Aula 06 TC Fotoproteção e fotoprotetores PDF

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Summary

This document is a lecture on photoprotection and sunscreen, covering topics like the solar spectrum, skin penetration of UV radiation, and types of sunscreen filters. It also discusses the classification and formulation of sunscreens along with relevant legislation. This lecture is part of a course in Dermocosmetology at the Universidade de Cruz alta.

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Universidade de Cruz alta Curso de Farmácia Disciplina de Dermocosmetologia Farmacêutica Fotoproteção e Fotoprotetores Profª Viviane Nunes 1 Introdução Primeiras formulações de protetores so...

Universidade de Cruz alta Curso de Farmácia Disciplina de Dermocosmetologia Farmacêutica Fotoproteção e Fotoprotetores Profª Viviane Nunes 1 Introdução Primeiras formulações de protetores solares eram compostas de petrolato, zinco e óxido de bismuto Início dos anos 20 e final dos 70  pouco avanço Década de 80  com vários alertas sobre a exposição excessiva ao sol para a saúde e beleza – crescimento no mercado de fotoprotetores 2 Espectro solar  No sol ocorrem muitas reações nucleares – onde o hidrogênio é transformado em hélio – liberando enorme quantidade de energia na forma de ondas eletromagnéticas  radiações solares  Com interesse para o estudo da fotoproteção, compreende os comprimentos de ondas na faixa do UV – entre 100 e 400 nm 3 4 Espectro solar UVC (100-280 nm): são absorvidos pela camada de ozônio UVB (280-320 nm): parcialmente filtrado pela camada de ozônio, cerca de 5% do total de radiação UV UVA (320-400 nm): de intensidade praticamente constante durante todo o ano e ao longo do dia; UVA II – curto: 320-340 nm (mais eritematosa e fotossensibilizante); UVA I – longo: 340-400 nm (menos eritematosas) 5 Espectro solar  Apenas uma pequena quantidade da radiação UV chega até a superfície da Terra  Até atingir a pele humana o UV pode aumentar ou diminuir sua intensidade  Fatores que aumentam a intensidade da radiação UV:  Poluentes  Neve (pode aumentar 80%)  Areia (aumenta em 30%) 6 Penetração da radiação solar na pele 7 Penetração da radiação solar na pele Quando a radiação atinge a pele Parte é absorvida pela Parte dela é camada córnea refletida e dispersada Parte é transmitida para as demais camadas que formam a 15 % da radiação UVB e 50% da pele – até a energia incidente ser radiação UVA consegue chegar à completamente dissipada camada basal da epiderme 8 Efeitos bioquímicos da radiação solar na pele  Causados principalmente pelas radiações UVA e UVB  As alterações são geralmente irreversíveis à estrutura e função dos tecidos e células na epiderme e derme 9 Efeitos bioquímicos da radiação solar na pele  UVA  chega até a derme profunda – responsável pelo envelhecimento cutâneo  UVB  penetração menor, mas pode chegar até a derme papilar – provoca eritema, pode causar câncer de pele também contribui com o fotoenvelhecimento O câncer induzido por UV depende das características da exposição:  Efeito cumulativo do sol ao longo dos anos  Frequência das queimaduras sofridas 10 Melanogênese Processo bioquímico de formação da melanina pelos melanócitos, estimulados pela radiação UV 11 Fototipos cutâneos IV– Queima I – Sempre queima e minimamente e nunca bronzeia bronzeia bem II – Sempre queima e V– Raramente queima e bronzeia minimamente bronzeia intensamente III– Queima VI– Nunca queima – moderadamente e pele profundamente bronzeia gradualmente pigmentada 12 Riscos e benefícios da radiação solar Riscos Benefícios Queimadura solar Síntese de vitamina D Bonzeamento (imediato e persistente) Fototerapia e fotoquimioterapia Fotoenvelhecimento Conforto psicológico Queratose solar Câncer de pele Imunossupressão Doenças fotossensibilizantes (erupção polimórfica, lulus) Reações fototóxicas e fotoalérgicas Catarata 13 Formulações  Os filtros solares são formulações para uso tópico em pele íntegra apresentados em diferentes formas: géis, emulsões, loções, sprays, batons, etc...  Os filtros são adicionados aos componentes do veículo: emolientes, emulsionantes, fragrâncias, conservantes, estabilizantes, etc... 14 Formulação típica de um fotoprotetor Ingredientes Concentração usual (%) Imprescindíveis Emulsionantes 3-10 Emolientes 5-15 Filtros UV inorgânicos 1-5 Filtros UV orgânicos 1-10 Solventes 5-10 Espessantes 0,5-2,0 Preservantes 0,1-1,0 Água qsp Usuais antioxidantes 0,1-0,5 Umectantes 1-5 Quelantes 0,02-0,05 Opcionais Fragrâncias 0,1-1,0 Ativos 0,1-2,0 Corantes qs 15 Filtros solares São substâncias químicas com propriedades de absorver, refletir e dispersar a radiação que incide sobre a pele Podem ser divididos em orgânicos (químicos) e inorgânicos (físicos) Outra classificação os divide em absorvedores ou refletores/refratores de radiação UVA e/ou UVB 16 Mecanismo de ação dos filtros solares Reflexão Dispersão