identificação e tratamento das micoss.
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DERMATOPATIAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS PARTE III Profa. Régia Ribeiro Dermatologista MICOSES SUPERFICIAIS MICOSES SUPERFICIAIS Fungos que se localizam na epiderme e/ou anexos Invasão eventual da derme Contágio interpessoal frequente 4 grupos: Ceratofitoses...
DERMATOPATIAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS PARTE III Profa. Régia Ribeiro Dermatologista MICOSES SUPERFICIAIS MICOSES SUPERFICIAIS Fungos que se localizam na epiderme e/ou anexos Invasão eventual da derme Contágio interpessoal frequente 4 grupos: Ceratofitoses Dermatofitoses Dermatomicoses Candidíases CERATOFITOSES Essencialmente superficiais Queratina PITIRÍASE VERSICOLOR Universal, todas as raças, ambos os sexos Prevalência maior em adultos Climas quentes e úmidos Leveduras - Malassezia dermatis, M. furfur, M. equi, M. globosa, M. obtusa, M. pachydermatis, M. restricta, M. slooffiae e M. sympodialis Lípidio para crescimento em meio de cultura Saprófita e lipofílica Couro cabeludo, áreas ricas em glândulas sebáceas Assintomática, oportunista, agravante de DS Recorrência é comum – sudorese, produtos oleosos, predisposição, localização do fungo PITIRÍASE VERSICOLOR Clínica: Surgem a partir da estrutura pilossebácea Lesões arredondadas, ovaladas, podendo confluir com a evolução Hipocrômicas, eritematosas ou hipercrômicas, descamativas Sinal de Zireli +/Sinal de Besnier Prurido Metade superior do tronco e mmss, face, abdome, nádegas e mmii Diagnóstico: Clínico Exame direto – hifas curtas, curvas e largas + leveduras agrupadas (“espaguete com almôndegas”) Raspagem Fita gomada Cultura em óleo de oliva Lâmpada de Wood – coloração amarelo-ouro ao róseo-dourado PITIRÍASE VERSICOLOR Tratamento das formas localizadas: Shampoos de Cetoconazol 2%; Sulfeto de selênio 2,5%; Piritionato de Zn 2,5%; Associar ácido salicílico Bucha? Derivados imidazólicos em creme Tratamento das formas extensas/recidivantes: Itraconazol 200 mg/dia 5 a 7 dias Cetoconazol 200 mg/dia 10 dias Isotretinoína em subdose Profilaxia das recorrências frequentes: Inicia 30 dias após finalizar o tratamento, por 6 meses Cetoconazol 400 mg/mês; shampoos 2x/semana TINEA NIGRA Agentes Hortaea werneckii Phaeoanellomycis werneckii Sexo feminino, crianças Zonas tropicais e subtropicais Clínica: Mácula enegrecida, pequena, geralmente palmar, plantar ou bordas dos dedos Única ou poucas que coalescem Diagnóstico - clínico e dermatoscópico Tratamento Ceratolíticos Antifúngicos tópicos MICOSES SUPERFICIAIS 4 grupos: Ceratofitoses Dermafitoses Dermatomicoses Candidíases DERMATOFITOSES Grupo de fungos que vivem às custas da queratina da pele, pêlos e unhas Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum Tinea ou tinha Universal Zonas tropical e subtropical, clima quente e úmido Mais de 40 espécies - quadro clínico variável pela faixa etária Habitat – antropofílicos, geofílicos e zoofílicos Fontes de infecção – homem, alguns animais e solo CLÍNICA Tinea corporis Lesões eritematoescamosas, circinadas, isoladas ou confluentes, 1 ou +, crescimento centrífugo, borda mais ativa Aspecto concêntrico Vesícula, pústula, papulocrosta, placa eritematoescamosa EM da periferia da lesão Prurido Braços, face e pescoço CLÍNICA Tinea cruris Lesão eritematoescamosa Prega inguinal à coxa Pode avançar ao períneo, nádegas, região pubiana e hipogástrio Muito prurido – liquenificação Não acometimento da bolsa escrotal CLÍNICA Tinea pedis Forma aguda: eczematóide, vesículas plantares e digitais, bastante pruriginosa Forma intertriginosa: localização predominante nas pregas interpododáctilas, fissuras e maceração (Erisipela) Forma crônica: lesões