Capacitação para Gestão de Mudanças MOC PDF

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2021

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gestão de mudanças segurança operacional mudanças no processo Gestão de Riscos

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Este documento descreve um curso de capacitação em gerenciamento de mudanças, com foco na segurança operacional. Aborda os objetivos, conteúdo, etapas do processo de gestão e elementos críticos. Esteja preparado para mudanças no processo.

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Capacitação para Gestão de Mudanças MOC Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021...

Capacitação para Gestão de Mudanças MOC Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Histórico de revisões: Revisão Data Últimas alterações Elaborado Revisado Aprovado 21 de Vagner Danilo 00 julho de - Elaboração do documento Marcel Gonin Santos Johann 2021 Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 1 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 INDICE 1. OBJETIVO................................................................................................................................. 3 2. CONTEÚDO.............................................................................................................................. 3 3. Gestão de mudança (moc)........................................................................................................ 3 3.1. ETAPAS FORMAIS........................................................................................................................... 3 3.2. E O QUE É O PROCESSO DE GESTÃO DE MUDANÇAS?.................................................................. 4 3.3. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE MUDANÇA............................................................................... 5 3.4. RESPONSABILIDADES..................................................................................................................... 5 3.5. ETAPAS DA GESTÃO DE MUDANÇA............................................................................................... 5 4. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO............................................................................................. 6 4.1. CARACTERÍSTICA............................................................................................................................ 6 5. O QUE NÃO É CONSIDERADO UMA MUDANÇA?........................................................................ 7 6. AVALIAÇÃO DE MUDANÇA....................................................................................................... 8 7. GESTÃO DE MUDANÇA E ELeMENTOS CRÍTICOS DE SEGURANÇA............................................... 9 8. AVALIAÇÃO DA MUDANÇA- ANÁLISE DE RISCO....................................................................... 10 9. MATRIZ DE RISCO PERENCO................................................................................................... 10 10. AUTORIZAÇÃO....................................................................................................................... 11 11. IMPLEMENTAÇÃO.................................................................................................................. 12 12. VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA..................................................................................................... 12 13. ENCERRAMENTO.................................................................................................................... 13 14. REGISTRO E ARQUIVAMENTO................................................................................................. 13 Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 2 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 1. OBJETIVO Os Objetivos da capacitação visam: Capacitar colaboradores para criação de procedimentos para gerenciar as mudanças que possam afetar a segurança operacional. 2. CONTEÚDO Identificação e Classificação da Mudança Descrição e Justificativa da Mudança Análise de risco da Mudança Realização das Medidas de controle Autorização de acordo com o risco final Implementação da mudança Verificação da eficácia Encerramento do Processo 3. GESTÃO DE MUDANÇA (MOC). O processo de gestão de Mudanças é um dos principais elementos do pilar de Gestão de riscos, e de toda a Gestão da Segurança de Processos de uma unidade operacional. O Processo de Gestão de Mudanças também é denominado pela Sigla M.O.C, que significa em inglês Management of Change. Ao longo da vida operacional, uma instalação está sujeita a mudanças contínuas para aumentar a eficiência, melhorar as operações e acomodar inovações tecnológicas. Além disso reparos, revisões de processo e demais alterações também podem ser realizados por necessidade operacional. Dessa forma, qualquer mudança, não originalmente prevista e analisada, pode introduzir novos riscos e comprometer as salvaguardas existentes. Neste curso, vamos analisar todas as etapas obrigatórias do processo de gestão de mudança, desde a identificação da mudança até a verificação da eficácia das ações e encerramento do processo. Ser capacitado nesse processo nos permite a oportunidade de identificar, avaliar e neutralizar os riscos inerentes às mudanças ocorridas nos processos e instalações. 