Summary

Este documento fornece um resumo sobre próteses totais, incluindo detalhes sobre suas classificações, como unitária, parcial e total. Aborda conceitos modernos de prótese, destacando a importância do equilíbrio e estabilidade da boca. O texto inclui informações sobre sua classificação e suas aplicações em diferentes situações clínicas.

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Prótese Total ✓ Intracoronária: preparos cavitários A simples perda de um elemento dentário, em forma de caixa, com ou sem não substituído, abre os espaços "slice", ou sej...

Prótese Total ✓ Intracoronária: preparos cavitários A simples perda de um elemento dentário, em forma de caixa, com ou sem não substituído, abre os espaços "slice", ou seja, aqueles que atingem interdentários, dando impactação de as faces proximais, oclusais e alimentos e propiciando a formação de mesmo as vestibulares e linguais, bolsas periodontais, bem como, o completo que deverão ser restauradas desarranjo de ambos os arcos dentários. através dos blocos metálicos ou cerâmicos. Prótese é a Ciência e a Arte de prover substitutos convenientes para a porção OBS.: Quando a destruição da porção coronária dos dentes ou para um, ou mais coronária for total, mas ainda restar a raiz dentes perdidos e para suas partes em condições de aproveitamento, usamos associadas, de maneira a restaurar as núcleo de preenchimento, que funcionará funções perdidas, a aparência estética, o como reforço à estrutura dentária conforto e a saúde do paciente. remanescente e permitirá uma maior resistência à adaptação e retenção da coroa Atualmente, temos um conceito que que sobre ele será colocada. constitui o objetivo protético moderno: melhorar e estabilizar a boca primeiramente, Prótese parcial fixa: tem sua base na ainda que com aparelho protético, de tal prótese unitária, de forma a necessitar maneira que o complexo vivo, biológico, de retentores que lhe apoiem a fixação, forme, com o complexo inerte, mecânico tais como: restaurações metálicas, (aparelho protético), uma unidade funcional coroas e núcleos de preenchimento. estável que garanta um equilíbrio duradouro. Prótese parcial removível: recompõe → Classificação: espaços, quer de dentes, quer de Prótese unitária: tem por finalidade, fibromucosa gengival (casos de maior restaurar um ou mais dentes destruídos extensão), quando se torna impraticável por cárie ou traumatismos, que resultam a construção de uma prótese parcial na perda parcial ou total da porção fixa coronária. ✓ Extracoronária: restaurações das Prótese total (dentaduras completas): faces de um dente, construindo Essa prótese dentária, chamada total, coroas 3/4, 4/5 e totais: metálicas, pois substitui, além de ambos os arcos de resina acrílica ou de porcelana, e dentários perdidos, osso alveolar e a combinação desses materiais, em fibromucosa gengival, está intimamente coroas metaloplásticas e ligada aos problemas de saúde geral do metalocerâmicas. corpo humano. Prótese ortodôntica relacionamento dos mesmos, uma vez Prótese bucomaxilofacial montados em articulador pelo cirurgião- dentista. Aos técnicos de laboratório, caberá Nenhum outro artifício, principalmente os a mecânica do processamento e polimento mecânicos, podem resolver o problema da das próteses totais, bem como a distribuição retenção nas próteses totais, se não a dos dentes artificiais, formando ambos os pressão atmosférica em seu valor físico, arcos dentários. reunindo os fenômenos da adesão, coesão e tensão superficial do fluido salivar. Na construção das próteses totais há a necessidade de conservação do tecido osseomaxilomandibular, propiciada pela extensão da área basal, e o equilíbrio oclusal → Questões a serem pesquisadas na em harmonia com os movimentos primeira consulta: mandibulares, coordenados pela articulação a) Saúde geral do paciente: nos temporomandibular. permite tomar cuidados especiais exigidos para cada paciente, As próteses totais são uma necessidade considerando-se as condiçoes terapêutica não só na reabilitação do sistema físicas, emocionais e a idade do estomatognático, como também na paciente. reabilitação psicossocial. b) Queixa principal do paciente É básico o estudo da oclusão, pois o c) Pesquisa de hábitos parafuncionais sistema estomatognático compreende uma dos pacientes: apertamento e coordenação funcional, incluindo não só o bruxismo. ato mastigatório como também a deglutição, O paciente deve ser examinado como um respiração, fonação, e postura da mandíbula, todo; seu tipo emocional, seus temores e língua e osso hioide. Para o desempenho esperanças, seus gostos e suas antipatias. dessa coordenação, existe uma total interdependência de quatro fatores O exame será sempre baseado no perfeito fisiológicos básicos: conhecimento das condições normais de modo a capacitar o reconhecimento dos 1. Oclusão dentária estados iniciais das doenças. 2. Periodonto 3. Articulação temporomandibular DIAGNÓSTICO e PLANO DE 4. Mecanismo neuromuscular TRATAMENTO O Cirurgião-Dentista deve ser um educador A definição de diagnóstico pode ser para seu paciente, fazendo-o entender que encarada sob três aspectos: os detalhes na forma e distribuição dos 1. Ato ou processo de decidir pelo dentes, postura labial, forma do rosto, exame, a natureza de um estado sorriso, idade, sexo, e muitos outros fatores mórbido que podem ser analisados, dependendo da 2. Investigação cuidadosa dos fatos acuidade profissional, formarão um conjunto para determinar a natureza de uma que ajudará a compor sua personalidade, coisa individualizando-o em seu meio. Os técnicos, 3. Determinação da natureza, nos laboratórios, devem respeitar a anatomia localização e causas da doença. topográfica representada nos modelos, e o O plano de tratamento é uma consideração possibilitando fazer o diagnóstico, de todos os detalhes sistêmicos e locais que prognóstico e o tratamento adequado. influenciam a preparação da boca, como: a É importante estar atento à queixa principal obtenção das moldagens, os registros das e hábitos parafuncionais. relações maxilomandibulares, a oclusão que deve ser criada, a forma e o material dos ANAMNESE + EXAME CLÍNICO dentes, o material da base da prótese com para executar um PLANO DE as instruções no uso e cuidados com as TRATAMENTO e obter um próteses