Doenças Bucas Mais Prevalentes em Idosos PDF
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Este documento examina as doenças bucais mais comuns em idosos, incluindo cáries, doenças periodontais e câncer bucal. Ele discute os sintomas, causas e possíveis tratamentos relacionados.
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Doenças bucais mais prevalentes em idosos Introdução: Com o envelhecimento, a saúde da população idosa (acima de 60 anos) muda, exigindo mais cuidados médicos. A saúde bucal é essencial para um envelhecimento saudável, pois problemas bucais são comuns e afetam a qualidade de vida dos idosos. As doe...
Doenças bucais mais prevalentes em idosos Introdução: Com o envelhecimento, a saúde da população idosa (acima de 60 anos) muda, exigindo mais cuidados médicos. A saúde bucal é essencial para um envelhecimento saudável, pois problemas bucais são comuns e afetam a qualidade de vida dos idosos. As doenças mais frequentes incluem: doenças periodontais, câncer bucal, cáries, boca seca (xerostomia) e estomatite causada por Cárie dentária: A cárie dentária é uma doença muito comum, especialmente em idosos, causada por fatores como biofilme, má higiene, açúcar, e fluxo salivar reduzido. Nos idosos, a cárie radicular é a mais prevalente, geralmente ligada a problemas nas gengivas e ao uso de próteses mal adaptadas. Ela afeta a raiz do dente e progride rapidamente. O tratamento inclui boa higiene bucal, dieta equilibrada, e cuidados com as gengivas e próteses. Doenças periodontais: As doenças periodontais começam com a gengivite, causada pelo acúmulo de placa bacteriana. Quando não tratada, pode evoluir para periodontite, afetando o ligamento periodontal, osso alveolar e cemento, podendo levar à perda dentária. Nos idosos, fatores como diabetes, hipertensão e uso de medicamentos afetam a progressão da doença. 1.Gengivite: Inflamação reversível que não afeta os tecidos de suporte, causada por má higiene. 2.Periodontite Crônica: Doença inflamatória que destrói o periodonto, levando à perda óssea. 3.Recessão Gengival: Exposição radicular causada por escovação traumática e biofilme, tratada com enxertos. O tratamento envolve higiene, raspagens, e, em casos graves, cirurgia e antibióticos O câncer bucal ocorre na boca, afetando lábios, gengivas, língua, palato e mucosa. Pode aparecer como feridas que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, dores ou dificuldade para engolir. Os principais fatores de risco são o tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecções por HPV e exposição ao sol. O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento, que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, ou a combinação dessas Lesões Iniciais: Alterações como manchas brancas (leucoplasia) ou vermelhas (eritroplasia). Displasia: Células se tornam anormais, com risco de virarem câncer. Carcinoma In Situ: Câncer superficial, ainda não invadiu tecidos mais profundos. Invasão Local: Células cancerosas começam a invadir os tecidos ao redor. Metástase: Câncer se espalha para linfonodos e outros órgãos. Tabagismo: Fumar cigarros, charutos ou cachimbos. Álcool: Consumo excessivo e prolongado. HPV: Infecção pelo papilomavírus humano, especialmente o tipo 16. Exposição ao Sol: Prolongada e sem proteção, principalmente nos lábios. Dieta Pobre: Falta de vitaminas A, C e E. Lesões Bucais: Irritações crônicas, como próteses mal ajustadas. Doenças Preexistentes: Manchas brancas (leucoplasia) ou vermelhas (eritoplasia) na boca. Estágio 0 (Carcinoma in situ): Câncer restrito à camada superficial da mucosa. Estágio I: Tumor ≤ 2 cm, localizado apenas na cavidade bucal, sem metástase. Estágio II: Tumor de 2 a 4 cm, ainda restrito à cavidade bucal, sem metástase. Estágio III: Tumor > 4 cm ou com invasão de linfonodos regionais, sem metástase distante. Estágio IV: IV A: Invasão de estruturas adjacentes ou linfonodos regionais. IV B: Tumor pode ter se