Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil PDF
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
2018
Jôse Lane de Sales
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Summary
This document is a thesis about the psychoanalytic considerations of racism in Brazil, completed in 2018. The thesis explores the effects of racism on the psyche of black Brazilians. It delves into psychoanalytic concepts and the social implications of racism in Brazil.
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Instituto de Psicologia Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil Jôse Lane de Sales Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós- graduação em Teoria Psicanalítica do...
Instituto de Psicologia Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil Jôse Lane de Sales Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós- graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – (UFRJ), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Teoria Psicanalítica. Orientadora: Regina Herzog Coorientadora: Fernanda Pacheco-Ferreira Rio de Janeiro Abril de 2018 Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil Jôse Lane de Sales Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Teoria Psicanalítica. Rio de Janeiro Abril/2018 10 Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil Jôse Lane de Sales Orientadora: Regina Herzog Coorientadora: Fernanda Pacheco-Ferreira Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica, Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como parte dos requisitos à obtenção do título de Doutor em Teoria Psicanalítica. Aprovada por: ___________________________________ Prof.ª. Dra. Regina Herzog ___________________________________ Prof.ª. Dra. Fernanda Pacheco-Ferreira ___________________________________ Prof.ª. Dra. Fernanda Canavêz ___________________________________ Prof.ª. Dra. Jô Gondar ___________________________________ Prof. Dr. Fábio Belo __________________________________ Prof. Dr. Júlio Verztman Rio de Janeiro Abril/2018 11 FICHA CATALOGRÁFICA Sales, Jôse Lane Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil / Jôse Lane de Sales. Rio de Janeiro: UFRJ/IP, 2018. 159f.; 29,7 cm. Orientadora: Regina Herzog. Coorientadora: Fernanda Pacheco-Ferreira. Tese (Doutorado em Teoria Psicanalítica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica, 2018. Referências Bibliográficas: f. 147-159 1. Racismo. 2. Sofrimento Psíquico. 3. Trauma Social. 4. Clínica Psicanalítica. 5. Psicanálise (Teses). I. Herzog, Regina. II. Pacheco-Ferreira, Fernanda. III. Título. 12 À Aimê, a melhor das “coisas bem-vindas que já recebi". Aquela que ao chegar coloriu ainda mais o meu mundo e acrescentou a dose de coragem que faltava para me lançar nesta pesquisa.. 13 RESUMO Sales, J.L. Considerações psicanalíticas acerca do racismo no Brasil. Tese (Doutorado em Teoria Psicanalítica) Programa de Pós-graduação do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, 2018. Baseando-se no referencial teórico da psicanálise e dialogando com outras áreas das ciências humanas, a presente tese tem como objetivo principal tecer considerações acerca do racismo contra os negros no Brasil, dando uma ênfase especial às repercussões psíquicas deste processo. Para tanto, iniciaremos apresentando as definições e os conceitos relacionados ao racismo, as particularidades da discriminação racial no Brasil e as possibilidades de compreensão deste fenômeno social pela psicanálise. Em seguida, analisaremos as consequências de ser cotidianamente alvo de discriminação racial, mostrando como o “mito negro” e o “mito da brancura” produzem engrenagens que culminam em experiências traumáticas. Experiências alimentadas pelo processo de negação de sua ocorrência promovido por parte da sociedade. Investigaremos como esses acontecimentos impactam no funcionamento do Ego, do Superego e das instâncias ideais, bem como, as alterações que provocam na relação que o sujeito estabelece com próprio corpo e com a imagem de si. Para finalizar, problematizaremos a práxis psicanalítica no Brasil diante do racismo, explorando as produções teóricas que versam sobre o fenômeno do “analista safe”, o trauma social, a Clínica do Testemunho e a exclusão social. E, visando construir balizas para uma clínica que não perpetue o “desmentido” em torno do racismo, estudaremos os ensinamentos clínicos propostos por Ferenczi. Palavras-chaves: Racismo; Fenômeno social; Sofrimento psíquico; Desmentido; Trauma; Trauma social; Clínica psicanalítica Rio de Janeiro Abril/2018 14 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.....................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 1 O TABU DO RACISMO....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 1.1 RAÇA E RACISMO NO BRASIL: UM BREVE PASSEIO PELAS CIÊNCIAS SOCIAIS.................................