Salmonelose - PDF
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This document discusses salmonellosis, which is a disease caused by Salmonella bacteria. It covers the etiology, pathogenesis, and epizootiology of the disease, with specific focus on poultry. It includes information on different types of Salmonella that affect poultry and also includes sections on diagnosis. It also outlines methods of control for prevention against this illness in poultry.
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SALMONELOSES granjas comerciais pode usar para ↪ enfermidades provocadas por bactérias paratíficas do gênero Salmonella Sp; mais de 2.500 sorovares; ETIOLOGIA Toxinfecção: 80-90% problema em ↪ Família Enterobacteriaceae (bactéria...
SALMONELOSES granjas comerciais pode usar para ↪ enfermidades provocadas por bactérias paratíficas do gênero Salmonella Sp; mais de 2.500 sorovares; ETIOLOGIA Toxinfecção: 80-90% problema em ↪ Família Enterobacteriaceae (bactéria humanos e contaminação em aves gram negativa) (carne de frango ou ovo). ↪ Bacilos não esporulados ↪ Família: Enterobacteriaceae ↪ Gram negativos ↪ Gênero e espécie: Salmonella enterica ↪ Aeróbios ou anaeróbios facultativos ↪ Sorovares: ↪ Maioria é móvel: S. Pullorum (Pulorose) Exceção: S. Pullorum e Gallinarum S. Gallinarum (Tifo) (imóveis) S. Typhimurium (Paratifo) ↪ Salmonella spp – ocorre em equilíbrio S. Enteritidis (Paratifo) com a microbiota intestinal das aves ↪ Saúde Pública (causam toxinfecção alimentar): paratifo Cascudinho –Alphitobius Diaperinus ↪ tifo e paratifo: zoonose ↪ fica principalmente na cama ↪ as que acometem aves são muito mais ↪ mantedor de salmonella, escherichia patogênicas do que as que acomete coli… que fica dentro dele humanos para as aves ↪ galinhas podem comer um cascudinho daí entra bactéria PNSA –Salmonelose–DOU 05/11/2003, Seção 1, Página 3 ↪ Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas Permanentes Livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e Typhimurium PATOGENIA E EPIZOOTIA ↪ Hospedeiros naturais: são as galinhas INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 78 de linhagens vermelhas e fêmeas (+ 05/11/2003 sensíveis que os machos) ↪ De acordo com Instrução Normativa termorregulação e imunidade SDA nº 78/03, granjas de reprodução do deficientes tipo linhas puras, bisavós, avós e SPF não ↪ pode acometer outras aves como perus, são autorizadas a utilizar vacinação de pardais, canários, faisões, codornas e qualquer natureza contra salmonelas. papagaios; Para Matrizes pode ser utilizada vacina contra as PARATÍFICAS Hospedeiros naturais OBS: Plantéis de aves comerciais, como ↪ natural ou artificialmente: chimpanzés, poedeiras, é utilizada a vacina também coelhos, suínos, cachorros, bovinos e contra o TIFO AVIÁRIO, porém não está ratos domésticos e selvagens; na IN 78/03] ↪ humanos são refratários em baixas ↪ linhas puras não podem ser vacinados doses (pode carrear em salmonela). de jeito nenhum; para matrizeiros e PULOROSE ↪ termo utilizado para designar as renovar o plantel; não trata pullorum e infecções causadas pela Salmonella salmonella enterica sorovar Pullorum (SP) ↪ doença aguda que acomete Transmissão principalmente aves jovens - alta ↪ Vertical transovariana: + importante; mortalidade ↪ Horizontal: ovos, nascedouro ↪ doença aguda por isso tem alta (aerógena), sexagem, vacinação, mortalidade debicagem, canibalismo, e transporte; ↪ lps - bem patogênicos ↪ mais raro: indireto ração, água, cama, pessoas, aves OCORRÊNCIA - Distribuição mundial: silvestres, animais de estimação e ↪ EUA: moscas grande exportador: outros países ↪ se ta no incubatório o problema é na (Brasil) matriz pq é mais comum passar de mãe há notificação pra filho ↪ Brasil: ↪ eliminação das mães na transmissão diagnosticada com frequência vertical é mais importante números oficiais inexpressivos anos 80 e 90 (↑ casos → falha SINAIS CLÍNICOS controle) Aves Jovens ↪ Não eclodem ou morrem logo após a ETIOLOGIA eclosão Espécie Salmonella Pullorum: ↪ podem nascer com: Fraqueza, perda de ↪ bacilo gram (-), imóvel; apetite, amontoamento, diarreia ↪ não possui flagelos nem cápsula esbranquiçada (material/diarreia branco ↪ não esporulado na cloaca - emplastamento), asas caídas ↪ aeróbicos ou anaeróbicos facultativos e a mortalidade pode ser súbita; ↪ sobrevive cerca de 11 semanas em ↪ provavelmente vai morrer pq a bursa e camas novas e 3 semanas em camas os órgão linfoides secundários ainda antigas (camas reutilizadas faz estão se desenvolvendo desinfecção por isso que é menos - pode ser feito com cal, hidróxido de cálcio - aves adultas : fermenta; nova só é jogada lá) ↪ geralmente assintomáticas; ↪ queda de postura até 30%; Idade de ocorrência ↪ Queda da fertilidade e eclodibilidade ↪ aves jovens (pullorum): ↪ Diarreia e desidratação 14 e 21 dias (+ sensíveis): alta mortalidade ALTERAÇÕES sobreviventes podem se tornar ANATOMOPATOLÓGICAS portadoras (parâmetros Aves jovens: zootécnicos normais e produzir ↪ casos superagudos: lesões ovos contaminados) macroscópicas podem ser difíceis de ↪ aves adultas (tifo): serem identificadas; não tem sinal clínico geralmente não manifestam sinais ↪ saco da gema pode estar com clínicos - matrizes são o problema. consistência cremosa ou caseosa (não OBS: Salmonella pra vida toda - sempre absorvido); está excretando; sacrifica antes de ↪ fígado c/ aumento do tamanho e Folículos degenerados, atrofiados e congestão (marrom); comum ter petéquias hemorrágicos tbm ↪ nódulos brancos: pulmão, trato digestivo, músculo cardíaco e pâncreas. Eventualmente, nódulos na moela, duodeno e cecos; ↪ cecos podem apresentar material caseoso - principal cél é heterófilo Aves adultas: ↪ animal tá provavelmente assintomático mas é positivo Sinovite na articulação e no coxim ↪ as lesões podem ser mínimas, mas a ave apresenta sorologia positiva; ↪ podem ter regressão dos folículos ovarianos, presença de folículos císticos, hemorrágicos, necrosados ou com material caseoso; ↪ pericardite (comum) podem também apresentar perihepatite e peritonite fibrosa. ↪ nódulos brancos: músculo cardíaco, testículos, moela, intestino e pâncreas; diarreia por má absorção ↪ infiltrado polifórmico nuclear redução das vilosidade e aumenta as cristas = não consegue absorver maior secreção e menor absorção = diarreia - morte por desidratação abcessos = heterófilos Sinais Clínicos de S. Pullorum Diarreia branca Ceratoconjuntivite Artrite Queda de postura Material caseoso a fibroso salmonela que infecta o fígado ↪ infecções causadas pela Salmonella hemorragias Gallinarum (SG) e acomete concentração de polimorfonucleares principalmente aves adultas. ↪ Mais comuns em poedeiras comerciais DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL mas pode ocorrer em aves reprodutoras Aves jovens (até 3ª semana) (é por isso que é permitido vacinar ↪ Encefalomielite aviária, aspergilose, poedeiras) colibacilose e outras salmonelas; Aves adultas: DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA ↪ Marek e outras septicêmicas como tifo, ↪ distribuição mundial; paratifo, pasteurelose e ↪ sob controle em países da Europa e colibacilose-realizar isolamento e América do Norte; identificação do agente ↪ descrito em países cuja a avicultura ↪ BIG –queda de postura (no pico de industrial está em desenvolvimento e produção - 32 a 35 semanas) naqueles onde há aves criadas livremente; TRATAMENTO ↪ América do Sul ocorrem em vários ↪ Pode reduzir a mortalidade, mas não o países; estado portador; por isso que não trata ↪ Brasil anos 80 e início dos 90; uma ave pq ela sempre vai estar ↪ mais comuns em poedeiras comerciais eliminando embora ocorra em aves reprodutoras; ↪ Drogas QUE PODERIAM SER efetivas: sulfonamidas(0,5% na ração), ETIOLOGIA nitrofuranos, fluorfenicol, enrofloxacina, ↪ bacilos (gram - ): sem flagelos imóveis = clortetraciclinae apramicina; semelhantes