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FILOSOFIA - Série 4_prova.pdf

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ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE DE 1 A ID UN 1 LO CAPÍTU...

ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE DE 1 A ID UN 1 LO CAPÍTU KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: O SENTIMENTO E A VONTADE ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE Além da razão Alguns filósofos se opuseram aos CAVALIERI HOLDING CO. INC., GENEVA/© SALVADOR DALÍ, FUNDACIÓN GALA-AUTVIS, BRASIL, 2018. sistemas filosóficos do idealismo alemão: Kierkegaard defendeu que a filosofia deveria tratar do indivíduo, de suas reflexões subjetivas, dos sentimentos e das emoções que acompanham sua vida. Schopenhauer destacou a existência de uma força irracional presente em tudo o que constitui o Universo. Nietzsche ressaltou a existência de uma Cisnes refletindo elefantes (1937), pintura de Salvador Dalí. O lugar representado na força instintiva muito superior à razão tela pertence ao sonho, à imaginação do e ao conhecimento racional. artista; é um mundo que está além da razão. Para esses filósofos, o mundo não era todo ordenado racionalmente e a vida não teria um sentido preestabelecido. A vida seria repleta de dor, sofrimento, degeneração e morte. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE Kierkegaard Para o filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855), a filosofia deveria tratar do indivíduo, de sua vida e de seus sofrimentos. O Espírito seria uma especulação de Hegel que nada teria a ver com a existência real das pessoas. Em vez de criar sistemas totalizantes e ilusórios de compreensão do mundo, o filósofo deveria olhar para a realidade do ser humano, seus mais íntimos desejos e sofrimentos. A realidade concreta dos indivíduos não seguiria um plano racional: o destino de cada um estaria aberto a múltiplas possibilidades e seria influenciado por suas decisões. A possibilidade do infortúnio ou do fracasso sempre acompanharia a existência humana, provocando angústia, aflição, opressão e tristeza. Por colocar o indivíduo e a existência humana no centro da investigação filosófica, foi considerado o precursor do existencialismo. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE Schopenhauer Nascido em território alemão que atualmente pertence à Polônia, o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) refletiu sobre o infinito e a unidade de todo o Universo. Para ele, o infinito não seria racional e organizador da realidade, havendo uma força ou energia cega e irracional presente em toda a natureza, denominada Vontade. O racional seria apenas um aspecto menor da característica humana: há uma força infinita da Vontade que se manifesta não apenas nas ações voluntárias, mas também nas ações inconscientes dos processos vitais. Podemos conhecer da realidade apenas as representações ou fenômenos, mas esses não passam de aparência ou ilusão; a realidade, mais que representação, é Vontade. O intelecto humano conhece o mundo como representação. Já o corpo humano saberia e sentiria que há uma energia universal em tudo o que existe. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO KIERKEGAARD E SCHOPENHAUER: FILOSOFIA CAPÍTULO 1 O SENTIMENTO E A VONTADE A vida é marcada pelo sofrimento A Vontade é um sentimento infinito, cego e insaciável. Por isso, sua presença no Universo não determinaria nenhuma ordem racional: O Universo não seria harmonioso. A vida humana não teria um sentido preestabelecido. O ser humano viveria preso em um desejo nunca satisfeito: o prazer e a felicidade seriam ilusórios. A vida seria marcada por adversidades: sofrimento, doença, miséria, dor, morte. O ser humano sofreria ainda mais por ter consciência de que caminha em direção à morte. Apesar de a vida ser uma experiência de dor e sofrimento sem fim, o ser humano deseja viver. Essa vontade de viver expressa uma Vontade infinita ou cósmica no homem. A única maneira de acabar com a dor e o sofrimento seria sufocar a vontade de viver, isto é, aniquilar o desejo e renunciar os prazeres. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO FILOSOFIA CAPÍTULO 2 NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES DE 1 A ID UN 2 LO CAPÍTU NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO FILOSOFIA CAPÍTULO 2 NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES A transformação de todos os valores Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), não existiria ordem ou razão determinando os acontecimentos no mundo. A vida seria irracionalidade: Ela não se desenvolve de maneira progressiva e ordenada. Não tem objetivo ou finalidade. Apresenta-se ao acaso com toda a sua força e trágica realidade. É luta, incerteza e afirmação – dor, sofrimento, alegria, paixão e amor. Apesar de trágica, a vida deve ser afirmada em sua totalidade. Cristãos, racionalistas e idealistas teriam criado sistemas fundamentados em realidades metafísicas que existiriam separadas do mundo real. Os valores humanos se desenvolveram amparados nesse tipo de pensamento que negava a realidade. Por isso, Nietzsche defendia a inversão de todos os valores e a constituição de uma nova humanidade. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO FILOSOFIA CAPÍTULO 2 NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES A crítica ao racionalismo De acordo com Nietzsche, a razão não é a principal característica do ser humano nem a única capaz de compreender a realidade. A realidade do mundo é mais ampla do que a racionalidade permite compreender: tentar reduzir a realidade a critérios racionais é empobrecê-la e deformá-la. O ser humano é essencialmente uma força instintiva e suas manifestações inconscientes são mais poderosas que as manifestações conscientes ou racionais. O pensamento racional teria abandonado a sabedoria instintiva e pretendido corrigir o mundo pelo seu próprio ponto de vista. O que a razão não pode conhecer é justamente a parte mais ampla e rica da realidade. O processo de racionalização do mundo foi impulsionado pelo pensamento de Sócrates e Platão. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO FILOSOFIA CAPÍTULO 2 NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES A crítica ao cristianismo O cristianismo serviria de consolo ao ser MOVIESTORE COLLECTION LTD/ALAMY/FOTOARENA humano para ajudá-lo a suportar a vida. Como a realidade é cruel, teria sido criada uma moral religiosa judaico-cristã para dar sentido à existência humana, defendendo a ideia reconfortante de vida após a morte. O filósofo discordava da ideia cristã de que o corpo, com a morte, deixava de existir para que a alma pudesse viver eternamente no Cena da animação Moana (2016), dirigida reino de Deus. por Ron Clements e John Musker. Esse filme Segundo a doutrina cristã, a imortalidade apresenta uma realidade que, inicialmente, e a felicidade estavam reservadas em parece paradisíaca, mas aos poucos se mostra repleta de problemas e imperfeições. outro mundo àqueles que seguissem os Para Nietzsche, era importante assumir a mandamentos de Jesus. Para Nietzsche, imperfeição da vida. essa doutrina cristã renunciava à vida terrena e concreta. ENCONTRO COM A UNIDADE 1 ALÉM DA RAZÃO FILOSOFIA CAPÍTULO 2 NIETZSCHE: A TRANSFORMAÇÃO DE TODOS OS VALORES A vontade de potência Nietzsche ressaltou que o elemento fundamental da natureza humana seria a vontade de potência: Trata-se de uma vontade de ser, de persistir, de se desenvolver e intensificar a vida. É o mais forte de todos os instintos e integra todas as funções orgânicas do corpo e da mente, impulsionando não só a sobrevivência, mas também o ir além. Desperta no ser humano o desejo de poder e a necessidade de se expandir. O cristianismo e as filosofias metafísicas sufocam essa vontade instintiva. O filósofo anunciava a morte de Deus: o ser humano deixava de estruturar sua vida com base em verdades eternas e absolutas, não mais se orientando pela fé em um ser divino que traria harmonia ao Universo e sentido à vida. O super-homem: o indivíduo deve assumir o controle de sua vida, sem subterfúgios, sem ilusões, sem o devaneio do além-mundo, sem os valores morais que oprimem seus instintos. Deve constituir sua existência