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 1.1.1 A polêmica noção de raça........................................... Erro! Indicador não definido. 1.1.2 O racismo brasileiro.................................................... Erro! Indicador não definido. 1.2 O OLHAR DA PSICANÁLISE PARA O RACISMO.... Erro! Indicador não definido. 1.2.1 O racismo como expressão do estranho familiar...... Erro! Indicador não definido. 1.2.2 Racismo e o processo de segregação na teoria lacaniana....... Erro! Indicador não definido. 1.2.3 O discurso social na construção do racismo............. Erro! Indicador não definido. 1.2.4 O mecanismo da clivagem e o racismo no Brasil..... Erro! Indicador não definido. 2 O MITO NEGRO E O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO SUBJETIVA........... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. PARTE I: AS ALTERAÇÕES PSÍQUICAS DECORRENTES DO MITO NEGRO.................................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.1 O MITO NEGRO............................................................. Erro! Indicador não definido. 2.2 O EGO E SEUS PROCESSOS DE DEFESA................. Erro! Indicador não definido. 2.2.1 O Ego............................................................................ Erro! Indicador não definido. 2.2.2 A inibição do Ego........................................................ Erro! Indicador não definido. 2.2.3 A clivagem e desmoronamento egóico....................... Erro! Indicador não definido. 2.2.4 A vergonha de si.......................................................... Erro! Indicador não definido. 2.3 O SUPEREGO E A EXIGÊNCIA DE “SER DUAS VEZES MELHOR”.............. Erro! Indicador não definido. 2.4 AS INSTÂNCIAS IDEAIS............................................. Erro! Indicador não definido. 15 PARTE II: A RELAÇÃO COM CORPO E OS ABALOS DECORRENTES DO MITO NEGRO..................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.5 ALGUNS EMBASAMENTOS TEÓRICOS................... Erro! Indicador não definido. 2.5.1 O corpo para a psicanálise......................................... Erro! Indicador não definido. 2.5.2 O conceito de imagem corporal de Dolto.................. Erro! Indicador não definido. 2.6 O CORPO MARCADO PELO RACISMO..................... Erro! Indicador não definido. 2.6.1 A hipersexualização e o exotismo............................... Erro! Indicador não definido. 2.6.2 A construção da imagem de si nas crianças negras............................................. 17 3 A EXCLUSÃO SOCIAL E A DISCRIMINAÇÃO DOS NEGROS: QUESTÕES PARA A CLÍNICA............................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3. 1 ESCUTAR NAS HISTÓRIAS INDIVIDUAIS A HISTÓRIA COLETIVA........... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3. 2 ANALISTA SAFE............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3. 3 TRAUMA SOCIAL.........................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3. 4 O QUE A CLÍNICA DO TESTEMUNHO TEM A NOS ENSINAR..................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.4.1 O Testemunho............................................................. Erro! Indicador não definido. 3.4.2 As especificidades da Clínica do Testemunho.......... Erro! Indicador não definido. 3.5 AS CONTRIBUIÇÕES CLÍNICAS DE FERENCZI.............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.6 A EXCLUSÃO SOCIAL..................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.7 POR UMA CLÍNICA QUE NÃO SE FURTE DE ESCUTAR O RACISMO......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:................................................................................ 21 16 2.6.2 A construção da imagem de si nas crianças negras. “Em casa escondida, eu gostava de amarrar tecidos na cabeça e fingir que eu tinha cabelos longos e lisos. Era minha brincadeira preferida com a minha irmã, fora isso ficava horas penteando minhas barbies todas com cabelos lisos e loiras, pensando como eu era infeliz por ter o cabelo diferente do delas” (Ribeiro, 2016). Dando continuidade às nossas reflexões, analisaremos justamente as especificidades dos efeitos do racismo na infância, fase da vida que, de acordo com Rosemberg (2017) se está mais vulnerável a esse tipo de discriminação, que tanto pode partir de um adulto quanto de um de seus pares. Interessa-nos esmiuçar a qualidade da relação construída pela criança como seu corpo, quando cresce em um ambiente permeado pelo mito negro e pelo mito da brancura. Como é crescer sendo sistematicamente atravessado por representações depreciativas de seus atributos físicos, somadas a escassez de modelos identificatórios compatíveis com a sua realidade biológica? Como se dá o laborioso processo de apropriação da imagem de si neste contexto? No tocante à ausência de modelos identificatórios, apesar dos avanços na mídia brasileira, o modelo de ser humano apresentado