Logística Reversa - PDF
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Este documento apresenta um resumo sobre a logística reversa, detalhando seus conceitos, processos e aplicações. Analisando a recuperação de valor de produtos e embalagens, e focando nas devoluções de produtos no processo da cadeia de suprimentos. O documento explica as mudanças de valores que levam a novos conceitos de desenvolvimento ambiental dentro das políticas de gestão de resíduos e também as diversas estratégias logísticas usadas para aumentar a lucratividade dos varejistas.
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Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 2 LOGÍSTICA REVERSA A Logística Reversa trata-se de fluxo inverso do processo tradicional da logística. Definem Rogers e Tibbe...
Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 2 LOGÍSTICA REVERSA A Logística Reversa trata-se de fluxo inverso do processo tradicional da logística. Definem Rogers e Tibben-Lembke (1999) a logística reversa como: O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo custo de matérias-primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recuperação de valor ou descarte apropriado para coleta e tratamento de lixo. No mesmo sentido, o Council of Logistics Management (LEITE, 2003) define a Logística reversa como “um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens”. O processo de valorizar o retorno de parte de material, que era considerado como resíduo, foi trazido para literatura usando um conceito já em uso há algumas décadas: a Logística Reversa. Até a década de 1990, o conceito vinha sendo trabalhado, sobretudo com o foco de devoluções de produtos que, após a aquisição pelo consumidor, não atendia às expectativas do mesmo, seja por problemas técnicos, defeitos ou mesmo não ser o produto desejado. Devido a poucos trabalhos nesta área, até publicação do texto de Rogers e Tibben-Lembke (1998), pode-se especular que o crescimento desse tipo de Logística Reversa deve estar ligado ao processo de modernização do sistema de vendas em países como os EUA, onde com a popularização da televisão (após a década de 1950) e do telefone privado, foi desenvolvido o sistema de vendas por telefone através de anúncios televisivos. Esse sistema só pode evoluir através da garantia ao consumidor da possibilidade de retorno do produto, caso esse não fosse o esperado. A logística reversa é: O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e econômico de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo até o ponto de origem para fins de recaptura. valor ou disposição adequada. Mais precisamente, a logística reversa é o processo de mover bens de seu destino final típico com o propósito de capturar valor, ou descarte adequado. As atividades de remanufatura e recondicionamento também podem ser incluídas na definição de logística reversa. Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Se nenhum material ou mercadoria estiver sendo enviado "para trás", a atividade provavelmente não é uma atividade de logística reversa. A logística reversa também inclui o processamento de mercadorias devolvidas devido a danos, estoques sazonais, reabastecimento, salvamento, recalls e estoques em excesso. Também inclui programas de reciclagem, programas de materiais perigosos, disposição de equipamentos obsoletos e recuperação de ativos. O setor de varejo, sob grande pressão competitiva, usou políticas de retorno como uma arma competitiva. Quanto maior a pressão, mais inovadoras são as soluções. Dentro do setor de varejo, parece que a necessidade, de fato, é a mãe da invenção. Os varejistas de supermercados foram os primeiros a começar a dedicar atenção séria ao problema dos retornos e a desenvolver inovações logísticas reversas. Suas margens de lucro são tão pequenas que um bom gerenciamento de retorno é essencial. Os varejistas de supermercados desenvolveram inovações, como centros de recuperação. Agora, mais do que nunca, grandes redes de varejo são a regra e, em tese os varejistas têm mais poder na cadeia de suprimentos do que os varejistas há alguns anos. Em geral, os grandes varejistas são muito mais poderosos que os fabricantes. Poucos fabricantes podem ditar políticas para grandes varejistas, como a Wal-Mart, Carefour ou o. GPA. Se um fabricante não aceitar devoluções, é improvável que o grande varejista aceite esses termos facilmente. Os retornos reduzem marginalmente a rentabilidade dos varejistas em relação aos fabricantes. Estudos mostram que os retornos de produtos reduzem a lucratividade dos varejistas em 4,3%. A quantidade média que retorna reduz a rentabilidade entre os fabricantes é um pouco menor, em 3,8%. Os entrevistados da pesquisa foram questionados sobre como eles retornam. Em média, os varejistas usam uma facilidade de devolução centralizada para lidar com os retornos com muito mais frequência do que os fabricantes. Eles tinham menos probabilidade de remanufaturar ou reformar do que os fabricantes, o que parece lógico, já que os fabricantes são melhores na fabricação do que os varejistas. Os fabricantes são significativamente mais propensos a reciclar ou depositar material devolvido do que os varejistas. Parece que os varejistas estão mais avançados do que os fabricantes quando se trata de programas de recuperação de ativos. Na tabela abaixo, é apresentada uma comparação das opções de disposição entre varejistas e fabricantes. Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Está claro tanto nas entrevistas como no instrumento de pesquisa que os varejistas fizeram grandes investimentos em tecnologia para melhorar seus sistemas de logística reversa. Na verdade, os fabricantes ficam atrás dos varejistas em quase todas as categorias de tecnologia. Essa diferença entre fabricantes e varejistas parece não existir em todas as facetas de uma operação. Quase o dobro de varejistas como os fabricantes incluídos na pesquisa implementaram equipamentos automatizados de manuseio de materiais. Os varejistas também são mais propensos a usar códigos de barras, rastreamento informatizado de retornos, entrada informatizada de retornos, intercâmbio eletrônico de dados (EDI) e tecnologia de radiofrequência (RFID) para aprimorar seu gerenciamento de logística reversa. Para exemplificar, ano quadro 2.1, abaixo, dados de pesquisa nos Estados Unidos sobre um comparativo da disposição de produtos na logística reversa Fabricante Disposição s Varejista Enviado para central Reverso 29.2% 17.7% Revendido 21.4% 23.5% Embalado e vendido com novo 20.5% 20.0% Remanufaturado 26,70% 18,30% Vendido em lojas secundárias 14.5% 12.8% Reciclado 14.1% 22.3% Levado para aterro 13.6% 23.8% Doado 10.6% 11.8% Fonte: Going Backwards, Reverse Logistics Trends and Practices, University of Nevada (2006), Frente ao novo paradigma ambiental, a sociedade global está entrando onde o meio ambiente não pode mais ser esquecido nas equações das operações de produção; a questão dos resíduos da cadeia de suprimento e consumo tornou- se altamente relevante, assim todos os resíduos que eram externalizados sem custos para o produtor – e sim para a sociedade – passaram a ser considerados, e seus custos e valores (econômico, ambiental e social) passam a exigir que sua logística seja trabalhada, sendo essa uma logística reversa. Ainda segundo Leite (2003) a primeira razão para incentivo à Logística Reversa estaria relacionada às questões ambientais, onde se percebem clientes e consumidores finais mais atentos e preocupados quanto ao impacto dos processos das organizações no ambiente em que estão inseridas. Tal fator chega a determinar até mesmo a escolha por parte do cliente na hora da Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 compra de “um ou outro” produto de características similares. Assim sendo, muitas organizações utilizam isso como artifício para agregarem valor ao seu produto, providenciando formas de comunicar aos consumidores que seus produtos não agridem o ambiente, que utilizam matéria-prima proveniente de fontes renováveis e embalagens reaproveitáveis. Assim, como se pode observar na Figura 7.12.1 a seguir, o processo logístico tradicional se atenta ao fornecimento da matéria-prima ou produto final ao cliente; já a atividade logística reversa se preocupa com o retorno e inserção do bem ou matéria-prima – após o término de sua vida útil ou o consumo – na cadeia de abastecimento, não permitindo assim o descarte inapropriado ou impensado desses bens e/ou matérias-primas. Figura 7.12.1 – Processo logístico normal e reverso ENTRA IMAGEM A logística reversa precisa ser entendida pelas empresas como uma oportunidade de adicionar valor, tanto pela oportunidade de oferecer serviços que geram vantagens competitivas como pela imagem junto à sociedade com relação aos aspectos ambientais e a sua responsabilidade social (HERNÁNDEZ et al., 2012). De acordo com Lacerda (2002), o fluxo da logística reversa pode ser visto na Figura 7.22.2 a seguir: Figura 7.22.2 – Representação esquemática dos processos logísticos direto e reverso ENTRA IMAGEM Fonte: Lacerda, 2002. Em outros termos, investimentos em tecnologias vantajosas para o ambiente permitem, em muitos casos, o desenvolvimento de práticas de logística reversa que possibilitam recaptura de valor pelos materiais que retornam ou adequar o destino dos mesmos. Por sua vez, esses investimentos também oferecem vantagens para as empresas que, conscientes das oportunidades associadas a um melhor desempenho ambiental, procuram tirar partido delas. Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Essa relação também se dá de forma inversa, ou seja, na medida em que a legislação se torne mais severa, as práticas de logística reversa serão obrigatórias, isso representará um investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. As empresas que adotarem posturas proativas e de responsabilidade social levarão vantagem frente à concorrência, passando a ser a correlação entre a logística reversa e a inovação fortemente percebida nos dois sentidos (HERNÁNDEZ et al., 2012). Dessa forma, cada vez mais as empresas vêm criando associações que incentivam a reciclagem e o reúso, e investem de maneira educacional em programas que conscientizam a sociedade para os problemas ambientais, para fortificar legislações locais ou garantir a continuidade dos negócios (LEITE, 2003). O autor afirma ainda que “o interesse das empresas modernas, entidades governamentais, partidos políticos ‘verdes’ e comunidades em geral” , que se comprometem ativamente nos problemas causados ao meio ambiente, para defender sua perenidade econômica e imagem corporativa, contribuem para introduzir o problema do meio ambiente nos canais de distribuição reversos e na atuação da logística reversa, contribuindo para estruturar e organizar esses canais. Toda empresa gera algum tipo de resíduo. Para atender às legislações cada vez mais rigorosas e diminuir os danos que causam ao meio ambiente, as empresas procuram melhorar sua imagem corporativa através da sustentabilidade, buscando dar um destino a esses resíduos. A logística reversa torna-se o meio eficaz para atender essa demanda, tendo em vista, por exemplo, a recente política nacional de resíduos sólidos, sendo ela responsável diretamente pela logística reversa das empresas e indiretamente pela sustentabilidade do planeta. As empresas devem investir em marketing social ambiental, divulgando que estão comprometidas com a preservação do meio ambiente, pois, consequentemente, serão recompensadas por possuírem uma imagem diferenciada, com vantagens competitivas aparentes ante seus concorrentes. Percebe-se então, que cada vez mais o consumidor está preocupado com os danos que os produtos podem causar ao planeta; isso contribui intensamente para que a logística reversa seja implementada nas empresas. Destaca Moura (2002) que: Uma pesquisa realizada em abril de 1990 pela Opinion Research Corporation, nos Estados Unidos, indicou que 71% das pessoas consultadas disseram que tinham mudado de marca devido a considerações de cunho ambiental e 27% afirmaram ter boicotado Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 produtos por causa de maus antecedentes ambientais do fabricante. Hoje, com certeza, aumentou essa preocupação, graças provavelmente a um maior volume de informações ambientais existentes na mídia, com maior conhecimento do assunto pela sociedade. As novas normas que surgiram e a busca das empresas por imagem ambiental correta, são induzidas pela mudança de hábito dos consumidores, que se preocupam com o meio ambiente e não compram, ou compram menos, os produtos que causam danos ambientais. Essa mudança de hábitos se tornou uma questão-chave na elaboração de um elemento objetivo para as organizações, que é o interesse das empresas pela gestão ambiental sustentável. Diante disso, pode-se afirmar que as relações entre meio ambiente e desenvolvimento relacionam-se aos padrões de produção e consumo de cada sociedade. Faz-se então necessário salientar a mudança de valores, de ações individuais conscientes, bem informadas e motivadas por valores ambientalizados. A logística inversa tem um papel preponderante, nesse novo conceito de logística, muito mais global e abrangente, como podemos constatar neste artigo. O conceito de logística inversa tem várias definições, em função dos autores ou organismos em causa. Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz: o retorno ou a recuperação de produtos; a redução do consumo de matérias-primas; a reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; a deposição de resíduos; o retrabalho de produtos. O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim de vida, de produtos com defeito. Tem existido um forte crescimento dessa área da logística, não só pela legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela conscientização ambiental das empresas, organizações e organismos públicos. Essa vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois as políticas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. Desse modo é Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 possível fidelizar os clientes, pois eles preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas. 7.12.1 Processos e fluxos logísticos reversos Como já foi referido anteriormente, a logística inversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos, isto é, do ponto de consumo até a origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos em fim de vida, devoluções etc., tendo as mais variadas áreas de aplicação, como, por exemplo: componentes para a indústria automotiva, vendas por catálogo, frigoríficos, máquinas de lavar e outros eletrodomésticos, computadores, impressoras