Instrução Individual Sem Arma PDF
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Summary
This document details instructions for individual military training, specifically focusing on positions and movements. It describes different stances and procedures that soldiers are required to follow. The guide is written for the training of soldiers in the Brazilian Army.
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EB70-MC-10.308 CAPÍTULO II INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA 2.1 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO 2.1.1 A instrução individual da Ordem Unida deve ser ministrada desde os primeiros dias de ingres...
EB70-MC-10.308 CAPÍTULO II INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA 2.1 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO 2.1.1 A instrução individual da Ordem Unida deve ser ministrada desde os primeiros dias de ingresso no Exército Brasileiro. 2.1.2 Os instruendos que estiverem com dificuldades devem ser grupados em uma escola separada, que merecerá maior atenção dos instrutores e/ou monitores. 2.1.3 A execução correta das posições e dos movimentos é o principal objetivo da instrução individual. 2.2 POSIÇÕES 2.2.1 SENTIDO - nesta posição, o militar fica imóvel e com a frente voltada para o ponto indicado. Os calcanhares unidos, pontas dos pés voltadas para fora, de modo que formem um ângulo de aproximadamente 60 graus. O corpo levemente inclinado para frente, com o peso distribuído igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés; e os joelhos naturalmente distendidos. O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma altura e um pouco para trás, sem esforço. Os braços caídos e ligeiramente curvos, com os cotovelos um pouco projetados para frente e na mesma altura. As mãos espalmadas, coladas na parte exterior das coxas, dedos unidos e distendidos, sendo que o médio deve coincidir com a costura lateral da calça. Cabeça erguida e o olhar fixo à frente (Fig 2-1 e 2-2). 2.2.1.1 Para tomar a posição de Sentido, o militar une os calcanhares com energia e vivacidade, de modo a se ouvir este contato. Ao mesmo tempo, leva as mãos para os lados do corpo, batendo-as com energia ao colá-las nas coxas. Durante a execução deste movimento, o militar afasta os braços cerca de 20 centímetros do corpo, antes de colar as mãos nas coxas. O calcanhar esquerdo deve ser ligeiramente levantado para que o pé não arraste no solo. O militar toma a posição de Sentido ao comando de “SENTIDO!”. 2-1 EB70-MC-10.308 Fig 2-1 Posição de Sentido (frente) Fig 2-2 Posição de Sentido (perfil) 2.2.2 DESCANSAR - estando na posição de Sentido, ao comando de “DESCANSAR!”, o militar desloca o pé esquerdo, a uma distância aproximadamente igual à largura de seus ombros, para a esquerda, elevando ligeiramente o corpo sobre a ponta do pé direito, para não arrastar o pé esquerdo. Simultaneamente, as mãos são levadas às costas, na altura da cintura, e a mão esquerda segura o braço direito pelo punho, com a mão direita fechada. Nesta posição, as pernas ficam naturalmente distendidas e o peso do corpo igualmente distribuído sobre os pés, que permanecem num mesmo alinhamento. Esta é a posição do militar ao entrar em forma, onde permanece em silêncio e imóvel (Fig 2-3 e 2-4). Fig 2-3 Posição de Descansar Fig 2-4 Posição de Descansar (frente) (costas) 2.2.3 À VONTADE - o comando de “À VONTADE” deve ser dado quando os militares estiverem na posição de Descansar. A este comando, o militar mantém o seu lugar em forma, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo e falar. Para cessar a situação de À 2-2 EB70-MC-10.308 Vontade, o comandante ou instrutor dará uma voz ou sinal de advertência: “ATENÇÃO!”. Os militares, então, individualmente, tomam a posição de “DESCANSAR”. O comando de “À VONTADE” é acompanhado de um brado padronizado pela tropa, que é executado antes de relaxar a posição. 2.2.3.1 O Comandante (ou instrutor) poderá, de acordo com a situação, introduzir restrições ou padronizar posições que julgue necessárias ou convenientes, antes de comandar “À VONTADE!”. Tais restrições, porém, não devem fazer parte da voz de comando. 2.2.4 RELAXAR A POSIÇÃO - o comando de “RELAXAR A POSIÇÃO” é dado quando a tropa estiver na posição de Descansar. Semelhante ao comando de À vontade, nesta posição o militar, sem sair do lugar, se movimenta levemente, sem falar, com a intenção de, mais relaxado, continuar prestando atenção em alguma atividade ou palavras dirigidas à tropa. É utilizada em ocasiões de formaturas muito longas ou a critério de quem estiver falando com a tropa. 