totais. Os fatores devem ser RESULTADO ESPERADO. orientados por: Composição da ficha: queixa a) Atitude mental do paciente (fator principal, condição psicológica, psicológico); doenças pré-existentes, b) Estado sistêmico do paciente medicamentos. (fatores sistêmicos); c) Condição bucal (fator local) A investigação desses fatores, antes das argumentações com o paciente sobre o procedimento de seu tratamento, significará muitas vezes a diferença entre o sucesso e o fracasso. PLANEJAMENTO O estabelecimento da sequência no plano de DOENÇAS PRÉ EXISTENTES ASSOCIADAS tratamento é calcado em condutas À XEROSTOMIA diagnósticas resumidas em: → Anemia perniciosa: 1. História médica e dentária Sinais clínicos e sintomas: 2. Exame clínico Xerostomia, alteração do paladar, 3. Exames de imagem pele e mucosas descoradas 4. Análise de modelos de estudo (gengiva), língua avermelhada. São usadas três estratégias para a coleta de Alterações nas mucosas: maior dados: suscetibilidade aos traumas. Clinicamente: haverá necessidade 1. Questionamentos sobre o de um constante controle de estado de saúde do paciente estabilidade quanto à oclusão, para 2. Exames clínicos intra e extra- minimizar as áreas de pressão. orais Devido à falta de saliva, a retenção 3. Exames complementares das próteses será inferior. Na primeira fase do exame deve-se pesquisar o estado de saúde geral através → Diabetes: da anamnese, que constitui-se de um Sinais clínicos e sintomas: questionário que deve ser preenchido pelo xerostomia, tendência à obesidade, profissional na primeira consulta e tem o sede e fome aumentadas, produção objetivo de conhecer o histórico clínico, de urina debilitada e perda de peso. médico, odontológico e familiar do paciente, Alterações nas mucosas: → Climatério: suscetibilidade ao trauma, redução Sinais clínicos e sintomas: da tolerância dos tecidos às xerostomia, sensação de próteses, hiperemia mucosa, queimação nas mucosas, alteração dilatação (edema) e palatopirrose. do paladar, área indefinida de dor, Clinicamente: deve-se dar toda instabilidade emocional. atenção à extensão da área basal, Alterações nas mucosas: brilhante, principalmente quanto ao avermelhada e edematosa. tratamento das bordas da prótese, Suscetibilidade ao trauma protético, para evitar ulcerações; facilmente as com séria formação de pústulas. feridas tornam-se infectadas Clinicamente: fase de ajuste mais posteriormente. Aconselha-se longa devido à mucosa e às manter boa higienização dos tecidos alteraçãoes psicológicas e e frequente retorno para corrigir a hormonais. oclusão e melhorar a estabilidade óssea. ✓ Não sobreestender as → Desordens de glândulas salivares: próteses Sinais clínicos e sintomas: ✓ Possibilidade de alteração Xerostomia, mucosas doloridas, nas áreas externas das queimação na mucosa. próteses (paciente não Alterações na mucosa: maior compensado) sensibilidade, facilidade de escoriações e ulcerações → Terapia por radiação (câncer): provocadas pela prótese. Efeitos colaterais comuns: diarreia, Clinicamente: Uso da prótese torna- náuseas e vômitos, boca seca, se intolerante devido à dor, dificuldade em engolir, inchaço, queimação e escoriação friccional perda de cabelo, problemas sexuais, na membrana mucosa. problemas urinários e na bexiga. Efeitos colaterais específicos (cabeça e pescoço): xerostomia, DOENÇAS PRÉ EXISTENTES feridas na boca e gengiva, dificuldade para engolir, necrose → Doença de Parkinson: (osteomelite) e trismo muscular Sinais clínicos e sintomas: aumento Alterações nas mucosas: da salivação, dificuldade de suscetibilidade aos traumas das alimentação, movimentos póteses totais. A necrose pela diminuídos, rigidez muscular, radiação induz à mudança vascular. tremores musculares, bruxismo. Clinicamente: o uso da PT fica Alterações nas mucosas: limitado à redução da DVO por hipoceratose, mucosa flácida e causa do trismo muscular, de facilidade de estomatites xerostomia, da impossibilidade de provocadas pela prótese. sobre-extensão da área basal, para Clinicamente: Dificuldade de evitar ulcerações de borda e obtenção da DVO, dentes não também de osteorradionecroses. anatômicos, oclusão super balanceada, retenção prejudicada. esclerose, redução da distância → Osteoporose: entre a eminência da articulação e a Sinais clínicos e sintomas: diminuição cabeça do côndilo. da massa óssea corporal, Alteração do SNC e muscular: estreitamento da maxila e limitação dos movimentos da mandíbula, falta de proporcionalidade mandíbula em todas as dimensões. entre os arcos Clinicamente: Perigo de sub-luxação. Clinicamente: tendência ao Movimetos de excursão da estreitamento da crista óssea mandíbula são dolorosos. Pequena maxilar e alargamento da crista abertura da boca. Dificuldades mandibular, direcionando a mordida moldagens, obtenção de registros cruzada posterior, evitar a redução maxilomandibulares e dificuldade da distância interoclusal. Há para inserir as próteses. Necessidade possibilidade de fratiura óssea periódica de ajustes oclusais. fisiológica. A oclusão deve ser bem balanceada e a cobertura da área → Doença de Paget: basal aproveitada ao máximo. Sinais clínicos e sintomas: Não ✓ Moldagens sobre pressão inflamatória, aumento e (fraturas patológicas) remodelação óssea de forma irregular e desorganizad → Paralisia de Bell: Clinicamente: Pouco espaço Sinais clínicos e sintomas: paralisia protético facial, a boca desloca-se para cima e para o lado oposto e a saliva corre para este ângulo. Existe uma queilite MEDICAMENTOS QUE CAUSAM angular (sintoma de acúmulo de XEROSTOMIA saliva). 1. Anti-hipertensivos: captopril, Alterações nas mucosas: o lado reserpina afetado fica dormente e o paciente 2. Diuréticos: furosemida, clortalidona é incapaz de sentir o bolo alimentar 3. Ansiolíticos: diazepam, alprazolam no sulco bucal do lado afetado. 4. Anti-inflamatórios: ibuprofeno, Alterações do SNC e muscular: naproxeno incapacidade de retrair o canto da 5. Analgésicos boca e assobiar. 