Ultrassonografia Cardiovascular I - Aula 5 (11/11/2024) PDF

ULTRASSONOGRAFIA CARDIOVASCULAR I AULA 5 (11/11/2024) - Princípios básicos do Doppler Virgínia Fonseca 2024/2025  Doppler Utilizado isoladamente ou em associação com Eco 2D Baseia-se no efei...

ULTRASSONOGRAFIA CARDIOVASCULAR I AULA 5 (11/11/2024) - Princípios básicos do Doppler Virgínia Fonseca 2024/2025  Doppler Utilizado isoladamente ou em associação com Eco 2D Baseia-se no efeito de Doppler Permite analise hemodinâmica (não invasiva) Ausência ou presença de fluxo Direção do fluxo Velocidade do fluxo Características do fluxo  Principio de Doppler The frequency of refleted ultrasound is altered by moving target, such as red blood cells  Principio de Doppler A fonte emissora/recetora está fixa (sonda/transdutor) e os eritrócitos em movimento são os refletores do sinal emitido É possível descrever as mudanças de frequência (f) ou de comprimento de onda (λ) que ocorrem devido ao movimento relativo existente entre a fonte emissora e os refletores do sinal  Principio de Doppler Feixe de US em direção a uma fr 1 coluna de eritrócitos em movimento ft Diferenças nas frequências fr detetadas pelo transdutor: 2 ft FREQ. TRANSMITIDA (ft ) FREQ. RECEBIDA (fr) fr 3 ft – fr > ft – fr < ft – fr = ft  Principio de Doppler Variação de Doppler fr > ft VELOCIDADE/DIRECÇÃO Representação da diferença entre as frequências emitidas e fr = ft recebidas que ocorrem devido TEMPO ao movimento dos eritrócitos relativamente ao feixe de US fr < ft Quanto > a velocidade dos eritrócitos > a variação de DP detetada 1. fr > ft - VARIAÇÃO DP (+) 2. 3. fr < ft - VARIAÇÃO DP (-) fr = ft - VARIAÇÃO DP (0) A variação de DP é (+) ou (-) dependendo da direção do fluxo relativamente ao feixe de US Principio de Doppler Fluxo Positivo - aproxima-se do transdutor Fluxo Negativo - afasta-se do transdutor Equação de Doppler V – velocidade dos eritrócitos ΔF – Variação F0 – Frequência do transdutor Cos θ – angulo de incidência C – velocidade dos US nos tecidos (1540m/s) Angulo de Incidência (Cos θ) Uma das maiores limitações da equação de doppler no cálculo da velocidade máxima de um fluxo Dependente do operador!!! Ângulo θ (0) cos θ Erro (%) 0 1.00 0 10 0.98 2 20 0.94 6 30 0.87 13 … … … 90 0.00 100 … … … 180 1.00 0  Angulo de Incidência Feixe de US paralelo à direção do fluxo > a variação de doppler detetada a velocidade máxima do fluxo é obtida Feixe de US perpendicular à direção do fluxo não há variação de doppler detetada não se regista velocidade do fluxo A deteção da velocidade máxima de um fluxo está muito dependente do angulo de doppler Tipos de Fluxos Fluxo Laminar Fluxo normal (intracavitários e vasos) Forma de parábola Camadas/linhas paralelas à parede do vaso > Velocidade no centro do vaso e < junto às paredes V. máx. = +/- 1.5 m/s Fluxo Turbulento Típico de áreas com obstrução ou estreitamento Estenoses/regurgitações valvulares e/ou defeitos septais Alteração do perfil parabólico p/ perfil desordenado e multidireccional (vórtices, remoinhos) Velocidade aumentada e variada (v. máx. até 7m/s) Tipos de Fluxos FLX. LAMINAR FLX. TURBULENTO  Representação do Doppler espectral Informação gráfica das diferentes velocidades do fluxo sanguíneo observadas ao longo do tempo Velocidade do fluxo Direção do fluxo Intensidade do sinal Tempo do sinal Representação do sinal de áudio Variações de frequência convertidas em sons audíveis Informação valiosa sobre a qualidade e o tipo de doppler Guia para localização do fluxo sanguíneo e alinhamento do feixe de US com a direção do fluxo Sinal ótimo = sinal espectral intenso e bem definido Indicador do tipo de fluxo encontrado:  fluxo laminar – tom suave (velocidades constantes)  fluxo turbulento – tom “áspero”, assobiante (diferentes velocidades)  Modalidades de Doppler Doppler Continuo Doppler Pulsado Doppler codificado em Cor