Cefaleias PDF
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Este documento aborda os diferentes tipos de cefaleias, incluindo as primárias e as secundárias. Fornece uma explicação geral sobre as características, a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento das cefaleias tencionais e enxaquecas, em Português.
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Cefaleias Primárias Secundárias Independem de quadro clínico subjacente Manifestação como sintoma de um quadro clínico prévio (HAS,...
Cefaleias Primárias Secundárias Independem de quadro clínico subjacente Manifestação como sintoma de um quadro clínico prévio (HAS, trombose, TCE, meningite, hematoma, tumor, abscesso, vasoconstrição, dissecção de vasos) S → sintomas febre, sudorese, imunossupressão, perda ponderal sistêmicos N → sintomas nível de consciências, diplopia, paralisia de NC, paresia, ataxia, convulsão neurológicos O → sudden onset pico de dor muito rápido O → older onset início após 50 anos mudança de padrão, prenhez, puerpério, papiledema, precipitado por valsalva, P6 posicional Tipos de cefaleias 1. CEFALIA TENSIONAL (CTT) Caso mais comuns de dor de cabeça; Classificação por temporalidade: Apresentação bilateral “dor em aperto”; → Episódica infrequente⇒ 1 dia/mês; → Episódica frequente ⇒ 1-14 dias/mês; Mais presente no fim do dia; → Tensional crônica ⇒ > 15 dias/mês/3 Ausência de náusea, vômito e meses. normalmente não impede atividades de rotina. ❗Não é agravada por atividades físicas rotineiras; ❗Fotofobia ou fonofobia pode estar presente. Manejo farmacológico Analgésicos simples AINEs Relaxante muscular PROFILAXIA Paracetamol Ibuprofeno → 800mg Ciclobenzaprina 5-10mg Apenas na 1000 mg/VO → máx. Cetoprofeno → 75- VO cronicidade ou forma Cefaleias 1 3g 150mg frequente sem alívio ou com analgésicos contraindicados Antidepressivos Dipirona Naproxeno → 550- tricíclicos 1000 mg/VO → máx. 1100mg 2g Cetoloraco → 10 mg Amitriptilina | Nortriptilina 2. ENXAQUECA/MIGRÂNEA Unilateral, pulsátio, náusea, fotofobia, fonofobia, osmofobia. Predomínio em mulheres e pico de incidência 30-50 anos; Fisiopatologia se direcionando para a genética - história familiar; Sem aura (80%) x com aura (20%); Fase prodrômica (bocejos, fadiga, aumento da fome) → aura (visual, sensitiva, linguagem, motora) → cefaleia → período pósdromo (fadiga, mialgia, alterações cognitivas). ➡️ ❗ Enxaqueca hemiplégica familiar → mutações gene CACNA1A. Fisiopatologia Cefaleia ⇒ ativação do sistema trigêminovascular; CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) ⇒ vasodilatação arterial, inflamação neurogênica, ativação de nociceptores meníngeos; alvo terapêutico Aura ⇒ depressão cortical por despolarização em membranas da neuroglia e inibição da atividade cortical por até 30 min. Diagnóstico - enxaqueca sem aura Diagnóstico com aura (pelo menos 5 crises) Pelo menos 5 crises com: A. 1 ou mais sintomas de aura totalmente A. Ataque de cefalia com duração de 4-72h; reversíveis: B. Pelo menos 2 características: visual, sensorial, fala Unilateral motor, tronco cerebral, retina Pulsátil; B. Pelo menos 3: Cefaleias 2 Intensidade moderada → grave; persistência de pelo menos 1 aura por mais de 5 min; Agravamento com atividades físicas de rotina. 2 ou mais sintomas de aura em sucessão; C. Pelo menos 1 dos seguintes: cada sintoma 5-60min; Náusea, vômito ou ambos pelo menos um sintoma de aura é Fotofobia e fonofobia unilateral; pelo menos um sintoma de aura é positivo (visual, auditivo, sensitivo) a aura é acompanhada ou seguida dentro de 60min por dor de cabeça ❗CEFALEIA POR USO EXCESSIVO DE ANALGÉSICOS 15 dias ou mais no mês com cefaleia primária pré-existente (geralmente migrânea crônica) por 3 meses ou mais; 15 dias ou mais com analgésicos comuns e AINEs; 10 dias ou mais: triptanos, ergotamínicos, barbitúricos, opioides e combinações de analgésicos; Predomínio em mulheres; Tratamento → redução dos analgésicos e associar profilaxia (topiramato). Tratamento abortivo da enxaqueca (crise) → Pacientes com 3 ou mais crises de enxaqueca/mês/3 meses; → Episódio incapacitantes; → Refratariedade às medicações abortivas ou com efeitos adversos. Step by step - etapas: 1. Analgésicos comuns (dipirona, paracetamol, AAS) 2. AINEs (cetoprofeno, naproxeno, ibuprofeno) 3. Triptanos (sumatriptano, naratriptano, rizatriptano) → Agonistas de receptores 5HT-1B e 5HT-1D ❗coronariopatas, AVC, IAM, HAS sem controle (por causa da vaconstrição) Cefaleias 3 4. Corticoides (dexametasona → sem ação analgésica, reduz recorrência de cefaleia) 5. Clorpromazina EV, haloperidol (menos evidência e + colaterais) 6. GEPANTS e LASMIDITAN *ainda não disponíveis no Brasil; alternativas aos triptanos → antagonistas do CGRP | → agonista seletivo dos receptores 5HT-1F ❗Não fazer opioides, pois não têm eficácia comprovada e possuem risco de dependência. Princípios da profilaxia na enxaqueca 1. Avaliar indicação (n° crises/mês); 2. Checar comorbidades (asma, obesidade, glaucoma, HAS) ❗ Betabloqueador → asma, cardiopatia, bradicardia Topiramato → ❗ nefrolitíase 3. Checar benefícios adicionais (ex.: topiramato em pacientes obesos, pois emagrece) 4. Aguardar 4-6 semanas antes de pensar em falha terapêutica. Bloqueadores dos Betabloqueadores Anticonvulsivantes BRA e IECA Antidepressivos canais de Ca++ A: topiramato ❗ nefrolitíase, glaucoma A: propanolol, A: metoprolol, A: flunarizina valproato de Na+ A: amitriptilina timolol (bradicardia, (sintomas extrapiramidais, ❗ mulheres que C: candesartana e lisinopril B: venfalaxina querem C: nortriptilina obstipação, ganho de peso) engravidar tontura) (teratogênico) , trombocitopenia e hepatotoxicidade ganho de peso, ❗asmáticos e parkinsonismo B: levetiracetam ganho de peso, boca seca, edema, cardiopatas secundário, hipotensão depressão Anticorpos monoclonais do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (GCRP) → Bem tolerados, ação em torno de 1 semana ❗Não permitido em gestantes; Cefaleias 4 Galcanezumabe, fremanezumabe. Cefaleias 5