3.1. ETAPAS FORMAIS Antes de iniciar esse treinamento, podemos nos perguntar, por que a Gestão de Mudanças é importante? 02 pontos são importantes para responder essa pergunta: Primeiro- Vasto histórico de incidentes severa consequência na indústria, voltados principalmente ao setor de petróleo e gás e químico. Não são poucos os exemplos de incidentes Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 3 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 que tiveram como causas principais e básicas ausência de processo de gestão de mudança ou falha nesse processo que resultaram em vidas perdidas e prejuízos incalculáveis. O Segundo- Motivo importante tem relação com compliance! Devido aos recorrentes acidentes de grande potencial na indústria, o processo de gestão de mudança apresenta destaque nas auditorias da Agência Nacional de Petróleo, sendo considerado um dos requisitos mais importantes do sistema de gestão de segurança operacional. É recorrente a realização de auditorias que apontam não conformidades críticas nas operadoras de petróleo no Brasil. Dessa forma, a presença de um sistema de gestão de mudanças com excelência se torna muito importante para o compliance da Perenco. O Contexto Regulatório de Gestão de Mudanças no Brasil. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) Instituiu em 2007 por meio da Resolução ANP n° 43 de 2007, o Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO). No qual estabelece os requisitos para gerenciamento de mudanças na Prática de Gestão número 16. Os principais requisitos são: ❑ Criação de Procedimento para gerenciar mudanças que possam afetar a Segurança Operacional. ❑ A descrição da mudança proposta, incluindo a justificativa para a alteração e a especificação de projeto. ❑ A avaliação dos perigos e do impacto global nas atividades, antes da implementação de modificações. ❑ A atualização dos procedimentos e documentações afetadas pela mudança. ❑ O treinamento e comunicação para todo pessoal cujo trabalho seja impactado pelas mudanças. ❑ Para mudanças temporárias, deverá haver previsão para revisões e nova autorização, caso a duração prevista necessite ser ampliada. ❑ Documentar, arquivar e disponibilizar para consulta a bordo por no mínimo 2 anos e depois por um período mínimo de 5 anos em local a definir pelo Operador. ❑ A autorização para as mudanças propostas deverá ser emitida por nível gerencial adequado 3.2. E O QUE É O PROCESSO DE GESTÃO DE MUDANÇAS? A Gestão de Mudança é um processo formal de identificação, Avaliação, Autorização de mudanças e verificação de sua eficácia. Este processo visa estabelecer procedimentos para avaliar e gerenciar as mudanças permanentes ou temporárias que possam afetar a segurança operacional, de forma a manter os riscos advindos destas alterações em limites aceitáveis, em todo o ciclo de vida das operações ou durante o tempo de implementação da mudança. Agora que já sabemos o que é o processo de gestão de mudança, vamos verificar como podemos aplicá- lo! Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 4 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 3.3. PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE MUDANÇA. A Perenco apresenta ferramentas para gerenciar mudanças que possam afetar a Segurança Operacional. O Procedimento de Gestão de Mudança HSE-BRA-PRO-025, O Formulário de Gestão de Mudança HSE-BRA-FOR-010 e; O Formulário de Análise de Riscos da Mudança HSE-BRA-FOR-031. Esses documentos regem todo o processo de gestão de mudança da Perenco e assim, todas as pessoas que estão envolvidas nesse processo devem ser treinadas e capacitadas nesses documentos. 