Opções Terapêuticas para Feridas - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra PDF

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Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

LUÍS PAIVA

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feridas tratamento de feridas enfermagem saúde

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Este documento apresenta as opções terapêuticas para o tratamento de feridas, descrevendo a avaliação global do utente, a caracterização da ferida, a limpeza e os cuidados à pele perilesional. Fornece uma visão geral sobre os fatores a considerar, as técnicas e os produtos utilizados nas diferentes etapas do tratamento, considerando diferentes tipos de feridas.

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Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Opções Terapêuticas no Tratamento de Feridas LUÍS PAIVA Em colaboração com: DiogodosSantosNeves Enf.º no CMRRC-Rovisco Pais Tratamento de Ferida...

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Opções Terapêuticas no Tratamento de Feridas LUÍS PAIVA Em colaboração com: DiogodosSantosNeves Enf.º no CMRRC-Rovisco Pais Tratamento de Feridas Manuscritos egípcios que datam de 3000-2500 a.C. revelam os primeiros tratamentos a feridas: Mel; Graxa; Fios de linho; Diversos tipos de excremento; Vinho. Tratamento de Feridas Porquê? Tratamento de Feridas Porquê? Proteção da ferida; Prevenção de contaminação; Promoção do ambiente ideal à cicatrização. Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente Historial médico e social completo; Exame clínico onde inclua: fatores que possam condicionar a cicatrização; avaliação vascular no caso de feridas nas extremidades; exames laboratoriais e imagiológicos. Nutrição; Dor relacionada com a ferida; Risco de desenvolver novas feridas; Saúde mental, comportamento e capacidade cognitiva; Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente Sistemas de apoio social e financeiro; Capacidade funcional, mobilidade e postura e possível necessidade de ajudas técnicas; Realiza manobras de alívio e redistribuição da pressão; Conhecimento acerca da prevenção e tratamento de feridas; Capacidade em aderir ao plano de prevenção e tratamento. (NPUAP, EPUAP e PPPIA , 2014) Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente 2. Avaliação e caracterização da ferida Tratamento de Feridas 2. Avaliação e caracterização da ferida Etiologia; Localização; Dimensões; Existência de locas, fístulas e/ou trajetos fistulosos; Exsudado; Odor; Dor; Tipo de tecido/ leito da ferida; Bordos da ferida e pele peri-lesional; Sinais de colonização crítica/ infeção. (Gomes et al., 2011) Tratamento de Feridas 2. Avaliação e caracterização da ferida Diagnóstico Diferencial Lesão por Pressão Lesão por Humidade Lesão limitada a um ponto Pontos superficiais e difusos Feridas circulares ou com forma Formas irregulares regular Lesões podem ser profundas, Lesões superficiais, não existe necrose existe necrose Bordos distintos Bordos difusos e irregulares Fonte: PUCLAS 2 (2006) Tratamento de Feridas 2. Avaliação e caracterização da ferida Diagnóstico Diferencial Lesão por Pressão Lesão por Humidade Lesão limitada a um ponto Pontos superficiais e difusos Feridas circulares ou com forma Formas irregulares regular Lesões podem ser profundas, existe Lesões superficiais, não existe necrose necrose Bordos distintos Bordos difusos e irregulares Fonte: PUCLAS 2 (2006) Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente 2. Avaliação e 3. Limpeza da caracterização da ferida ferida Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida Objetivos: Remoção dos detritos orgânicos e inorgânicos; Redução da carga bacteriana; Favorecer a cicatrização; Permite uma melhor visualização e avaliação da ferida. Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida Técnicas de limpeza: Mecânica (esfregar a ferida com compressa): Ajuda na remoção de detritos da ferida, mas existe uma redistribuição da carga bacteriana; Irrigação: Baixa pressão, utilizando uma seringa sem agulha ou soros já preparados para irrigação; Alta pressão, utilizando uma seringa de 30-50ml com agulha 18-20G, indicado em feridas infetadas e criticamente colonizadas; Imersão e chuveiro: Promove limpeza e hidratação da pele circundante; Indicado em úlceras da perna e queimaduras. Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida Solutos utilizados: Soro Fisiológico (cloreto de sódio 0,9%); Lactato de Ringer; Água potável. Considerar o uso de solução de surfactante e/ou solução antimicrobiana na limpeza de feridas com detritos, infeção confirmada, suspeita de infeção ou com colonização crítica; (NPUAP, EPUAP e PPPIA , 2014) Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida Evitar uso de soluções antissépticas citotóxicas: Solução de hipoclorito; Solução de Iodopovidona; Solução de Peróxido de hidrogénio; Solução de Clorohexidina. O antisséptico ideal será: não tóxico, não sensibilizante e não alcoólico: Solução de Polihexamida (Prontosan); Solução de Hiperoxidada (Dermacyn); Solução de Octenidina (Octiset) Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida A temperatura da solução de limpeza deve ser aproximada à temperatura corporal (37ºC), uma vez que soluções de limpeza frias podem retardar o normal processo de cicatrização até 4 horas. Tratamento de Feridas 3. Limpeza da ferida Desbridamento: Cirúrgico; Autolítico; Químico/E nzimático; Mecânico; Biológico. Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente 2. Avaliação e 3. Limpeza da caracterização da ferida ferida 4. Cuidados à pele perilesional Tratamento de Feridas 4. Cuidados à pele perilesional Uma pele circundante íntegra favorece a epitelização e encerramento da ferida; A sua boa condição é decisiva na rápida migração do tecido epitelial; Alterações como maceração, eritema, edema, eczema ou celulite são prejudiciais para o processo de cicatrização; O seu diagnóstico e tratamento são cruciais já que podem ser indicativos de alterações no processo cicatricial, tratamento local inadequado ou cuidados adicionais inexistentes. Tratamento de Feridas 4. Cuidados à pele perilesional Produtos utilizados: Cremes barreira: Apresentam-se, tradicionalmente, sob a forma de cremes que contêm uma emulsão, que pode conter vários constituintes, sendo o óxido de zinco predominante; Forma uma camada lipídica protetora prevenindo/tratando a maceração da pele; Exemplos: Halibut, Mitosyl, Medihoney. Tratamento de Feridas 4. Cuidados à pele perilesional Produtos utilizados: Polímeros acrílicos: Constituídos por combinações de um copolímero acrílico, não contendo álcool; Apresentam-se sob a forma de spray, gel, toalhitas e creme; Formam uma camada semi-permeável, permitindo as trocas gasosas e evitam o contato com fluidos e bactérias; Indicado em irritação da pele, na pele peri-estomal e perilesional; Exemplos: Askina Barrier Film, Cavilon. Tratamento de Feridas 4. Cuidados à pele perilesional Produtos utilizados: Ácidos gordos hiperoxigenados: Compostos por ácidos gordos essenciais (ácido linoleíco) submetidos a um processo de hiperoxigeção; Apresentam-se sob a forma de spray e emulsão; Permitem melhorar a resistência da pele, reparam a epiderme superior, restabelecem a circulação capilar e têm efeito hidratante; Exemplos: Linovera, Corpitol. Tratamento de Feridas 1. Avaliação global do utente 2. Avaliação e 3. Limpeza da caracterização da ferida ferida 4. Cuidados à 5. Opções pele perilesional terapêuticas Opções Terapêuticas Fatores a considerar na escolha do tratamento: Capacidade em manter a húmidade no leito da ferida; Necessidade de reduzir a carga bacteriana; Características e quantidade de exsudado; Tipo de tecido presente no leito da ferida; Estado da pele perilesional; Tamanho, profundidade e localização da