Aula 6: Principais Doenças Imunológicas, Bacterianas, Fúngicas - Ajustado PDF

Summary

Esta apresentação descreve diferentes doenças imunológicas, bacterianas, fúngicas e virais com manifestação bucomaxilofacial. Aborda tópicos como diagnóstico, características e tratamento para cada condição. Os conteúdos teóricos são complementados com algumas ilustrações, o que torna a apresentação mais didática e visual.

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PRINCIPAIS DOENÇAS IMUNOLÓGICAS, BACTERIANAS, FÚNGICAS E VIRAIS COM MANIFESTAÇÃO BUCOMAXILOFACIAL Doenças imunológicas com manifestação bucomaxilofacial INTODUÇÃO Na seção anterior você estudou as infecções bacterianas de interesse estoma...

PRINCIPAIS DOENÇAS IMUNOLÓGICAS, BACTERIANAS, FÚNGICAS E VIRAIS COM MANIFESTAÇÃO BUCOMAXILOFACIAL Doenças imunológicas com manifestação bucomaxilofacial INTODUÇÃO Na seção anterior você estudou as infecções bacterianas de interesse estomatológico, e nesta seção iremos estudar as doenças imunológicas com manifestação bucomaxilofacial. ULCERAÇÃO AFTOSA Diagnóstico e conduta clínica na Ulceração Aftosa Recorrente RECORRENT E ( UA R ) o É considerada uma doença inflamatória, com distribuição universal, estando relacionada em sua etiologia a uma resposta celular, mediada por linfócitos T, que por alguma anormalidade provoca uma exacerbação na resposta Th1. o Clinicamente, a UAR se caracteriza por úlceras na mucosa oral, de formato arredondado ou ovalado, única ou múltiplas, circundadas por halo eritematoso e cobertas por um exsudato serofibrinoso ou fibrinopurulento. ULCERAÇÃO AFTOSA o Três formas clínicas de UAR: RECORRENT  A afta menor (minor ou de mickulicz) é a mais E ( UA R ) prevalente (70% dos casos).  A afta maior (Sutton ou Periadenite mucosa) é clinicamente mais grave, demorando semanas ou meses para se reparar. É muito dolorosa e diminui a qualidade de vida dos pacientes.  O tipo herpetiforme é representado por úlceras diminutas, mas em grande número (pode chegar a 100). ULCERAÇÃO AFTOSA RECO RRENT E ( UA R) Do ponto de vista da gravidade, pode ser classificada como: Lúpus eritematoso Doença de Chron  leve (até 5 episódios/ano),  moderada (11 episódios/ano) ou  grave (um episódio/mês). Cuidados no diagnóstico Síndrome de Behçet ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE (UAR) o Diagnóstico: Baseado em quadro clínico e história de recidivas. o Histologicamente: Quadro de um infiltrado inflamatório crônico inespecífico, na lâmina própria, podendo exibir ulceração com infiltrado rico em neutrófilos, passível de ser confundido com uma úlcera traumática. ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE (UAR) o É considerada uma doença multifatorial, com ação de agentes microbiológicos, imunológicos e genéticos, que parecem interagir em concomitância ou não para sua instalação. LÍQUEN PLANO ORAL (LPO) o Diagnóstico e conduta clínica Doença inflamatória cutaneomucosa, crônica e mediada por linfócitos T, cuja etiologia ainda não foi esclarecida. Incidência: a partir dos 50 anos de idade, mas não são raros os casos em crianças. LÍQUEN PLANO ORAL (LPO) o Afeta as mucosas, particularmente a oral e genital (raramente outras mucosas) Líquen Plano Oral  Até 70% dos pacientes apresentam lesões orais,  sendo que até 30% destes são exclusivamente afetados na boca. o Incide mais em mulheres. o Se apresenta sob várias formas clínicas, inclusive bolhas (mais raramente). Líquen Plano Vulvar LÍQUEN PLANO ORAL (LPO) o As lesões são