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Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo

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fisiologia do exercício efeitos fisiológicos treinamento exercício físico

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Esta apostila abrange os efeitos fisiológicos, tanto agudos como crônicos, do exercício físico regular. Destaca princípios do treinamento, como a sobrecarga, especificidade e reversibilidade. Analisa também os efeitos no sistema cardiovascular e respiratório.

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Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo EFEITOS FISIOLÓGICOS AGUDOS E CRÔNICOS DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR Princípios do Treinamento: O principal objetivo do treinamento consiste em causar ada...

Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo EFEITOS FISIOLÓGICOS AGUDOS E CRÔNICOS DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR Princípios do Treinamento: O principal objetivo do treinamento consiste em causar adaptações biológicas destinadas o desempenho numa tarefa específica. Princípio da Sobrecarga: A sobrecarga apropriada para cada pessoa pode ser conseguida pela manipulação de combinações de frequência, intensidade, modalidade e duração do treinamento. Princípio da Especificidade: A Especificidade se refere às adaptações nos Sistemas Metabólicos e Fisiológicos, dependendo do tipo de sobrecarga imposta. O exercício específico desencadeia adaptações específicas que criam efeitos específicos de treinamento. - Especificidade do VO2 máx: Ocorre pouca melhora quando a capacidade aeróbica é medida através de um exercício diferente, porém os aprimoramentos são significativos quando o exercício do teste é o mesmo exercício usado no treinamento. - Especificidade das alterações locais: A especificidade do aperfeiçoamento aeróbico também pode resultar do maior fluxo sangüíneo regional nos tecidos ativos quer devido a um aumento na micro circulação quer a uma distribuição mais eficiente do débito cardíaco, ou a ambos. Princípio das diferenças individuais: Os benefícios do treinamento são ampliados quando os programas são planejados de forma a satisfazer as necessidades e capacidades individuais dos participantes. Princípio da Reversibilidade: O destreinamento se processa com rapidez quando uma pessoa deixa de se exercitar. Após apenas uma ou duas semanas de destreinamento podem medir-se reduções importantes na capacidade tanto metabólicas quanto de trabalho e muitos das melhoras induzidos pelo treinamento são perdidos dentro de alguns meses. Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo Alterações cardiovasculares - Volume cardíaco O peso e o volume do coração em geral aumentam com o treinamento aeróbico d e longa duração. - Volume sanguíneo O volume plasmático e a hemoglobina total tendem a aumentar com o treinamento de endurance. - Frequência cardíaca Alterações observadas na FC constituem um índice conveniente para medir o aprimoramento induzido pelo treinamento. - Volume de ejeção Resulta de um grande volume ventricular acompanhado pôr uma melhor contratilidade do miocárdio. - Débito cardíaco É a alteração mais importante na função cardiovascular com o treinamento aeróbico. - Extração de Oxigênio O treinamento produz grandes aumentos na quantidade de oxigênio extraído do sangue circulante. - Circulação Sistêmica: - Diminui a resistência periférica total - Redistribuição do fluo sangüíneo total Efeitos no Sistema Músculo-esquelético - Maior eficiência mecânica - Aumento da capilarização - Aumento das atividades enzimáticas - Hipertrofia Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo Alterações no Sistema Respiratório - Frequência respiratória (FR) - Volume corrente (Vt) - Volume (Ve) - Aumento da capacidade funcional - Melhor relação ventilação / perfusão Formúlas para VO2 max (adulto sedentário) VO2 max. = 60 – 0,55 x idade (homens) VO2 max = 48 – 0,37 x idade (mulheres) Efeitos psicológicos e sociais - Melhora da capacidade de trabalho - Redução da ansiedade e depressão - Maior sensação de bem-estar - Melhora do ritmo do sono e apetite Outros efeitos - Aumento no volume sangüíneo total - Aumento na concentração de hemoglobina - Diminuição do percentual de gordura corporal - Maior tolerância à acidose láctica - Relaxamento muscular generalizado Comparação entre os efeitos dos exercícios isométricos e isotônicos Modificações: Celulares: (I/E) - Aumento os elementos contráteis (I/D) - Aumento de enzimas oxidativas e transporte de elétrons Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo Orgânicas: (I/E) - Elevação da PA (Durante o esforço) “ - Aumenta trabalho cardíaco e consumo de O2 “ - Aumenta da Pós-carga (I/D)- Melhora do sistema de transporte de O2 “ - Aumento da Pré-carga Funcionais: (I/E) - Aumento da força muscular “ - Discutível efeito de treinamento físico (I/D) - Menor aumento de força muscular “ - Efeito de treinamento cardiovascular Isométrico (Estático) (I/E) Isotônico (Dinâmico) (I/E) Alterações no Sistema Aeróbico O treinamento com sobrecarga aeróbica aprimora muito as inúmeras capacidades funcionais relacionadas ao transporte e a utilização do oxigênio. 1- As mitocôndrias do músculo esquelético exibem uma capacidade muito aumentado de gerar ATP aerobicamente por fosforilação oxidativa. 2- Associado à maior capacidade de captação de oxigênio pelas mitocôndrias, observa-se um aumento tanto no tamanho quanto no número das mitocôndrias e uma duplicação potencial no nível de atividade das enzimas do sistema aeróbico. 3- O conteúdo de mioglobina do músculo esquelético dos animais aumenta até 80%. 4- Observa-se um aumento na capacidade do músculo trinado mobilizar e oxidar as gorduras. 5- O músculo treinado exibe uma capacidade maior de oxidar os carboidratos. Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo 6- O treinamento aeróbico produz adaptações metabólicas nos diferentes tipos de fibras musculares. 7- Pode haver também uma hipertrofia seletiva das diferentes fibras musculares para um treinamento com sobrecarga específica. Alterações no Sistema a Anaeróbico As atividades que exigem um alto nível de metabolismo anaeróbico produzem alterações específicas nos sistemas de energia imediato e em curto prazo, sem aumento concomitante nas funções aeróbicas. 1-Aumenta nos níveis dos substratos anaeróbicos em repouso. ATP, CP, Creatina livre e Glicogênio 2-Aumentos na quantidade e na atividade das enzimas chave que controlam a fase anaeróbica do fracionamento da glicose. Fibras Musculares de Contração rápida 3- Aumentos na capacidade para suportar os níveis de ácido láctico sangüíneo durante o exercício máximo (explosivo) após treinamento anaeróbico. Maiores níveis de Glicogênio Maiores níveis das Enzimas Glicolíticas Tolerância à dor Limiar anaeróbio (VO2 / VCO2) É uma informação valiosa a respeito da eficiência do sistema de transporte de oxigênio e um índice objetivo da tolerância ao exercício. Efeitos: - Acidose metabólica - Aumento não linear da ventilação com o consumo de oxigênio - Alteração da cinética do consumo de oxigênio - Alteração no padrão de recrutamento das fibras motoras - Fadiga muscular Fisiologia do Exercício Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo Alterações no Sistema Cardiovascular induzidas pelo condicionamento físico em diferentes condições a) Em repouso: - Frequência cardíaca < - Volume sistólico > - Contratilidade miocárdica > b) Durante exercícios submáximos: - Frequência cardíaca < - Volume sistólico > - Contratilidade miocárdica > - Tônus vagal > - Diferença arteriovenosa > - Duplo produto (FC x PA sist.) < - Débito cardíaco > c) Durante exercícios máximos: - VO2 máximo (DC x Dif. A-V) > - Débito cardíaco > - Volume sistólico > - Diferença arteriovenosa > *******

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