3.4. RESPONSABILIDADES. O procedimento de gestão de mudança define as responsabilidades dos envolvidos no processo de gestão de mudança. Como figuras importantes para execução desse procedimento, temos o Solicitante que tem a responsabilidade de conduzir todo o processo de gestão de mudanças, conforme as determinações dos procedimentos Perenco O solicitante deve contar com o auxílio de um Responsável da gestão de mudança. Normalmente o responsável apresenta hierarquia superior ao solicitante, sendo responsável pelo projeto que necessita realizar uma mudança ou o responsável da área no qual a mudança será implementada. Além do responsável o Gerente da instalação (OIM) é parte importante nesse processo. Ele deve controlar todas as etapas de gestão de mudança que ocorrem em sua instalação e prestar apoio ao Solicitante para identificar e classificar mudanças, autorizar as mudanças e verificar se todo o processo foi bem implementado. O solicitante deve contar também com o departamento de QSMS, principalmente no cumprimento das etapas dos procedimentos de gestão de mudança e na etapa de avaliação de risco. Solicitante da mudança, na dúvida, peça ajuda! Um processo de gestão de mudança é mais bem conduzido com o envolvimento de diversas áreas de conhecimento. 3.5. ETAPAS DA GESTÃO DE MUDANÇA. Todo processo de gestão de mudança ocorre de modo formal e sistemático e deve cumprir as seguintes etapas obrigatórias, conforme Fluxograma do processo de Gestão de Mudança: Identificação e Classificação Avaliação Autorização Implantação Verificação da eficácia Encerramento Todas essas etapas estão presentes no Formulário de Gestão de Mudança, que serve como um guia para a implementação correta desse processo! Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 5 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 4. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO. As mudanças podem ser identificadas e classificadas quanto a Temporalidade, nesse quesito, temos as seguintes classificações: Permanente: caracteriza-se pela sua implementação durante toda a vida da instalação. Ou seja, são mudanças que serão implementadas e deverão representar o novo normal da operação na unidade. Temporária: realizadas em um período pré-determinado e desfeitas após o término desse período, retornando-se com as condições iniciais de operação. Ou seja, são mudanças com data para serem implementadas e retiradas e que não serão incorporadas a realidade operacional da unidade, mas que durante sua aplicação deve-se garantir medidas de segurança de forma a manter os riscos advindos destas alterações em limites aceitáveis. Na Perenco, no ato de solicitação de uma mudança temporária, deverá ser prevista a validade dessa mudança que no máximo deverá ser de seis meses. Caso haja a necessidade de extensão desse prazo, deverá ser feita uma nova análise e aprovação da mudança para que se certifique que as circunstâncias nesse momento são compatíveis com a continuidade dessa mudança, podendo ser renovada por no máximo mais seis meses. Findo esse prazo, o processo continua sempre com a revalidação a cada 06 (seis) meses da mudança. Caso exista a necessidade de a mudança temporária integrar um processo de forma definitiva, um novo processo de gestão de mudança deve ser realizado, considerado a classificação de mudança permanente e os riscos atrelados a essa reclassificação. 4.1. CARACTERÍSTICA As mudanças podem ser identificadas e classificadas quanto as Características, nesse quesito, temos as seguintes classificações: Tecnologia, que consiste em alteração nas instalações, características de insumos e produtos de um processo e/ ou nas condições nas quais o processo é desenvolvido, como: o Alteração em instalações, reformas e ampliações; o Troca de um equipamento por outro de características diferentes; o Alteração de processos operacionais; o Alteração resultante da adição/ remoção de matéria prima não prevista em procedimento operacional. Procedimentos e Padrões - O não cumprimento de procedimento, conforme definido pela Companhia pode ser excepcionalmente autorizado desde que iniciada e aprovada uma solicitação de gestão de mudança. Pessoal - Alteração significativa na força de trabalho e simultânea das pessoas chaves na operação, responsáveis pelos procedimentos críticos da Unidade, que possam causar impacto na segurança operacional. Essa alteração pode ser advinda de admissão, transferência, substituição temporária ou permanente, redução ou aumento de contingente, ou retorno às atividades após afastamento, que possa caracterizar alteração no risco, ou no modo de operação, ou na forma de intervenção nos processos críticos, inclusive em emergências. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 6 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Nesse caso podemos citar o exemplo da Pandemia de Covid 19 que necessitou do processo de abertura de gestão de mudanças para mitigar os riscos da diminuição do POB para não comprometer a segurança operacional mínima da unidade. Lembrete importante. O solicitante deve requisitar ao OIM/Gerente de Instalação autorização para a abertura do processo de gestão da mudança. O OIM avalia a pertinência da mudança, verificando se a solicitação é caracterizada como mudança e necessita de avaliação mediante procedimento de gestão de mudança. A metodologia para avaliação dos riscos associados e a proposição de ações para eliminar, reduzir ou mitigar esses riscos é a mesma independentemente da classificação da mudança. Cada processo de mudança deverá estar relacionado com somente uma classificação. Caso numa mesma atividade estejam previstas mudanças de características diferentes, deverão ser abertos processos independentes. Devemos ficar atentos a mudanças sutis: Mesmo uma mudança pequena ou simples de instalações ou tecnologia, que se possa fazer com pouco recurso, normalmente sem projeto e que aparentemente não impacta os processos, pode na realidade adicionar riscos ao sistema. TIPOS DE MUDANÇAS SUTIS QUE LEVARAM À OUTRAS AMEAÇAS: INCIDENTES NA INDÚSTRIA: Utilização de mangueiras para interligar sistemas Alterações e imprevistos durante o andamento de um pressurizados, drenagem, etc procedimento Alteração de range de instrumento Mudança de local previamente planejado Mudanças em condições operacionais alteração de Mudança dos aditivos ou insumos para o processo temperatura e pressão Mudanças sutis não devem ser negligenciadas! Elas representam a maioria das mudanças realizadas ao longo do ciclo de vida de uma instalação e podem adicionar riscos se não tratadas corretamente no processo formal de gestão de mudança. Fique atento! 5. O QUE NÃO É CONSIDERADO UMA MUDANÇA? A resposta é o termo conhecido como uma Substituição de mesma natureza! Uma Substituição de mesma natureza não deve sofrer processo de gestão de mudança! Esta é uma intervenção em um sistema ou instalação em equipamentos, softwares, materiais e insumos que não alteram os parâmetros originais de projeto e os limites de operação do processo, ou intervenção na força de trabalho que não adicione riscos ao sistema. Para entendermos a diferença entre uma Mudança e uma Substituição de mesma natureza, seguem alguns exemplos: Troca de trecho de tubulação alterando material – Mudança Troca de trecho de tubulação usando a mesma, especificação do material - Substituição de mesma natureza Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 7 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Troca de produto químico (ex.: Inibidor de Corrosão) – Mudança Reposição do produto químico - Substituição de mesma natureza Alteração do plano de selagem da bomba – Mudança Troca de selo de bomba de bomba, mantendo as especificações do fabricante - Substituição de mesma natureza Alteração da formulação do catalisador para aumentar o rendimento/qualidade do produto – Mudança Reposição do inventário de catalisador - Substituição de mesma natureza Alteração não planejada no manual de operação do SGIP da realização de atividade de Workover – mudança Realização de um processo de workover previsto no manual de operação do SGIP - Substituição de mesma natureza Importante! Devemos lembrar que o processo de gestão de mudanças não deve ser tratado como o processo normal de operação. A Gestão de Mudanças não se faz somente por meio de sistema de gestão. Se existem manuais, procedimentos, padrões ou instruções específicas, desde que sistematicamente atualizadas e auditadas que preveem a situação de mudança, estes documentos devem ser utilizados, não sendo necessário realizar processo de gestão de mudança. Podemos citar um exemplo de um funcionário que sofra mudança de cargo ou função crítica no POB mínimo de uma unidade operacional. Nessa nova função, o mesmo não está treinado nos procedimentos críticos de sua responsabilidade. Caso existam padrões na empresa como admissão de novos empregados, ambientação e controle de treinamentos obrigatórios para a função crítica, neste caso se aplicam os padrões específicos e o processo de gestão de mudança não é necessário. Lembrete importante: Para uma atividade que se repete muito ao longo do tempo, a melhor estratégia consiste em elaborar um padrão específico do que usar o sistema de gestão de mudança. Agora que sabemos como identificar e classificar uma mudança, passamos para a segunda etapa, conhecida como Avaliação da Mudança! 6. AVALIAÇÃO DE MUDANÇA Após a identificação e confirmação da necessidade da realização do procedimento de gestão de mudança, o solicitante deve realizar a avaliação da mudança que consistem nas sub-etapas: Informações básicas da mudança; checklist de avaliação da mudança; e Análise dos riscos da mudança A avaliação da mudança ocorre através da descrição de algumas informações básicas que devem ser disponibilizadas pelo solicitante da mudança, como: Descrição da mudança Justificativa para mudança Local da mudança Documentação da mudança como fotos, desenhos, esquemáticos e croquis Quanto mais detalhes sobre a mudança melhor será a verificação dos riscos da unidade, portanto essa etapa de descrição das informações básicas da mudança é de suma importância para a aprovação de todo processo formal! Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 8 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Avaliação da Mudança – check list O checklist de avaliação da mudança consiste na verificação de requisitos como: ▪ Necessidade de atualização de documentação. Mudanças podem impactar a documentação básica de segurança da unidade operacional. É comum que procedimentos, manuais, plantas, fluxogramas e desenhos necessitem ser atualizados. Mudanças maiores podem alterar as premissas de segurança da unidade e requerer atualizações nos estudos de risco como HAZOP, APR e Bow-tie. Caso a mudança impacte Elementos críticos de segurança, preocupações especiais devem ser tomadas. ▪ Necessidade de comunicação externa, ou seja, para Autoridades, para a realização da mudança. Muitas mudanças necessitam ser comunicadas para os órgãos fiscalizadores para que um processo formal de anuência possa ser realizado. Essa avaliação é de suma importância para se garantir o compliance da realização da mudança. ▪ Necessidade de comunicação interna –Caso as pessoas da unidade sejam impactas na sua forma de trabalhar rotineira com acréscimo de riscos para as mesmas, essa comunicação é obrigatória. Cabe ao solicitante junto ao responsável do processo de gestão de mudança avaliar a melhor estratégia para realizar essa comunicação pelos canais da empresa. ▪ Necessidade de treinamentos - O planejamento da mudança deve considerar a necessidade de revisão ou realização de treinamento dos colaboradores impactados pela mudança. 7. GESTÃO DE MUDANÇA E ELEMENTOS CRÍTICOS DE SEGURANÇA O processo de gestão de mudança é comum ser aberto para contingenciamento temporário de elementos de segurança classificados como críticos! Os elementos são considerados críticos quando essenciais para a prevenção ou mitigação ou que, em caso de falha, possam provocar um acidente operacional. Quando os elementos classificados como críticos pela empresa apresentam falhas ou estão degradados ou fora de operação, se faz necessário a adoção de medidas contingenciais para se garantir a mesma condição de segurança que estes sistemas garantem quando estão em pleno funcionamento. Medidas contingências são medidas de segurança para garantir a segurança operacional das pessoas, meio ambiente e instalações durante a realização de uma mudança que interfira em sistemas de segurança críticos. Essas medidas são relevantes nos casos de mudanças que inibam ou alterem sistemas de segurança como componentes do sistema de combate a incêndio, obstrução de rotas de fuga, retirada de válvulas de segurança, retiradas de guarda corpo etc. Nesses casos medidas contingenciais devem ser tomadas para garantir o mesmo nível de segurança durante a realização da mudança seja temporária ou permanente. Para essa análise um processo de gestão de mudança deve ser aberto! Fique atento para que esse processo possa efetivamente remediar a ausência desses sistemas críticos. De preferência esses processos devem ser temporários até o restabelecimento dos sistemas ou equipamentos críticos. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 9 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 8. AVALIAÇÃO DA MUDANÇA- ANÁLISE DE RISCO Essa etapa consiste no coração do processo da gestão de mudança! Todas as mudanças devem ser obrigatoriamente submetidas a uma análise de riscos, conforme o Formulário de Análise de Risco da mudança (HSE-BRA-FOR-031). Os riscos devem ser analisados em relação ao impacto da adoção da mudança na unidade operacional. Nessa etapa é fundamental que a equipe tenha conhecimento da mudança e do seu impacto na segurança operacional da instalação e se discuta medidas para eliminar ou mitigar esses riscos. A equipe da análise de risco deve ser multidisciplinar para garantir que o processo de avaliação seja o mais completo possível. Esse processo é realizado de acordo com a metodologia padrão de Análise Preliminar de Risco, na qual existem as etapas de Descrição do Perigo da Mudança; o impacto / consequência da Mudança; a classificação do Risco Inicial baseado na matriz de riscos e em seguida a definição de Medidas de Controle para mitigar os perigos e riscos identificados, a definição do responsável por esse controle e a avaliação do risco final, baseado na implementação das medidas de controle. Importante A análise de risco deve apresentar todas as medidas de controle