baseando-se em sua vontade de potência. ENCONTRO COM A UNIDADE 3 A CONSCIÊNCIA E A EXISTÊNCIA FILOSOFIA CAPÍTULO 6 O EXISTENCIALISMO DE 3 A ID UN 6 LO CAPÍTU O EXISTENCIALISMO ENCONTRO COM A UNIDADE 3 A CONSCIÊNCIA E A EXISTÊNCIA FILOSOFIA CAPÍTULO 6 O EXISTENCIALISMO O existencialismo A preocupação central dos filósofos existencialistas era a existência humana. O existencialismo se apoiou em duas fontes de inspiração e herdou delas algumas de suas características, como pode ser visto na tabela a seguir. Características do existencialismo e das filosofias que o inspiraram Fontes de inspiração Existencialistas A filosofia de Kierkegaard, o qual Os existencialistas adotam o conceito defendia que a existência humana de possibilidade como ponto central. depende de inúmeras possibilidades. A fenomenologia de Husserl, Os existencialistas entendem que a o qual apresenta o conceito de intencionalidade da consciência permite intencionalidade (toda consciência ao ser humano dar sentido às suas é consciência de algo) e ressalta as vivências e buscam compreender a estruturas essenciais da consciência e a consciência como uma intencionalidade importância da subjetividade. aberta ao mundo. ENCONTRO COM A UNIDADE 3 A CONSCIÊNCIA E A EXISTÊNCIA FILOSOFIA CAPÍTULO 6 O EXISTENCIALISMO Heidegger Para o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976), o indivíduo só pode ser compreendido na relação que estabelece com o mundo: antes de tudo, a pessoa é um ser no mundo (ela não é uma consciência isolada). A constituição do ser humano está baseada na interação com os outros: o ser humano não existe sem o outro, ele é resultado de sua relação com o mundo. Heidegger desenvolveu o conceito de Dasein, traduzido como “ser-aí”. Refere-se ao ser humano como ser no mundo, um ser que estabelece relações com as coisas e as pessoas. O indivíduo é um projeto: não temos uma essência preestabelecida, dependemos de nossa relação com o mundo. Ele diferenciou a existência inautêntica ou imprópria da existência autêntica ou própria. Na existência inautêntica, o indivíduo se relaciona com as coisas e com os outros de maneira superficial e ignora a sua própria existência. Na existência autêntica, o sentimento de finitude promove a angústia no ser humano e isola o indivíduo em sua interioridade, colocando-o diante de seu próprio ser e levando-o a uma existência autêntica. ENCONTRO COM A UNIDADE 3 A CONSCIÊNCIA E A EXISTÊNCIA FILOSOFIA CAPÍTULO 6 O EXISTENCIALISMO Sartre O filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) IHATELIVER/SHUTTERSTOCK.COM questionou a respeito do propósito do ser humano. Afirmava que a existência precede a essência: A consciência não é um órgão ou uma substância: ela é um visar o mundo, é uma atividade que dá sentido às coisas. A consciência e o sentido do mundo surgem ao mesmo tempo. Não há uma essência humana preestabelecida: o homem descobre o seu ser por meio de sua própria vida, de suas ações e decisões. O homem é o que faz de si: cada indivíduo é responsável pelo seu destino e não pode fugir disso. Escultura da série Land (2015), O ser humano está condenado à liberdade: o homem de Anthony Gormley, instalada é livre para seguir o que quiser, e em certa medida em Herley-in-Arden (Inglaterra). Para Sartre, o ser humano vai se está obrigado a fazer escolhas. constituindo ao longo da vida. ENCONTRO COM A UNIDADE 3 A CONSCIÊNCIA E A EXISTÊNCIA FILOSOFIA CAPÍTULO 6 O EXISTENCIALISMO Beauvoir A filósofa francesa Simone de Beauvoir (1908-1986) refletiu sobre a condição da mulher na sociedade. Afirmou que a organização social determinou padrões comportamentais às mulheres. Diferenciou sexo e gênero: O sexo é definido biológica ou anatomicamente (nasce-se fêmea ou macho). O gênero é estabelecido socialmente – a condição de ser mulher e a de ser homem dependem da interação social. Ao evidenciar que os gêneros masculino e feminino são construções sociais e não fenômenos imutáveis determinados pela natureza, Beauvoir possibilitou o desenvolvimento de novas reflexões sobre a identidade de gênero.

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