Psicodiagnóstico em Adultos e Idosos - Apresentação PDF

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Esta apresentação discute os psicodiagnosticos em adultos e idosos por Larissa Freire Pereira, incluindo as características de cada grupo e as intervenções necessárias.

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PSICODIAGNOSTICO EM ADULTOS PROFESSORA: LARISSA FREIRE PEREIRA ADULTOS O que é ser adulto? Trata-se da pessoa que chegou à maioridade legal e ao amadurecimento e encontra-se entre a adolescência e a velhice. Lembremos que, se a idade adulta começa com...

PSICODIAGNOSTICO EM ADULTOS PROFESSORA: LARISSA FREIRE PEREIRA ADULTOS O que é ser adulto? Trata-se da pessoa que chegou à maioridade legal e ao amadurecimento e encontra-se entre a adolescência e a velhice. Lembremos que, se a idade adulta começa com o fim da adolescência, não temos muito claro qual o começo da idade adulta, pois a adolescência tardia é fenômeno cada vez mais presente em nossa sociedade, sobretudo em estratos sociais mais abastados. Contudo, precisamos de um marco legal objetivo, e no Brasil, legalmente, é considerada adulta a pessoa acima de 18 anos. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO COM ADULTOS- CARACTERÍSTICAS Diferentemente da criança e do adolescente, em que prevalece o encaminhamento médico, escolar ou mesmo a iniciativa dos pais, por exemplo, nos adultos prevalece a busca espontânea, exceto naqueles casos em que o psicodiagnóstico busca atender uma demanda institucional, como seleção para vaga de emprego. Ainda nesse caso, o adulto está interessado em ter bom desempenho e ser aprovado. Em geral, o vínculo entre paciente e psicólogo é facilitado pelo interesse do adulto; Outra diferença é o fato de que, no adulto, não há um responsável intermediando a relação: o paciente é o contratante do serviço. Além de o trato ser direto, o feedback é dado ao próprio cliente/paciente, o que facilita o processo. DIAGNÓSTICO EM IDOSO. Idosa é a pessoa com idade avançada. Nessa idade, a capacidade para algumas atividades da vida diária, como o trabalho, vai sendo limitada, e essa é uma importante característica; Legalmente, é considerada idosa a pessoa acima de 60 anos de idade, conforme preconiza o estatuto do idoso. Estas são algumas características do público com idade avançada: possui experiência de vida e boa parte está aposentada e goza de maior tempo livre; É comum, no idoso, a presença de doenças crônicas associadas, principalmente diabetes e hipertensão, além de doenças ósseas e reumatológicas, que acabam por limitar a sua capacidade de deambulação. Não raro, o idoso é dependente. O trabalho preventivo com o idoso é justamente proporcionar a ele maior independência possível, mas é evidente que, com o passar dos anos, ele irá, cada vez mais, depender de auxílios. Outra característica da idade avançada é o declínio das funções biológicas, ou seja, queda da força e resistência muscular, do controle dos esfíncteres, da capacidade de deambulação; Há, ainda, o declínio das funções psicológicas, como sensação e percepção, atenção, memória, aprendizagem e consciência Por consciência, estamos chamando aqui a capacidade de monitorar os dados da realidade presentes num dado momento. Há, ainda, no idoso, uma menor flexibilidade cognitiva axiológica. Cognição pode ser chamada de pensamento, e axiologia são os valores éticos-morais. O idoso tem menor flexibilidade em rever sua forma de enxergar o mundo, e isso pode ser um desafio num trabalho psicoterápico O TRABALHO DO PSICÓLOGO COM O IDOSO. O trabalho do psicólogo com o idoso pode ser tanto do ponto de vista interventivo quanto preventivo. Interventivo A intervenção pode ser tanto no âmbito das psicoterapias individual e grupal como do trabalho de neuropsicologia, visando recuperar ou diminuir a perda de funções psicológicas decorrentes de comorbidades da senilidade, como Alzheimer, AVCs, etc PREVENTIVO Sobre o diagnóstico com idosos, eles seguem os mesmos critérios de uso de instrumentais cientificamente reconhecidos e validados pelo CFP. O diagnóstico comumente envolve familiares ou cuidadores do idoso. Um detalhe importante: é comum o uso de testes visando ao grau de perda de funções cognitivas por doença associada ou senilidade. A intervenção do psicólogo junto a idosos pode ser institucional, multiprofissional ou individual. intervenção institucional se dá quando o idoso está internado em uma instituição para idosos ou passa o dia em uma. Essa intervenção sempre é multiprofissional e interdisciplinar. A intervenção multiprofissional envolve o psicólogo como um membro de uma equipe maior. A intervenção individual