Doppler Tecidular Doppler Contínuo Doppler Pulsado Doppler Codificado em Cor Doppler Codificado em Cor  Doppler Contínuo Emissão e receção contínua do sinal de doppler ao encontro dos eritrócitos em movimento 2 cristais Todo o fluxo sanguíneo que passa ao longo do curso do feixe de US é observado  Ausência de seletividade ou de discriminação em profundidade, ou seja, não há indicação acerca da profundidade a que os sinais foram gerados  Boa capacidade de resolução em registar velocidades elevadas (>10m/s)  Doppler Contínuo Excelente representação dos vários perfis de fluxos existentes no coração e grandes vasos e cujas características são importantes observar:  tempo e duração do sinal que representa o início do fluxo até ao seu final  direção do fluxo relativamente ao feixe de US  velocidade do sinal do fluxo sanguíneo  perfis típicos dos fluxos das válvulas semilunares e auriculo- ventriculares reconhecimento fácil de perfis de fluxos anormais boa avaliação quantitativa dos fluxos anormais Doppler Contínuo Doppler Contínuo  Doppler Pulsado Os sinais US são emitidos sob a forma de impulsos/pulsos 1 cristal (emissor e recetor) Capacidade de selecionar informação num ponto específico do coração ou Só há nova emissão de sinal após grandes vasos pela utilização a receção de sinal de retorno do volume da amostra  Doppler Pulsado Volume da Amostra AREA  O comprimento da amostra - ESPECÍFICA DE RECOLHA DE determina a duração no tempo DADOS (±Δf) que o transdutor leva a ser ativado até receber informações referentes à localização da amostra  A largura da amostra - depende das características específicas de cada transdutor O comprimento e localização (dimensão, freq.ª, profund.) (profundidade) da amostra são controladas pelo operador  Doppler Pulsado O transdutor funciona como recetor durante um limitado período de tempo (intervalo de tempo = 2 x) Não há nova emissão enquanto não se detetarem os ecos de retorno correspondentes ao “conteúdo” da amostra Frequência de repetição de impulsos (PRF) – frequência com que o PW transmite os impulsos; determina quando outro impulso de onda sonora é emitido o PRF determina a frequência da amostragem LI M I TE DE N YQUI ST  Doppler Pulsado Limite de NYQUIST:  Máxima velocidade que pode ser medida por PW  É determinada pelo prf  É igual a ½ da frequência de repetição de impulso ou prf Quando é ultrapassado = aliasing  Doppler Pulsado Aliasing  Ocorre quando uma velocidade anormal excede o que e possível ser detetado pelo sistema de doppler PW, pois há um limite de velocidade máxima passível de ser detetada ( VELOC. Blue Away  Doppler Codificado em Cor Aliasing da cor  Mistura de cores  Aspeto de “mosaico”  Típico de fluxos turbulentos (Estenose; regurgitação)  Pode apresentar problemas de interpretação, entre fluxos normais mas que têm aliasing (crianças) e fluxos anómalos Doppler Codificado em Cor Doppler Codificado em Cor - Modo M Doppler Codificado em Cor - Modo M  Otimização do sinal de Doppler Fatores influenciadores: Dependência do ângulo Posicionamento da amostra Ajustamento da linha de base e da escala de velocidade Filtros de parede – eliminar as baixas frequências de doppler Ganhos – ajustar a amplificação do sinal (otimização do sinal espectral, sem “ruído de fundo” Comprimento do volume da amostra – ajustar entre 2-5mm  Escala de cinzentos  Eventos elétricos/eventos mecânicos – ter em atenção o desfasamento  Referencias Bibliograficas 1) ASE COMMITTEE RECOMMENDATIONS, Recommendations for Quantification of Doppler Echocardiography, 2002 2) Feigenbaum, H., Armstrong, W. F., Ryan, T. (2019). Echocardiography. 8 th Ed. Wolters Kluwer. 3) Cardim, N. (2009). Ecocardiografia Transtoracica. Lidel 4) Lang, R.(2016). ASE’s Comprehensive Echocardiography. 2nd Ed. Elsevier Saunders 5) Otto, C. (2018) Textbook of Clinical Echocardiography, 6th Ed. Elsevier