6. Bronco dilatadores Clinicamente: “RECUPERAR” a 7. Anti-histamínicos: loratadine, estética, isto é, o contorno da boca prometazina deve ser preenchido aumentando o 8. Descongestionantes volume da resina na região afetada para dar suporte à flacidez muscular. → Distúrbios da ATM: Sinais clínicos e sintomas: Dor e tensão na articulação, com crepitação no movimento, aplanamento da superfície articulae, ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Relação central: posição e → Conceito deslocamento da mandíbula em relação a linha média (observar se É o conjunto de técnicas e manobras com há desvio da linha média). o intuito de diagnosticar uma doença ou Sons articulares (estalido ou disfunção. crepitação) Visa detectar anormalidades, possibilitando o Luxação pode levar a uma perda de plano de tratamento composto de dimensão vertical devido ao ligamento que procedimentos reabilitadores e preventivos segura o disco articular tornar-se frouxo. O ao estado do paciente. disco é proservado em altura, mas quando → Exames: volta, há uma pancada que leva ao a) Físico: espessamento do disco articular. ✓ Extra-oral MEDIÇÃO DA DIMENSÃO VERTICAL ✓ Intra-oral DVO X DVR b) Imagem Prótese deve respeitar a dimensão vertical c) Modelos de estudo de oclusão e não de repouso. Quando há perda de dimensão vertical, o lábio diminui. → Exame extra-oral: Aspecto facial (forma e perfil) DEMAIS ESTRUTURAS ATMs Palpação das cadeias linfonodais Dimensão vertical Músculos faciais e mastigatórios Demais estruturas Labios e vestíbulo bucal: lábios ativos, grossos, finos, médios. Olhos: observar assimetrias faciais. ASPECTO FACIAL Forma do rosto: → Exame intra-oral: TECIDOS MOLES Língua: posição, mobilidade e consistência (interfere na estabilidade da prótese) Lábios: tensão e inserção dos Perfil do rosto: músculos orbiculares, freios e bridas Amplitude de abertura Lesões pré-existentes: → Patologias associadas ao uso de Próteses Totais: a) Reabsorção do rebordo residual: OBS.: Proganata pode ser devido à prótese Constitui desafios na reabilitação: (1) mal adaptada. diminuição dos rebordos dificulta a obtenção de próteses convencionais funcionais, (2) correção das discrepâncias oclusais, em falta de tecido ósseo necessário para o casos mais graves, faz-se a remoção posicionamento adequado de implantes e (3) cirúrgica da lesão. Esse é o mesmo tipo de necessidade estética de recompor o suporte resposta tecidual encontrada nas lesões que dos tecidos moldes do terço inferior da face. se desenvolvem em próteses com câmara de sucção. Em média, a maxila perde cerca de 2 a 4 mm de osso no primeiro ano após as ▪ SÍNDROME DA COMBINAÇÃO extrações e 0,1mm por ano nos anos (KELLY) subsequentes. Na mandíbula, a perda óssea A reabilitação de pacientes edentados na no primeiro ano é de 4 a 6 mm e a média maxila e parcialmente dentados na anual passa a ser 0,4 mm. mandíbula, portadores de extremidade livre Na mandíbula, a reabsorção é posterior, que fazem uso ou não de uma predominantemente vertical. Na maxila, a PPR é uma ocorrência comum. Algumas reabsorção do rebordo anterior superior no alterações específicas podem ser sentido horizontal é praticamente o dobro observadas: da que se observa no sentido vertical. 1. Perda de suporte ósseo sob a base b) Candidíase eritematosa: da PPR: para minimizar esse problema, deve-se estender o Resposta inflamatória na mucosa, máximo possível a base da PPR na especialmente no palato. As lesões podem área da extremidade livre posterior. ser localizadas ou difusas, com superfície lisa 2. Reposicionamento espacial da e/ou papilomatosa. Entre os fatores mandíbula anterior: a perda de predisponentes estão a presença da própria suporte posterior pode acarretar prótese que diminui a ação antimicrobiana da uma transferência gradual das saliva na mucosa, a má higienização e o uso cargas oclusais posteriores para a contínuo da prótese. O tratamento consiste região anterior. O resultado das em adaptar a PT, orientação de higienização dorças mastigatórias é a conversão e uso da prótese durante o dia. A candidíase da PT superior em uma alavanca também pode se manifestar em forma de Classe II (interfixa) com fulcro sobre lesões inflamatórias nas comissuras labiais, o rebordo aproximadamente na denominando-se queilite angular. Em região de pré-molares. pacientes edentados, essa condição é 3. Reabsorção óssea na porção indicativa de próteses com dimensão vertical anterior da maxila: a região anterior diminuída, facilitando o acúmulo de saliva no da maxila é a parte da arcada canto dos lábios, criando um meio propício superior que menos resistência para a colonização da Candida albicans. apresenta às tensões. Com a perda c) Hiperplasia fibrosa inflamatória: óssea, a porção anterior do rebordo passa a ser formada por um tecido Úlceras causadas por sobreextensões da frouxo hiperplásico. base da prótese, por pontos de pressão 4. Hiperplasia inflamatória na região de exagerada ou por alguma interferência palato duro e fundo de vestíbulo: oclusal que faça a prótese se movimentar com o deslocamento da PT, há horizontalmente durante a mastigação, uma tendência ao desenvolvimento ferindo a mucosa. O tratamento consiste na de hiperplasia nas áreas que sofrem redução da porção sobreestendida e ação das forças compresivas (palato duro e região anterior de fundo de Forma: vestíbulo). Pode estar associada a ✓ Ovóide prótese irregular, baixa renovação ✓ Quadrangular salivar, higienização inadequada e ✓ Triangular ovoide = melhor resposta imune do paciente. Pode ser feito alivio do flange vestibular Proporcionalidade dos arcos da PT, cirurgia, condicionamento tecidual, uso tópico de OBS.: Sulcogengivolabial sem profundidade: antimicrobianos e orientações de cirurgia pré-protética. Ele dá a base de um higienização. bom selamento periférico 5. Crescimento de tuberosidades ESPAÇO PROTÉTICO maxilares: devido ao vedamento psterior da PT, uma pressão O principal parâmetro clínico a ser negativa é produzida posterior à considerado na avaliação do espaço linha de fulcro do reposicionamento protético é a dimensão vertical de oclusão da prótese. O estímulo gerado por (DVO). essa pressão negativa leva ao Na dentição natural, o toque de dentes aumento das tuberosidades antagonistas posteriores determina o maxilares. máximo que a mandíbula aproxima-se da 6. Alterações periodontais. maxila no plano vertical, tornando-se uma TIPOS DE MUCOSAS referência para o limite do fechamento mandibular. Com a perda dessa referência, a Resiliência é a propriedade da mucosa que, relação vertical da mandíbula com a maxila uma vez comprimida, permite sua desaparece