ainda é majoritariamente o branco (Machado, 2012). Pensando os efeitos deste imperativo, a fala de uma jovem negra sobre sua vivência é extremamente relevante: “E talvez a maioria das pessoas não saibam, mas quando o que vemos não parece conosco, isso dói. Dói de um jeito que faz com que desejemos não sermos nós mesmos, desejamos ser diferentes.” (Pinto, 2016). Aqui, infelizmente não restam dúvidas de que as hipóteses defendidas por Fanon na França em 1952 e Souza no Brasil em 1983 – o negro impelido pela hegemonia da ideologia e estética branca, acaba por renegar a sua realidade corporal – ainda se atualizam em 2018. Por conseguinte, nos perguntamos o quão dolorosa deve ser essa vivência para uma criança e quais são seus efeitos. Freud, no artigo Futuro de uma ilusão (1927), é categórico ao enunciar a proteção por parte dos pais como a necessidade mais forte da infância. Na investigação da articulação entre as religiões e o desamparo, embora mencione que este último se estende por toda vida, grifa que a sua experiência na infância é terrificante ao ponto de despertar a necessidade de proteção através do amor. Nesse sentido, um dos maiores temores da criança é a perda do amor e da aprovação, o que equivale a não se sentir aceita em sua singularidade, inclusive em 17 seus aspectos corporais. Assim podemos supor que para uma criança negra criada em uma sociedade racista, a ameaça da perda do amor e a desaprovação tende a ser ainda mais acentuada. Neste ponto é fundamental assinalar que a ameaça a qual estão sujeitos os negros não está restrita a perda do amor, conforme sublinha Farias (2017), é anterior a ela, é de ordem narcísica, é uma ameaça à própria existência. Ou seja, é um sofrimento distinto daquele descrito por Freud ao caracterizar o mal-estar advindo das renúncias pulsionais impostas pela vida em sociedade. É um sofrimento decorrente da exclusão e não comporta a vantagem de possibilitar a inclusão social, muito pelo contrário (Farias, 2017). Em sintonia com a ideia de que o sofrimento advindo do racismo é de caráter narcísico está a hipótese segunda a qual a criança negra já carrega marcas das consequências do racismo antes mesmo do seu nascimento. Não podemos esquecer que o sujeito ao nascer já está inserido na história de seus genitores, bem como da sociedade que o receberá. Nesta perspectiva, Silva (2017) ao pensar a peculiaridade da infância para os negros sublinha que “as pressões raciais já se iniciaram e estão inscritas umbilicalmente, naquilo que a criança negra traz para sua existência material e emocional” (p. 83). O racismo, segundo ela, rondará então a existência do sujeito tal como um fantasma que ninguém vê, mas existe. Nogueira (1998) deixa mais evidente a radicalidade de sua posição. Considerando a presença do racismo no psiquismo materno, a autora defende que para a criança negra não existe um momento mítico anterior ao confronto com o racismo, os efeitos do racismo estão dados desde sempre, antes de experiências concretas de preconceito, antes mesmo de seu nascimento. A criança idealizada no projeto narcísico dos pais não é negra. Neste ponto a autora é altamente cuidadosa esclarecendo que a criança negra é tão desejada quanto a branca; contudo, a mãe por rejeitar os significados negativos imputados à pele negra e desejar a brancura para si mesma, idealiza uma criança branca. Lembremos aqui das colocações de Belo (2017), apresentadas anteriormente, a respeito da transformação das cores branco e negro em insígnia, estabelecendo assim um binarismo entre elas e atrelando a cor negra ao feio, ao mal, ao ruim. Este enredo acaba por constituir uma dualidade na estrutura psíquica infantil, uma lacuna dupla, onde o real da condição de negro não é reconhecido, é negado e se nega. Objetivando compreender os processos em jogo na elaboração imaginária do sujeito nessas condições, Nogueira (1998) examina a especificidade da experiência especular da criança negra. De acordo com ela, o fascínio oriundo da visão da própria imagem no espelho é 18 acompanhado simultaneamente por uma repulsa por essa imagem. A “assunção jubilatória” descrita por Lacan no famoso artigo O estádio do Espelho de 1949, é acompanhada de uma negação imaginária do semblante que a imagem especular oferece, já que a criança negra reluta em aderir a sua própria imagem por não corresponder à imagem do desejo da mãe. Por conseguinte, a criança passa a procurar na imagem algo capaz de reconciliar com o desejo materno. Para não haver dúvidas a respeito de sua hipótese, a autora mais uma vez ressalta o amor da mãe negra pelo seu bebê e grifa que o rechaçado por ela são as representações simbólicas da pele negra. Dada essa singularidade, se produz na criança um mecanismo complexo de identificação/não identificação, reprodutor da experiência do adulto: a identificação imaginária é atravessada pelo ideal de “brancura”, fazendo-a negar alguma