Absorção 17 Filtros inorgânicos  São pós inertes e opacos  Insolúveis em água e materiais graxos  Baixo poder alergênico  Principais representantes: Dióxido de titânio e Óxido de zinco 18 Filtros inorgânicos Formam barreira sobre a pele, refletindo, dispersando e absorvendo a luz UV Reflexão/dispersão: a luz que incide sobre as partículas inorgânicas é redirecionada Refletindo de volta ou espalhando por diferentes caminhos 19 Filtros inorgânicos  O dióxido de titânio pode absorver o UVB  Dependendo do tamanho da partícula deste filtro inorgânico, a radiação é refletida  Não absorve UVA O óxido de zinco é capaz de absorver toda a radiação UV 20 Filtros orgânicos  São compostos orgânicos transparentes, oleosos utilizados em formulações de fotoprotetores  Atuam por absorção da radiação ultravioleta  Podem ser: absorvedores UVA, absorvedores UVB e mais recentemente os de amplo espectro Existem substâncias orgânicas com capacidade de absorver, dispersar e refletir ao mesmo tempo 21 Filtros orgânicos compostos aromáticos conjugados a um grupo carbonila e grupos doadores de elétrons (amina ou metoxila), que têm a capacidade de absorver e dispersar a energia recebida Convertem radiação altamente energética em radiação inócua (com baixa energia) 22 Classificação dos filtros orgânicos  Derivados do ácido paraminobenzóicos –PABA  Para-amino benzoato de etil diidroxipropila (UVB)  Derivados de salicilatos  Salicilato de trietanolamina e salicilato de octila (UVB)  Derivados de cinamatos  Parametoxinamato de dietanolamina (UVB) 23 Classificação dos filtros orgânicos  Derivados de benzofenonas  Benzofenona 2, benzofenona 3, benzofenona 4, benzofenona 5 (UVA)  Derivados de antranilatos  Antranilato de metila (UVA)  Derivados de dibenzoilmetanos  Butil metoxi-dibenzoilmetano (avobenzona) (UVA) 24 Classificação dos filtros orgânicos  Derivados da cânfora  Metilbenzidileno cânfora, benzidileno cânfora (UVB)  Derivados benzotriazol  Metileno-bis-benzotriazolil tetrametilbutilfenol (Tinosorb ®M) (amplo espectro UV)  Derivados triazina  Bis-etil hexe xilo xifenol metoxifenil triazina (Tinosorb ®S) (amplo espectro UV) 25 Combinação de filtros orgânicos e inorgânicos  Reduz a quantidade de filtros orgânicos (menor oleosidade)  Formulações menos complexas e com menor custo  Diminui a “brancura” deixada pelos filtros inorgânicos  Sinergia 26 FPS  Fator de proteção solar: é o grau de proteção na pele, que um produto oferece contra os raios UVB (por que mede o eritema formado)  O FPS indica quanto tempo uma pessoa pode ficar exposta ao sol usando um cosmético protetor solar sem se queimar 27 Determinação do FPS Metodologia FDA - FPS é determinado a partir da média do FPS obtido através da aplicação do produto nas costas de 20 (vinte) voluntários que são expostos a uma fonte de luz artificial que simula a radiação solar  até aparecer o eritema Metodologia COLIPA - aplicado no mínimo em 10 (dez) e no máximo em 20 (vinte) voluntários (mais usado no Brasil, pois o número de voluntários é menor) 2 mg/cm2 28 Determinação do FPS DME: DOSE MÉDIA ERITEMATOSA 29 Nova legislação Protetores solares terão que declarar proteção UVA RDC 30/12 (ANVISA) - novas exigências inclui a comprovação da proteção UVA que deverá ser de um terço do FPS e o fator mínimo que passa de 2 para 6 Ex. Produto com FPS 30, a proteção UVA tem que ser 10 Essa RDC incorpora a Resolução GMC 8/2011 e revoga a GMC 26/02 Métodos de teste e rotulagem para proteção UV  UVB – maior dano – FPS: mede o grau de proteção na pele  proteção UVB  UVA: fabricantes reformulando seus produtos para realçar a eficácia UVA, mesmo que estes continuem mantendo um elevado fator de proteção solar Métodos de teste e rotulagem para proteção UVA  Estados Unidos: FDA em 2007 publicou emendas com propostas para rotulagem de protetores contra UVA  Foram propostos dois métodos de teste  Método PPD (Persistent Pigment Darkening) in vivo, para calcular o UVAPF  determina a pigmentação da pele após exposição controlada de luz UV  Teste in vitro para determinar a relação UVA /UV (maioria)  determina o espectro de absorção de um protetor solar Legislação para fotoprotetores RDC 237 de 22/08/2002: Regulamento técnico para protetores solares em cosméticos  estabelece metodologias de referência para determinação do nível de proteção solar e resistência à água RDC 47 de 16/03/2006: Lista de filtros UV permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes REVOGADA RDC 69 23/03/2016: REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE LISTA DE FILTROS ULTRAVIOLETAS PERMITIDOS PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES 33 Legislação para fotoprotetores RDC Nº 7, 10/02/2015: estabelece como requisitos técnicos obrigatórios os dados de segurança e a comprovação de eficácia  Todos os fotoprotetores são Classificados como grau 2 34

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