e fotocopiadoras, embalagens, pilhas, baterias, revistas, jornais e livros. Esses fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objeto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipos de equipamentos em fim de vida útil. retorno do produto à origem; revenda do produto retornado; venda do produto num mercado secundário; venda do produto via outlet; venda do produto com desconto; remanufatura; reciclagem; reparação ou reabilitação; doação. Os dois sistemas, logística direta (forward) e logística inversa (reverse), integram e acrescentam valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e, para poderem sobreviver devem ser de certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível, otimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar, desperdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e otimizar o transporte, minimizando os respectivos custos. As principais atividades afetas ao produto, na logística inversa, são as seguintes: Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Os lixos ou resíduos não recicláveis e não perigosos são depositados em aterros, em sucessivas camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para essa finalidade. O aterro é selado após a sua capacidade estar completa. Após a selagem, grande parte dos aterros pode ser convertida em zonas verdes ou ajardinadas, de modo a melhorar o impacto visual do mesmo e poder funcionar de maneira distinta da que teve enquanto era local para a deposição de lixo. Por vezes, esses ciclos logísticos completos são mesmo assegurados pelos próprios fornecedores dos produtos ou materiais, facilitando, desse modo, o trabalho dos clientes (DIAS, 2005, p. 207). As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos na cadeia de abastecimento e dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda direta, e as devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor final de um produto, numa venda direta, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, derivadas do fato de que os clientes são cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada vez maiores. Não é surpresa que quase todas as empresas estejam procurando maneiras de aumentar as vendas, reduzir custos e reduzir riscos. Mas em tempos econômicos tão difíceis, os cortes fáceis foram feitos e todas as melhorias simples do processo foram implementadas. Agora, passam ter o foco na logística reversa, um processo muitas vezes negligenciado que pode ajudar as empresas a reduzir o desperdício e melhorar os lucros. Os processos e planos de logística reversa dependem muito da reversão da cadeia de suprimentos para que as empresas possam identificar e categorizar corretamente os produtos devolvidos para disposição, uma área que oferece muitas oportunidades de receita adicional. É muito mais do que simplesmente contar itens defeituosos devolvidos pelos clientes. Além disso, é muito mais complexo do que o envio de mercadorias em que os clientes e/ou consumidores iniciam esse processo de retorno. O que muitos fabricantes não percebem é que gastará de 9% a 15% da receita total em retornos, de acordo com um estudo de 2010 do Aberdeen Group. Eles geralmente desconhecem o impacto que o gerenciamento de devoluções pode ter sobre seus clientes, seus recursos ou seus resultados. Pesquisa nos Estados Unidos mostraram que a logística reversa pode ajudar uma empresa a aumentar sua receita em até 5% das vendas totais. Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Se ignoradas, as funções críticas de logística reversa e bem gerenciada e de forma eficaz, pode proporcionar que as organizações encontrem lucros ocultos, melhorem a satisfação do cliente e minimizem os passivos. Em resposta, as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de cada país, mas cada vez mais por sua livre e espontânea vontade, e independentemente da existência de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor devolver o produto adquirido, caso esse não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as vendas on-line, caso o cliente queira. Devem aceitar a devolução do produto adquirido sem restrições. O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde o ponto de venda ou consumo até a origem deverá ser realizado, sempre que for possível, pelo mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o fluxo físico direto. Desse modo, é possível otimizar a cadeia de abastecimento, direta e inversa, rentabilizando o transporte ao máximo. Normalmente os produtos sujeitos a devolução são armazenados em locais destinados para o efeito, em áreas restritas do armazém, de modo a evitar erros de expedição, evitando que fisicamente os produtos coabitem. Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários fatores, entre os quais, destacamos os três seguintes: o primeiro fator que destacamos é o da conscientização da sociedade para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais a sociedade tem o dever de colaborar nas políticas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação do lixo, de acordo com o tipo de resíduos ou lixo em causa, e depositando-o nos locais destinados para esse fim. O segundo fator relevante é a necessidade das empresas se adequarem ambientalmente, isto é, o fortalecimento da legislação ambiental brasileira. As empresas que estiverem constantemente avaliando os seus processos em relação aos riscos ambientais certamente estarão evitando problemas com os órgãos fiscalizadores. E por fim a nova política nacional de resíduos sólidos preconiza que a responsabilidade pela coleta, tratamento e destinação final seja compartilhada entre poder público, empresas e consumidores na questão dos resíduos sólidos, pois o passivo ambiental tornou-se um quesito elementar nas Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 negociações de empresa, ou seja, na compra e venda, pois poderá ser atribuída aos novos proprietários a responsabilidade pelos efeitos nocivos ao meio ambiente provocados pelo processo operacional da companhia ou pela forma como os resíduos poluentes foram tratados. É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de pessoas conscientes dessa realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo desse modo reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos. 7.22.2 Embalagens retornáveis ou recicláveis Um problema relevante, quando se fala em logística reversa, que pode oferecer benefícios ambientais e econômicos, é o retorno de embalagens ao ponto de origem. As embalagens podem ser do tipo descartável ou não, que perdem parte de seu valor durante o processo de consumo do produto que os envolvem, tais como latas de alumínio de bebidas, garrafas PET, ou retornáveis, cujo valor residual após consumo do produto tem poder atrativo. Nesse sentido, o papel da logística reversa é recolher e dar destinação ao material para seu reaproveitamento ou, na pior hipótese, extrair um valor residual. A relevância e importância das embalagens são mostradas por Liva, Pontello e Oliveira (2004), que apresentam uma logística reversa específica para embalagens, ao par das logísticas de pós-venda e pós-consumo. Segundo os próprios autores, há uma tendência mercadológica e globalizada de se usar embalagens retornáveis, reutilizáveis ou de múltiplas viagens. Com relação ao processo de retorno de embalagens, este fluxo pode reduzir desperdícios de valores e riscos ao ambiente, pela reutilização, recuperação e reciclagem dos materiais de embalagens. Um elemento importante sobre a gestão de embalagens retornáveis é o procedimento de roteirização dos sistemas de transportes das mesmas, visto que os sistemas de modais para transportar essas embalagens reutilizáveis e todo bem a reciclar ou remanufaturar têm uma direção oposta à distribuição. Se ambas as tarefas são executadas pela mesma infraestrutura de transporte, um problema de roteirização deve ser avaliado para uma solução otimizada e deve- se considerar uma via direta e reversa que atenda aos requisitos de baixo custo no transporte. As embalagens retornáveis e descartáveis envolvem custos elevados de transporte e de armazenamento e de investimento em capital. Porém, a logística reversa, além dos benefícios ambientais, o retorno dessas embalagens Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 também oferece outros tipos de benefícios, tais como mostrado no Quadro 7.12.1 a seguir. Quadro 7.12.1 – Benefícios quanto ao retorno das embalagens ITEM BENEFÍCIOS 1 conferir maior proteção aos produtos 2 oferecer ao usuário maior flexibilidade de utilização 3 atender aos requisitos legais 4 retornar ao fabricante como material reciclado 5 reduzir custos subsequentes 6 consciência ecológica empresarial Os custos de transporte não são os únicos a serem considerados no processo da logística reversa no que tange às embalagens retornáveis, visto que, também, custos de manuseio e de rastreamento são envolvidos. Portanto, de acordo com o Reverse Logistics Executive Council (RLEC, 2007): A atividade de planejamento, execução e controle do fluxo de matérias- primas, produtos em processo e produtos acabados (bem como os fluxos de informações relacionados), do ponto de consumo ao ponto de origem, de forma eficiente e eficaz, visando recapturar o valor ou destinar à eliminação adequada, cuidando do impacto dos custos relacionados a esse processo. 