AULA 05 - Metabolismo das Lipoproteínas e Distúrbios Clínicos PDF

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Henrique Martins

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lipoproteínas metabolismo lipídico bioquímica saúde

Summary

Este documento apresenta um resumo sobre o metabolismo das lipoproteínas, incluindo os tipos HDL, LDL, VLDL e quilomícrons. Aborda as funções, transporte e principais características destas moléculas. Além disso, discute os distúrbios clínicos relacionados ao metabolismo de lipídios.

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AULA 05 - Metabolismo das lipoproteínas e distúrbios clínicos relacionados Lipoproteínas HDL, LDL, VLDL e Quilomicron (único que não é avaliado no laboratório) ▪ Todas possuem uma estrutura esférica – como um complexo molecular. Lipídios Principais fontes de energia ▪ Só est...

AULA 05 - Metabolismo das lipoproteínas e distúrbios clínicos relacionados Lipoproteínas HDL, LDL, VLDL e Quilomicron (único que não é avaliado no laboratório) ▪ Todas possuem uma estrutura esférica – como um complexo molecular. Lipídios Principais fontes de energia ▪ Só está atras dos carboidratos (em especial, a glicose) – primeira fonte de enegia do nosso corpo. Constituintes da membrana celular – participação dos fosfolipídios assim como a molécula de colesterol que fica ancorada na bicamada de fosfolipídios. Os lipidios possuem diversas funções no organismo, podem atuar como: ▪ Detergentes – solúveis em solventes orgânicos (ou seja, em solventes apolares); O colesterol participa dos sais biliares, que é produzido no figado, concentrado na vesícula biliar e é liberado no duodeno – no intestino – e serve para emulsificar as gorduras. ▪ Hormônios - insolúveis em solventes polares; Os lipidios também são precursores dos hormônios esteróides. Os hormonios masculinos e femininos são precursores das moléculas de lipídios. Transporte – Os lipídios não são soluveis em água, portanto faz-se necessário um sistema de lipoproteínas para que eles tenham seu transporte no plasma. Lipoproteína O organismo possui uma estrutura chamada de lipoproteína, esta é uma forma de transporte de todo o material lipídico (colesterol livre, colesterol esterificado, triglicerídios, ácidos graxos e fosfolipídios) do organismo, já que é insolúvel em água. É uma estrutura esférica complexa. Possui um centro hidrofóbico – com os lipídios mais apolares (triglicerídios, ésteres de colesterol); Possui uma superfície (parte externa) hidrofílica (fosfolipídios, colesterol livre, e apolipoproteínas – Elementos que possuem sua parte mais polar voltada para o exterior); ▪ Apolipoproteinas ou apoproteinas são as regiões proteicas da lipoproteína. ▪ Vale ressaltar que essas proteínas elas não são específicas, por exemplo, a apob-100 não é restrita ao LDL. Temos também a porção proteica da proteína – ApoB-100 ▪ Temos diversas proteínas nas lipoproteínas que são dispostas de diferentes formas qualitativa e quantitativa. Os diferentes tipos de lipoproteína se diferem principalmente em seu conteúdo lipídico, seu tamanho e densidade. Principais Lipoproteínas Quilomícron, VLDL, LDL, HDL. Quilomícrons ▪ Partículas grandes – entretanto é a menos densa. ▪ São produzidas no intestino ▪ Ricas em triglicerídeos ▪ Pouco colesterol livre, fosfolipídios e proteínas – quando comparado as outras lipoproteínas. VLDL ▪ São menores que os quilomícrons – pois derivam dos quilomícrons ▪ Produzidas no fígado ▪ Abastecem o organismo de triglicerídeos endógenos (pois nós mesmos sintetizamos) e colesterol. Quando presentes em altas concentrações, os quilomícron e o VLDL produzem uma coloração turva do plasma/soro. LDL ▪ Produzida a partir da metabolização da VLDL – ou seja, são processos de biotransformação. ▪ Possui 50% da massa total de lipoproteínas ▪ Menor que os quilomícrons e VLDL ▪ Ricas em colesterol HDL ▪ Partícula pequena ▪ Rica em proteínas, colesterol e fosfolipídios. ▪ Produzida no fígado e também no intestino ▪ Responsável pelo transporte reverso do colesterol – responsável por retirar o colesterol para evitar a formação de placas de ateroma nos vasos Metabolismo das lipoproteínas O fígado é o local principal da biotransformação dessas partículas lipoproteicos. Os quilomícrons são formados no intestino, e ganham a circulação. Caem nos capilares ▪ Nos capilares temos sistemas enzimáticos importantes, a lipoproteína lipase (LPL), que tem como função de deslipidar as lipoproteínas. Os quilomícrons passam pelos capilares, onde a LPL atua sob eles e libera ácidos graxos e glicerol. Os quilomícrons remanescentes podem voltar para o fígado, lá se unem a outros conteúdos lipídicos podendo formar o VLDL. A VLDL pode ser atacada e gerar o LDL, ou podem voltar para o fígado. Parte do LDL pode ser processado no fígado, bem como pode ir para os tecidos Extra-hepáticos (pois esses tecidos podem possuir receptores de LDL – temos então uma forma de recebimento de lipídios para as células). ▪ LDL se liga ao receptor celular por meio de uma Apolipoproteína. ▪ As Apolipoproteína servem de alvo para alguma enzima assim como “receptora” de alguma lipoproteína. ▪ A LDL tem alto poder heterogêneo, o que pode acabar gerando uma placa de ateroma, por exemplo. Dessa forma o HDL formado no fígado e no intestino inicia sua atuação, onde realiza seu transporte reverso do colesterol, levando-o para o fígado, evitando a formação de placas de ateroma. Separação das Lipoproteínas Podem ser separadas por ultracentrifugação A mais densa é a HDL > LDL > VLDL > Quilomícrons HDL é mais densa pois tem 50% da composição de proteínas. Quanto maior a lipoproteína vai se tornando menor é sua densidade, pois temos uma maior porcentagem de lipídios e menor de proteína. Quanto maior o volume, menor é a densidade. Captação do LDL A LDL é uma lipoproteína importante pois tem a capacidade de levar seu conteúdo lipídico para as diferentes células periféricas. Portanto temos a lipoproteína LDL, onde em sua membrana temos a expressão da ApoB-100. E é justamente essa apob-100 que teremos a união com o receptor de LDL da membrana celular. Em seguida, temos o englobamento do receptor e das lipoproteínas. Esses receptores englobados logo se externalizam assim como os receptores recém sintetizados também são externalizados. Com o LDL no interior da célula, temos que o LDL é sintetizado onde a célula utiliza de seus derivado – ácidos graxos, colesterol. LDL com sua Apolipoproteína no vaso – se liga ao receptor de LDL presente na membrana da célula – o complexo LDL e receptor é englobado na célula – LDL é digerido e receptores voltam a ser expressos na superfície celular. Quanto maior o estimulo de gordura no organismo do indivíduo, mais ele produz receptor para LDL. Distúrbios clínicos do metabolismo de lipídios. Esses distúrbios são considerados comuns ▪ Doença cardíaca coronariana (DCC) O resultado da obstrução das artérias coronárias - os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração – devido o acúmulo de placas de ateroma. o Por conta da lipoproteína LDL O distúrbio do metabolismo dos lipídios está relacionado: o Ao estilo de vida da pessoa o A mutações (o mais comum) em receptores ou em enzimas. ▪ Receptores de LDL já foram identificados mais de 500 mutações ▪ Distúrbios clínicos relacionado a mutações são classificados como primários. ▪ Distúrbios clínicos relacionado a outras patologias são classificados como secundário. Por exemplo doença renal crônica, doenças hepáticas (se o órgão que realiza todo o metabolismo está doente, teremos uma falha no metabolismo dos lipídios). Doença com a disfunção da tireóide. Dislipidemia – é um distúrbio no metabolismo dos lipídios. Classificação de Fredrickson Correlação das diferentes formas clínicas da doença com os achados laboratoriais e a aparência do plasma quando o mesmo é colocado a 4° celsius É uma classificação aceita pela OMS, que se utiliza de uma característica física (temperatura), e com a diminuição da temperatura temos o agregado de lipídios. A classificação é estratificada em 6 tipos. Com mudanças nas turvações. Tipo I temos que possui 3x a mais de quilomícrons e como eles são menos densos ficam depositados em cima – sobrenadante cremoso Na tipo IIb temos o aumento da VLDL de 1 a 2x e da LDL de 1 a 3x – aspecto turvo Distúrbios Primários São devidos a mutação e possuem um fator genético/hereditário Hipercolesterolemia Familiar (HF) ▪ Distúrbio autossômico dominante ▪ Ocorre a mutação no gene do receptor de LDL Diminuição da interação receptor e LDL devido a mutações, teremos o LDL acumulado na corrente sanguínea. ▪ Níveis de LDL > 200mg/dL em heterozigotos ▪ Níveis de LDL > 400mg/dL em homozigotos ▪ Doença aterosclerótica prematura ▪ Arco senil (depósito de colesterol), xantomas tendinosos (devido a hipercolesterolemia), xantoma eruptivos (hipertrigliceridemia) e xantelasma (hipercolesterolemia) Defeito da Apob-100 familiar ▪ Distúrbio autossômico dominante ▪ Mutação do gene apoB ▪ Características clinicas semelhantes aquelas encontradas na HF Deficiência de LPL (hiperquilomicronemia) ▪ Deficiência na LPL, faz com que os quilomícrons, não sejam sintetizados acumulando-os. ▪ Distúrbio autossômico recessivo ▪ Dor abdominal e pancreatite ▪ LPL defeituosa ou ausente ▪ TG jejum > que 100 mg/dL Distúrbios secundários As dislipidemias (são caracterizadas pela presença de níveis elevados de lipídios, ou seja, gorduras no sangue) podem vim em decorrência de outras patologias como: ▪ Hipotireoidismo ▪ Diabetes melito ▪ Abuso de álcool ▪ Cirrose hepática Altos níveis de LDL assim como de trigliceridios, e baixos níveis de HDL, estão associados ao desenvolvimento da doença cardíaca coronariana – placa de ateroma, estreitamento da luz do vaso, formação do embolo, portanto, falta de irrigação do tecido posterior a essa obstrução e futura necrose tecidual. Quantificação de lipídios e lipoproteínas Para um lipidograma é necessário um jejum de 12h, onde teremos a coleta de sangue venoso e os testes são realizados pelo soro do paciente.

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