se dá por meio, principalmente, de psicoterapia. ESPECIFICIDADES EM PSICODIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL Usamos o conceito “multiprofissional” e “interdisciplinar” como sinônimos. Não são. Multiprofissional diz respeito a uma equipe compondo um serviço ou atendendo a uma finalidade única, sendo que nessa equipe há profissionais de diversas áreas. Multiprofissionais: Cada um atua em sua área, mas a finalidade é a mesma Um exemplo é uma unidade básica de saúde, onde há odontólogos, médicos e psicólogos; Por exemplo, o psicólogo não entra na sala do dentista, e o dentista não está junto com o médico quando este está diagnosticando uma criança febril. Cada um na sua função, mas com um objetivo que os une. A atuação interdisciplinar é feita quando os profissionais de diferentes disciplinas de formação atuam conjuntamente, compartilhando seus conhecimentos e formação em vista do objetivo em comum naquele dado momento. Um exemplo da área médica é uma cirurgia, em que ao mesmo tempo estão presentes na sala cirúrgica o enfermeiro instrumentador, o médico cirurgião e o médico anestesista. Outro exemplo é na área do SUAS, em que um psicólogo e um assistente social, por exemplo, realizam uma visita técnica domiciliar juntos e depois discutem a impressão que cada um teve lançando mão, cada um deles, dos conhecimentos de sua área de formação. DIAGNÓSTICO E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: INTERDISCIPLINAR Considerando o trabalho do psicológico em equipe multiprofissional e interdisciplinar, algumas considerações precisam ser feitas; O objetivo do trabalho é diagnosticar a complexidade do sujeito avaliado por isso vários profissionais participam do trabalho; A partilha dos resultados do psicodiagnóstico obedece o princípio de partilhar com a equipe apenas o que for necessário para compor a complexidade diagnóstica, sempre com o consentimento da pessoa submetida ao psicodiagnóstico. A devolutiva à pessoa avaliada acerca de seu desempenho e resultados também é dever do psicólogo. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PCDS Para falarmos sobre diagnóstico e intervenção com pessoas com deficiência, cabe antes uma discussão de nomenclatura. Atualmente, não se usa termos como pessoa portadora de deficiência, ou mesmo pessoa com necessidades especiais, pessoas especiais, excepcionais, etc. Utiliza-se o termo “pessoa com deficiência, abreviado pela sigla PCD. Termos como “portador” não fazem sentido pois a pessoa não está portando uma deficiência, ela tem uma deficiência Termos como especial, excepcional também não são mais utilizados pois soam como um eufemismo, uma espécie de negação da deficiência. E a pessoa tem a deficiência; Por isso o termos Pessoa com deficiência. As deficiências podem ser físicas ou intelectuais. Deficiência física é aquela deficiência causada por ausência ou comprometimento em funções motoras ou sensitivas. Por exemplo, cegueira, surdez, paraplegia, tetraplegia, etc. Deficiência intelectual envolve a incapacidade de pensamento sofisticado e abstrato, que geralmente é sintoma de diversas condições sindrômicas como Down, os autismos diversos, etc; É comum também a associação de ambas as deficiências, como no caso de pacientes com paralisia cerebral. O psicólogo que atua com PCDs deve valer-se de instrumentais adaptados para o tipo de público, como testes em braile, teste aplicados em libras, testes validados para deficiências intelectuais, etc. Mais importante é destacar que o psicólogo precisa de formação específica para lidar com o tipo de público diante do qual exercerá sua profissão; Por exemplo, com deficientes auditivos, é necessário que o psicólogo conheça Libras e esteja inserido no mundo dos surdos. DIAGNÓSTICOS EXTRA CONSULTÓRIO Falamos quase que exclusivamente do psicodiagnóstico feito para consultório, ou então do psicodiagnóstico como etapa para ingresso num novo trabalho, mas o psicodiagnóstico se aplica em outros contextos também. Por exemplo, na área social o diagnóstico se aplica à comunidade, em termos de identificação de potencialidades e vulnerabilidades do território. Também é comum o diagnóstico organizacional, em que prevalecem os diagnóstico de cultura, que são os valores que circulam pela organização, e o diagnóstico de clima, que seria a percepção dos colaboradores acerca da organização. REFERÊNCIAS Também é comum o diagnóstico organizacional, em que prevalecem os diagnóstico de cultura, que são os valores que circulam pela organização, e o diagnóstico de clima, que seria a percepção dos colaboradores acerca da organização.

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