à SP; ↪ PORÉM, Todas as drogas citadas já ↪ na sorologia básica para identificação mostraram em algum momento do sorotipo ambas são indistinguíveis; resistência, logo o antibiograma deve ser ↪ é passível de confusão o diagnóstico feito. bacteriológico: similaridade de ↪ NÃO INDICADO PARA GRANJAS comportamento bioquímico e na estrutura LIVRES antigênica. PREVENÇÃO E CONTROLE PATOGENIA E EPIZOOTIA Pontos Críticos de Controle: granjas de ↪ Hospedeiros naturais reprodutoras e incubatórios são as galinhas ↪ limpeza, desinfecção, controle de pode acometer outras aves, moscas, roedores, pássaros; pombos parecem ser resistentes; ↪ Realizar SARP para pulorose em 100% linhagens de galinhas leves são das aves mais sensíveis que as de ↪ Controle do cascudinho com inseticidas; linhagens pesadas; pesadas - ↪ só incubar ovos de lotes livres, se não corte e leve - postura incubar separadamente; ↪ comumente descrito em aves adultas, ↪ aves de reposição: lotes livres ou pode ocorrer em qualquer idade, deixadas em quarentena e testadas provocando alta mortalidade; ↪ doença em aves jovens pode ser confundida com a pulorose; ↪ já foi isolada de outros animais como TIFO AVIÁRIO chimpanzés, coelhos, cobaias, ratos e raposas; se adapta muito bem em ↪ processos inflamatórios: coração, diversos animais pulmões, rins, moela, pâncreas, duodeno, ↪ Mortalidade de 40 a 80%: septicemias baço e cecos ; agudas são as que causam essa ↪ ovários atrofiados com folículos mortalidade hemorrágicos, císticos, disformes ou com OBS: salmonela é de notificação conteúdo caseoso obrigatória ↪ poedeiras: queda de postura Transmissão ↪ horizontal (+ importante) e a vertical é Lesões Micro –Tifo Aviário rara mas possível; ↪ fezes, alimentos, água e cama contaminadas, aves mortas, canibalismo; ↪ pessoas, aves silvestres, animais de estimação, cascudinho e moscas. SINAIS CLÍNICOS Aves jovens ↪ menos comum; ↪ sintomatologia semelhante a pulorose; Aves adultas ↪ diarreia amarelo esverdeada a esverdeada, queda de postura, sede intensa, apatia, prostração e mortalidade; ↪ mortalidade não ocorre de uma só vez quanto mais o baço ta tendo infiltração sendo significativa no final. capaz de sair de esplenomegalia e ter uma atrofia do baço ALTERAÇÕES órgão linfoide mais importante sistêmico ANATOMOPATOLÓGICAS da ave é o baço ↪ características de septicemia e toxemia; ↪ aves jovens: semelhante a pulorose; DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E ↪ aves adultas: CONTROLE congestão de órgão internos e ↪ Semelhantes a Pulorose; anemia (destruição de hemácias); ↪ Vacinação (somente poedeiras): fígado (friável) e baço aumentados vacina viva atenuada com necrose (bacterianas); as bactérias não tem mostrado bom resultado e a mais usada é uma vacina viva atenuada Vaxxon® SG-9R; Avaliar cada caso OBS: somente para poedeiras DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ↪ outras salmonelas; ↪ Doenças que cursam com diarreia: ex. colibacilose Lesões Macro –Tifo Aviário ↪ Doença de Marek ↪ outras doenças septicêmicas pasteurelosee colibacilose-realizar ↪ Podem sobreviver e multiplicar se no isolamento e identificação do meio ambiente agente. ↪ Amostras humanas, o número partiu de 0,37% entre os anos 1970 a 1990 para PREVENÇÃO E CONTROLE 60,4% de 1991 a 1996 ↪ TRIAGEM: SARP → início da postura em 100% das aves, confirmar o Hospedeiros diagnóstico e eliminar as aves positivas ↪ podem infectar várias espécies animais; de imediato; ↪ Aves: maior reservatório isolado de salmonelas na natureza (mas não são específicos destas); ↪ perus e galinhas são muito susceptíveis; formou grumos é positivo ↪ papagaios, pombos, patos, faisões, ↪ TRATAMENTO – NÃO indicado para codornas, canários, pardais e outros granjas livres animais inclusive humanos; Transmissão horizontal + importante PULOROSE E TIFO AVIÁRIO ↪ Sacrifício de lotes infectados, com limpeza e desinfecção absoluta, com troca de cama, vazio sanitário (6 semanas) e