necessárias para a adoção da mudança! Essas medidas de controle são consideradas Recomendações impeditivas Uma Recomendação impeditiva: é a recomendação resultante de avaliação de riscos que condiciona ao cumprimento dessa recomendação a liberação para a realização de uma tarefa ou atividade ou funcionamento de uma instalação, sistema ou equipamento. Ou seja, sua adoção é obrigatória! Como apresentado anteriormente, o processo de gestão de mudança é comum ser aberto para contingenciamento de sistemas ou equipamentos de segurança classificados como críticos. Nesse momento medidas contingências devem ser adotadas! O risco final será classificado de acordo com a matriz de risco da Perenco, apresentada a seguir. 9. MATRIZ DE RISCO PERENCO É uma Tabela que confronta nível de probabilidade com nível de severidade para a obtenção do nível de risco envolvido no cenário acidental. Esta matriz possui a configuração de 5x5 e poderá ser aplicada nas categorias de consequência associadas às pessoas, meio ambiente, reputação, danos materiais e custo envolvido. A matriz classificará o risco em: Muito baixo Baixo Moderado Alto e Muito alto (neste caso, a mudança não pode ser realizada se não forem implementados controles adicionais que reduzam o risco). De acordo com a maior classificação de risco final na análise de risco, critérios de aprovação para implementação da mudança serão definidos. Importante Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 10 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 A autorização da realização da mudança só poderá ser realizada mediante a comprovação da implantação das medidas de controle e recomendações provenientes da análise de risco. Matriz de Consequências Matriz de Riscos Categorias de Consequências Nível de Probabilidade Combinação de fatores Frequente/possível Combinação de fatores Rara combinação de Combinação comum de US$ (Todas as possível, mas pouco combinação de fatores Danos desconhecida para fatores para ocorrência de comum, para ocorrência fatores para ocorrência de para ocorrência de Pessoas Meio Ambiente Reputação Partes) ocorrência de incidente incidente incidente Materiais de incidente incidente A B C D E Impacto lo calizado e de curto Impacto específico Primeiros socorros prazo 0 < x ≤ 5.000 0 < x ≤ 20.000 1 MB B B M M menor Impacto de curto prazo em Impacto a nível de Tratamento Médico 5.000 < x ≤ 50.000 20.000 < x ≤ 200.000 2 B B M M A áreas amplas comunidade Nível de Severidade Degradação de hábitat Impacto a nível de Trabalho Restrito sensível a lo ngo prazo , o u empreendimento 50.000 < x ≤ 250.000 200.000 < x ≤ 1.000.000 3 B M M A A ou afastamento impacto significativo e amplo ou concessão Invalidez Impacto persistente ao eco ssistema, paisagem o u Impacto a nível de 1.000.000 < x ≤ Permanente ou 250.000 < x ≤ 1.000.000 4 M M A A MA perturbação significativa de subsidiária 10.000.000 Única Fatalidade espécies sensíveis P erda de parte significativa de Fatalidades uma espécie o u perda de uma Impacto a nível função de eco ssistema o u de X > 1.000.000 X > 10.000.000 5 M A A MA MA Múltiplas mundial uma paisagem 10. AUTORIZAÇÃO De acordo com o maior risco final identificado são definidos os critérios de aprovação. A autorização para as mudanças propostas deverá ser emitida por nível gerencial adequado. Dessa forma, para o maior risco final da análise ser “muito baixo” e “baixo”, a mudança é classificada como nível 1. Para nível 1, a mudança necessita da aprovação do Solicitante e do OIM de Pargo. Para o maior risco final da análise ser “moderado”, a mudança é classificada como nível 2. Para nível 2, a mudança necessita da aprovação do Solicitante + OIM + Diretor de Operações + Diretor de QHSE Para o maior risco final da análise ser “alto”, a mudança é classificada como nível 3. Nesse caso precisa da autorização do Solicitante + OIM + Diretor de Operações + Diretor de QHSE + Diretor Geral. Percebe-se que quanto maior o risco final classificado maior a necessidade de autorização para aprovação da mudança. O processo de aprovação da mudança é fundamental para verificação da correta realização do processo de gestão de mudança! Como todas as mudanças só devem ser implementadas depois de devidamente autorizadas de acordo com o nível gerencial, este processo funcionada como uma barreira de verificação do atendimento das etapas formais para realização da mudança. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 11 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Os responsáveis pela aprovação das mudanças, só podem realizá-las, após verificar e concordar com todo o processo de gestão de mudança realizado, consultando a documentação anexada e verificando as evidências de implantação das medidas de controle, descritas nos formulários de gestão de mudança e de risco da mudança. A autorização para as mudanças propostas deverá ser emitida por nível gerencial adequado. Assegurar que a Mudança seja aprovada somente após as Recomendações Impeditivas e Contingenciais terem sido implementadas. 