Caderno de Filosofia 2º Teste 1º Periodo 2024
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Colégio de Santa Doroteia
2024
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Summary
Este é um resumo do 2º teste do 1º período de 2024 do caderno de Filosofia que apresenta conceitos como juízos de facto, juízos de valor e atitudes face à diversidade cultural. Discute os desafios da interação entre indivíduos com diferentes sistemas de valorização. Inclui questões acerca das implicações da expressão multiculturalismo numa sociedade contemporânea.
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O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DOS JUÍZOS MORAIS Há coisas que se gosta mais, coisas de que se gosta menos e há coisas que não se gosta. Isto são preferências. Ter uma preferência é valorizar uma coisa qualquer. Os juízos que expressam estas valorizações são os juízos de valor J...
O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DOS JUÍZOS MORAIS Há coisas que se gosta mais, coisas de que se gosta menos e há coisas que não se gosta. Isto são preferências. Ter uma preferência é valorizar uma coisa qualquer. Os juízos que expressam estas valorizações são os juízos de valor Juízos de Facto: Descrições objetivas da Expressão, manifestação, de uma realidade; preferência ou escolha; São objetivos, neutros e Avaliam a realidade, são avaliativos; imparciais; Exprimem aquilo que deve, ou não, O seu valor de verdade aquilo que deve ser feito. depende da adequação do que é Exemplo: Os pastéis de nata são os dito à realidade. melhores bolos do mundo. Exemplo: Os pastéis de nata são feitos de farinha, açúcar e ovos. Os Juízos de Valor podem ser: Religiosos: Relacionam-se com crenças e práticas associadas à espiritualidade e à fé. Exemplo: É pecado desrespeitar os mandamentos. Estéticos: Dizem respeito à apreciação do belo, do feio e de outras qualidades associadas à arte, à natureza ou à estética em geral. Exemplo: Este poema tem uma beleza única. Morais: Referem-se a avaliações relacionadas ao bem e ao mal, ao certo e ao errado no comportamento humano. Exemplo:Ajudar os outros é um ato virtuoso O Problema: Estamos constantemente a valorizar coisas distintas, o problema surge quando as coisas que valorizamos entram em conflito com outras. Muitas preferências dizem respeito a outros seres moralmente relevantes isso gera um grande problema. A expressão multiculturalismo tem um sentido neutro e descritivo, visto que refere um facto demográfico: muitas sociedades atuais não são culturalmente homogéneas, sendo antes constituídas por pessoas de diferentes comunidades com culturas, religiões e padrões de comportamento distintos. Temos, assim, sociedades plurais impulsionadas pela globalização. Contudo, as características das sociedades atuais levantam novos desafios ao nível da interação entre indivíduos que convivem, mas não partilham do mesmo sistema de valorização, isto é, que se regem por códigos de conduta e visões sobre as questões morais completamente distitnas. É comum que, numa mesma sociedade, existam pessoas que considerem inadmissível a realização de qualquer ato de discriminação e, ao mesmo tempo, existam pessoas que considerem admissível tais atos. No seio desta diversidade cultural ocorrem frequentemente conflitos de valores e de perspetivas, que dão origem a fenómenos de racismo, de xenofobia, de rejeição perante as diferenças étnicas, religiosas ou culturais. Na base destes fenómenos inerentes às sociedades multiculturais estão, muitas vezes, atitudes de intolerância face à diversidade cultural. Assim, revela.-se fundamental compreender o fundamenta os nossos juízos de valor moral e, a partir daí, determinar qual é a postura que devemos adotar face ao outro que tem um sistema de valorização diferente do nosso. Atitudes face à diversidade cultural: Etnocentrismo: atitude autocentrada, que avalia as outras culturas a partir de si própria, dos seus valores e padrões de comportamento, e que tende a impor-se como modelo cultural de referência. Relativismo: Atitude de conformismo e relativismo face às práticas culturais que aceita qualquer prática cultural, inclusive aquelas que são intolerantes, acaba por, nesse caso, promover a separação das diferentes culturas e comunidades. Interculturalismo: baseia-se na ideia de que o contacto e o diálogo entre as diferentes culturas são a chave para a sobrevivência da própria Humanidade. Assume a universalidade dos direitos humanos, encarando a possibilidade de alguns princípios e valores serem universais e partilhados por todas as comunidades.