do ponto de vista estático. recuperação após anulação da força. A situação mais comum é a que o paciente Rígida menor que 2 mm, machuca o paciente apresenta diminuição do espaço protético Resiliente MELHOR, possui mobilidade em razão das mudanças que ocorrem nos Flácida: quando o osso é muito ossos maxilares após a extração dos dentes. reabsorvido. Associada a prótese Na região posterior dos rebordos, a mal adaptada e à Síndrome de proximidade entre a tuberosidade da maxila Kelly. pouca estabilidade para a prótese e difícil de moldar e a papila piriforme (mandíbula) pode impedir o posicionamento entre estas REBORDO ÓSSEO estruturas anatômicas, das bases das próteses superior e inferior. Nesse caso, é Tipos: indicada a redução cirúrgica da tuberosidade ✓ Estrangulado: aproximadamente da maxila. retangular, prognóstico desfavorável, causa injúria e desconforto. ✓ Lâmina de faca: triângulo com ápice agudo, zona principal de suporte quase inexistente, prognóstico ruim. ✓ Paralelo TIPOS DE PALATOS subjacente, enquanto existir uma película de saliva interposta entre as mesmas. Uma saliva Abóbada plana: resiste ao mais fluida gera uma película bem fina deslocamento vertical, sendo mais (cerca de 0,1mm de espessura), o que positivas às forças de adesão e aumenta o efeito de capilaridade (tensão de coesão, que são a consequência da superfície entre as moléculas de um líquido superfície de contato quase paralela e um sólido) entre a base da prótese e a entre a base da prótese e a mucosa e, consequentemente, a retenção mucosa nessa condição, mas tem da prótese. Já uma saliva mais viscosa tende pouca resistência no deslocamento a formar uma película mais espessa entre a lateral. base da pótese e a mucosa. Esse tipo de Abóbada em V: suporta uma película é mais fácil de ser rompida, o que relação vertical entre a base da torna o comportamento mecânico da prótese e a mucosa e, portanto, prótese mais instável. resiste bem aos esforços laterais, porém, as forças para desalojá-la A saliva é composta por dois tipos de rompem o vedamento em todos secreção: os lugares. 1. Uma secreção serosa, que é fina e Abóbada em U: é a que possui aquosa melhor prognóstico. Suporta os 2. Uma secreção mucosa, mais deslocamentos vertical e lateral em viscosa, que é responsável pela graus elevados. lubrificação dos tecidos intra-orais. TIPOS DE SALIVA O grau de viscosidade da saliva é Fluida determinado pelo tipo de secreção Espessa predominante. Abundante A falta de saliva favorece a perda de Escassa retenção e pode facilitar a formação de A saliva é o principal componente mediador ulcerações traumáticas na mucosa pelo das funções orgânicas que se desenvolvem contato direto da prótese com a mesma. Pacientes submetidos à radioterapia e no interior da cavidade bucal, contituindo-se em um importante fator de coexistência, portadores de síndrome de Sjörgren apresesentam diminuição do fluxo salivar. em íntimo contato, de tecidos moles, dentes naturais e próteses, sem que os mesmos se A saliva fluida e serosa possui qualidade ideal. agridam. Já a saliva viscosa e espessa traz As principais funções da saliva são: incovenientes para a adesão., sua presença promove um efeito de cizalhamento, 1. Remover resíduos dos alimentos e tendendo a deslizar a base da prótese sobre metabólitos microbianos a área basal da fibromucosa. Por outro lado, 2. Ação antibacteriana, antifúngica e propicia melhor vedamento periférico na antiviral formação do menisco salivar. A saliva fluida, 3. Iniciar a digestão é excelente para a adesão da base da 4. Lubrificar e proteger as mucosas prótese à área basal da fibromucosa, mas não auxilia grandemente a formação do Além disso, a saliva é o principal agente a menisco salivar. promover a retenção das PTs à mucosa EXAMES POR IMAGEM Zona de selamento periférico Zona de alívio É um meio de diagnóstico que nunca deve ser dispensado, pois vai permitir observar com detalhes, a forma e a quantidade dos → REQUISITOS ESPERADOS DE UMA rebordos, deformações ósseas, raiz residual, PRÓTESE REMOVÍVEL TOTAL: cisto residual, dentes inclusos e ou Mastigatório extranumerário, odontoma, corpos Comodidade estranhos. Fonético Estético → Tipos de imagens: Radiográfico ✓ Panorâmica: boa visualização geral → EXAME DA CAVIDADE BUCAL: da anatomia óssea e menor resolução. É preciso levar ao conhecimento do ✓ Periapical: boa resolução e paciente, com explicações lógicas detalhes com mínima distorção. acompanhadas de radiografias e modelos de Pequena área de visualização. estudo, e convencê-lo da necessidade do tratamento que se sugere. Tomografia computadorizada: Classificação da Mucosa Bucal: visualização detalhada. Estimativas a) Mucosa mastigatória: recobre a precisas da dimensão óssea. crista do rebordo residual e palato Visualização tridimensional. duro. EXAME DOS MODELOS DE ESTUDO b) Mucosa de revestimento: recobre a membrana mucosa da cavidade O modelo de estudo é uma etapa bucal, lábios, as bochechas, o palato indispensável para um bom plano de mole, o assoalho da boca e a tratamento, pois ele complementa e auxilia o gengiva. exame clínico. c) Mucosa especializada: superfície Uma vez que vai nos propiciar uma cópia fiel dorsal da língua. das estruturas anatômicas a qual nossa prótese irá se instalar, ou seja, vai nos Área Basal (área chapeável): propiciar avaliar as delimitações da área Quanto mais amplo for o arco, maior área basal, o espaço protético, tórus, superficial poderá ser recoberta e maior a proporcionalidade dos arcos etc. possibilidade de retenção e estabilidade. → Materiais para moldagem de estudo: Além disso, o tamanho do arco permite Alginato avaliar rapidamente o tamanho dos dentes Silicone que serão selecionados. Godiva Os rebordos muito reabsorvidos podem causar problemas na retenção das próteses e por isso devem ser avaliadas em relação DELIMITAÇÕES DA ÁREA BASAL (Zona ao tamanho, forma, localização e de Pendleton) consistência da mucosa. Os rebordos rasos, Zona de suporte principal volumosos, agudos ou convexos, Zona de suporte secundário apresentam maiores problemas. A protrusão maxilar é a circunstância menos estendendo-se a área basal até o freio da favorável, podendo resultar em uma língua, do contrário, a borda da prótese mordida cruzada extrema e uma área de provocará um sulco entre o