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Ações Educativas na Prática de Enfermagem Prof. Patrícia Conde MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE A educação deve auxiliar o indivíduo para sua auto-formação, de tal maneira a ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver e a...

Ações Educativas na Prática de Enfermagem Prof. Patrícia Conde MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE A educação deve auxiliar o indivíduo para sua auto-formação, de tal maneira a ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver e a ensinar como se tornar cidadão. Todavia, aprender é uma atividade que acontece no educando ( indivíduo / coletividade), sendo estimulada pelo educador. MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE Faz-se necessário, somar saberes para dar respostas positivas e eficazes aos problemas mais complexos que comprometem a visão de viver com qualidade. É importante também considerar todos os atores sociais envolvidos, considerando todos os saberes presentes no cenário do território, mantendo como foco as necessidades apresentadas pelo público. MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE Modelo Tradicional de Educação em Saúde: caracteriza-se pela maneira de educar, onde o educador desenvolve ações que consiste em “encher” os educandos de conteúdos, sendo assim, mantêm a visão de que os homens são seres passivos, de tal forma que cabe a educação adequá-los a realidade. Este modelo de educação é um determinante fundamental produzindo o aumento de conhecimento nos educando, tem-se um pensamento curativista, com foco nas patologias, preconizando que a prevenção de doenças provém em mudanças de atitudes e comportamentos. MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE Modelo Dialógico de Educação em Saúde: propõe a construção do conhecimento, a qual deve ser pautado no diálogo, em que o educador e educando assumem papel ativo no processo de aprendizagem, através de uma abordagem crítico-reflexiva da realidade. Proporciona a construção coletiva do conhecimento, capacitando o indivíduo para a tomada de decisões relativas à sua saúde, onde se faz necessária a mudança de comportamento e atitudes de promoção em saúde. MODELOS APLICADOS AS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE OBSERVAÇÕES: Durante as atividades de Educação em Saúde pode haver uma mistura dos dois modelos educativos: Tradicional e Dialógico. Há de se considerar que a aplicação destes dois modelos educativos deve ser feita de acordo com o contexto em que se está trabalhando. PROCESSOS EDUCATIVOS –PRÁTICAS DE SAÚDE O SUS apresenta como um dos seus compromissos e desafios a necessidade permanente de fomento às Políticas de Desenvolvimento para trabalhadores que integram seu cenário, propondo para tal um processo permanente de aprendizado pelo trabalho, projetando possibilidades de desconstrução/construção de novos valores, ideias e lutas para produzir mudanças de práticas, de gestão e de participação social ( MONTENEGRO, 2010). PROCESSOS EDUCATIVOS – PRÁTICAS DE SAÚDE É importante ressaltar que a prática educativa em saúde, além da formação permanente de profissionais para atuar nesse cenário, tem como eixo principal a dimensão do desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas visando à melhoria da qualidade de vida e saúde da comunidade assistida pelos serviços de saúde. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 1- Concepções ou Abordagens Pedagógicas Tradicionais 1.1 – Transmissão: o processo educativo está centrado em alguém que sabe e ensina a alguém que não sabe. A lógica é a de transmissão de conhecimento. Aquele que supostamente sabe mais assume funções como aconselhar, corrigir e vigiar quem deve aprender o conteúdo. Como exemplo: podemos criar uma capacitação para melhorar o desempenho da nossa equipe em relação à orientações sobre HAS, através de uma revisão bibliográfica atualizada sobre o tema. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 1- Concepções ou Abordagens Pedagógicas Tradicionais 1.2 – Condicionamento: associada ao behaviorismo (Watson e Skinner) e à reflexologia (Pavlon), se concreta no modelo da conduta mediante um jogo eficiente de estímulos e recompensas capaz de “condicionar” o aprendiz a emitir as respostas desejadas. Considera os resultados comportamentais, ou seja, as manifestações operacionais das trocas de conhecimento. Como exemplo: podemos citar atribuições específicas aos ACS, como preenchimento de impressos ( instrumentos de trabalhos). Devemos perguntar sempre sobre sua opinião, significado dos porquês, qual a relevância para eles e para comunidade que eles assistem, para a equipe... Dentre outras. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 2- Concepções ou Abordagens Pedagógicas que têm o Aprendiz como Foco 2.1 – Humanista: privilegia os aspectos da personalidade do sujeito que aprende. Corresponde ao “ensino centrado no aluno”. O conhecimento para essa concepção, existe no âmbito da perspectiva individual. Devemos avaliar a maturidade de cada um para vivenciar esse processo e considerar se há possibilidades de aprendizado e não apenas o cumprimento de tarefa, sem significado. Como exemplo: uma elaboração de um projeto, uma apresentação sobre determinado tema, onde o grupo irá construir seu próprio conhecimento. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 2- Concepções ou Abordagens Pedagógicas que têm o Aprendiz como Foco 2.2 – Cognitivista: investiga os caminhos percorridos pela inteligência (cognição) no processo de construção do conhecimento. O indivíduo constrói o conhecimento desde o nascimento até a morte, e a finalidade da intervenção pedagógica é contribuir para que desenvolva a capacidade de realizar aprendizagens significativas por si mesmo. O desenvolvimento mental humano estabelece a possibilidade da aprendizagem que ocorre com a interação com o meio ambiente. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 2- Concepções ou Abordagens Pedagógicas que têm o Aprendiz como Foco 2.2 – Cognitivista: exemplo grupo de reuniões quinzenal Os objetivos, regras e normas são discutidos em conjunto, onde são trocadas informações para esclarecer e estimular a reflexão sobre determinado cuidado, além disso contam com a troca de experiências e vivenciam diversas formas de enfrentar uma mesma situação. O saber técnico-científico é compartilhado e aberto a interação respeitosa com a cultura popular. BASES TEÓRICAS NO PROCESSO EDUCATIVO 2- Concepções ou Abordagens Pedagógicas que têm o Aprendiz como Foco 2.3 – Sociocultural: toda atividade educacional deve ser pautada por uma visão de mundo e sociedade e permitir amplas possibilidades de reflexão. No Brasil, Paulo Freire é o representante mais significativo da abordagem sociocultural (FREIRE, 1987). Nessa perspectiva, o ser humano não pode ser compreendido fora do seu contexto; ele é o sujeito de sua própria formação e se desenvolve por meio da contínua reflexão sobre seu lugar no mundo, sobre sua realidade. EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Ela parte do pressuposto da aprendizagem significativa e problematizadora, propondo estratégias que possibilitam a construção coletiva, além de nortear caminhos para uma relação dialógica, em que cada protagonista do SUS (trabalhadores, usuários e gestores) possa compartilhar, ensinar e aprender, construir e desconstruir concepções, ideias e conceitos acerca da saúde, de sua produção e operações. O PROCESSO DE TRABALHO Desenvolvemos as ações de EPS nos espaços que oportunizamos para ela, em que a interação entre sujeitos nos diferentes ambientes de atuação da equipe se faz acontecer, intra ou extramuro da Unidade de Saúde, considerando os princípios da interdisciplinaridade, do saber popular, da intersetorialidade e das potencialidades do território de ação. O PROCESSO DE TRABALHO Na interação profissional-profissional: um exemplo é o processo de supervisão de enfermagem. No atendimento individual: nas diferentes ofertas que a Unidade proporciona para a modalidade, seja no consultório ou no domicilio. Exemplo: consulta de enfermagem. No processo de territorialização: que deve por princípio ser dinâmico, reconhecendo as potencialidades, formando parcerias e envolvendo a comunidade. O PROCESSO DE TRABALHO Na visita domiciliar: instrumento essencial que permite conhecer os sujeitos em seus núcleos e organizações familiares. As VD por um único profissional ou de forma compartilhada. No acolhimento do usuário na Unidade: em que a forma de ES se dá na relação que o profissional estabelece e possibilita acontecer. Nos espaços das reuniões com a liderança comunitária: considerando o princípio da participação social e controle social. O PROCESSO DE TRABALHO Nas reuniões de equipe: espaço de interação em que os membros da equipe constroem relação, saberes e se tornam participativos da organização do serviço, fortalecendo o trabalho em equipe. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE  A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), instituída no ano de 2004, representa um marco para a formação e trabalho em saúde no País. Resultado de lutas e esforços promovidos pelos defensores do tema da educação dos profissionais de saúde, como forma de promover a transformação das práticas do trabalho em saúde, a PNEPS é uma conquista da sociedade brasileira (BRASIL, 2018). POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE  O Sistema Único de Saúde (SUS), com suas bases estruturadas na reforma sanitária, tem como competência constitucional ordenar a formação dos profissionais da área. Nesse sentido, as políticas públicas de saúde brasileiras, ora fundamentadas nas diretrizes do SUS, têm demonstrado importante papel para desencadear mudanças no processo de educação dos profissionais da saúde (BRASIL,2018). POLÍTICA DE EDUCAÇÃO DO PROFISSIONAIS DE SAÚDE  Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), no ano de 2003, que possibilitou a institucionalização da política de educação na saúde e o estabelecimento