2.2.5 EM FORMA - ao comando de “ESCOLA (GRUPO, PELOTÃO etc.) - BASE TAL MILITAR - FRENTE PARA TAL PONTO, COLUNA POR UM (DOIS, TRÊS etc.) ou LINHA EM UMA FILEIRA (DUAS ou TRÊS)”, seguido da voz de execução “EM FORMA!”, cada militar desloca-se rapidamente para o seu lugar e, com o braço esquerdo distendido para frente, toma a distância regulamentar. Se posicionado na testa da fração, toma o intervalo regulamentar. Depois de verificar se está corretamente coberto e alinhado, toma a posição de Descansar. 2.2.6 FORA DE FORMA - ao comando de “FORA DE FORMA, MARCHE!”, os militares rompem a marcha com o pé esquerdo e saem de forma com rapidez. Quando necessário, o comando é precedido da informação “NAS PROXIMIDADES”, que não faz parte da voz de comando. Neste caso, os militares devem manter a atenção no seu comandante, permanecendo nas imediações. 2.2.6.1 O comando pode vir acompanhado de brado, para isso o comandante da fração dirá antes do comando “COM O BRADO”. A tropa realiza o brado no intervalo entre o FORA DE FORMA e o comando de execução MARCHE. 2.2.7 OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) - TROPA A PÉ FIRME - na continência a pé firme, ao comando de “OLHAR À DIREITA (ESQUERDA)!”, cada militar gira a cabeça energicamente para o lado indicado, olha francamente a autoridade que se aproxima e, à proporção que esta se deslocar, acompanha com a vista, voltando naturalmente a cabeça até que ela tenha atingido o último militar da esquerda (direita). Ao comando de “OLHAR, FRENTE!”, volve a cabeça, energicamente, para frente. 2.2.8 OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) - TROPA EM DESLOCAMENTO - quando no passo ordinário, a última sílaba do comando de “SENTIDO! OLHAR 2-3 EB70-MC-10.308 À DIREITA!” deve coincidir com a batida do pé esquerdo no solo; quando o pé esquerdo voltar a tocar o solo, com uma batida mais forte, deve ser executado o giro de cabeça para o lado indicado, de forma enérgica e sem desviar a linha dos ombros. Para voltar a cabeça à posição normal, é dado o comando de “OLHAR, FRENTE!” nas mesmas condições do “OLHAR À DIREITA (ESQUERDA)”. 2.2.9 OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) - TROPA EM DESFILE - na altura da primeira baliza vermelha, ou do toque da corneta, é dado o comando de “SENTIDO! OLHAR À DIREITA!”, que coincide com a batida do pé esquerdo no solo; quando o pé esquerdo voltar a tocar o solo, com uma batida mais forte, é executado o giro de cabeça para o lado indicado, de forma enérgica e sem desviar a linha dos ombros. No pé esquerdo seguinte é realizado o brado padronizado de cada tropa por ocasião do desfile. Ao comando de “OLHAR, FRENTE!”, que é dado quando a retaguarda do grupamento ultrapassar a segunda baliza vermelha ou mediante toque da corneta, a tropa gira a cabeça no pé esquerdo seguinte ao comando. 2.2.10 APRESENTAR-ARMA - o comando de “APRESENTAR-ARMA!” é dado quando os militares estiverem na posição de Sentido. Estando os militares na posição de Descansar, deve ser dado primeiro o comando de “SENTIDO!” e, em seguida, o de “APRESENTAR-ARMA!”. A este comando o militar presta a continência. 2.2.10.1 Sem cobertura - em movimento enérgico, leva a mão direita, tocando com a ponta do dedo médio o lado direito do rosto, um pouco acima da sobrancelha, procedendo similarmente ao descrito acima (Fig 2-5). 2.2.10.2 Com cobertura - em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado da cobertura, tocando com a ponta do indicador a borda da pala, um pouco adiante do botão da jugular, ou lugar correspondente, se a cobertura não tiver pala ou jugular; a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os dedos unidos e esticados; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45 graus com a linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior. Para desfazer a continência, abaixa a mão em movimento enérgico, voltando à posição de Sentido (Fig 2-6). 2-4 EB70-MC-10.308 Fig 2-5 Apresentar arma sem Fig 2-6 Apresentar arma com cobertura (gorro na mão) cobertura 2.2.11 SENTADO (AO SOLO) - partindo da posição de Descansar, ao comando de “SENTADO UM-DOIS!” o militar realiza um salto, em seguida, senta-se com as pernas cruzadas, envolvendo os joelhos com os braços, e com a mão esquerda deverá segurar o braço direito pelo pulso mantendo a mão direita fechada. Para retornar à posição de Descansar, partindo da posição sentado, deve-se comandar “DE PÉ UM-DOIS!” (Fig 2-7). Fig 2-7 Posição sentado 2.3 POSIÇÕES SEM COBERTURA 2.3.1 Nas situações em que o militar tiver que retirar a cobertura, segurando-a com a mão, deve proceder da seguinte forma: 2.3.2 SENTIDO - o militar deve tomar a posição de Sentido, de forma semelhante ao descrito no item 2.2.1, porém, deve segurar a boina (gorro ou quepe) com a mão esquerda empunhando-os pela lateral esquerda, na junção da pala com o restante da cobertura, se for o caso, mantendo a parte interna da cobertura voltada para o corpo e a pala voltada para frente (Fig 2-8 e 2-9). 