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FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Nadia Studzinski Estima de Castro A literatura infantil nas séries iniciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Explicar a importância do educa...

FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Nadia Studzinski Estima de Castro A literatura infantil nas séries iniciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Explicar a importância do educador no trabalho com a literatura infantil nas séries iniciais. Analisar a importância desenvolver na criança a imaginação e a fantasia, a partir de textos de literatura infantil. Reconhecer a importância do trabalho com textos literários como um mecanismo para desenvolver o gosto pela leitura. Introdução Neste capítulo, você vai ver como se dá o trabalho com a leitura nas séries iniciais e como a literatura infantil pode contribuir para a formação de leitores proficientes. Para começar, você vai verificar a importância da capacitação do educador para o trabalho com a literatura infantil nas séries iniciais. Você também vai ver por que é relevante desenvolver a imaginação e a fantasia das crianças e, por fim, vai conhecer meios de incentivar o trabalho com textos literários na escola. 1 A capacitação do educador A partir do domínio da leitura, os sujeitos se habilitam para participar ativa- mente do contexto social em que estão inseridos, transformando a realidade. Ou seja, a leitura é essencial para o exercício pleno da cidadania. Dessa forma, a escola, assim como a família, é responsável por criar situações de vivência e de experiência de leitura. A escola, portanto, desempenha o papel de oportunizar, para todos, o interesse pela leitura. A aproximação entre aluno e escola se dá por meio do educador, responsável direto por realizar o intermédio entre o texto e o edu- 2 A literatura infantil nas séries iniciais cando, tendo como base a sua própria formação. Tal formação deve ser pautada no trabalho com o texto e focar o desenvolvimento de sujeitos leitores. Isso se inicia nas séries iniciais e deve ser realizado ao longo de toda a trajetória escolar. Logo, a capacitação do educador para o trabalho com a literatura infantil nas séries iniciais é fundamental. Afinal, a leitura deve ser uma prática estabelecida em sala de aula, e o professor é responsável viabilizá-la. Portanto, para a formação de leitores, é fundamental que o professor esteja preparado. Ele servirá como exemplo para os seus alunos e será responsável por motivar a leitura. Veja o que afirma Solé (1998, p. 116): O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda os diversos textos que se propõe a ler. É um processo interno, porém deve ser ensinado. Uma primeira condição para aprender é que os alunos possam ver e entender como faz o professor para elaborar uma interpretação do texto: quais as suas expec- tativas, que perguntas formula, que dúvidas surgem, como chega à conclusão do que é fundamental para os objetivos que o guiam, que elementos toma ou não do texto, o que aprendeu e o que ainda tem de aprender... em suma, os alunos têm de assistir a um processo/modelo de leitura, que lhes permita ver as “estratégias em ação” em uma situação significativa e funcional. Como você viu, Solé (1998) explica que os alunos devem assistir a um modelo de leitura para que entendam as dinâmicas postas em uso no processo de leitura. Há codificação, decodificação, interpretação e ação em relação ao texto. Essas práticas podem ser demonstradas pelo professor, que as exemplifica para que os alunos, como leitores, compreendam os diversos textos e saibam agir conforme as solicitações de cada tipo de texto. A formação docente deve fazer com os professores sejam multiplicadores da consciência da importância do ato de ler. Veja o que afirma Nóvoa (1992, p. 27): A formação pode estimular o desenvolvimento profissional dos professores, no quadro de uma autonomia contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas na implementação das políticas educativas. Nesse contexto, é necessária uma formação de professores articulada com a leitura. Ou seja, é básico que, na formação do professor, a leitura esteja presente; mas, mais do que isso, a leitura deve ser estudada de forma atenta. A literatura infantil nas séries iniciais 3 Ou seja, a perspectiva metodológica dessa atividade deve ser abordada na formação docente. Apenas com essa reflexão é possível perceber a leitura como significativa. Mas o que significa uma abordagem metodológica da leitura? Significa que, no processo de formação docente, os indivíduos devem ser expostos à diversidade oferecida pelas literaturas e que também devem conhecer as possi- bilidades de trabalho em sala de aula com cada uma delas. Em se tratando das séries iniciais, por exemplo, o docente em formação deve conhecer as leituras indicadas para essa etapa e as metodologias adequadas para a formação de leitores. Conforme reforçam Farias e Bortolanza (2012, p. 36), “[...] o professor é o agente organizador das práticas educativas em sala de aula, é a ele que se atribui o sucesso ou o fracasso da aprendizagem da leitura [...]”