Cesariana em Vacas PDF
Document Details
Uploaded by ThinnerWhistle
Anhanguera – Sorocaba
2022
Bianca Gerardi
Tags
Summary
Este documento discute os procedimentos de cesariana em vacas, incluindo indicações, contraindicações, contenção, cuidados pré-operatórios, histerorrafia, cuidados pós-operatórios e exploração uterina. Fornece detalhes sobre as técnicas cirúrgicas e os cuidados com as fêmeas.
Full Transcript
30/05/2022 Cesariana em vacas Professora Bianca Gerardi Retirada do feto, normalmente no momento do parto, por meio de uma laparohisterotomia (TONI...
30/05/2022 Cesariana em vacas Professora Bianca Gerardi Retirada do feto, normalmente no momento do parto, por meio de uma laparohisterotomia (TONIOLLO; VICENTE, 1993; LANDIM- Cesariana ALVARENGA, 2006). Na maioria das vezes realizada na própria fazenda 1 30/05/2022 Estática fetal não passível de correção e tração manual, pelve juvenil inércia uterina primária ou secundária nos fetos demasiadamente grandes ou monstros fetais histerocele gravídica Indicação lacerações uterinas com hemorragias por assistência indevida, obstruções do canal do parto parto prolongado torções uterinas irreversíveis, toxemia gravídica prolapso vaginal/cérvico-vaginal/uterino Prevenção de formação de aderências e conservação da fertilidade da fêmea dependem: boa técnica cirúrgica, com manipulação cuidadosa dos tecidos, o uso de materiais e padrões de sutura apropriados, a adequada inversão das bordas do útero, bem como o uso de antibióticos e anti- inflamatórios Emergências Eletiva (distocias) (Raças dupla musculatura: Belgian Blue) 2 30/05/2022 Contraindicações estática fetal passível de correção sepse, afecções sistêmicas irreversíveis Contenção 3 30/05/2022 Contenção Posição quadrupedal Outras posições: Animais dóceis decúbito esternal, ou em decúbito lateral profissionais habilidosos e rápidos, esquerdo ou direito contenção do animal em tronco passar cordas abaixo do abdômen do mesmo para evitar que este venha a deitar durante a cirurgia. Posição confortável para o veterinário, no entanto é necessário empregar força no momento da tração do bezerro Decúbito lateral direito SEMPRE LEMBRAR DE COLOCAR O ANIMAL EM SUPERFICIE MACIA!!!!! Acesso cirúrgico via flanco via paramamária 4 30/05/2022 Cuidados pré-operatórios Anestesia: Epidural (lidocaína 2% espaço sacrococcígeo) Linha de incisão ou “L” invertido (atingir todas as camadas musculares) Paravertebral (nervos espinhais - T13-L1; L1-L2, podendo estender-se até L3-L4). Sedação (cuidado com depressão fetal e preferencialmente após a histerorrafia: efeito uterotônico, causando contrações uterinas, o que torna o útero mais friável, além de dificultar a sua exteriorização) Cuidados pré-operatórios Antissepsia Antibioticoterapia e analgesia Manter uma acesso venoso (fluidoterapia –transcirúrgico) 5 30/05/2022 Abordagem pelo flanco esquerdo 5 a10 cm após a última costela, perpendicularmente ao flanco, e deve ter aproximadamente 30 a 40 cm de comprimento. Incisão de pele e subcutâneo e das 3 camadas musculares (músculo oblíquo externo do abdômen, músculo oblíquo interno do abdômen e músculo transverso do abdômen) Histerotomia localizar e exteriorizar o útero (prevenir contaminação da cavidade peritoneal e consequente peritonite) Pinça atraumáticas ou as mãos realizada preferencialmente na curvatura maior do corno gravídico, longe da cérvix evitar seccionar o útero sobre os placentomas Incisão: metacarpo/tarso até o casco 6 30/05/2022 Retirada do feto Usar correntes obstétricas ou compressas, devido aos líquidos fetais o feto fica escorregadio Encaminhar o neonato para os primeiros cuidados (exame físico geral) Exploração uterina Fetos ( gestação múltipla) Hemorragias Se a placenta não estiver aderida, deve ser retirada manualmente Retenção de placenta (>12 horas) o uso de antissépticos ou antibióticos no interior do útero pode inibir a função destas células de defesa, além de causar irritação do endométrio, deixando-o mais susceptível a infecções, 7 30/05/2022 Histeriorrafia Sutura dupla e invaginante (Cushing-Cushing, Schimiden-Cushing ou Lembert-Cushing) com fio absorvível multifilamentoso revestido (ex: poliglactina 910 - Vycril®), números 2 ou 3. A segunda camada da sutura preferencialmente deve ser do tipo não contaminante. Remover todos os coágulos que estiverem presentes no local da sutura ou nas proximidades. Reposicionar o útero na cavidade abdominal 8 30/05/2022 Invaginante ou inversante; não contaminante, inclui as camadas sero-muscular ou sero-submucosa; indicada para fechamento de órgãos ocos, principalmente como segunda camada (Ex. útero, estômago, rumen). 9 30/05/2022 Laparorrafia Três camadas musculares Utilizados fios absorvíveis, como poliglactina 910, números 2 ou 3. Sultan (em X), pontos simples separados, contínua simples ou festonada (Reverdin). Tecido subcutâneo Pele simples separado ou grampo cirúrgico Cuidados pós-operatórios Limpeza da ferida cirúrgica duas vezes ao dia Uso de antissépticos Repelentes ao redor da ferida Antibioticoterapia (amplo espectro) 10