osso alveolar e contato oclusal diminuída na região dos a apófise molares e pré-molares, impedindo os Tórus Mandibular: movimentos parafuncionais mais complicados da mandíbula, quando busca espaço para Deve ser corrigido cirurgicamente. Por ser esses movimentos. A protrusão mandibular recoberto por uma mucosa fina, é lesado e induz a uma rápida reabsorção óssea sua ulceração demora a cicatrizar. O alívio da alveolar do rebordo anterior maxilar. prótese nessa zona elimina o vedamento periférico da prótese total mandibular Tórus Maxilar: Glândulas Sublinguais: O tecido que cobre o tórus é comumente fino e será necessário um alívio na moldeira A hipertrofia das glândulas sublinguais força para a moldagem corretiva. Quando muito o assoalho da boca para cima, diminuindo a volumoso, é indicada sua remoção cirúrgica. oportunidade de êxito, mas esse fato pode ser prontamente observado pela palpação. Tuberosidade Maxilar: Nesse caso, remover cirurgicamente uma Pode apresentar retentividade, devido à parte dessas glândulas melhora o maior saliência no sentido vestibular, e uma prognóstico. superfície de suporte instável que faz a Linha Milo-hióidea: tuberosidade oscilar. Às vezes, verifica-se também a presença de freio lateral próximo O assoalho da boca na zona do milo-hióideo ao rebordo gengival. Ambas as situações pode empurrar para cima e anular o requerem indicação cirúrgica. rebordo residual, eliminando o sulco gengivolingual. ocasiões em que oferecem Considera-se que uma distância menor resistência marcada, libera-se cirurgicamente entre os rebordos aumenta a retenção e o músculo milo-hióideo, em sua origem, estabilidade das próteses. A retenção mudando-se sua inserção para um nível aumenta por causa da língua, que põe em mais baixo. contato as superfícies palatina e lingual das próteses totais, preenchendo a prótese Assoalho da Boca: completamente, e resultando em melhor vedamento. A estabilidade também será Apresenta variações de forma, elasticidade e melhor porque as superfícies oclusais dos posição relativas à crista do rebordo. A dentes ficam mais próximas do rebordo, proximidade do assoalho ao rebordo diminuindo a inclinação indesejável e as compromete a retenção e a estabilidade da forças da língua prótese mandibular Processo Genii: Língua: A espinha superior do tubérculo geniano Apresenta anormalidades de tamanho e pode estar proeminente, diminuindo o forma, função e posição. Uma língua estreita espaço da prega sublingual. Sua redução e pequena facilita a moldagem, mas cirúrgica diminuirá os problemas de compromete o vedamento por lingual da retenção e os danos ao tecido. A zona do prótese total mandibular. Ao contrário, uma processo genii deve ser sempre recoberta, língua grossa e larga constitui um excelente vedamento. Uma língua demasiadamente grande (macroglossia) cria problemas adicionais quando se faz moldagens, além de diminuir a estabilidade da Mioplasias e Aprofundamento do Sulco e Obliteração do Sulco Hamular: b) Mandibular: Constitui o principal Essa situação, além de influir negativamente componente do aparelho a retenção da prótese inferior, induz à mastigatório. Deve-se evitar montagem dos dentes anteriores inferiores reproduzir na prótese mandibular mais para lingual que a posição primitiva dos uma área basal estreita no sentido dentes do paciente. Procura-se melhorar a vestibulolingual, que permaneça função protética, com mioplastia e somente sobre a área de rebordo aprofundamento do sulco, aumentando o alveolar. A base protética deve espaço vestibulolingual A ausência do sulco estender-se para recobrir a zona, o hamular pode influir desfavoravelmente a máximo possível, sem interferir com retenção da prótese porque essa bolsa a saúde e função dos tecidos anatômica é muito importante no suportados pelo osso, o qual é vedamento perifério posterior. Por essa realmente o suporte para a prótese. razão, é indicado um aprofundamento A área total de suporte aproveitável pequeno e localizado nesse sulco. da mandíbula é menor que a do maxilar. Isso significa que a capacidade de resistência da mandíbula às forças oclusais é menor que a da maxila; portanto, é imprescindível tomar todo o cuidado A base protética em que se adapta a possível para utilizar com vantagem prótese total denomina-se área basal e se o suporte disponível. compõe de osso recoberto por membrana mucosa, mucosa e submucosa. Quando existem rebordos planos é difícil obter uma prótese total retentiva e estável TECIDOS DE SUPORTE EM PT a) Maxilar: O suporte para a prótese superior é dado pelos ossos maxilares direito e esquerdo e o Esses tecidos ósseos servem de osso palatino. Há nos ossos arcabouço de proteção aos nervos maxilares uma conformação de (mentual, mandibular e nasopalatino). pirâmide triangular, com a base Se houver pouco tecido de suporte, voltada para a cavidade nasal. há maior sensibilidade (dor), havendo necessidade de outras alternativas como materiais resilientes e implante. A perda do suporte ósseo individual e fazer a moldagem funcional compromete a estabilidade e adequada. Delimitamos a área chapeável e retenção da PT. Acima do osso observamos os planos vertical e horizontal está a mucosa, com a perda óssea, (altura e extensão), perda óssea, se a brida a mucosa se movimenta na mudou de posição, presença de cistos, moldagem, afetando a estabilidade granuloma ou raiz. da prótese. Quando se perde Maxila: suporte, há sensibilidade, a mucosa se movimenta e haverá dificuldade na moldagem. REABSORÇÃO DO SUPORTE ÓSSEO Maxila: reabsorção centrípeta (de fora para dentro). Mandíbula: reabsorção ocluso- gengival (de cima para baixo). OBS.: sempre o plano superior é mais vestibularizado, e o inferior quase vertical, sendo a mandíbula maior que a maxila. O Mandíbula: osso alveolar da maxila é maior do que a mandíbula (absorção mais acelerada). → Falta de espaço: Se visualizarmos que as estruturas mudaram de posição, como freios e bridas, fazemos remoção cirúrgica, para a prótese não ter interferências. ÁREA CHAPEÁVEL Área da maxila e mandíbula que serão recobertas pela prótese. É importante o afastamento na primeira moldagem, com visualização da área chapeável. Para assim, preparar a moldeira Suporte principal: vai do rebordo residual posterior, cobrindo todo o lado visto por vestibular, direito