2-5 EB70-MC-10.308 No caso do capacete, a parte interna fica voltada para o solo, tendo a preocupação de fixar a jugular no dedo anular. 2.3.3 DESCANSAR - o militar deve tomar a posição de Descansar, de forma semelhante ao descrito no item 2.2.2, porém, deve segurar a boina (gorro ou quepe) com a mão esquerda empunhando-os pela lateral esquerda, na junção da pala com o restante da cobertura, se for o caso, mantendo a parte interna da cobertura voltada para o corpo e a pala voltada para frente (Fig 2-10 e 2-11). O braço direito deve estar caído ao lado do corpo, com o dorso da mão voltado para frente, e a mão naturalmente aberta, como se estivesse segurando algo, mantendo o polegar da mão direita por trás dos demais dedos. No caso do capacete, a parte interna fica voltada para o solo, tendo a preocupação de fixar a jugular no dedo anular (Fig 2-12). Fig 2-8 Posição de Sentido sem cobertura Fig 2-9 Posição de Sentido sem cobertura (boina na mão) (gorro na mão) Fig 2-10 Posição Descansar Fig 2-11 Posição Descansar (boina na mão) (gorro na mão) 2-6 EB70-MC-10.308 Fig 2-12 Posição Descansar (capacete na mão) 2.4 POSIÇÕES COM O PINGALIM 2.4.1 O pingalim é empunhado com a mão esquerda, nas seguintes posições: 2.4.1.1 Sentido - esta posição é tomada de forma semelhante à descrita no item 2.2.1. Porém, a mão esquerda envolve o castão do pingalim, empolgando sua extremidade com o dedo indicador (Fig 2-13). O pingalim permanece junto ao corpo do militar, tangenciando a parte posterior da cavidade axilar (Fig 2-14 e 2-15). Fig 2-13 Detalhe da mão empunhando o pingalim na posição de Sentido 2-7 EB70-MC-10.308 2.4.2.2 Descansar - esta posição (Fig 2-21) é tomada de forma semelhante à descrita na seção 2.2.2. Neste caso, porém, a cobertura e o pingalim são empunhados da forma idêntica à posição de Sentido. 2.4.2.2.1 Deve-se observar o detalhe da mão esquerda segurando a cobertura (gorro, boina ou capacete de equitação)+ pingalim. Fig 2-21 Posição de Descansar 2.5 PASSOS 2.5.1 GENERALIDADES 2.5.1.1 Cadência - é o número de passos executados por minuto, nas marchas em passo ordinário e acelerado. 2.5.1.1.1 Para os eventos a seguir relacionados devem ser adotadas as seguintes cadências: a) Desfile da tropa a pé – 116 passos p/min; b) Revista da guarda de honra – 100 passos p/min; c) Incorporação da Bandeira Nacional – 100 passos p/min; e d) Revista por ocasião da passagem de comando – 116 passos p/min. 2.5.2 Os deslocamentos podem ser feitos nos passos: ordinário, sem cadência, de estrada e acelerado. 2.5.2.1 Passo ordinário - é o passo com aproximadamente 75 centímetros de extensão, calculado da planta do pé a outra e numa cadência de 116 passos por minuto. Neste passo, o militar conservará a atitude marcial. 2-10 EB70-MC-10.308 2.5.2.2 Passo sem Cadência - é o passo executado na amplitude que convém ao militar, de acordo com a sua conformação física e com o terreno. No passo sem cadência, o militar é obrigado a conservar a atitude correta, a distância e o alinhamento. 2.5.2.3 Passo de estrada - é o passo sem cadência em que não há a obrigação de conservar a mesma atitude do passo sem cadência, propriamente dito, embora o militar tenha que manter seu lugar em forma e a regularidade da marcha. 2.5.2.4 Passo Acelerado - é o passo executado com a extensão de 75 a 80 centímetros, conforme o terreno e numa cadência de 180 passos por minuto. 2.5.3 MOVIMENTO DE BRAÇOS E PERNAS - durante o deslocamento, os braços devem oscilar transversalmente ao sentido do deslocamento, flexionando-se para frente até a altura da fivela do cinto e para trás distendendo-se até 30 centímetros do corpo; a perna também deve ser naturalmente distendida; e o calcanhar bater no solo de maneira natural e sem exageros. 2.5.3.1 Os erros mais frequentes são os seguintes: 2.5.3.1.1 Braços: movimentos frontais ou laterais ao corpo e de forma exagerada (Fig 2-22). 2.5.3.1.2 Pernas: levantar ou dobrar excessivamente os joelhos e bater no solo com o calcanhar e antes da planta do pé (Fig 2-23). 2.5.3.1.3 Corpo: arqueado para frente (Fig 2-24). Fig 2-22 Fig 2-23 2-11