. Para saber mais sobre a formação do professor leitor, assista ao vídeo disponível no link a seguir. Nele, Mario Sergio Cortella fala sobre a importância da formação contínua de docentes para a capacitação de professores leitores. https://qrgo.page.link/mK655 2 A imaginação, a fantasia e a literatura infantil A imaginação e a fantasia são elementos importantes na formação da criança. Mas você sabe por quê? Em que sentido esses elementos contribuem para a formação e para o desenvolvimento infantil? E como é possível estimular a imaginação e a fantasia no mundo da criança? Essas perguntas devem ser trabalhadas na formação docente para que o futuro professor, responsável por formar leitores, tenha em mente a importância desses elementos e busque estratégias diversificadas para utilizar em sala de aula, a fim de motivar nos alunos a imaginação, a fantasia e a criatividade. Uma aliada nessa tarefa é a literatura. O indivíduo estabelece contato com a atividade de criar já na primeira infância, embora isso varie de acordo com o contexto em que a criança está inserida. Mas, independentemente das condições oferecidas, a criança de- senvolve a sua criatividade — da forma que for possível e com os recursos 4 A literatura infantil nas séries iniciais disponíveis. A atividade de criar é mais intensa na fase que se estende dos 2 aos 7 anos. Nessa fase, a criação está relacionada com a imaginação e a fantasia. De acordo com a proposta de Piaget (1994) para o desenvolvimento da criança, existem fases que são observáveis. A segunda delas, que interessa especialmente aqui, compreende a passagem do período sensório-motor para o que Piaget (1999) denomina de “período pré-operatório”. Ou seja, é nessa etapa que se identifica o surgimento da função simbólica ou semiótica. Ou seja, é a etapa emergente da linguagem. Para Piaget (1994), são identificáveis quatro períodos no processo de desenvolvimento humano. São eles: 1. sensório-motor (0 a 2 anos); 2. pré-operatório (2 a 7 anos); 3. operações concretas (7 a 11 ou 12 anos); 4. operações formais (11 ou 12 anos em diante). É na fase pré-operatória que os estímulos ao desenvolvimento da linguagem devem ser intensos. Ao professor, por exemplo, cabe oferecer o contato com os mais diversos textos para motivar a criança, pois o desenvolvimento da linguagem promove modificações importantes no próprio processo cognitivo dela. Além disso, o trabalho com a linguagem se relaciona ao desenvolvimento afetivo e social, pois a linguagem possibilita mais intensidade nas interações entre os indivíduos. Nessa fase, é importante trabalhar com representações para que a criança seja motivada a atribuir significados à realidade que a cerca. É nessa fase, sobretudo, que a criança desenvolve a imaginação e a memória. Dessa forma, torna-se evidente que o trabalho com a literatura é imprescin- dível nessa etapa. Nesse estágio simbólico em que a criança se encontra, há egocentrismo, pois ela não percebe o mundo para além dela mesma; tudo no mundo é dela: “meu papai”, “minha mamãe”, “meu livro”, “meu carro da minha mamãe”, etc. Portanto, com a inserção da literatura, do mundo da imaginação e da fantasia, o professor estimula o desenvolvimento da linguagem e também amplia a capacidade de socialização da criança pelo uso da linguagem; isso deve ser praticado por meio da contação de histórias, dos desenhos e das dramatizações. A literatura infantil nas séries iniciais 5 Na fase pré-operatória, a criança já é capaz de simbolizar e de evocar ob- jetos que estão ausentes; ou seja, ela maximiza a sua habilidade de diferenciar significante e significado. Assim, a criança começa a distanciar o sujeito do objeto, criando imagens mentais, isto é, a criança consegue imitar gestos e situações, mesmo que não esteja na presença de modelos. E isso significa ima- ginar, fantasiar e criar. Por isso é tão importante utilizar os textos infantis para motivar a imaginação e a fantasia, considerando que nesse período a criança desenvolve a linguagem e passa progressivamente de uma fase egocêntrica (pré-operatória) para uma fase em que tem a inteligência concreta e é capaz de realizar