de iniciativas relacionadas à reorientação da formação profissional, com ênfase na abordagem integral do processo saúde-doença, na valorização da Atenção Básica e na integração entre as Instituições de Ensino Superior (IES), serviços de saúde e comunidade, com a finalidade de propiciar o fortalecimento do SUS (BRASIL, 2018). EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE  A EPS é uma estratégia político-pedagógica que toma como objeto os problemas e necessidades emanadas do processo de trabalho em saúde e incorpora o ensino, a atenção à saúde, a gestão do sistema e a participação e controle social no cotidiano do trabalho com vistas à produção de mudanças neste contexto (BRASIL,2018). EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE  Objetiva, assim, a qualificação e aperfeiçoamento do processo de trabalho em vários níveis do sistema, orientando-se para a melhoria do acesso, qualidade e humanização na prestação de serviços e para o fortalecimento dos processos de gestão político-institucional do SUS, no âmbito federal, estadual e municipal (BRASIL,2018) EDUCAÇÃO EM SAÚDE  Saúde e educação representam dimensões fundamentais à vida humana, mas, sobretudo, se caracterizam pela dependência na vida real, em nosso cotidiano.  Educação em saúde em qualquer ação a ser realizada requisita boa comunicação, conversação, diálogo, entre os sujeitos envolvidos, no individual ou coletividade.  A educação em saúde é entendida como processo social com grande potencial de transformação da realidade. ENFERMEIRO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE  A enfermagem é uma área do conhecimento científico que permite atividades como cuidar gerenciar e educar, entre outras. Nos diferentes cenários onde exerce a sua prática profissional.  Educação em saúde é presença diária na vida do enfermeiro, que é tido como um educador por natureza e será o suporte da equipe multidisciplinar a partir de seus pacientes.  A educação em saúde deve ser realizada obedecendo os padrões éticos, ofertando e garantindo o acolhimento de maneira afetiva. ÉTICA  Palavra de origem grega “ethos”, significa costume, propriedade de caráter. Ética e moral são sinônimas.  Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade (“e profissional).  Estudo formal e sistematizado dos conceitos de certo e errado. MORAL É o mesmo que ética. É o conjunto das normas para agir especifico. A moral está contida nos códigos, que tendem a regulamentar o agir das pessoas. Porem a ética e a moral ganha significado especifico quando empregadas nas ciências biológicas, onde cada classe profissional possui um código de ética especifico com as designações morais para o exercício profissional. Dessa forma: Moral: conceito individual, pessoal dos conceitos de certo e errado. ÉTICA E MORAL Ambas contribuem para estabelecer bases com a finalidade de direcionar a conduta do homem. O objetivo primordial na área da enfermagem é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. CÓDIGO DE ÉTICA – CAPÍTULO I: DEVERES RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 Art. 1 - Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. Art. 2 - Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem. CÓDIGO DE ÉTICA – CAPÍTULO I: DEVERES Art. 4 - Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da profissão. Art. 6 Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional. Art. 7 Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional. CÓDIGO DE ÉTICA - ENFERMAGEM O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização. Está centrado na pessoa, família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. ATIVIDADE EM SALA DE AULA 05/09/24 Atividade Educativa de cuidar, gerenciar e educar. Tema Livre. 1. Escolher uma problematização (tema); 2. Elaborar estratégias de cuidar, gerenciar e educar. Exemplo: Quais cuidados em relação a saúde; - Gerenciar e planejar os horários; Educar com orientações p promoção e prevenção de agravos. Referências Bibliográficas Código de ética dos profissionais de enfermagem. Acesso em 20/11/2023. Disponivel em: https://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/resolucao_311_anexo.pdf Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde – 1. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 73 p. : il. Acesso em 20/11/2023. Disponivel em: https://conselho.saude.gov.br/images/publicacoes2023/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf. FIGUEIREDO, M. F. S.; ROGRIGUES-NETO J. F.; LEITE, M. T. S. Modelos Aplicados às Atividades de educação em saúde. Rev Bras. Enf. 63 (1). Fev. 2010. Referências Bibliográficas ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Caderno de educação popular e saúde, 2007. 160 p. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, 2009. VASCONCELOS, M. et al. Módulo 4: práticas pedagógicas em atenção básica a saúde. Tecnologias para abordagem ao indivíduo, família e comunidade. Belo Horizonte: Editora UFMG – Nescon UFMG, 2009. 70 p.

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