simétricas e bilaterais e acometem com mais frequência a mucosa jugal (onde aparecem em forma de placas esbranquiçadas, em estrias reticulares, pontilhadas, denominadas estrias de wickham), a gengiva (onde podem se apresentar como gengivite descamativa), os lábios e o dorso lingual. LÍQ UEN PLANO O R AL (LPO ) o Há diversos estudos correlacionando LPO com hepatite infecciosa C, mas até agora eles são inconclusivos para colocar o vírus (HVC) como fator importante na doença. LÍQ UEN PLANO O R AL (LPO )  Tratamento: o corticoides tópicos em orabase (propionato de clobetasol a 0,05%, valerato de betametasona a 0,05% e acetato de triamcinolona a 0,1%).  A Imunofluorescência Direta (IFD) é útil para diferenciação de outras doenças autoimunes.  Nesse caso, vai mostrar deposição de IgA, IgG, IgM ou C3, além de fibrinogênio em padrão desordenado ao longo da membrana basal. D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA C L Í N I C A NA SÍNDROME DE BEHÇET (SB) o A síndrome de Behçet (SB) é uma doença inflamatória sistêmica, de acometimento vascular e causa ainda desconhecida, caracterizada por úlceras orais recorrentes, úlceras genitais, uveíte e lesões cutâneas. D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA CLÍNICA NA SÍNDROME DE BEHÇET (SB) o A apresentação comum é a de ataques recorrentes de inflamação aguda. o Surtos repetidos de inflamação ocular podem levar à cegueira, principal sequela da síndrome. D I AG N Ó S T I C O E C O N D U TA CLÍNICA NA SÍNDROME De incidência rara em grande parte do DE BEHÇET mundo, a SB incide mais na antiga (SB) “Rota da Seda” – faixa que se estende da bacia do Mediterrâneo ao extremo Oriente. A Turquia apresenta as maiores prevalências, tendo sido Hulusi Behçet quem reconheceu o caráter sistêmico da síndrome. D I AG N Ó S T I C O E C O N D U TA CLÍNICA NA SÍNDROME o As lesões típicas são dolorosas, DE BEHÇET menores que 10 mm e se reparam (SB) sem deixar cicatrizes em cerca de 10 dias. D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA C L Í N I C A N O P Ê N F I G O E P E N F I G O I D E C I C AT R I C I A L oPênfigos e penfigoides são doenças autoimunes, vesicobolhosas e mucocutâneas, representadas por reações de autoanticorpos contra, respectivamente, as desmogleínas Dsg3 dos desmossomos intraepiteliais (acantólise) e os hemidesmossomos na zona de membrana basal. D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA CLÍNICA NO PÊNFIGO E P E N F I G O I D E C I C AT R I C I A L o Grande parte dos casos apresenta lesões na mucosa oral, representadas por vesículas e bolhas que ao se romperem deixam úlceras secundárias de gravidade variável. DIAGNÓSTICO E C O N D U TA CLÍNICA NO PÊNFIGO E o Diagnóstico: PENFIGOIDE  quadro clínico, C I C AT R I C I A L  dados anamnéticos e  exames, que incluem o histopatológico, a imunofluorescência direta e a imunofluorescência indireta, além de sorologia de dosagem de autoanticorpos circulantes (IgG) contra Dsg1 e Dsg3 nos pênfigos. D I AG NÓS T I C O E C OND UTA C LÍ NI C A NO LÚP US ER I TEM AT OS O o O LES é uma doença autoimune do tecido conectivo, de causa não esclarecida, que S I S T ÊM I C O afeta qualquer parte do organismo. ( LES ) oHá um ataque por autoanticorpos das próprias células do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual. o Mais comum em mulheres negras e latinas (com incidência de 1:245). D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA C L Í N I C A N O LÚ P U S E R I T E M AT O S O S I S T Ê M I C O (LES) o Três tipos:  lúpus eritematoso sistêmico (LES);  lúpus eritematoso crônico discoide (LECD), com lesões exclusivamente cutâneas;  lúpus induzido por drogas, com as mesmas características do LES. D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA C L Í N I C A N O LÚ P U S E R I T E M AT O S O S I S T Ê M I C O (LES) o Sintomas incluem:  febre;  mal-estar;  inflamação nas articulações, no pulmão e nos linfonodos;  artralgias;  manchas avermelhadas e úlceras na mucosa oral semelhantes a aftas.  