ações interiorizadas. Ou seja, com a inserção da literatura, com o incentivo ao desenvolvimento da imaginação e da fantasia, a criança desenvolve a capacidade de estabelecer relações com os outros e com o mundo a partir da observação de diferentes pontos de vista. O mundo dos textos infantis é importante para que a criança consiga ra- ciocinar de forma mais coerente. No seu desenvolvimento inicial, ela entende tanto os esquemas conceituais como as ações que executa mentalmente, mas na fase pré-operatória é preciso que a criança seja estimulada para compreender que é possível executar ações mentalmente. Por exemplo, é possível apresentar a ela dois palitos de tamanhos diferentes e pedir que indique qual é o maior. Na fase pré-operatória, ela vai manipular os dois palitos para indicar a resposta correta; na fase operatória, ela vai desenvolver esse raciocínio mentalmente, pois “imagina” os dois palitos e realiza a comparação sem precisar manuseá- -los. Portanto, quanto mais a criança tiver contato com os textos infantis, mais imagens mentais, a partir da imaginação e da fantasia, ela vai criar; consequentemente, vai observar mais atentamente o mundo que a cerca. Nesse contexto, então, está em jogo, por exemplo, a capacidade de uma criança de pegar uma espiga de milho, transformá-la em uma boneca e (re)contar uma história. A imaginação e a fantasia são as atividades criadoras dessa fase. Os personagens, os contextos e o mundo dos textos infantis são importantes para motivar o desenvolvimento da fase de criação. A imaginação e a fantasia estão ligadas à criação de imagens mentais; é por isso que objetos comuns, como uma vassoura ou uma espiga de milho, podem ser interpretados e transformados pela imaginação, pela fantasia e pela criatividade da criança. O professor deve saber valorizar a imaginação infantil, pois ela é aliada da criatividade. 6 A literatura infantil nas séries iniciais 3 O trabalho com os textos literários A escola deve possibilitar que a criança entre em contato com os textos literários desde o início do seu ingresso nesse ambiente. Isso significa que a escola e o professor devem oportunizar o manuseio de diferentes textos, a escuta de diferentes histórias e a possibilidade de as crianças (re)contarem as histórias que manipulam. Os livros e as histórias mostram para as crianças a amplitude do mundo da fantasia e da imaginação, algo que elas trazem para a escola, pois faz parte da etapa do seu desenvolvimento. Logo, a escola deve ampliar o contato com esses elementos para incentivar nos alunos o interesse pela leitura, consequentemente incentivando a formação de sujeitos leitores. Para trabalhar com os textos literários, é importante valorizar as situações em que as crianças, mesmo aquelas com dificuldades para aprender a ler ou que ainda não estejam alfabetizadas, narrem as histórias a partir da sua imaginação. As figuras representativas nas histórias (desenhos, ilustrações, etc.) possibilitam que a criança conte histórias infinitas para além daquela apresentada pelas palavras do autor. Essa é uma atividade que desperta o interesse por descobrir o desconhecido, por desvendar o que as letras podem estar contando sobre as ilustrações observadas. Isso motiva a criança a aprender a ler para saber o que está escrito naquelas linhas. Uma excelente estratégia para incentivar o desenvolvimento de sujeitos leitores, considerando a fase pré-operacional, é selecionar determinado texto e contar a sua história para as crianças, inclusive utilizando elementos concretos para encenar a trama. Por exemplo, você pode contar a história de uma fazenda utilizando um cenário rural (pode ser uma maquete produzida com material reciclado), com representações de animais. Depois, possibilite que as crianças recontem a história manipulando os elementos e recriando o enredo a partir da construção mental que fizeram do que ouviram. Assim, as imagens mentais são trazidas para o concreto e a criança faz uso da imaginação, da fantasia e da criatividade. A literatura infantil nas séries iniciais 7 O professor, como intermediário entre o texto e a criança, deve considerar o seguinte: [...] para formar um leitor é imprescindível que entre a pessoa que lê e o texto se estabeleça uma espécie de comunhão baseada no prazer, na identificação, no interesse e na liberdade de interpretação. É necessário também que haja esforço, e este se justifica e se legitima justamente através dessa comunhão estabelecida (AZEVEDO, 2004, p. 39). Dessa forma, o professor serve como modelo para a formação de leitores. Ele lê e demonstra o interesse, a beleza, os elementos, a palavra, a emoção, entre outros