Doping no Mundo Esportivo PDF

Summary

O documento aborda o doping no mundo esportivo, descrevendo seu uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho. Abrange aspectos históricos, práticas comuns, e riscos à saúde relacionados ao doping. Este documento fornece informações essenciais sobre doping.

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**Doping no Mundo Esportivo** O ***doping*** é o uso de substâncias, drogas ou métodos ilícitos usados para melhorar o desempenho esportivo. Esses métodos artificiais podem aumentar a resistência do corpo e dão vantagens competitivas físicas e psicológicas em relação aos outros adversários de forma...

**Doping no Mundo Esportivo** O ***doping*** é o uso de substâncias, drogas ou métodos ilícitos usados para melhorar o desempenho esportivo. Esses métodos artificiais podem aumentar a resistência do corpo e dão vantagens competitivas físicas e psicológicas em relação aos outros adversários de forma totalmente desonesta. No entanto, colocam em risco até mesmo a vida do próprio atleta. A prática de *doping* é uma questão muito séria e também difícil, repudiada pela sociedade, federações esportivas e pelos governos. Ela representa uma ameaça à integridade dos atletas "limpos", a reputação do esporte e também o espírito esportivo. Em época de Copa do Mundo e eventos esportivos de grande porte o assunto sempre volta à tona. Os competidores se submetem a qualquer coisa com a promessa de melhora do desempenho. Alguns utilizam suplementos nutricionais, outros agentes fisiológicos, como o *doping* sanguíneo, ou ainda certos hormônios e drogas. Apesar de conhecido há muitos séculos, o *doping* vem sendo combatido com maior vigor apenas nas últimas décadas. Os testes *antidoping* para detectar esse tipo de substâncias nos atletas só começaram a ser empregados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1968, durante os Jogos de Verão e Inverno.   **História do *doping* nos esportes** Há mais de 4 mil anos já era comum para os chineses o chá da planta "machuang" que tinha efeito estimulante. Seu uso aumentava a produtividade no trabalho, a disposição dos guerreiros no combate e também a performance dos esportistas. Assim, a história do *doping* é mais antiga que a própria história dos jogos olímpicos. Os gregos usavam cogumelos alucinógenos para aumentar a sua performance desportiva. Da mesma forma, os romanos empregavam desde cafeína até o ópio. O primeiro caso de *doping* relatado aconteceu em 1886, quando um ciclista inglês morreu de overdose numa corrida em Paris. Os Jogos de Atenas, em 1896, marcaram o aparecimento das "bolinhas", esferas contendo diversas substâncias estimulantes como cocaína, efedrina e estricnina. Daí o termo "usar bola" como sinônimo de dopar-se. Nas olimpíadas de Berlin, os nazistas estimulavam a vitória a qualquer preço, usando todos os meios para alcançá-la e muitos atletas tiveram suspeita de *doping*. Na Segunda Guerra Mundial as substâncias eram usadas para aumentar a resistência de soldados e os anabolizantes eram dados aos prisioneiros desnutridos. Em seguida, houve um aumento significativo do *doping* em esportes de alto rendimento. No entanto, foi apenas após a morte de dois atletas em 1960 e de 1964 por *doping* que o COI passou a controlar o uso desse tipo de substâncias no esporte. A partir de 1968, nas Olimpíadas do México, o exame *antidoping* passou a ser obrigatório. **Substâncias e práticas mais usadas** **Anabolizantes** Agem como anabólicos da testosterona, aumentam a massa muscular, a força, diminuem a sensação de fadiga e também controlam o peso. Os esteroides anabólicos facilitam a recuperação de sessões de treinamento muito extenuantes, permitindo que os atletas treinem duro nos dias subsequentes. Esse benefício potencial aguçou o interesse de atletas de quase todos os esportes. Geralmente são usados por corredores que precisam de explosão e força muscular, no atletismo e levantamento de peso.   **Hormônios** Os hormônios estão envolvidos na maioria dos processos fisiológicos e suas ações são relevantes para muitos aspectos do exercício e desempenho esportivo. Entre os anos 1950 e 1980, os agentes hormonais mais frequentemente utilizados pelos atletas foram os esteroides anabólicos. Na segunda metade da década de 1980, um novo recurso surgiu para substituí-lo, o hormônio do crescimento humano (hGH). Outro hormônio que vem sendo muito utilizado é o EPO (eritropoetina). Secretado pelo rim, ele estimula a produção de eritrócitos (glóbulos vermelhos) na medula óssea. Dessa forma, aumenta a capacidade do sangue de transportar oxigênio, dando mais potência aos músculos para produzir energia. Usado por atletas de resistência.   **Betabloqueadores** Estas substâncias podem diminuir o ritmo cardíaco em esportes nos quais a ansiedade e o tremor podem comprometer o desempenho do atleta, como tiro com arco ou armas de fogo. Movimentos corporais são detectados cada vez que seu coração bate. Esse movimento é suficiente para afetar a mira de um atirador. A precisão nos esportes de tiro irá melhorar se o rifle puder ser disparado entre um batimento cardíaco e outro. Os betabloqueadores são usados para manter as mãos mais firmes, alcançando uma maior eficácia.   **Estimulantes** Essas substâncias estimulam o sistema nervoso central e podem até mesmo diminuir algumas atividades, como a sensação de fadiga e apetite. Usada para aumentar a concentração e o estado de alerta do corpo. As anfetaminas são as preferidas, além de ter fácil acesso. Os atletas antecipam a obtenção de energia e a motivação e sentem-se mais competitivos para correr mais velozmente, saltar mais alto e adiar o início da fadiga ou exaustão completa.   **Analgésicos Narcóticos** São derivados do ópio e aliviam ou diminuem a sensação de dor, a mais conhecida é a morfina. Esse efeito pode levar um atleta a menosprezar uma lesão potencialmente perigosa, agravando-a.   **Diuréticos** São utilizados para retenção de líquidos e redução do peso, pois eliminam líquidos diminuindo o inchaço do corpo. Entre os que adotam essa prática estão os lutadores, jóqueis e ginastas. Também é usado para mascarar e se livrar de outras drogas através da urina. Os atletas esperam que o líquido extra na urina dilua a concentração de drogas proibidas, o que diminuiria a probabilidade de detecção das substâncias ilegais em exames *antidoping*.   **Drogas recreacionais** Essa classe tem sido amplamente utilizada por atletas tanto para a recreação como por suas possíveis propriedades de melhoria de desempenho. Embora possa ocasionar justamente o efeito contrário, em sua maioria, prejudicando a performance do atleta. Inclui o álcool, a cocaína e a maconha.   ***Doping* sanguíneo** Assim como o EPO, essa prática aumenta o número de glóbulos vermelhos no sangue, fornecendo mais oxigênio aos músculos e melhorando o rendimento do atleta. Uma prática cada vez mais frequente para induzir essa produção é a transfusão de sangue. Autóloga, se feita com o sangue do próprio atleta colhido com antecedência ou, homóloga, quando de outro indivíduo com o mesmo tipo sanguíneo. No entanto, os riscos são grandes. Pode aumentar o estresse no coração, levar à coagulação no sangue e até mesmo causar um derrame. **Riscos para a saúde e efeitos do *doping*** Em busca do alto desempenho os atletas podem consumir substâncias ilícitas com a promessa de levar vantagem no seu esporte. Entretanto as consequências para o corpo e a saúde são muitas. Há um motivo pelo qual os compostos e práticas ilícitas são proibidas, não apenas por denegrir o espírito esportivo e prejudicar uma competição justa, mas também por trazer riscos ao próprio atleta, inclusive de vida. **Como os exames são feitos?** O controle do *doping* é realizado através do exame de urina ou sangue. Os exames podem ser realizados a qualquer momento, antes durante e após a competição ou prova, inclusive durante os treinos ao longo do ano, sem aviso prévio. Os atletas com melhor desempenho geralmente realizam os exames para comprovar que não usaram nenhuma substância ilícita. O Código Mundial Antidopagem é baseado em princípios de risco estrito, ou seja, os atletas são responsáveis por quaisquer substâncias em seus corpos, até mesmo se não souberem. Por isso todos os medicamentos, suplementos e alimentos devem ser cuidadosamente controlados pelos atletas.

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