Ornitopatologia - Doenças Bacterianas e Virais em Aves Comerciais - PDF
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Anhanguera – Sorocaba
Ferreira-lúcio
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This document presents an overview of bacterial and viral diseases in commercial poultry, focusing on Marek's disease. It covers topics such as the disease's characteristics, transmission methods, clinical signs (in different forms), and diagnostic procedures. It also contains information on prevention and control.
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Ornitopatologia Doenças Bacterianas e Virais em Aves Comerciais Doença de Marek (MD) Doença de Marek ✓ Doença linfoproliferativa (neoplasia) das galinhas, altamente contagiosa; ✓ Caracteriza-se linfomas e infiltrados de células mononucleares e...
Ornitopatologia Doenças Bacterianas e Virais em Aves Comerciais Doença de Marek (MD) Doença de Marek ✓ Doença linfoproliferativa (neoplasia) das galinhas, altamente contagiosa; ✓ Caracteriza-se linfomas e infiltrados de células mononucleares em todos os tecidos; ✓Hipertrofia do nervo ciático (vago e plexo braquial) – Polineurite – paralisia unilateral. ✓ Gônadas, íris, pupila, fígado, músculos e pele; FONTE: Ferreira-lúcio, 2012 Agente: Alfa - Herpesvírus. Alfa - Herpesvírus. Retrovírus. Linfomatose gallinarum Linfomas difusos Infiltrado de células vários tecidos neurite Linfomas Doença de Marek ✓Doença de Notificação obrigatória - OIE ✓1970 – morbidade e mortalidade (ultrapassou 60%); ✓Após a adoção da vacinação diminuiu (3-5%); ✓Galinha (hospedeiro natural) – principalmente Frango de corte; ✓Espécies susceptíveis (patos, codornas, faisões, gansos, pombos e canários). Doença de Marek - Transmissão Horizontal: ✓Contato direto com aves infectadas e indireto via aerossois; ✓Aderido à casca do ovo expõe o pintainho pós-eclosão; ✓O folículo da pena é o local primário de replicação viral; ✓Células descamadas constituem parte da (poeira), presente no galpão penetrando no trato respiratório das aves. ✓Não há evidências de transmissão vertical. Doença de Marek - Sintomatologia Afeta aves a partir da 6ª semana de idade (12ª e 24ª semanas); 3 formas conhecidas: ✓Clássica: (18 semanas de idade), paralisia assimétrica das patas e asas – caquexia, dificuldade respiratória e tumores de pele, musculo e vísceras cavitárias Doença de Marek - Sintomatologia ✓Aguda: (7 a 8 semanas), tumores múltiplos – (↑ M), palidez da crista e patas, letargia, ↓ peso, ↓ postura , anisocoria e cegueira; ✓Paralisia temporária (até 7 semanas) paralisia súbita das pernas e pescoço c/ duração (+/- 3 dias), ataxia e morte; ✓ Lesões cutâneas arredondadas, firmes em folículos de pena. Doença de Marek - Sintomatologia ✓ Experimentalmente – arterosclerose e imunossupressão ( Linfócito T); ✓ Animais previamente vacinados podem desenvolver a doença. Fonte: USDA, (2001). Doença de Marek - Diagnóstico ✓Atenção aos sinais e lesões clínicas; ✓Alterações neurológicas, oculares e órgãos; ✓Exame histopatológico; ✓Nervo ciático e tumores; ✓Isolamento em cultivo celular; ✓Rins de galinha e/ou embriões; ✓Sorologia; ✓PCR. Doença de Marek – Prevenção e Controle ✓Práticas de biosseguridade; ✓ vazio sanitário galpões e equipamentos; ✓Vacina – atenuada – recombinante – eficácia de 98,62% ✓Aplicada (SC) nas aves de 1ª dia (incubatório) e/ou ovos embrionados; ✓Objetivo – prevenir a doença clínica, imunodepressão, mortalidade, além de condenações carcaças (lesões viscerais e cutâneas) no abatedouro. Prevenção e Controle Bronquite Infecciosa das galinhas e Doença de Gumboro Bronquite Infecciosa das Galinhas ❖Introdução: ✓Doença de distribuição mundial, aguda e altamente infecciosa; ✓Alterações no ap. respiratório e genitourinário; ✓Ataca aves de todas as idades e sexo; ✓Ações isoladas e/ou associadas c/ patógenos respiratórios; ✓Surgiu no Brasil como infecção suave, de sintomatologia branda e praticamente s/ (M); ✓Agente: Coronavírus – Massachusetts (sorotipo + importante). ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Resistência: ✓pH ácido/1 h. à 37°C. Sensibilidade: ✓Inativado à 56°C/15 min.; ✓Desinfetantes (formol e permanganato de potássio). Transmissão: ✓ Contato direto e/ou indireto; ✓ Não necessita de vetores. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Patogenia: ✓Hosp. natural – galinhas; ✓Pintainhos infectados – ( M); ✓Aves adultas infectadas via aerossóis exibem problemas respiratórios (18-24 h.) após a infecção. Sinais e sintomas: ✓Aves jovens e adultas: ✓Tosse, espirro e estertores na traquéia; ✓Coriza c/ abundante secreção nasal; ✓ (CR). ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Sinais e sintomas: ✓Poedeiras: ✓Além dos sintomas respiratórios – ocorre postura; ✓Ovos impróprios para incubação (92%); ✓Ovos c/ casca (defeituosa, fina e porosa); ✓Albumina aquosa; ✓Diarréia e desidratação. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Lesões patognomônicas: ✓Ovos embrionados: ✓Nanismo e/ou enrolamento do embrião; ✓Aderência da membrana corio-alantóide à casca; ✓Nefrite intersticial; ✓Edema na traquéia e brônquio; ✓Congestão do baço e cérebro. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Lesões: ✓Pintos: ✓Edema de traquéia; ✓Brônquios c/ exsudato purulento; ✓Vedação do lúmen na laringe (asfixia). ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Lesões: ✓Aves jovens: ✓Congestão de pulmão; ✓Inflamação fibrinosa dos sacos aéreos – Aerossaculite; ✓Pericardite e peri-hepatite; ✓Edema de barbela (cabeça inchada); ✓Sinusite e conjuntivite. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Lesões: ✓ Aves adultas: ✓ Sinais respiratórios – “idem” – aves em crescimento; ✓ Necrose e hemorragia do fígado e coração; ✓ Hemorragia no ovário. ✓ Frangos de corte: ✓ Aumento dos rins; ✓ Saliência dos túbulos renais – cheios de uratos. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Diagnósticos: ✓Respeitar o histórico e os sinais clínicos; ✓Isolamento viral; ✓Amostras de pulmão, rins, traquéia, tonsilas, oviduto e/ou inoculação em ovos embrionados. ✓Imunofluorescência; ✓Detecção do agente viral no tecido de aves infectadas. ✓Prova sorológica; ✓PCR; ✓Fragmentos de órgãos infectados e/ou cultivo celular. ❖Bronquite infecciosa das galinhas: Prevenção e controle: ✓Programa vacinal (respeitar o microambiente); ✓1ª dia de idade (incubatório), via spray; ✓3ª dia de idade (granja), spray ou água de bebida. ✓Cuidados na manipulação e armazenamento – evitar erros vacinais. Doença de Gumboro ❖Introdução: ✓Altamente contagiosa – tropismo pela bursa de Fabrícius – aves jovens; ✓Órgão responsável pelo sist. imunológico; ✓Distribuição cosmopolita – presente nos plantéis comerciais de frangos e poedeiras; ✓Déc. 60 – descrita pela 1ª vez – cidade de Gumboro (EUA); ✓1997, Brasil – zona endêmica (surtos em SP e MG). ❖Doença de Gumboro: Agente etiológico: ✓Avibirnavírus. Importância econômica: ✓Número elevado de aves doentes no mesmo lote; ✓Aparecimento de várias doenças; ✓Desuniformidade, (ECA), (M). Patogenia: ✓ Via oral – porta de entrada (+) comum; ✓ Após 5h. o agente dissemina-se pela corrente sanguínea, infectando a bursa e outros tecidos. ❖Doença de Gumboro: Epidemiologia: ✓Galinhas (HN) – relatos em perus, patos e avestruzes; ✓Maior susceptibilidade – aves (3-6 sem. de idade). Transmissão: ✓Principalmente pela forma indireta (fômites, cama, fezes, cascudinho, moscas e roedores); ✓Resistência: 60 d. em fezes e