atrativos, a partir da leitura oral, da escrita e da contação de histórias. Considere o seguinte: Ao ler uma história, a criança também desenvolve todo potencial crítico. A partir daí, ela pode pensar, dividir, perguntar, questionar [...] Pode se sen- tir inquieta, cutucada, querendo saber mais e melhor ou percebendo que se pode mudar de opinião [...] E isso não sendo feito uma vez ao ano [...] Mas fazendo parte da rotina escolar, sendo sistematizado, sempre presente — o que não significa trabalhar em cima dum esquema rígido e apenas repetitivo (ABRAMOVICH, 1999, p. 143). Para isso, o professor deve utilizar a maior variedade possível de textos, sempre adequados a cada uma das etapas de ensino. A seguir, veja exemplos de textos adequados às séries iniciais. Marcelo, Marmelo, Martelo (2011): escrito por Ruth Rocha e ilustrado por Adalberto Cornavaca, reúne três contos que contam histórias do cotidiano a partir da inserção de personagens infantis que enfrentam impasses de forma criativa e com muita imaginação. A Borboleta Azul (2008): escrito e ilustrado por Nicolas Van Pallandt e traduzido por Gilda de Aquino, o livro conta a história de um urso que avista uma linda borboleta e que a acompanha em diferentes cenários. A Galinha que Sabia Nadar (2008): escrito e ilustrado por Paul Adshead e traduzido por Gilda de Aquino, essa obra conta a história de uma pata que foi criada por uma galinha. Ao longo da trajetória da personagem, ela percebe as diferenças e busca autoconhecimento. O objetivo da história é trabalhar com temas como: adoção, autoconhecimento e aceitação das diferenças. 8 A literatura infantil nas séries iniciais Os Três Lobinhos e o Porco Mau (2011): escrito por Eugene Trivizas, ilustrado por Helen Oxenbury e traduzido por Gilda de Aquino, esse é um excelente livro para trabalhar em paralelo com outro: Os Três Porquinhos (MACHADO, 2004). O autor inverte os papéis do lobo mau e dos porquinhos: quem era caçador vira caça e vice-versa. Contudo, é mantida a separação entre os personagens bons e maus, bobos e espertos, mas com outro ponto de vista. É a reinvenção de uma história para gerar muita conversa em sala de aula. Essas são apenas algumas sugestões de leitura, pois o mundo dos textos literários é vasto. É importante que o professor observe os seus alunos a cada ano que receber a regência de uma turma nova. Afinal, as necessidades são diferentes e os textos não podem ser sempre os mesmos; o trabalho com o texto não pode ser mecânico e uniforme. O professor deve considerar que as histórias ampliam o diálogo; portanto, sempre que surgir alguma situação que precisa ser trabalhada em sala de aula, ele deve recorrer a textos que ofereçam aos alunos diferentes pontos de vista, motivando debates e promovendo a formação de leitores. Leia a dissertação Como a prática de leitura da literatura em sala de aula pode contribuir na formação da criança leitora: relatos de uma professora (EVANGELISTA, 2015), disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/E5gQe A literatura infantil nas séries iniciais 9 ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5. ed. São Paulo: Scipione, 1989. ADSHEAD, P. A galinha que sabia nadar. São Paulo: Brinque Books, 2008. AZEVEDO, R. Formação de leitores e razões para a literatura. In: SOUZA, R. J. (org.). Caminhos para a formação do leitor. São Paulo: DCL, 2004. EVANGELISTA, C. B. Como a prática de leitura da literatura em sala de aula pode contribuir na formação da criança leitora: relatos de uma professora. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campi- nas, 2015. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/254046/1/ Evangelista_CristianeBegalli_M.pdf. Acesso em: 01 fev. 2020. FARIAS, S. A.; BORTOLANZA, A. M. E. O papel da leitura na formação do professor: concepções, práticas e perspectivas. Revista Poíesis Pedagógica, Catalão, v. 10, n. 2, p. 32–46, 2012. MACHADO, A. M. Os três porquinhos. Porto Alegre: FTD, 2004. NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. Lisboa : Dom Quixote, 1992. PALLANDT, N. V. A borboleta azul. São Paulo: Brinque Books, 2008. PIAGET, J. A vida e o pensamento do ponto de vista da psicologia experimental e da epis- temologia genética. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994. PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. ROCHA, R. Marcelo, marmelo, martelo. 2. ed. São Paulo: Salamandra, 2011. SOLÉ, I. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. TRIVIZAS, E. Os três lobinhos e o porco mau. São Paulo: Brinque Book, 2011. Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.

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