coisa de si mesmo. Nesse ponto, julgamos importante fazer uma ressalva. Estamos cientes dos perigos de se generalizar inadvertidamente as contribuições de Nogueira (1998) concernente à relação mãe-bebê. Não se trata de tomar a problematização apresentada pela autora como regra para toda e qualquer mulher negra ao viver a maternidade. Aos trazermos a hipótese construída por Nogueira (1998) visamos apenas apontar que dada determinadas configurações sociais, essa é uma das possibilidades. Entretanto, uma mulher que tenha de alguma forma trabalhado os efeitos do racismo em seu próprio psiquismo, tendo minimamente analisado a condição de ser negra, e/ou ter um filho negro remete, tende a estabelecer outro tipo de relação com seus filhos. Fanon (1952/2008) também se debruçou sobre as particularidades da construção da imagem de si para os negros. Ao analisar a transição realizada na infância do ambiente doméstico ao público, visualizou uma diferença marcante entre as crianças brancas e negras. Somente para as primeiras haveria uma coerência entre as figuras do universo familiar e os símbolos coletivos e nacionais, para as segundas não. O autor cita as revistas ilustradas, um elemento bastante significativo no universo infantil e juvenil daquela época e contexto, tais como os programas de televisão e canais na internet para crianças e adolescentes nos dias atuais. Denuncia o fato das revistas serem produzidas pensando unicamente nas crianças brancas, tanto que os personagens negros ou os índios quando presentes estão apenas a serviço de receber a agressividade coletiva. Eles são o lobo, o diabo, o gênio do mal, o mal, o selvagem etc. Ao consumir essas revistas, naturalmente as crianças, brancas ou negras, se identificam com o vencedor. O problema é que ao fazer isso, as crianças negras estão negligenciando a sua realidade física. Embora o autor esteja tratando da realidade das crianças 19 martinicanas, nem precisamos nos esforçar para perceber semelhanças com as crianças brasileiras. Antes de finalizarmos este capítulo convém destacar que, se por um lado, o confronto com a violência do racismo parece um destino inevitável aos negros no Brasil, por outro lado os efeitos advindos deste encontro podem ser atenuados ou maximizados de acordo com a forma como se acolhe os relatos e os restos dessas experiências. Com base na noção ferencziana de clivagem, desenvolvida anteriormente, é lícito afirmar que o pior cenário possível para um sujeito que enfrentou uma situação de discriminação racial é a negação de sua percepção por parte da sociedade. Entretanto, até mesmo os profissionais que deveriam estar preparados para acolher e manejar o sofrimento advindo das experiências traumáticas de exclusão e discriminação, por vezes se mostram despreparados para tal. Atualmente a psicanálise no Brasil tem sido confrontada, tanto por pesquisas acadêmicas quanto por depoimentos pessoais, com o fato de não estar conseguindo trabalhar os efeitos psíquicos do racismo naqueles que buscam uma análise. Já não fosse essa acusação séria o suficiente, em alguns casos afirma-se que o processo analítico tem sido responsável por produzir ainda mais traumas, à medida que imprime novos desmentidos. É sobre este ponto que nos deteremos no terceiro e último capítulo da presente tese. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Abrão, J. L. (2010). Virgínia Bicudo: a trajetória de uma psicanalista brasileira. São Paulo: Arte & Ciência. Andrade, A.B & Herzog, R. (2014). Tempos da interpretação e modalidades rítmicas em análise. In: Herzog, R. & Pacheco-Ferreira, F. De édipo a Narciso – a clínica e seus dispositivos. Rio de Janeiro: Cia de Freud. pp.135-148. Antonello, D. (2016). Trauma, memória e escrita: uma articulação entre a literatura de testemunho e a psicanálise. 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Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, vol.: VII. (1908). Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna, vol.: IX. (1910). Psicanálise Silvestre, vol.: XI. 24 (1912). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, vol.: XII (1913). Novas recomendações, vol.:XII (1914a). Sobre o narcisismo: uma introdução, vol.: XIV. (1914b). História do movimento psicanalítico, vol.: XIV. (1915a). Repressão, vol.: XVI. (1915b). O Inconsciente, vol.:XV (1917) Luto e melancolia, vol.: XIV (1917). Uma dificuldade no caminho da psicanálise, vol.: XVII (1919). O estranho, vol.: XVII (1920). Além do princípio de prazer, vol.: XVIII. (1921). Psicologia de grupo e análise do ego, vol.: XVIII (1923). O ego e o id, vol.: XIX. (1922). Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranóia e no homossexualismo, vol.: XVIII. (1926). Inibições, sintomas e ansiedade, vol.:XX. (1927). O futuro de uma ilusão, vol.: XXI. (1930). O mal-estar na civilização, vol.: XXI. (1933). 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