Summary

Este documento descreve as distócias de causa ovular, focando em diferentes apresentações fetais durante o parto, como cara, frente e bregma. Ele aborda a etiologia, prognóstico e conduta para cada caso, destacando a importância da cesariana em certas situações. Este documento é sobre aspectos relacionados ao parto.

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Distocias de Causa Ovular - As distocias de causa ovular estão relacionadas às características do ovo (feto e seus anexos). Essas condições podem dificultar o trabalho de parto devido a: - Apresentações e posições anômalas do feto. - Excesso de volume fetal. - Anomalias nos anexos fetais (alte...

Distocias de Causa Ovular - As distocias de causa ovular estão relacionadas às características do ovo (feto e seus anexos). Essas condições podem dificultar o trabalho de parto devido a: - Apresentações e posições anômalas do feto. - Excesso de volume fetal. - Anomalias nos anexos fetais (alterações no líquido amniótico, cordão umbilical e inserção placentária). Apresentações Cefálicas Defletidas - Durante o trabalho de parto, em 95% dos casos, o feto assume uma atitude de flexão com o queixo próximo ao tórax. - As apresentações cefálicas defletidas incluem: - Apresentação de Cara: Deflexão máxima. - Apresentação de Frente: Deflexão acentuada. - Apresentação de Bregma: Deflexão mínima. Apresentação de Cara - Características: Frequência de 0,05% dos partos. - Ponto diagnostico é mento (queixo) e ponto guia é a pirâmide nasal. - MIIP, MIDP, MIIA, MIDA - MIDP é a mais frequente. Etiologia - Causas Maternas: Pélvis achatada, multiparidade e obliquidade do útero. - Causas Fetais: Macrossomia, malformações cefálicas (ex.: meningocele, bócio congênito) e conformação anormal da coluna. - Causas Ovulares: Circular de cordão, hidroaminos e placenta prévia. - Prognóstico e Evolução: Geralmente evolui espontaneamente, mas apresenta maior risco de morbimortalidade perinatal e trabalho de parto prolongado. Pode causar deformações ósseas e tumores serosanguíneos na face do feto. - Conduta: Cesárea é indicada, especialmente em variedades posteriores, para evitar complicações de enclavamento. Apresentação de Frente - Características: Representa 0,01% dos partos e é a mais perigosa das apresentações cefálicas. - O ponto de diagnóstico é a raiz do nariz e o ponto guia é a glabela (entre as sobrancelhas). - FIIT, FIDT - Prognóstico: Altamente desfavorável, com risco de enclavamento do feto. - Conduta: Devido à gravidade, a cesárea abdominal é a única opção segura. Apresentação de Bregma - Características: Posicionamento intermediário entre flexão e deflexão, com a fontanela anterior como ponto de diagnostico e ângulo anterior desta fontanela como ponto guia. - BIIA, BIDA, BIIT - Frequência: Cerca de 1% dos partos. Etiologia - Causas Maternas: Pélvis plana, inclinação anormal do útero e tumores. - Causas Fetais: Prematuridade, braquicefalia e anomalias na coluna cervical. - Causas Ovulares: Inserção baixa da placenta. - Prognóstico: Parto espontâneo é possível, porém prolongado e com risco de lacerações no períneo e intervenções frequentes. - Conduta: A cesárea é preferível para evitar sofrimento materno e fetal, especialmente em partos demorados. OBS.: Vértice e Bregma nascem. - FRENTE E CARA MORREM. OBS.: - Ponto Diagnóstico: É o ponto de referência anatômico específico que permite ao obstetra identificar qual é a apresentação fetal. - Ponto Guia: O ponto guia é o ponto específico do feto que indica a direção e a posição de descida no canal de parto.

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