descamativas, pouco pruriginosas, região plantar Simétrica ou não CLÍNICA Onicomicose Lesões destrutivas e esfarinhentas das unhas Inicia pela borda livre Coloração branco-amarelada Hiperceratose do leito ungueal Crônica 1 ou + unhas (preferentemente as dos háluces) Em geral, secundário ao plantar CLÍNICA Dermatofitose da face Peculiar Difícil dx Prurido discreto CLÍNICA Tinea capitis Cabelos invadidos e lesados Lesões eritematoescamosas no couro cabeludo Fios fraturados próximo à pele - áreas de tonsura Involução com o tratamento ou na puberdade Trifofítica- T. tonsurans Microspórica – M. canis Kerion Supuração CLÍNICA Tinea incógnita Uso de cco tópico ou sistêmico Mascarar Prurido + recidivas quando da suspensão do cco Confirmação pelo EM DIAGNÓSTICO Clínico Exame micológico direto – micélios e artrósporos Cultura – espécie Raspado ou fita gomada Luz de Wood nas tineas capitis Dermatoscopia nas tinhas capitis TRATAMENTO Varia com a forma clínica, localização e espécie Zoofílicas e geofílicas Processos inflamatórios mais intensos Fácil tratamento Cura espontânea Antropofílicas Dose maiores e tratamento mais longo Crônicas e recorrentes TRATAMENTO Tópico Solução: iodo 1% + ác. Salicílico 2% + ác benzóico 3% Terbinafina 1% Miconazol 2% Isoconazol 2% Tioconazol 1% Ciclopiroxolamina 1%, 8% Amolrofina 0,025%, 5% Vaselina salicilada 4% Uréia 20% Creme, loção, spray, pó, esmalte TRATAMENTO Sistêmico Tinea capitis – 60 dias Tinea corporis extensa – 20 dias Tinea pedis crônica – 45 dias Onicomicose – até anos... Itraconazol 100 mg/dia Fluconazol 150 mg/semana Terbinafina 250 mg/dia Griseofulvina 500 mg/dia Ingesta após a refeição Derivado imidazólico – lembrar da ingesta alcoólica !!! Não dispensa o uso tópico MICOSES SUPERFICIAIS 4 grupos: Ceratofitoses Dermafitoses Dermatomicoses Candidíases DERMATOMICOSES Fungos filamentosos não dermatófitos Onicomicoses Apresentação clínica semelhante , exceto se fungo demáceo Dx e tratamento semelhantes aos dermatófitos MICOSES SUPERFICIAIS 4 grupos: Ceratofitoses Dermafitoses Dermatomicoses Candidíases CANDIDÍASE Gênero Candida Micose produzida essencialmente pela Candida albicans (70 a 80%) – saprófita* Compromete, isolada ou conjuntamente, pele, mucosas e unhas e, raramente, outros órgãos Universal Alta frequência em RN, qualquer idade Certas profissões Oportunistas Modificações fisiológicas (gestante, DM), endocrinopatias, imunossupressão, uso prolongado de ATB/CCO/imunossupressores, umidade prolongada CLÍNICA Candidíase ungueal e periungueal Intensa lesão eritematoedematosa periungueal (paroníquia) Dolorosa Borda proximal da unha Quirodáctilos Contato com água Principal causa de paroníquia CLÍNICA Candidíase intertriginosa Dobras naturais – interdigitais, inframamárias, inguinais, axilares Erosões, fissuras, umidade, maceração Pequenas lesões satélites arredondadas eritematoescamosas Pústulas abacterianas Prurido CLÍNICA Queilite angular/Perlèche Lesões fissuradas nas comissuras labiais Uso de prótese Idosos RN Associação bacteriana CLÍNICA Candidíase oral RN Idosos Debilitados AIDS Lesões erosivas e esbranquiçadas DIAGNÓSTICO Exame direto – pseudo-hifas + esporos arredondados Cultura TRATAMENTO Considerar fatores predisponentes Paroníquia e intertrigo Fluconazol ou itraconazol VO + tópicos Dermatite de fraldas Higiene local, troca de fraldas Cremes de barreira, derivados imidazólicos +/- hidrocortisona 1% Exposição solar diária Candidíase oral Itraconazol ou Fluconazol VO Perlèche Antifúngico tópico + atb tópico, se necessário RECORRÊNCIAS Irregularidade no tratamento (frequência e dose) Falta de correção das causas Defeito de absorção Complicações inflamatórias (CCO) e bacterianas Resistência microbiana Reexposição Imunodeficiência