2.3. Canais de distribuição reverso pos-consumo e pós-venda Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários fatores, entre os quais, destacamos os três seguintes: o primeiro fator que destacamos é o da conscientização da sociedade para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais a sociedade tem o dever de colaborar nas políticas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação do lixo, de acordo com o tipo de resíduos ou lixo em causa, e depositando-o nos Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 locais destinados para esse fim. O segundo fator relevante é a necessidade das empresas se adequarem ambientalmente, isto é, o fortalecimento da legislação ambiental brasileira. As empresas que estiverem constantemente avaliando os seus processos em relação aos riscos ambientais, certamente estarão evitando problemas com os órgãos fiscalizadores. E por fim a nova política nacional de resíduos sólidos preconiza que a responsabilidade pela coleta, tratamento e destinação final seja compartilhada entre poder público, empresas e consumidores na questão dos resíduos sólidos, pois o passivo ambiental tornou- se um quesito elementar nas negociações de empresa, ou seja, na compra e venda, pois poderá ser atribuída aos novos proprietários a responsabilidade pelos efeitos nocivos ao meio ambiente provocados pelo processo operacional da companhia ou pela forma como os resíduos poluentes foram tratados. Na figura 2.1, a seguir o fluxo da logística reversa de produtos pós consumo Figura 2.1 - fluxo da logística reversa de produtos pós consumo É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de pessoas conscientes dessa realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo desse modo reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos. Este processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados desde o ponto de consumo até o ponto de origem, para reduzir os impactos ambientais. A implantação do sistema de logística reversa é mais um Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 elemento rumo ao desenvolvimento sustentável do planeta, pois possibilita a reutilização e redução no consumo de matérias-primas. A logística reversa pode ser de pós-venda ou de pós-consumo: Pós-venda: se ocupa de bens sem uso ou com pouco uso, devolvidos por razões comerciais, erros nos processamentos de pedidos, garantia do fabricante, defeitos de funcionamento, avarias no transportes etc. Pós-consumo: se refere a problemas causados em fim de vida útil, bens usados com possibilidade de reutilização ou descartes pela sociedade, e resíduos industriais em geral. Na Figura 7.32.2 a seguir, podemos ver o fluxo da logística reversa de pós- venda e pós-consumo. Figura 7.32.2 – Esquema do processo reverso de pós-consumo e pós-venda ENTRA IMAGEM Exemplos dos benefícios da logística reversa na economia e redução de energia em processos industrias de alto impacto ambiental: Para produzir alumínio do minério são necessários 15 kWh/kg; usando material reciclado é necessário somente 0,75 kWh/kg (reduz 95%) Para produzir plástico (resina virgem) são necessários 6,74 mil kWh/tonelada; usando plástico reciclado é necessário 1,44 kWh/tonelada (reduz 80%) Para produzir papel são necessários 4,98 MWh/tonelada; usando aparas recicladas é necessário 1,47 MWh/tonelada (reduz 70%) 7.32.4 Logística reversa na política nacional de resíduos sólidos A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010b) reforçou a necessidade da preocupação ambiental, social e econômica dos resíduos sólidos, incentivando a adequação do tratamento e disposição, bem como intensificando a importância da coleta pelas cooperativas de catadores. Entre as novidades está a inserção da logística reversa como um dos instrumentos dessa política (artigo 3o) e a obrigatoriedade de gerenciamento dos resíduos gerados pós-consumo (artigos 32 e 33), tanto para fabricantes, distribuidores e vendedores, de modo a oferecer um destino ambientalmente sustentável. Essa medida é válida para Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleo, lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Segundo Pozo (2014), logística reversa pode ser entendida como: um fluxo de produtos, desde o momento em que é gerada a necessidade de atendimento de um produto até sua chegada ao cliente que estará aguardando sua chegada. Mas é importante ressaltar que existe um fluxo reverso, do ponto de consumo até o ponto onde este produto teve seu início de produção. Este fluxo reverso precisa ser gerenciado para obtenção de ganhos expressivos nos negócios. De acordo com Marchese, Konrad e Calderan (2011), para solucionar o problema envolvendo a destinação correta do lixo e dos resíduos sólidos gerados, não só pelo consumidor final, mas também pelas empresas, recentemente no Brasil foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa política tem o objetivo de realizar a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos e pode ser considerada como um marco regulatório de resíduos sólidos, dando bases para o desenvolvimento social, ambiental e econômico, uma vez que propõe que o lixo ou o resíduo descartado deixe de ser problema para ser gerador de novas riquezas e negócios. A extração desenfreada dos recursos naturais, o pensamento errôneo de que os mesmos são