reestocagem com aves livres; ↪ fumigação em incubatórios reduz a presença e a disseminação da SP; ↪ Vacinação é PROIBIDA más indutoras de imunidade não impede a infecção ou transmissão pode contaminar pelas fezes ↪ poedeira pode vacinar agr matrizeiro matéria prima pode contaminar elimina tudo bovino ser humano Paratifo Aviário roedor contamina pessoa ↪ grupo de doenças causadas por outras outras aves Salmonelas que não a S. Pullorum e a S. transporte Gallinarum. e funcionários do setor ↪ SAÚDE PÚBLICA salmonella acomete todas as espécies ↪ essa salmonela é móvel TRANSMISSÃO VERTICAL OCORRE, MAS É MENOS FREQUENTE distribuição mundial; ↪ Brasil: ocorrência S. enterica(SE) = OVO É O GRANDE VILÃO? infecção paratifoide mais importante na ↪ RESPOSTA: Quando crus e mal atualidade no país; cozidos ↪ Sorovares como a Typhimurium, Enteritidis, Agona, Heildeberg, Senftenberg, Schwarzegrund e a Infantis também ocorrem com certa frequência. SINAIS CLÍNICOS Aves jovens (mais comum); ↪ ovos contaminados: mortalidade embrionária ou pós eclosão; ↪ quadro severo poderá ser confundido com pulorose, ou com outra enfermidade bacteriana que cursa com septicemia; ↪ pode apresentar diarreia aquosa retardo no crescimento e mortalidade Aves adultas: ↪ perda de apetite, queda na produção e diarreia; ↪ RARAMENTE ocorre mortalidade; ↪ Em situações de estresse = muda forçada; ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS ↪ casos muito agudos s/ alterações macroscópicas; ↪ enterite severa com lesões necróticas focais na mucosa do intestino delgado; ↪ cecos com menor volume, parede espessada e conteúdo branco ou amarelado, tiflite(característico); ↪ baço e fígado congestos, edemaciados e com pontos necróticos; ↪ rins hipertrofiados e congestos; ↪ pericardite e aerossaculite pode ocorrer; ↪ presença de gema não reabsorvida, necrótica ou caseosa; ↪ aves adultas apresentam atrofia de ovário, folículos alterados ou hemorrágicos. DIAGNÓSTICO Normas p/ monitoria de Salmonella spp ↪ Semelhante as demais salmonelas: ↪ PNSA(2002) - toda granja de baseado no isolamento e identificação; REPRODUTORAS de aves: ↪ órgãos de eleição: baço, fígado, ↪ monitoria sorológica bacteriológica p/ S. coração, ovário, gema e conteúdo cecal; Pullorum, S.Gallinarum, S. Enteretidis e ↪ Cultura: Typhimurium; Aves infectadas durante a ↪ amostras periódicas de sangue, órgãos, incubação: jejuno; swab cloacal, cascas de ovo, fezes, Aves infectadas após a incubação: mecônio; conteúdo ceca le tonsilas; ↪ 5% de produção: 100% = SARP: Outros: medula óssea, pulmões, (+)separadas,retestadas(soro+bact articulações e sacos aéreos; eriológico); ↪ Sorologia-ELISA caso de confirmação: ↪ RT-PCR - pulorose ou tifo = sacrifício do lote DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - paratifo = tratamento das ↪ outras salmoneloses e enfermidades aves e vacinação bacterianas septicemias e diarreicas; ↪ Atualmente: Coleta de órgãos para ↪ diferenciar através do isolamento e bacteriológico PCR. Diagnóstico Geral -Salmonelas TRATAMENTO AVES VIVAS ↪ Semelhante as demais salmonelas ↪ SWAB DE CLOACA ↪ Demais medidas possíveis: ↪ SWAB DE FEZES FRESCAS (CECAIS) Antibióticos via água, mas as aves ficam portadoras AMBIENTE uso de microbiota intestinal para ↪ SWAB DE ARRASTO exclusão competitiva (pintos de 1 ↪ SWAB DE NINHO dia); tira de uma ave e coloca na ↪ PÓ DE GALPÃO outra ↪ FEZES FRESCAS utilização de acidificantes (ácidos ↪ SAPATILHAS (Pró-Pé) orgânicos) na ração e se possível peletizar (destruição de MO.); farinha de origem vegetal; Vacinação: Atualmente, no Brasil são permitidas as vacinas inativadas para uso em reprodutoras comerciais. Problemas de Saúde Pública ↪ Toxinfecções alimentares pela ingestão de ovos e carne de aves contaminadas; ↪ Ovos:contaminação com material fecal durante a postura - casca - gema e clara; ↪ Carne: processo de industrialização - etapas de processamento comuns - contaminação de toda a linha de abate.