ferida; Presença de locas e/ou trajetos fistolosos; Objetivos pessoais do utente para com a ferida. (NPUAP, EPUAP e PPPIA , 2014) Opções Terapêuticas Remover o excesso Impermeável às Servir em todas as de humidade bactérias fases da cicatrização Manter a Manter a Penso humidade temperatura ideal Remoção Existe? Permitir trocas sem trauma gasosas Sem partículas ou contaminantes tóxicos Penso ideal - Turner Proporcionar um meio húmido Remover o excesso de exsudado Permitir as trocas gasosas Manter a temperatura ideal Proteger o leito da ferida dos microorganismos Proteger a ferida de partículas e contaminantes tóxicos Remover sem trauma Penso ideal – Outros critérios Fácil utilização Manter a integridade da pele circundante De acordo com a opção do doente – parceiro essencial no tratamento Custo - efectivo ……….. Selecção Localização Quantidade do exsudado Profundidade Fase da cicatrização Provimento Adesão do doente Selecção Parâmetros de desempenho Absorção Propriedades adesivas (aderência) Retenção da húmidade Oclusão Permeabilidade Frequência da mudança do penso Fácil de usar Segurança Eficácia Custo-efectividade Opções Terapêuticas Controlo do odor Carvão Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilato impregnado Granulantes/ Epitelizantes Hidrocolóides /Películas Interfaces Gazes impregnadas / Silicones Promotores da cicatrização Ácido hialurónico / Colagénio Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Colagenase Composição: Pomada constituída por Colagenase Clostridiopeptidase e pequenas quantidades de outras peptidases. Mecanismo de ação: Agente desbridamento enzimático; Centra a sua ação na quebra das fibras de colagénio que prendem o tecido necrótico à ferida; Promove a formação de novo colagénio. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Colagenase Indicações: Desbridamento enzimático de tecido desvitalizado; Queimaduras superficiais (1º e 2º grau); Não usar em feridas pouco exsudativas de forma isolada. Combinar com hidrogel garantindo a manutenção da humidade no leito da ferida; Necessita de penso secundário que mantenha o ambiente húmido. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Colagenase Frequência de tratamento: De 24 em 24 horas, se ambiente da ferida húmido; Pode permanecer até 48 horas no leito da ferida caso esteja garantido o ambiente húmido. Exemplos: Ulcerase. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Hidrogel Composição: Gel amorfo constituído por polímeros com elevada percentagem de água (70% a 95%), sob a apresentação de gel ou apósito. Mecanismo de ação: Hidrata os tecidos do leito da ferida promovendo a granulação e epitelização; O ambiente húmido criado potencia a autolise e remoção do tecido desvitalizado. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Hidrogel Indicações: Desbridamento autolítico de tecido desvitalizado; Hidratação de queimaduras de 1º e 2º grau; Hidratação de feridas pouco exsudativas; Pode ser combinado com produtos de ação enzimática, como forma de fomentar um ambiente húmido favorável à ação enzimática; Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Hidrogel Indicações: Evitar o uso em feridas muito exsudativas; Proteger os tecido circundantes da humidade; Necessita do uso de penso secundário. Frequência de tratamento: Depende do grau de exsudação da ferida, mas nunca ultrapassar os 3 dias. Exemplos: Askina Gel, Intrasite Gel, Nu-Gel e Hydrosorb. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Poliacrilato com solução de Ringer Composição: Penso de poliacrilato superabsorvente, pré-ativado com solução de Ringer. Mecanismo de ação: A solução de Ringer desbrida autoliticamente os tecidos desvitalizados; O poliacrilato absorve o exsudado e os detritos resultantes do desbridamento; Graças à presença dos eletrólitos presentes na solução de Ringer existe uma estimulação da proliferação celular e da granulação. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Poliacrilato com solução de Ringer Indicações: Quando a ferida requer limpeza ativa e tratamento de reativação; Feridas com dificuldade de cicatrização ou estagnadas; Feridas muito exsudativas; Pode ser usado em feridas infetadas; Necessita de uso de penso secundário. Opções Terapêuticas Desbridamento Colagenase/ Hidrogel/ Poliacrilatos Poliacrilato com solução de Ringer Frequência de tratamento: Poliacrilato simples: 24 em 24 horas; Poliacrilato “plus”: 72 em 72 horas. Exemplos: TenderWet Active, TenderWet Plus. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Hidrofibras Composição: Composto por fibras de carboximetilcelulose sódica com elevado poder de absorção. Mecanismo de ação: Apresentam grande capacidade de absorção, cerca de 30 vezes o seu peso; A absorção faz-se verticalmente, para o interior das fibras, prevenindo a maceração dos bordos; Em contato com o exsudado transforma-se em gel proporcionando um ambiente húmido, ótimo para promover o desbridamento autolítico. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Hidrofibras Indicações: Em feridas que se apresentem muito exsudativas; Em feridas cavitárias; Necessita do uso de penso secundário. Frequência do tratamento: Mudar penso apenas quando se apresentar saturado/gelificado (até 7 dias). Exemplos: Aquacel. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Alginatos Composição: Polissacarídeos derivados de extratos de algas marinhas, consituídos por sais de alginato de cálcio e/ou sódio. Apresenta-se em penso e em tiras. Mecanismo de ação: Absorção por capilaridade do exsudado, entre 10-20 vezes o seu peso; Transforma-se em gel ao absorver o exsudado promovendo um meio húmido, favorecendo o processo cicatricial; Apresentam ação hemostática. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Alginatos Indicações: Feridas muito ou moderadamente exsudativas; Feridas sangrantes; Pode ser usado em feridas cavitárias; Necessita de penso secundário. Frequência do tratamento: Mudar penso apenas quando se apresentar saturado/gelificado (até 7 dias). Exemplos: Askina Sorb, Sorbalgon, Kalginate. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Espumas de poliuretano Composição: Constituídas por poliuretano associado a uma estrutura hidrofílica não aderente e não oclusiva. Apresentam-se com e sem rebordo adesivo e em tiras. Mecanismo de ação: Apresentam grande capacidade de absorção e retenção do exsudado, diminuindo o risco de maceração da pele perilesional. Mantém o ambiente húmido. Opções Terapêuticas Controlo do exsudado Alginatos / Carboximetilcelulose/ Espumas Espumas de poliuretano Indicações: Feridas exsudativas; Pode ser usado em feridas em granulação e epitelização; Feridas cavitárias. Frequência do tratamento: Deve ser mantido até ao limite da sua saturação (máximo 7 dias). Exemplos: Askina foam, Allevyn, Permafoam. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pasta de alginato de prato Composição: Pasta composta por matriz de alginato de prata iónica. Mecanismo de ação: A absorção do exsudado para a matriz de alginato leva à quebra das suas ligações e consequente libertação controlada da prata iónica ativa para o leito da ferida. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pasta de alginato de prato Indicações: Indicado em feridas infetadas ou em risco de infetar; Feridas de pé diabético; Queimaduras de 2º grau. Necessita de penso secundário. Frequência do tratamento: De 3 a 7 dias conforme o grau de exsudação da ferida. Exemplos: Askina Calgitrol Paste. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pensos impregnados com PHMB ou em gel Composição: PHMB é uma substância química sintética com uma estrutura semelhante aos péptidos antimicrobianos e apresenta um largo espetro de ação; Apresenta-se na forma de penso, gel ou solução. Mecanismo de ação: Promove a perda da integridade da membrana celular dos microrganismos presentes na ferida, através da interação com os fosfolípidos, induzindo a sua inviabilidade celular. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pensos impregnados com PHMB ou em gel Indicações: Feridas infetadas ou criticamente colonizadas. Frequência do tratamento: Depende do tipo de apresentação utilizada e do grau de exsudação da ferida. Exemplos: Prontosan, Prontosan gel, Suprasorb X+PHMB. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pensos com mel Composição: Mel filtrado e tratado com radiações gama associado a gases. Apresenta-se na forma de gel, apósitos com e sem rebordo e pasta. Mecanismo de ação: A glucose oxidase transforma a glucose em ácido glucónico e peróxido de hidrogénio, resultando numa elevada osmolaridade e atividade enzimática, que promove a ação antibacteriana; Promove o desbridamento autolítico. Opções Terapêuticas Controlo da infecção Polihexanida/ Prata/ Iodo/ Mel Pensos com mel Indicações: Feridas infetadas; A maioria das apresentações exige penso secundário. Frequência do tratamento: Depende do grau de exsudação e do penso secundário usado (até 7 dias). Exemplos: L-Mesitran, Medyhoney, Algivon. Opções Terapêuticas Controlo do odor Carvão Pensos de carvão ativado com prata Composição: Penso constituído por uma membrana que envolve uma camada central de compressa impregnada com carvão. Mecanismo de ação: Adsorve toxinas e os produtos de degradação da ferida responsáveis pela produção de odor; As bactérias são atraídas para o seu interior onde são destruídas pela atividade antimicrobiana da prata. Opções Terapêuticas Controlo do odor Carvão Pensos de carvão ativado com prata Indicações: Feridas com odor intenso; Feridas infetadas ou colonizadas criticamente; Feridas em contexto de cuidados paliativos. Frequência do tratamento: Mudar quando saturado, não ultrapassando os 7 dias. Exemplos: Actisorb Silver. Opções Terapêuticas Granulantes/ Epitelizantes Hidrocolóides /Películas Hidrocolóides Composição: Mistura de gelatina, pectina, carboximetilcelulose e revestimento de poliuretano; Apresentam-se sob a forma de apósito ou pomada. Mecanismo de ação: Em contato com o exsudado é formado um gel, de cor e odor desagradáveis promovendo um meio húmido e desbridamento autolítico; Possuem baixa a moderada capacidade de absorção do exsudado. Opções Terapêuticas Granulantes/ Epitelizantes Hidrocolóides /Películas Hidrocolóides Indicações: Feridas pouco a moderamente exsudativas; Em granulação e epitelização; Prevenção de áreas sujeitas a fricção; Contraindicadas em feridas infetadas. Frequência do tratamento: Depende do grau de exsudação da ferida, sendo a permanência máxima de 7 dias. Exemplos: Askina hydro, Hydrocoll, Varihesive gel control. Opções Terapêuticas Granulantes/ Epitelizantes Hidrocolóides /Películas Películas Composição: Constituídas por uma fina camada transparente de poliuretano simples, silicone ou hidrocolóide. Mecanismo de ação: Formação de um filme semipermeável, permitindo as trocas gasosas entre a pele e o exterior; Evita o contato com fluidos e bactérias. Opções Terapêuticas Granulantes/ Epitelizantes Hidrocolóides /Películas Películas Indicações: Pode ser utilizado como penso primário na fase final da granulação, flictenas, fase de epitelização, proteção da pele contra a fricção; ou como penso secundário para fixar outros pensos Frequência do tratamento: Depende do grau de exsudação da ferida, podendo permanecer até 7 dias. Exemplos: Askina derm, Opsite, Askina biofilme transparent. Opções Terapêuticas Interfaces Gazes impregnadas Tules impregnados Composição: Constituídos por fibras impregnadas com substâncias gordas (parafina, vaselina ou petrolato). Existem com várias associações, inclusive prata. Mecanismo de ação: As suas propriedades hidrofóbicas diminuem a aderência ao leito da ferida facilitando a remoção do penso de forma a preservar o tecido de granulação. Opções Terapêuticas