renováveis e inacabáveis, além de outros fatores, tais como: a nova consciência ecológica que aflora na sociedade; a escassez de recursos naturais, que obriga as empresas a reverem seus processos de negócios de forma a não prejudicar o meio ambiente colocam as empresas e o Poder Público a encontrar soluções para a relação, muitas vezes conflitante, entre desenvolvimento tecnológico e meio ambiente. Diante disso, surgiram diversas legislações com o intuito de regular o desenvolvimento econômico e tecnológico e garantir assim a preservação do meio ambiente. Um destes textos legais é a Lei Federal n o 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – sancionada em agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto Federal n o 7.404/2010, os quais dispõem sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil, incluindo os perigosos; as responsabilidades dos geradores e do Poder Público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, de acordo com a lei é: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da lei. Dentre os artigos da referida lei, destaca-se o artigo 30, que inova quando estabelece a responsabilidade compartilhada entre os atores envolvidos no processo de geração dos resíduos sólidos, os quais são os fabricantes, atacadistas, varejistas, importadores, Poder Público e os consumidores finais. Ademais, o referido artigo estabelece a necessidade de criação de canais reversos para equacionar a necessidade de gerenciamento dos resíduos e, para tanto, existe a necessidade urgente da elaboração de acordos setoriais, visando tornar a gestão dos resíduos sólidos e a implementação da Logística Reversa de forma viável econômica e sustentável. Ainda dentro do artigo 30 do texto legal, o seu parágrafo único define que a responsabilidade compartilhada pelos atores envolvidos no processo de geração de resíduos em relação ao ciclo de vida dos produtos, tem por objetivo as ações como mostrado no Quadro 7.22.2 a seguir: Quadro 7.22.2 – Ações do artigo 30 da PNRS AÇÃ DESCRIÇÃO O compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais I e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando- II os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de III materiais, a poluição e os danos ambientais incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao IV meio ambiente e de maior sustentabilidade estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o V consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e VI sustentabilidade VII incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Nesse sentido, para operacionalizar esse novo fluxo de materiais nas operações logísticas, podemos destacar que a logística reversa é essencial, pois abrange a movimentação de materiais de pós-consumo (no final de sua vida útil) e de pós-venda (devolvidos por erros comerciais, problemas de garantia, entre outros) desde o seu descarte por parte do consumidor final, até sua reintegração ao ciclo de negócios e/ou produtivo, sem causar maiores impactos ambientais. De forma geral, as legislações ambientais relacionadas a resíduos sólidos são uma reação aos impactos ambientais causados pelos excessos desses resíduos, seja devido às dificuldades cada vez maiores de se dispor deles, ou devido ao impacto negativo causado ao meio ambiente. Em razão disso, legislações mais rigorosas e maior conscientização dos consumidores e dos empresários em relação aos danos ambientais têm levado as empresas a reverem a responsabilidade sobre seus produtos após o uso, sendo a Europa, em especial a Alemanha, a pioneira em legislações sobre o descarte de produtos consumidos. Tendo em vista as pressões legais e sociais, as atividades reversas e a gestão sustentável da organização podem se tornar um fator de clara vantagem competitiva para as empresas que se dispuserem a tais práticas. Dessa forma, cada vez mais as empresas vêm criando associações que incentivam a reciclagem e o reúso, e investem de maneira educacional em programas que conscientizam a sociedade para os problemas ambientais, para fortificar legislações locais ou garantir a continuidade dos negócios. Cada vez mais o consumidor está preocupado com os danos que os produtos podem causar ao planeta; isso contribui intensamente para que a logística reversa seja implementada nas empresas e as empresas buscam se comprometer ativamente nos problemas causados ao meio ambiente, para defender sua perenidade econômica e imagem corporativa; contribuem para introduzir o problema do meio ambiente nos canais de distribuição reversos e na atuação da logística reversa, contribuindo para estruturar e organizar esses canais. Estudo de Caso O RTL da Philips baseado na Web reduz custos Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Com a solução RTL (Register Transfer Level) baseada na web, a inovadora ação da Philips no B2B proporcionou um método mais eficaz e eficiente