alimentos contaminados; ✓Sensibilidade: ≥ 70°C/30 min., pH e formol. ❖Doença de Gumboro: Sinais e sintomas: ✓Subclínico: ✓Imunossupressão (aves ≤ 3 sem.); ✓Retardo de cresc., sonolência, palidez de crista e barbela e capacidade de resposta a vacina. ✓ Agudo: ✓ Aves (3 a 6 sem.); ✓ Penas arrepiadas, prostração, letargia, tremores, anorexia, desidratação, diarréia esbranquiçada e cloaca suja. ❖Doença de Gumboro: Lesões: ✓Bursa edemaciada, hemorrágica ou hiperêmica; ✓Bursa amarelada c/ exsudato mucopurulento; ✓Músculos escurecidos (coxa); ✓Proventriculite; ✓Rins descoloridos c/ presença ou não de urato; ✓Espleno e hepatomegalia. ❖Doença de Gumboro: Diagnósticos: ✓Isolamento viral; ✓Amostras de pulmão, rins, traquéia, tonsilas, oviduto ou inoculação em ovos embrionados. ✓Exame histopatológico; ✓Tecidos da bursa, baço, tonsilas e etc. ✓Prova sorológica – (ELISA); ✓PCR – fragmentos de órgãos infectados. ❖Doença de Gumboro: ✓Prevenção, controle e tratamento: ✓Identificação e sacrifício das aves doentes; ✓(L/D) agentes físicos e químicos; ✓Prevenir a imunossupressão; ✓Vacinação; ✓F. de corte – 2 doses (1ª e 2ª sem. granja) via água, spray ou ocular; ✓Poedeiras – 4 doses – além das anteriores, reforço (17-20 e 38 sem.). ✓Antitérmico e hidratação durante o período febril. Bouba Aviária ✓Cosmopolita; ✓ Varíola Aviária; ✓Lesões Nodulares proliferativas; ✓ Trato respiratório de digestório. Avipoxvírus - Poxviridae ✓DNA Vírus envelopado Bouba das galinhas ✓4 cepas Bouba dos perus Bouba dos pombos Bouba dos canários e codornas Disseminação lenta - vírus nas lesões de pele Transmissão mecânica – Contato Dermanyssus gallinae Moscas Poeira - aerossóis Galinhas Perus Mortalidade Pombos 50% Psitacideos Incubação de 4 a 10 dias e morbidade variada Passeriformes Mortalidade Codornas 100% Patogenia: ✓ Replicação em células da derme; ✓ Viremia secundária em fígado (canários); ✓ Sem alterações macroscópicas; ✓ Lesões desaparecem em 6 a 12 semanas Sinais Clínicos: Passeriformes e codornas: Formas Cutânea, Diftérica e Septicêmica; Demais aves: Cutânea ou Diftérica Bouba Cutânea - Seca ✓Nódulos em áreas sem pena; ✓ Desenvolvimento de pústulas e crostas; ✓Infecção secundária; ✓Inflamação da córnea. Recuperação rápida FONTE: Chiminacio, 2004 Bouba Diftérica - Úmida ✓1° Conjuntivite; ✓ Lesões na cavidade oral , esôfago e traqueia; ✓ Dificuldade para comer e beber; ✓ Dispneia e descarga nasal; ✓ Úlcera de córnea; ✓ Necrose de língua. Recuperação Moderada Bouba Septicêmica ✓ Sinais súbitos; ✓Pneumonia; ✓Perda total de apetite; ✓Morte em 3 dias Aves de postura – queda na produção de ovos, diminuição do crescimento e dificuldade de empenamento A gravidade dos sintomas varia conforme a suscetibilidade do hospedeiro, virulência do vírus, distribuição das lesões e complicações secundárias Diagnóstico ✓ Isolamento do vírus em lesões cutâneas; ✓ Diagnóstico Sorológico nos Hospedeiros - Hemaglutinação passiva; ELISA (após 7 dias) ✓ Isolamento para Identificação ( Inoculação em ovos, aves e cultura celular) Diagnóstico Histopatológico ✓ hiperplasia epitelial; ✓Infiltrado inflamatório; ✓ Corpúsculo de Bollinger; ✓ Hiperplasia de células produtoras de muco ( Traqueia) FONTE: patologiaviaria, 2012 Diagnóstico Diferencial ✓ Laringotraqueite Infecciosa (LI); ✓ Deficiência de vitaminas do complexo B. Vacinas – recombinantes (Marek e Gumboro) - subcutânea Galinhas – 4 semanas Perus – 1-2 meses Vírus vivo. FONTE: AgroMais, 2015 Tratamentos: Sintomático: ✓ Infecções secundárias: ATB (Tetraciclina ou Gentamicina) e fungiostáticos (Itraconazol –ou Iodo); Vitamina A: 30.000 a 80.000 UI/kg; Vitamina C - Podem ajudar na cicatrização dos epitélios; Pomadas antimicrobianas – feridas Impede a morte celular