espalhado para múltiplos linfonodos. IV C: Metástase em órgãos distantes (pulmões, fígado). Carcinoma Espinocelular (CEC): O tipo mais comum, originado nas células escamosas da mucosa oral. Carcinoma Basocelular: Raro na boca, origina-se na pele e cresce lentamente. Sarcoma: Câncer raro nos tecidos conjuntivos, incluindo músculos e ossos. Melanoma Oral: Um câncer agressivo que se desenvolve nas células pigmentares da mucosa. Linfoma: Câncer dos linfonodos ou tecidos linfáticos, podendo afetar a cavidade bucal. Leucoplasia e Eritroplasia: Lesões pré-cancerosas que podem evoluir para câncer oral. Carcinoma Espinocelular (CEC) Origem: Surge nas células escamosas da mucosa bucal. Locais Comuns: Lábios, língua, gengivas, palato e bochechas. Características 1.Aparência: Feridas que não cicatrizam, manchas brancas (leucoplasia) ou vermelhas (eritroplasia), nódulos ou massas. 2.Invasão Local: Cresce localmente e pode afetar tecidos adjacentes. 3.Metástase: Pode se espalhar para linfonodos e órgãos distantes em estágios avançados. Fatores de Risco Tabagismo: Uso de produtos de tabaco. Álcool: Consumo excessivo. Infecção por HPV: Associado ao aumento do risco. Exposição ao Sol: Especialmente nos lábios. Diagnóstico e Tratamento Diagnóstico: Biópsia das lesões e exames de imagem. Tratamento: Cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou combinação dos métodos, dependendo do estágio e localização. Diagnóstico de Câncer Oral 1.Biópsia por Punção com Agulha Fina (PAAF): 1. Descrição: Usa uma agulha fina para retirar uma amostra de tecido. 2. Invasividade: Menos invasiva. 3. Uso: Avaliação de nódulos ou massas suspeitas. 2.Biópsia Incisional: 1. Descrição: Remoção de uma parte da lesão ou tumor. 2. Invasividade: Mais invasiva, utilizada para lesões grandes. 3. Uso: Análise de lesões que não podem ser completamente removidas. 3.Biópsia Excisional: 1. Descrição: Remoção completa da lesão, incluindo margem de tecido saudável. 2. Invasividade: Diagnóstica e terapêutica. 3. Uso: Adequada para lesões pequenas. 4.Biópsia por Escovado (Citologia por Escovado): 1. Descrição: Método menos invasivo usando uma escova para coletar células. 2. Invasividade: Menos preciso que outros métodos. 3. Uso: Exame inicial útil. 5.Biópsia Endoscópica: 1. Descrição: Uso de um endoscópio para visualizar e coletar amostras de lesões de difícil acesso. 2. Invasividade: Pode ser invasiva, dependendo do local. 3. Uso: Lesões localizadas em áreas de difícil acesso. Xerostomia (Boca Seca) O que é: Diminuição da produção de saliva, comum em idosos. Sintomas: Secura bucal. Dificuldade para mastigar e engolir. Aumento de cáries e infecções. Causas: Envelhecimento. Doenças autoimunes (ex: síndrome de Sjögren). Medicamentos e tratamentos oncológicos. Tratamento: Hidratação adequada. Substitutos de saliva. Boa higiene bucal. Estomatite Protética Definição: Inflamação da mucosa bucal devido ao uso de próteses parciais ou totais. Causas: Higiene inadequada: Acúmulo de bactérias e fungos, especialmente Candida albicans. Ajuste inadequado: Próteses mal ajustadas causam fricção e inflamação. Uso excessivo: Usar a prótese por longos períodos impede a recuperação da mucosa. Reações alérgicas: Sensibilidade ao material da prótese. Tratamento: Remoção de traumas e microrganismos. Melhora da higiene bucal. Ajuste adequado da prótese. Importância do Cuidado Odontológico em Idosos Conhecimento Necessário: É essencial que o cirurgião- dentista compreenda as alterações fisiológicas e patológicas do organismo do paciente idoso. Planejamento do Tratamento: O dentista deve ser capaz de planejar e tratar as patologias bucais específicas encontradas em pacientes idosos. Orientações Corretas: Fornecer orientações adequadas sobre escovação, uso de medicamentos, tratamentos e consultas regulares. Colaboração: A participação do paciente idoso ou do responsável é crucial para seguir as orientações e garantir a boa qualidade de vida.