As manifestações imunes incluem diminuição das células T citotóxicas, decréscimo dos T reguladores, aumento do número de T CD4+ e linfócitos B por defeitos na apoptose, resultando em aumento da atividade das citocinas Th2. DIAGNÓSTICO E C O N D U TA C L Í N I C A N O LÚ P U S E R I T E M AT O S O SISTÊMICO (LES) o O diagnóstico inclui pesquisa de autoanticorpos anti-Sm e anti-DNA de dupla hélice (dsDNA), que são altamente específicos. o O fator antinúcleo é positivo. o O hemograma pode evidenciar anemia normocítica, leucopenia, linfopenia e plaquetopenia. o Como é uma doença inflamatória, a velocidade de hemossedimentação está aumentada (VHS). D I A G N Ó S T I C O E C O N D U TA CLÍNICA NO ERITEMA M U LT I F O R M E E N A S Í N D R O M E DE STEVENS- JOHNSON o O eritema multiforme ou polimorfo é uma reação de hipersensibilidade do tipo III (precipitação de imunocomplexos na periferia de vasos sanguíneos, originando infiltrado inflamatório perivascular a vários agentes – vírus do herpes simples, drogas e cosméticos). o É uma doença vesicobolhosa cutâneo-mucosa, mas pode se expressar apenas em mucosa oral, no caso de reação a drogas tópicas, enxaguantes orais ou alimentos. A lesão cutânea é característica, sendo denominada lesão em alvo (lesões eritematosas ou ulceradas, com o centro mais pálido, imitando um alvo). DIAGNÓSTICO E C O N D U TA C L Í N I C A N O E R I T E M A M U LT I F O R M E E NA SÍNDROME DE STEVENS- JOHNSON o Na mucosa oral, é representada por bolhas ou vesículas, que se rompem dando origem a úlceras, podendo ocorrer em qualquer parte da mucosa. DIAGNÓSTICO E C O N D U TA C L Í N I C A N O E R I T E M A M U LT I F O R M E E NA SÍNDROME DE STEVENS- JOHNSON TÂ N I A S A N C H E S PAT O o A síndrome de Stevens- Johnson representa uma forma grave do eritema multiforme, com uma vasculite generalizada, e exige internação do paciente, podendo ser fatal se não cuidada a tempo. D I AG NÓS T I C O E C OND UTA C LÍ NI C A NA S Í ND R OM E D E S J ÖG R EN ( S J ) o É uma doença inflamatória das glândulas salivares, caracterizada por xerostomia, xeroftalmia e aumento de glândulas parótidas, associada à presença de autoanticorpos anti-Ro/SSA e anti-La/SSB. DIAGNÓSTICO E C O N D U TA C L Í N I C A NA SÍNDROME DE SJÖGREN (SJ) o Pacientes com síndrome de Sjögren secundária muitas vezes apresentam sinais e sintomas de suas doenças reumáticas primárias, dentre as quais estão o LES, a artrite reumatoide e a esclerose sistêmica. o A biópsia de lábio (glândulas labiais menores) é de grande valia no diagnóstico. o O histopatológico revela a presença de focos linfocíticos. o A mensuração do fluxo salivar também é útil no diagnóstico (< 0,2 ml / minuto). DIAGNÓSTICO E C O N D U TA C L Í N I C A N A SÍNDROME DE SJÖGREN (SJ) o A utilização do corante rosa bengala nos olhos pode revelar dano ocular. o O tratamento é sintomático e consiste na administração de saliva artificial e lágrima artificial.

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