11. IMPLEMENTAÇÃO O processo de Gestão de Mudança leva em consideração a análise dos riscos adicionais trazidos pela implementação da mudança. Nesse processo é avaliado como a mudança afetará a operação da instalação em termos de segurança operacional da instalação seja temporariamente ou permanentemente. Dessa forma o processo de gestão de mudança não deve ser confundido com o processo de análise de risco para implantação da mudança. Durante a implantação da mudança todos os riscos devem ser gerenciados, usando os procedimentos de QSMS comumente usados como permissão de trabalho e análise do risco da tarefa. Vejamos um exemplo para elucidar essa questão: Uma empresa irá realizar um projeto de modernização do sistema de drenagem. O projeto prevê a substituição do atual projeto por um novo sistema com condições de projeto e operacionais diferentes. Para esse exemplo, um processo de gestão de mudança foi aplicado, os riscos dessa mudança avaliados e a controlados com a adoção de medidas de controle de riscos. Após a aprovação da mudança, ocorre sua implementação. Para esse processo, é necessário realizar atividade de corte de tubulações e montagem do novo conjunto. Para essas atividades deve-se prever os processos de permissão de trabalho e análise de risco que independem do processo de gestão de mudança. 12. VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA A verificação da eficácia deve ser feita até 30 dias após da implementação da mudança pelo Solicitante com a aprovação do OIM. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 12 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Esta etapa tem o objetivo de verificar se o processo de gestão de mudança foi corretamente conduzido, se os riscos da mudança foram corretamente mitigados e se não houve a criação de situações indesejadas com a implementação da mudança, não apontadas até o momento no processo de gestão de mudança. Caso algum risco seja evidenciado ou a necessidade de realização de alguma ação que não fora prevista até o momento, o processo de gestão de mudança deve ser retomado com a atualização dos formulários de solicitação de mudança e análise de risco para que sejam realizadas novas aprovações. 13. ENCERRAMENTO Após a verificação da eficácia do processo de gestão de mudança e aprovação do gerente da instalação, encerra-se o processo de gestão de mudança. A mudança foi incorporada ao “status” normal de operação da unidade seja por um tempo definido ou indefinidamente. 14. REGISTRO E ARQUIVAMENTO Todo o processo de gestão de mudança deve ser documentado e registrado de acordo com as orientações do procedimento da Perenco. No diretório da empresa existe uma pasta específica para todo controle do processo de Gestão de mudança. Toda mudança deve receber uma numeração que será seu código de rastreabilidade, esse código é único e não deve ser modificado sem a devida notificação ao setor de QSMS da empresa. Toda documentação relativa ao processo de gestão de mudança deve ser registrada em pasta específica individualmente. As pastas devem conter o formulário de solicitação de mudança e avaliação de risco, toda documentação de apoio, registro de treinamentos, comunicados, evidencias de realização de medidas de controle, dentre outros documentos a depender do processo individual de gestão de mudança. O processo de gestão de mudanças deve ser documentado, arquivado e estar disponível para consulta a bordo, por um período mínimo de 2 (dois) anos. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 13 | 14 Apostila Treinamento MOC Data: 21 de julho de 2021 Revisão: 00 Após este prazo, a documentação gerada pelo processo de gerenciamento de mudanças deverá ser mantida em local definido pelo operador, por um período mínimo de 5 (cinco) anos. IMPORTANTE A aprovação da realização da mudança só poderá ser realizada mediante a comprovação da implantação das medidas de controle e recomendações provenientes da análise de risco. Dessa forma, as evidências dessas realizações devem ser corretamente anexadas nas pastas específicas de cada processo. Essas evidencias devem permitir que o aprovador tenha certeza que as medidas de segurança foram corretamente implementadas. Além disso devem ser auditadas, representativas e conclusivas da correta adoção. Cópia não controlada. Esse documento impresso não tem valor. Página 14 | 14

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