e esquerdo. Suporta o esforço mastigatório Suporte secundário: abóbada palatina. Estabiliza a resistência durante a mastigação Zona de alívio: rebordo anterior superior, incluindo a papila incisiva, PNEUMATIZAÇÃO DA MAXILA rugas palatinas, influindo também a A proximidade do seio maxilar com a crista região do tórus palatino. alveolar pode ser aumentada pela Feixe periférico: zona posterior reabsorção do rebordo alveolar devido à deve estar recoberta pela prótese, extração de um dente. Em pacientes para uma retenção melhor, mas edêntulos, o tamanho dos seios maxilares não se deve esperar que sirva de aumenta ainda mais, preenchendo grande suporte (vedamento posterior) parte do processo alveolar, deixando uma - As zonas de alívio e feixe periférico são parede fina de osso nas laterais e oclusal. Os zonas sensíveis, pois às vezes a papila seios maxilares podem formar cavidades incisiva migra, expondo o nervo nasopalatino, alveolares profundas após extrações. Pode sendo necessário o alívio. ser feito o levantamento do seio maxilar, permitindo a colocação de implantes. - O osso compacto da maxila é o palato (maior zona de estabilidade, fibromucosa Se for necessária intervenção cirúrgica, é fina). feito o reposicionamento do seio, enxerto e alveoloplastia, após 6 meses. Outra opção é OBS.: Nunca fazer desgaste abaulado na colocar implantes e fazer um protocolo. área do freio. Na área do bucinador, o desgaste é semilunar. MODELO ANATÔMICO DA MAXILA MODELO ANATÔMICO DA MANDÍBULA A prótese nunca deve ser estendida até os sulcos hamulares, não pode invadir a área de O disco lingual é importante, pois se for palato mole, bridas e ligamentos posteriores. muito profundo, a língua fica presa e o paciente não consegue falar. Linha obliqua ZONAS DE SUPORTE DA MAXILA externa é o principal elo de reforço mandibular, conferindo maior parte de Zona principal de suporte: rebordo estabilidade da prótese. Espaço sublingual é residual posterior direito e esquerdo. responsável por manter o limite entre a Ela começa na região dos freios prótese e o músculo. O responsável pela laterais, indo até o ligamento formação da última camada é o músculo pterigomandibular, incluindo a papila milo-hioideo. retromolar sobre o trígono retromolar. Limitam-na por lingual a O ideal é a prótese estar acima do músculo linha oblíqua interna ou linha milo- e na parte interna do rebordo. Se a prótese hióidea, e por vestibular a borda invadir área muscular, vai ter deslocamento anterior do músculo masseter, sobrepassando de 2 mm a 3 mm, a linha oblíqua (externa). Zona secundária de suporte: rebordo anterior, entre ambos os freios laterais direito e esquerdo. Zona de vedamento periférico: depende da extensão da área basal, do contorno correto da superfície polida, do tratamento da borda e sua extensão, e de como se consegue prolongar a borda da prótese, horizontalmente, para trás, aproximando-a no sentido do osso, na região da fossa retromolar. Zona de alívio: será toda a crista do ZONAS DE SUPORTE DA MANDÍBULA rebordo alveolar. - OBS.: Zona neutra é entre o bucinador e a lateral da língua. Colocamos a placa base e o plano de cera, paciente movimenta a língua e o bucinador, e se o plano de orientação estiver estabilizado, sabemos que construímos uma zona neutra – zona livre de interferência (zona entre a parte interna da bochecha e a lateral da língua). → Inserções musculares: Músculos mastigadores (masseter, temporal, pterigóideo Não é sob o rebordo, é na linha obliqua medial, pterigóideo lateral) externa, porque tem a maior área de osso Músculos supra e infra hióideos compacto. A zona de vedamento periférico Músculos faciais é ao redor de toda a base (com godiva), a Músculos cervicais zona de alivio é na parte superior do rebordo (com cera). MÚSCULOS MASTIGADORES Temporal: ✓ Clinicamente: ✓ Origem: fossa temporal – 3 feixes borda interna ✓ Inserção: apófise coronóide; região da prótese trígono inferior ✓ Clinicamente: borda posterior da - A inserção do prótese inferior pterigóideo medial pode afetar a extensão - Deixar a prótese até o primeiro nível posterior da borda da prótese total (fazer o alívio dessa área) mandibular, nessa região MÚSCULOS SUPRA HIÓIDEOS Músculos que ligam a mandíbula ao hióideo. Essa musculatura tende a abaixar a mandíbula quando o hióideo está fixo e para elevar o hióideo durante a deglutição. Masseter: 1. Digástrico ventre anterior ✓ Origem: feixe superficial arco 2. Milohióide zigomático; feixe profundo arco 3. Geniohióideo zigomático 4. Genioglosso ✓ Inserção: ângulo da mandíbula 5. Estilo-hióideo A porção profunda, com origem medial e O geniohióideo e genioglosso posterior, está inserida na metade superior estão ligados ao apófise genii, na área da da superfície lateral do ramo da mandíbula inserção do geniohioideo e região do até o processo coronoide. A porção genioglosso. É a elevação da prótese na superficial tem origem mais anterior e se região anterior. insere na metade inferior da superfície lateral do ramo da mandíbula. → Músculos que influenciam na região vestibular: bucinador e mais posterior, ✓ Clinicamente: borda superior da masseter e temporal. prótese superior; borda posterior da → Músculos que influenciam na região prótese inferior (onde temos que lingual: milohioideo influencia na lateral e fazer os ajustes da borda da PT) pteriogoideo medial mais posteriormente, geniohioideo e Pterigoideo Medial: genioglosso influenciam anteriormente. Ele se confunde com a inserção do masseter. Faz a adaptação da parte interna da prótese. MÚSCULOS FACIAIS ✓ Origem: na metade da superfície medial da lâmina lateral do processo piterigoide. ✓ Inserção: face medial do ramo da mandíbula São mais de vinte e dentre eles para colocar e manter o bolo alimentar na destacamos: superfície oclusal dos dentes, sugere que a posição ideal dos dentes seria em um ponto Modíolo: tem importância neutro em relação com essas forças. O quando tiver perda de dimensão formato da superfície polida das próteses da vertical. borda aos dentes, deveria ser triangular, Orbicular dos lábios: também visto em corte frontal. Isso permite que as tem importância na perda de forças se dirijam contra essa superfície para DV. Junto com a língua, auxilia melhorar retenção. Esse formato será na estabilização na posição dos determinado