em termos de custo para a manipulação de mercadorias da logística reversa. E. Rowley, gerente de operações da Philips Consumer Lifestyle, Philips New Zealand Ltd. nos diz: “Retornos do produto nos custou centenas de milhares de dólares a cada ano. E isso é só para a logística reversa, e não inclui o custo de qualquer conserto posterior e perda de margem, como resultado de demolição ou vender o produto como um segundo mercado. A maior parte desses custos está no trabalho associado com os retornos de processamento e transporte relacionado. Com números como estes, a logística reversa, a arte e a ciência de serviços ao cliente pós-venda, tem sido um foco importante para nós, como nós olhamos para reduzir custos e aumentar a eficiência, e acrescenta [...] o telefone e o e-mail de pedidos para o nosso call center interno praticamente desapareceram, e isso ocorre normalmente quando se está no período mais movimentado do ano.” “O que antes era uma parte significativa da nossa atividade de call center, foi eliminada e a equipe agora pode obter a autorização on-line para um retorno de produtos. O sistema RTL organiza o transporte e fornece números de autorização no local – sem qualquer intervenção de nossa parte. É porque o RTL leva-os com toda a informação necessária antes que eles possam concluir a transação, a precisão das ações do sistema, que atualmente se aproxima de 100%.” A economia esperada como resultado da implementação RTL seria de mais de US$ 100.000 por ano. Simplificar procedimentos de retorno foi o ponto alto do RTL. Apesar de a Philips ter uma política bem desenvolvida, a garantia de que todos os envolvidos na cadeia da logística reversa fosse seguida ao pé da letra era um grande problema. Rowley enfatiza que: “ As políticas foram todas revistas, mas mantendo todas as partes legais do processo e todos foram treinados e atualizados com os procedimentos, é um processo demorado e caro. Com o grande número de lojas e funcionários, o processo de atualização dos manuais e das políticas torna-se caro e sempre é demorado no processo logístico reverso.” Com RTL, o sistema avisa o funcionário sobre o que retorna de varejo com todas as informações pertinentes e permitirá continuar até que todos os campos estejam preenchidos corretamente. Existe até mesmo um menu drop-down com uma série de perguntas destinadas a eliminar problemas comuns que evita operação incorreta. Com isso ajuda a reduzir erros, mesmo com retorno de produtos ou lotes com um mínimo de treinamento e olhar como um profissional enquanto eles fazem isso. Os clientes estão felizes com o processo de tomada de decisão que é imediato; os funcionários estão mais felizes porque o RTL minimiza o tempo que têm para gastar em atividades de rendimentos, o que significa mais tempo para outras atividades de maior Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 valor! O varejista está feliz, pois significa que qualquer crédito devido é processado e aplicado à sua conta muito mais rápido, e estamos felizes porque estamos reduzindo nossos custos e aumentando nossa eficiência. Em razão do RTL ser baseado na web, podemos fazer qualquer alteração, como a adição de um novo produto ou modificação de um procedimento especial a partir do sistema centralizado e passá-los imediatamente para todos os ramos. Antes do RTL as mudanças eram um processo prolongado e longo. Agora, é quase instantâneo e o trabalho ficou mais fácil. As equipes de varejo de hoje são mais esclarecidas da tecnologia e por isso é mais fácil de acompanhar em um PC, em vez de um pesado livro (manual de política) que cobre vários fornecedores. Estamos muito impressionados com a forma como RTL tem funcionado para nós e acredito fortemente que o RTL vai ter um grande futuro no ambiente da logística reversa. Os retornos são um fato, uma nova vida para os varejistas. Para qualquer empresa que oferece uma política de devolução de produtos, o RTL pode ser pago por seus custos reduzidos quase que imediatamente, como foi o caso da Philips. Questões para discussões: 1. Qual foi o mérito do sistema RTL? 2. Qual foi o motivo da implantação do RTL? Justifique. 3. Quais foram as dificuldades de sua implementação? 4. Quais são os benefícios proporcionados pelo RTL? 5. Qual é seu parecer sobre o RTL e seus resultados? Questões para revisão Explique o que é logística reversa. Como funciona a logística reversa? Qual a diferença entre a logística reversa e a logística verde? Qual a importância da logística reversa? Explique o que são processos e fluxos reversos. Atualização para a 2ª edição – 08/03/2019 Explique o que são embalagens retornáveis. Explique o que são embalagens recicláveis. Quais são os benefícios das embalagens retornáveis? Qual é a importância da política nacional de resíduos sólidos? Quais são as sete ações importantes da política nacional de resíduos sólidos? Explique o fluxo logístico reverso.