Interfaces Gazes impregnadas Tules impregnados Indicações: Feridas com tecido de granulação; Zonas dadoras de enxerto; Necessitam de penso secundário. Frequência do tratamento: Pode permanecer no leito da ferida até 7 dias. Exemplos: Atrauman, Adaptic, Hydrotull. Opções Terapêuticas Interfaces Gazes impregnadas Pensos de silicone Composição: Compostos por materiais ou fibras hidrofóbicas em silicone. Mecanismo de ação: As suas propriedades hidrofóbicas diminuem a aderência ao leito da ferida facilitando a remoção do penso de forma a preservar o tecido de granulação. Opções Terapêuticas Interfaces Gazes impregnadas Pensos de silicone Indicações: Feridas com tecido de granulação; Zonas dadoras de enxerto; Necessitam de penso secundário. Frequência do tratamento: Podem permanecer no leito da ferida até 7 dias (alguns têm indicação até 14 dias). Exemplos: Askina SilNet, Mepitel, Adaptic Touch, Episil. Opções Terapêuticas Promotores da cicatrização Ácido hialurónico / Colagénio Colagénio Composição: É um proteína estrutural dos tecidos, desempenhando um papel fulcral na cicatrização de feridas. Existe na forma de pó, esponja de colagénio com antibiótico e penso com colagénio e celulose oxidada regenerada. Mecanismo de ação: Inativa o excesso de metaloproteases na ferida, protegendo assim os fatores de crescimento e favorecendo a proliferação tecidular; Tem capacidade hemostática. Opções Terapêuticas Promotores da cicatrização Ácido hialurónico / Colagénio Colagénio Indicações: Feridas com fase inflamatória muito prolongada; Não usar em feridas infetadas ou colonizadas criticamente; Necessita de penso secundário. Frequência do tratamento: O intervalo de aplicação é determinado pelo estado da ferida, podendo ir até 3 dias. Exemplos: Catrix, Promogran, Suprasorb C, Cronocol. Opções Terapêuticas Promotores da cicatrização Ácido hialurónico / Colagénio Ácido hialorónico Composição: Éster de ácido hialorónico; Apresenta-se sob a forma de penso, tira ou creme. Mecanismo de ação: Acelera a angiogénese e reativa o tecido de granulação; Modula a resposta inflamatória; Promove um ambiente húmido. Opções Terapêuticas Promotores da cicatrização Ácido hialurónico / Colagénio Ácido hialorónico Indicações: Feridas com fase inflamatória muito prolongada; Não usar em feridas infetadas ou colonizadas criticamente; Necessita de penso secundário. Frequência do tratamento: O intervalo de aplicação é determinado pelo estado da ferida, podendo ir até 3 dias. Exemplos: Hyatoprol, Hyalastine, Hyalofill. Opções Terapêuticas Feridas muito exsudativas: Utilizar produtos com grande capacidade de absorção: Hidrofibras; Alginatos; Espumas de poliuretano simples ou mistas; Proteção cutânea da pele circundante. Opções Terapêuticas Feridas moderada ou pouco exsudativas: Utilizar produtos com menos capacidade de absorção: Hidrofibras simples ou mistas; Alginatos; Espumas de poliuretano simples ou mistas; Hidrocolóides; Implantes de colagénio/ ácido hialorónico. Opções Terapêuticas Feridas com tecido de granulação: Utilizar produtos que preservem o ambiente húmido Hidrofibras simples ou mistas; Espumas de poliuretano simples ou mistas; Hidrocolóides; Tules impregnados; Pensos de silicone; Películas; Implantes de colagénio/ ácido hialorónico. Opções Terapêuticas Feridas com tecido de epitelização: Utilizar produtos com função protetora: Hidrocolóides extrafinos; Películas de poliuretano Tules impregnados; Pensos de silicone. Opções Terapêuticas Feridas infetadas e/ou com mau odor: Utilizar produtos absorventes que controlem o odor e a carga bacteriana: Pensos de carvão ativado com prata; Hidrofibras e alginatos com carvão; Hidrofibras e alginatos com prata; Espumas com prata; Tules impregnados com prata/ iodo; Pensos com nanocristalino de prata; Cadexomero de iodo; Pensos com mel; Pensos impregnados com PHMB ou em gel.

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