Aula 7 Principais Doenças Imunológicas, Bacterianas, Fúngicas e PDF
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Alabama A&M University
TÂ NIA SANCHES PAT O
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Esta apresentação descreve várias doenças imunológicas, bacterianas, fúngicas e virais com manifestações bucais. Detalhes sobre infecções fúngicas e micologias. Inclui tipos de micoses, meios de transmissão e diagnóstico.
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Principais Doenças Imunológicas, Bacterianas, Fúngicas e Virais com Manifestação Bucomaxilofacial Infecções Fúngicas de Interesse Estomatológico TÂ N I A S A N C H E S PAT O Introdução + Veremos que o sistema imune tem muito a ver com as infecções fúngicas de inte...
Principais Doenças Imunológicas, Bacterianas, Fúngicas e Virais com Manifestação Bucomaxilofacial Infecções Fúngicas de Interesse Estomatológico TÂ N I A S A N C H E S PAT O Introdução + Veremos que o sistema imune tem muito a ver com as infecções fúngicas de interesse estomatológico, porque muitas delas têm etiologia fúngica e em condições de saúde imunológica não causariam doença, vivendo em nosso organismo, como saprófitas (utilizam substratos do meio para nutrição, sem causar danos ou benefícios ao hospedeiro). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido cutâneo (pele) + Ocorrem quando fungos invadem a pele, a porção rica em queratina do folículo piloso ou a unha. Causam manchas cutâneas, lesão tonsural no pelo (queda do cabelo ou do pelo) e lesão do leito ungueal. + São ocasionadas por fungos (dermatófitos) e leveduras do Gênero Candida, embora outras espécies possam, também, promover essas doenças. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do + Utilizam a queratina como nutriente, fazendo parte de alguns gêneros tecido cutâneo principais (segundo os critérios de reprodução): Microsporum, Tricophyton (pele) e Epidermophyton, entre outros. Microsporum Tricophyton Epidermophyton TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido cutâneo (pele) + Transmissão: via animal-homem, via homem-homem e via solo-homem. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido cutâneo (pele) + As micoses cutâneas (tinhas) mais comuns são em couro cabeludo: a tinha de cabelos (T. Schoenleinii) a tinha tonsurante (T. Tonsurans). Caracterizando-se pelo aparecimento de múltiplas placas, as quais provocam a queda do cabelo (nessas placas são visíveis os cotos do cabelo). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do Na pele, a tinha afeta locais livres de pelos (glabra), tecido cutâneo sendo a forma mais incidente. (pele) TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido cutâneo (pele) + A tinha dos pés (conhecida como "pé de atleta") produz vesículas nos espaços entre os dedos ou lesões descamativas nas porções plantares. + A candidíase cutânea (de pele) é causada por Candida, principalmente C. albicans. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido subcutâneo (sob a epiderme) + A infecção por um fungo após um trauma é a característica principal das micoses de pele mais profundas (na camada subcutânea). + A infecção se inicia como um aumento de volume (nódulo ou tumor) ou lesão supurada na pele, superficialmente ou mais profundamente, localizada no tecido subcutâneo (o fungo usa a via linfática para sua disseminação). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido subcutâneo (sob a epiderme) + Na esporotricose, os agentes etiológicos (espécies de Sporothrix schenckii) são fungos que alteram seu desenvolvimento alternando entre as formas miceliana (o fungo está presente na natureza, no solo rico em material orgânico, nos espinhos de arbustos, em árvores e vegetação em decomposição) e leveduriforme (pode parasitar o homem e animais). + A transmissão se dá por traumatismo causado por vegetais que contêm o fungo ou por meio de lesões originadas a partir da contaminação por animais que carregam o fungo (o gato, por exemplo). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido subcutâneo (sob a epiderme) + Micetomas são produzidos pelos Actinomyces aeróbios, ou também por fungos que podem produzir grânulos no organismo (como na actinomicose cervicofacial), e estes se caracterizam por um misto de filamentos bacterianos ou de hifas fúngicas, respectivamente. Eumicetoma Actinomicetoma TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses do tecido subcutâneo (sob a epiderme) + Os agentes responsáveis por essas infecções habitam em regiões onde existe possibilidade de associação a vegetais, obtendo assim substratos para sua nutrição. + A coloração dos grânulos pode ser importante na identificação do microrganismo. + O traumatismo permite a invasão. + Após infecção, o paciente pode apresentar tumefação com formação de abcessos, fístula e eliminação de grãos. + A micose geralmente se localiza nos pés, nas pernas e nos braços. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + Candidíase disseminada pode ser causada por espécies do gênero Candida, que são fungos da microbiota normal do corpo humano. + Nos imunocomprometidos (por desnutrição e outras Candidíase do esôfago doenças espoliativas), a ocorrência de candidíase é alta, em suas variadas formas clínicas. + Terapias longas com uso de corticosteroides, com antibióticos e drogas imunossupressoras, facilitam a instalação de candidíases, principalmente das formas disseminadas. + Nestes casos, a morbidade é considerável. Candidíase disseminada TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + A presença de Candida em recém-nascidos é sempre considerada candidíase (os recém- nascidos ainda não possuem o sistema imune capaz de se defender de inúmeras infecções, contando apenas com os anticorpos recebidos da mãe, através da amamentação). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + As candidíases (candidoses) orais se apresentam clinicamente sob as formas: eritematosa (atrófica crônica ou aguda), frequentes em indivíduos em bom estado de saúde geral (BEG), portadores de próteses totais superiores mal adaptadas. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas pseudomembranosa (estomatite cremosa ou “sapinho”); queilite angular, pode decorrer da perda de dimensão vertical em portadores de próteses totais, mas ocorre também nas imunodeficiências (diabetes não controlado, câncer, AIDS, entre outras). hiperplásica, há controvérsias sobre essa forma clínica, visto que Candida produz queratinase – exoenzima – e é frequentemente isolada de lesões hiperqueratóticas, sendo a queratina um substrato nutricional TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + A paracoccidioidomicose é a micose profunda mais importante em nosso meio. Sua etiologia é causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, fungos cuja forma invasora é a levedura. Acomete, principalmente, pessoas que passam boa parte do tempo trabalhando com a terra. A infecção se dá a partir da inalação do fungo ou pela reativação de uma lesão primária preexistente. Acomete o pulmão, a mucosa oral, os linfonodos e outros órgãos. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + A histoplasmose é uma micose profunda ocasionada pelo Histoplasma capsulatum, fungo habitante do ar. + Ao inalar o fungo, o pulmão é invadido. + Inicialmente, a doença pode ter sintomas semelhantes a uma virose (gripe comum, por exemplo). + O organismo se defende, promovendo uma reação imune que tem como resultado uma necrose caseosa, como na tuberculose (formação de nódulos calcificados no pulmão – complexo primário). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas +Micoses oportunísticas são creditadas a fungos que invadem os tecidos (como formas filamentadas), possuem meios de entrada diversos e provocam lesões com supuração. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas TÂ N I A S A N C H E S PAT O Micoses sistêmicas (profundas) e oportunísticas + O fungo é encontrado na cidade e no campo, afetando pessoas que adentraram grutas (com fezes de morcegos) ou que tiveram ou tenham contato eventual ou frequente com algumas espécies de aves (pombos e galinhas). TÂ N I A S A N C H E S PAT O Diagnóstico clínico- + Esporotricose: o diagnóstico definitivo é laboratorial das feito através do exame histopatológico das doenças fúngicas de lesões ou pelo isolamento em cultura do fungo a partir de amostras coletadas de interesse lesões. odontológico TÂ N I A S A N C H E S PAT O Diagnóstico clínico- laboratorial das doenças fúngicas de interesse odontológico +Micetomas: o diagnóstico é conseguido pela confirmação dos grânulos das lesões, e a identificação do fungo pode se dar através do estudo da micromorfologia dos grânulos e da cultura do microrganismo TÂ N I A S A N C H E S PAT O Diagnóstico clínico- laboratorial das doenças fúngicas de interesse odontológico + Paracoccidioidomicose: o diagnóstico pode ser feito através do histopatológico de exame microscópico direto de material clínico, como raspados de mucosa oral com estomatite moriforme (característica da paracoccidioidomicose), e de sorologia contra os antígenos do P. brasiliensis. A cultura do fungo também é utilizada para fins de diagnóstico. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Diagnóstico clínico-laboratorial das doenças fúngicas de interesse odontológico + Histoplasmose: o método diagnóstico eficiente, mas muito demorado, é o isolamento do fungo em cultivo em meio de cultura apropriado (ágar Sabouraud dextrose). Quadro semelhante ao da paracoccidioidomicose é evidenciado também na histoplasmose, para a qual pode-se utilizar, igualmente, HE, PAS e Grocott. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Diagnóstico clínico-laboratorial das doenças fúngicas de interesse odontológico + Candidíase: o subsídio laboratorial ao diagnóstico é realizado pelo micológico direto e cultivo da levedura em ágar Sabouraud dextrose, adicionado de cloranfenicol (para inibir o crescimento bacteriano), a partir da coleta de swabs de mucosa oral, genital, raspados de pele e unha e coloração Gram (Gram-positiva). A candidíase raramente exige histopatológico, mas quando este exame é necessário, mostra microabscessos numerosos na paraqueratina, com exibição de paraqueratose e projeções epiteliais alongadas. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Uso dos agentes antifúngicos na Odontologia + As candidíases orais respondem muito bem às terapias tópicas com a aplicação de poliênicos (nistatina) ou imidazólicos (cetoconazol, miconazol). + A terapia sistêmica deve ser reservada aos casos de candidoses em indivíduos imunocomprometidos, e inclui o uso do poliênico Anfotericina B (fungicida) e de azoicos (cetoconazol, itraconazol, voriconazol), fungistáticos, além das equinocandinas. + Estes se prestam também ao tratamento das outras micoses disseminadas, profundas e oportunistas em pacientes debilitados. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Uso dos agentes antifúngicos na Odontologia + Em casos de paracoccidioidomicose, o tratamento varia de acordo com protocolos desenvolvidos, levando em consideração o estado imune do paciente, a característica de comportamento clínico da doença e a resposta inicial do paciente. São utilizados medicamentos diversos, como derivados sulfamídicos (sulfametoxazol e trimetoprim), anfotericina B, itraconazol, voriconazol e outros. TÂ N I A S A N C H E S PAT O Uso dos agentes antifúngicos na Odontologia + A anfotericina B (fungicida potente) age sobre o metabolismo do ergosterol da célula fúngica. Por não ser uma droga seletiva, é muito tóxica também para o ser humano, sendo administrada somente com o paciente internado em hospital e na ineficácia de outros antifúngicos de uso sistêmico. TÂ N I A S A N C H E S PAT O TÂ N I A S A N C H E S PAT O