Modelo de Enfermagem Final (PDF)
Document Details
Uploaded by SportySodium
Instituto Escola Superior Politécnico
Prof. Antónia Costa
Tags
Related
- Assistência de Enfermagem à Gestante e Parturiente PDF
- Assistência de Enfermagem nas Doenças Cardiovasculares e Hematológicas PDF
- Assistência de Enfermagem em Doenças Cardiovasculares e Hematológicas PDF
- Assistência de Enfermagem em Doenças Cardiovasculares e Hematológicas PDF
- Ações Educativas na Prática de Enfermagem - PDF
- Dosificação - Módulo 7 PDF
Summary
Este documento descreve o modelo conceptual de enfermagem Roper-Logan-Tierney. O modelo centra-se nas necessidades de saúde dos doentes e dos profissionais de enfermagem, utilizando uma linguagem acessível a todos. O documento também discute as atividades de vida e como os cuidados de enfermagem os influenciam.
Full Transcript
Prof. Antónia Costa ▪ O modelo conceptual estabelece uma forma de pensamento sobre a enfermagem e orienta o seu conteúdo e a sua prática, nunca devendo ser uma estrutura rígida, mas sim crescente e dinâmica. ▪ O modelo deve construir-se, descrever e utilizar uma linguagem acessível a...
Prof. Antónia Costa ▪ O modelo conceptual estabelece uma forma de pensamento sobre a enfermagem e orienta o seu conteúdo e a sua prática, nunca devendo ser uma estrutura rígida, mas sim crescente e dinâmica. ▪ O modelo deve construir-se, descrever e utilizar uma linguagem acessível a todos os profissionais de enfermagem. ▪ O modelo deve centrar-se nas necessidades do utente e dos profissionais de enfermagem. 1 Fontes Teórica : Teoria Geral dos Sistemas Virginia Henderson Doroteia Orem. Suporte do modelo, baseia-se no modelo de vida – Núcleo é o Homem Modelo de Enfermagem Modelo de Vida 12 Atividades de Vida 12 Atividades de Vida Ciclo de vida Ciclo de vida Continuum Continuum dependência/independência dependência/independência Fatores que influenciam as AL Fatores que influenciam as AL Individualidade de Vida Enfermagem Individualizada 2 As Atividades de Vida constituem o epicentro do Modelo Conceptual de de Roper-Logan-Tierney: Manter um ambiente seguro; Comunicar; Respirar; Comer e beber; Eliminar; TODAS AS AL ESTÃO Higiene pessoal e vestir-se; INTIMAMENTE Controlo da temperatura corporal; RELACIONADAS Mobilizar-se; ENTRE SI! Trabalhar e distrair-se; Exprimir sexualidade; Dormir; Morrer O Modelo de Enfermagem Roper-Logan-Tierney preocupa-se principalmente com as Atividades de vida que requerem intervenção autónoma do Enfermeiro. A prioridade entre as AL muda consoante as circunstâncias. O importante é que os enfermeiros estejam conscientes de que situações diferentes criam prioridades diferentes. 3 A Enfermagem existe para ajudar as pessoas a prevenir, aliviar, resolver ou lidar com os problemas relacionados com as suas ALS. Os problemas podem ser “reais” ou “potenciais”, a utilização do modelo estende-se a áreas em que a enfermagem se centra na prevenção e na promoção da saúde. Saúde é uma independência máxima permitindo levar a cabo AL. Não existe um estado de saúde absoluto, mas cada pessoa tem o seu nível de saúde próprio No contexto deste modelo, o conceito de saúde não é estático evolui em função da conjuntura social, económica , cultural e dos estilos de vida da sociedade em que a pessoa está inserida 4 O modelo de Roper-Logan-Tierney assenta na base teórica de que a enfermagem tem como finalidade a promoção da aquisição, manutenção e restauração da máxima independência para o utente relativamente a quatro atividades: Atividades que satisfaçam as necessidades básicas; Atividades de prevenção; Atividades que têm como finalidade o conforto; Atividades relacionadas com a componente “dependência” Assim que a Pessoa consiga realizar esta atividades, considera-se que esta reúne as condições para se realizar como pessoa. Como suporte teórico e cientifico do seu Modelo surgem os seguintes postulados: O Homem é um sistema aberto, que está em relação directa com o meio. Adapta-se, cresce, desenvolve-se e tende para a independência, sendo este o objectivo fundamental, como a auto-satisfação. Realiza actividades de vida durante o seu contínuo de vida desde a concepção até à morte 5 Como suporte teórico e cientifico do seu Modelo surgem os seguintes postulados: Roper-Logan- Tierney apoiam o seu modelo no modelo de vida, centrando a sua atenção nas actividades