Distocias do Canal Pelvigenital PDF

Summary

Este documento descreve as distocias do canal pelvigenital, focando em obstáculos ao parto relacionados à pelve óssea e às partes moles. Ele abrange diferentes tipos de distocia, como pélvis anillada, canaliculada e infundibuliforme. Também discute deformidades específicas como pélvis plana e antropoide. Informações sobre diagnóstico, incluindo a manobra de Pinard e o tacto de Müller, e a conduta apropriada em caso de distocia são abordados.

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Distocias do Canal Pelvigenital - Distocias do canal pelvigenital são obstáculos no canal de parto que dificultam o nascimento. Elas podem ocorrer devido a alterações na pelve óssea ou nas partes moles. Distocias da Pelve Óssea - Essas distocias são causadas por modificações no tamanho, forma ou in...

Distocias do Canal Pelvigenital - Distocias do canal pelvigenital são obstáculos no canal de parto que dificultam o nascimento. Elas podem ocorrer devido a alterações na pelve óssea ou nas partes moles. Distocias da Pelve Óssea - Essas distocias são causadas por modificações no tamanho, forma ou inclinação da pelve, sendo classificadas em três tipos principais de deformidades: - Pélvis Anillada: Obstrução inicial no canal de parto que, uma vez superada, permite o progresso sem dificuldades. - Pélvis Canaliculada: Obstrução ao longo de todo o trajeto do parto. - Pélvis Infundibuliforme: O canal se estreita progressivamente, tornando-se como um funil, dificultando o avanço do feto. Deformidades Específicas da Pelve - Pélvis Plana Pura: Redução do diâmetro anteroposterior. - Pélvis Geralmente Estreitada: Diâmetros proporcionalmente reduzidos; comum em mulheres de baixa estatura. Mesmo que Pélvis Androide. - Pélvis Antropoide: Pélvis transversalmente estreita. Diagnóstico de Estreiteza Pélvica - Inclui avaliação clínica e obstétrica: - Anamnese e exame físico (incluindo pelvimetria e pelvigrafia). - Durante o trabalho de parto, suspeita-se de desproporção cefalopélvica se a apresentação não avança no estreito superior, resultando em sinais como edema do colo uterino e risco de procidência de cordão. - Manobra Mensuradora de Pinard: Usada para avaliar a acomodação do polo cefálico do feto no estreito superior da pelve. - O profissional posiciona uma mão para impulsionar a apresentação fetal em direção ao estreito superior enquanto a outra mão, sobre o púbis, sente o grau de avanço da cabeça fetal. - Essa manobra ajuda a identificar possíveis casos de desproporção cefalopélvica. - Tacto Impressor de Müller: Técnica para avaliar o encaixamento da apresentação fetal no canal de parto. - A mão externa empurra suavemente o feto no eixo do canal de parto, enquanto o toque vaginal avalia até que ponto a apresentação fetal atravessa o estreito superior. - Usado para verificar o progresso da apresentação e a adequação da pelve. Conduta - Pelves inviáveis (ex.: diâmetro promonto-pubiano < 8 cm, pélvis infundibuliforme, diâmetro bi isquiático menor a 7,5 cm) indicam cesárea profilática. - Pelves viáveis permitem tentativa de parto vaginal, com cesárea em caso de dificuldades. Distocias das Partes Moles - Obstáculos nas partes moles que dificultam o parto, incluem: - Distocia Vagino-Perineal: Estreitamento cicatricial devido a cirurgias ou traumas anteriores. - Tumores vaginais pequenos podem permitir o parto, mas os maiores representam obstáculos. - Distocia perineal (edema ou cicatrizes) pode ser resolvida com incisão. - Distocia por Tumor Prévio: Tumores uterinos (como fibromiomas) e tumores anexiais (como cistos ovarianos) podem obstruir o canal se localizados no istmo ou no colo do útero.

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