de vida AL que todas as pessoas desempenham. A realização das AL é feita duma forma individualizada, promovendo a máxima independência.. Como suporte teórico e cientifico do seu Modelo surgem os seguintes postulados: Não há um estado de saúde absoluto, esse estado só pode ser definido em relação a um determinado indivíduo, tendo em conta as expectativas, ou em relação ao seu nível ótimo de funcionamento na vida diária 6 Como suporte teórico e cientifico do seu Modelo surgem os seguintes postulados: A principal finalidade do modelo de enfermagem Roper-Logan-Tierney é ajudar as pessoas em todas as etapas da sua vida a atingir um nível máximo de saúde; A intervenção de enfermagem faz-se a nível de todas as pessoas de todas as idades com dificuldades na realização das actividades de vida. O principal papel do enfermeiro é avaliar o grau de independência em todas as atividades de vida da pessoa, e identificar a ajuda necessária para uma evolução de encontro aos objectivos estabelecidos. 7 Cada pessoa tem uma duração de vida que vai desde o nascimento à morte mas a sua dimensão é variáveI. Duração de vida Infância Fases da vida Velhice Idade adulta 8 A consideração da idade da pessoa, o facto que identifica a fase de vida, sempre foi reconhecida como importante para a enfermagem, influenciando todas as fases do respetivo processo ( apreciar, planear, implementar e avaliar) e constituindo um fator importante da enfermagem individualizada. Os conceitos “dependência” e “independência” só têm significado quando relacionados um com o outro, razão pela qual se move de acordo com as circunstâncias Continuum dependência/independência Dependência total Independência total 9 O conceito de dependência/independência aplicado de forma geral à Pessoa é demasiado global para ter uma expressão, mas ligado a cada uma das AL já tem significado Continuum dependência/independência Dependência total Independência total Cabe ao Enfermeiro apreciar o grau de independência da Pessoa face a cada AL e, avaliar em que direção e com que intensidade a pessoa deve ser ajudada, para evoluir no seu continuum dependência/independência, qual a ajuda necessária para atingir os objetivos estabelecidos e como serão medidos e avaliados os progressos feitos Continuum dependência/independência Dependência total Independência total 10 Nem todas as pessoas nascem com o potencial para converterem em independência as doze atividades de vida. Neste caso , o objetivo será recuperar tanta independência quanto possível para as AL afetadas. Continuum dependência/independência Dependência total Independência total Outras Pessoas, tendo tido independência nas doze AL, podem ver-se privadas dela por determinadas circunstâncias como acidentes ou doenças. Estas Pessoas podem necessitar de ajuda para aceitar a sua dependência transitória ou permanente. Continuum dependência/independência Dependência total Independência total 11 Existem 5 fatores que são considerados de grande importância, pois podem impedir a mudança, e até mesmo condicionar a uma maior dependência Biológicos Ambientais Psicológicos Socioculturais Político- Económicos A individualidade da Pessoa pode manifestar-se de diferentes formas: Como a Pessoa realiza a AL Quantas vezes a realiza; Onde a realiza; Porque é que a realiza desta forma, o que sabe acerca da AL; O que pensa da AL; Qual a atitude face à AL. 12 Conhecer-se a individualidade de vida da Pessoa é um pré-requisito essencial para a enfermagem individualizada. Pode ser conseguida com uma abordagem sistemática do cuidar da Pessoa, utilizando o processo de Enfermagem nas suas quatro fases: Apreciar, Planear, Implementar e Avaliar. Apreciar – Apreciar a individualidade do utente e a dependência / independência na realização das ALs; Planear – Planear junto ao utente quais os resultados esperados, e em que medida o utente necessita da ajuda do enfermeiro para os alcançar; Implementar – Implementar as acções de enfermagem; Avaliar – Observar os resultados e determinar se os mesmos foram atingidos 13 Phaneuf, M. (2001). Planificação de cuidados: um sistema integrado e personalizado. (N. Salgueiro & R. P. Salgueiro, trads.). Coimbra: Quarteto Editora Roper, N., Logan, W., & Tierney, A. J. (2001). O modelo de enfermagem Roper Logan-Tierney. (F. Anderson, Trad.). Lisboa: Climepsi. Prof. Antónia Costa 14