pelo tamanho e forma do dentes (equilíbrio). Se o espaço sulco, a posição das bordas e a posição e do músculo for invadido, a tamanho dos dentes. A superfície vestibular prótese será deslocada. da prótese maxilar, inclinada para dentro da Bucinador: A inserção e borda ao dente, tenderá a dirigir a força acomodamento do bucinador lateral do músculo bucinador contraído, tem características clinicas resultando um componente superior maior, interessantes, principalmente que influirá no assentamento da prótese. A nas vertentes vestibulares da superfície palatina, por sua vez, deverá ser prótese. côncava, para permitir igualmente contornos A função do bucinador é impedir que a corretos para a superfície da prótese total bochecha dobre no ato da mastigação e superior e inferior. A superfície vestibular da seja ulcerada além de posicionar os prótese mandibular deve ser côncava, alimentos no ato da mastigação. olhando para cima e para fora, para permitir que a bochecha a comprima de encontro ao ✓ Clinicamente: concavidade das rebordo gengival, oferecendo um vertentes vestibular inferior; borda componente de força inferior desejado. A posterior da PT superior superfície lingual deve ser bem côncava, não só para alojar a borda lingual, como também para resultar num componente de → Músculos e a retenção das próteses força em que a língua sujeite a prótese para totais: baixo de encontro ao rebordo gengival. Existe uma tendência generalizada entre os O modíolo representa a origem e inserção profissionais em responsabilizar a retenção de muitas fibras de vários músculos da somente na área basal das próteses totais. expressão facial. Esse feixe é muito ativo e Porém, a posição e forma da superfície atua como uma união móvel para ajudar os polida das próteses influi grandemente a músculos orbiculares dos lábios e o retenção, função, estética e comodidade. bucinador nas suas funções associadas à Não menos importante dentro desse mastigação, fala e deglutição. Os demais contexto é a posição dos dentes, além de feixes atuam para estabilizar esse conjunto sua forma e tamanho. A posição marginal do em várias posições. Essa ação tende a dirigir músculo orbicular dos lábios, atuará com o "modíolo" medialmente, exercendo força menos força contra a superfície labial dos contra os dentes e a borda da prótese na dentes anteriores, se eles estiverem numa área dos pré-molares. Por esse motivo, a posição natural especialmente quanto à prótese nessa região não deve ser muito inclinação labiolingual. A força centrífuga da língua e a força centrípeta das bochechas, alargada, porque se desprenderia com ✓ Produz menores facilidade deformações aos tecidos de revestimento do rebordo Godiva ✓ Fácil manipulação ✓ Boa fidelidade de cópia ✓ Grande capacidade de OBJETIVOS afastar a musculatura inserida no rebordo Mínima deformação dos tecidos de ✓ Possibilita correções e falhas suporte através de acréscimos Extensão correta das bases das PTs ✓ Se necessitar repetição, Vedamento periférico adequado reaproveita-se o mesmo pela espessura da borda e seu material contorno - Por ser fácil de manipular, produzir Contato adequado da base da menores deformações aos tecidos de prótese com o rebordo revestimento do rebordo e apresentar boa OBS.: é importante moldar a tuberosidade fidelidade de cópia, o alginato é, na maioria maxilar. dos casos, o material de escolha para a moldagem anatômica. MOLDAGEM ANATÔMICA - Paciente com rebordo flácido o melhor Uma boa moldagem pode ser realizada de material para moldagem é o alginato para muitas maneiras, mas não de qualquer não distorcer a área basal maneira. → Seleção das moldeiras: Uma mínima deformação dos tecidos deve Cuba rasa e cabo biangulado ser obtida por uma moldagem anatômica com material de baixa compressibilidade, Alginato (moldeiras perfuradas) como o alginato, e a moldeira individual deve Godiva (moldeiras lisas) ser confeccionada ajustada ao modelo Deve-se considerar o tamanho, anatômico com a finalidade de preservar, especialmente a largura, como principal durante a moldagem funcional, a arquitetura critério de seleção da moldeira. dos tecidos obtida na moldagem anatômica, especialmente nos casos de mucosa flácida. Moldeira deve ser de aço inox. Alginato Uma vez selecionada, a moldeira deve ser ✓ Fácil manipulação individualizada na porção periférica com cera. ✓ Boa fidelidade de cópia Se o molde de alginato apresentar bolhas, ✓ Produz menores faz-se uma segunda moldagem com alginato deformações aos tecidos de mais fluido (50% a mais de água) sobre a revestimento do rebordo primeira. ✓ Na maioria das vezes apresenta bolhas e falhas OBS.: A godiva necessita de um aquecedor (possível correção) de água. → Delimitação da área basal: Área basal superior: a partir da prótese no sentido porção mais profunda do sulco horizontal gengivolabial ✓ Superior: localizada na ✓ Freio labial abóbada palatina (maxila) ✓ Freio bucal ✓ Inferior: região do rebordo ✓ Tuberosidade da maxila anterior, entre inserção dos ✓ Limite do postdamming freios laterais, a exceção da crista do rebordo (AZUL) Contornar todo fundo de vestíbulo passando (mandíbula) pelo post damming. Zona do selado periférico: Área basal inferior: a partir da ✓ Faixa de 2 a 3 mm de porção mais profunda do sulco largura, que contorna a gengivolabial área chapeável ✓ Freio labial ✓ Superior: post damming ✓ Freio bucal ✓ Inferior: papila retromolar ✓ Linha oblíqua externa da ✓ Tanto superior quanto mandíbula inferior mantém o ✓ Papila retromolar ou selamento posterior piriforme ✓ Manter o vedamento ✓ Porção mais profunda do periférico assoalho bucal Zonas de alívio: ✓ Rebordo anterior → Zonas de suporte: ✓ Região central da abóbada palatina ✓ Crista do rebordo MOLDAGEM FUNCIONAL OBJETIVOS A moldagem funcional deve ser dividida em duas fases distintas: o vedamento periférico e a moldagem funcional propriamente dita. Mínima deformação dos tecidos de suporte Extensão correta da base da prótese Vedamento periférico funcional Zona principal de suporte: Contato adequado da prótese com ✓ Região destinada a suportar o rebordo a carga mastigatória Registrar exatamente detalhes do ✓ Corresponde a área do tecido e extensão periférica rebordo residual posterior apropriada. ✓ Lateralmente ao rebordo na MOLDEIRA INDIVIDUAL inferior (mandíbula) Zona secundária de suporte: O principal objetivo do uso de uma moldeira ✓ Auxilia absorver a carga individual está na determinação dos limites mastigatória e estabiliza a da área chapeável. Assim, obtém-se um vedamento em toda a periférica, confinando Áreas de diferentes compressividades, uma película de saliva e gerando retenção devemos aliviar para que a moldeira não por ação de forças de coesão, adesão e deforme no momento da moldagem. pressão atmosférica. Além disso, um bom MOLDAGEM PERIFÉRICA vedamento periférico diminui o afluxo de alimentos que podem ficar interpostos entre Prova da moldeira a base da prótese e a mucosa durante a Godiva verde (selamento periférico) mastigação. A área de alíveio deve ser a ✓ Fluidez adequada menor possível e jamais recobrir toda a ✓ Boa adesividade a moldeira área de suporte primário, pois nesse caso a ✓ Rigidez zona de maior compressão seria transferida ✓ Estabilidade dimensional para a zona lateral do rebordo, próximo às ✓ Facilidade de uso inserções musculares, menos propícia a ✓ Rapidez do processo de receber cargas. moldagem Espessura uniforme de 2 mm Moldamos em etapas: primeiro fundo de 2 a 3 mm mais curta do que a vestíbulo na etapa do selamento periférico, profundidade do vestíbulo depois moldamos a área chapeável. primeiro Lisa, mas não altamente polida o rebordo superior, depois o inferior. O cabo deve ter formato que auxilia Rebordo superior (área chapeável) a manipulação da moldeira sem 1. Espaço corono maxilar distorcer os contornos labiais 2. Fundo de vestíbulo bucal (músculo naturais (alto, 45º superior e 90º bucinador envolvido) inf) 3. Fundo de vestíbulo labial (m. Alívio e preenchimento (áreas orbiculares) retentivas se for muito, intervenção 4. Freio labial cirúrgica) 5. Término posterior (zona de postdamming) Resina acrílica autopolimerizável Confecção da moldeira individual: O palato mole é classificado de acordo com o ângulo que forma na junção com palato duro, como classe I, II ou I I. Quanto mais agudo for esse ângulo, maior será a atividade muscular necessária para estabelecer o vedamento entre a orofaringe e a nasofaringe. Quanto mais o palato mole se deslocar em sua função, menor será a 3. Fundo de vestíbulo labial superfície do mesmo que poderá ser 4. Fossa retroalveolar recoberta pela base da prótese, na área 5. Flange sublingual (m. milo-hióideo e utilizada para conseguir vedamento posterior. glângula sublingual) O término da PT superior não estará 6. Freio lingual (m. genioglosso) localizado na junção do palato duro com o mole. ✓ Classe I: palato mole horizontal. Associado a concavidade palatina mais rasa, é o tipo mais favorável, pois o término da PT fica localizado a mais de 5 mm da junção dos palatos duro e mole, disponibilizando vedamento posterior efetivo e prótese retentiva. ✓ Classe II: palato mole forma ângulo Após o término do vedamento periférico, com o palato duro de 135º. Término tendo-se conseguido atingir a estabilidade e da PT localizado de 2 a 5 mm da a retenção da moldeira esperadas para o junção dos palatos duro e mole, bom funcionamento da prótese, procede-se disponibilizando área de compressão uma moldagem com um material de média razoavelmente extensa para se a baixa viscosidade, que vai recobrir por conseguir vedamento efetivo na completo a área interna da moldeira e a maioria dos casos. godiva utilizada no vedamento periférico. ✓ Classe III: ângulo de 110º. Concavidade alta, tipo de palato menos favorável, MOLDAGEM FINAL término da PT localizado a menos de 1 mm da junção dos palatos duro Material: pasta zinquenólica/ e mole, não havendo área de elastômeros compressão suficientemente Objetivos: copia todos os detalhes extensa para se conseguir um bom dos tecidos a partir dos limites vedamento posterior. previamente determinados na moldagem anterior Movimentos: não deve ser feito nenhum movimento importante, apenas repuxar um pouco os lábios para acomodação do material de moldagem. São 3 etapas: prova da moldeira, selamento periférico e moldagem. A pasta zinquenólica por se tratar de um material anelástico, é indicada na moldagem Rebordo inferior de PTs superiores quando se deseja fazer 1. Chanfradura do músculo masseter uma compressão da região de vedamento 2. Fundo de vestíbulo bucal (limite posterior com cera de moldagem, o que anatômico é a linha oblíqua externa) melhora a retenção da prótese. Os elastômeros costumam funcionar melhor ✓ Atração física de moléculas nos casos com defeitos ósseos ou áreas diferentes entre si. muito retentivas (propriedades de ✓ Entre materiais diferentes viscosidade e escoamento ajudam). (saliva e acrílico ou saliva e mucosa). MODELOS DE TRABALHO ✓ Depende da perfeita Espatulação de preferência à vácuo adaptação, o íntimo contato Gesso tipo III da base protética aos tecidos de suporte e a O último passo na obtenção de um bom fluidez da saliva. modelo de trabalho é a confecção de um encaixotamento que possibilitará que os A saliva viscosa e espessa traz detalhes obtidos no vedamento periférico inconvenientes para a adesão, além de sejam transferidos para o modelo de gesso, formar uma lâmina mais espessa entre as mantendo sua integridade para que, bases, ela se acumula entre as superfícies posteriormente, seja usado como forma de contanto, empurrando a prótese para para a obtenção da base da prótese no fora. No caso de xerostomia, o material da processo de acrilização. base protética parece se aderir à mucosa seca, lábios e bochecha, mas não é muito ADAPTAÇÃO DA PRÓTESE efetiva para a retenção, e incomoda o Retenção: é o meio pelo qual a paciente. A maior ou menor retenção prótese se mantém na boca, advinda da adesão é diretamente resistindo à força vertical da proporcional à extensão da área basal. gravidade, adesividade dos alimentos Pacientes com maxila e mandíbula pequena e às forças envolvidas na abertura não podem esperar que a retenção por da boca. adesão seja tão efetiva. Estabilidade: é a qualidade de Tensão superficial interfacial: permanecer firme em sua posição ✓ É o fenômeno que se quando forças horizontais lhe são passa com a saliva em aplicadas. contato com as bordas da Coesão: prótese uma vez instalada ✓ Atração física de moléculas na boca. iguais de uma mesma ✓ A tensão superficial da saliva substância favorece a força de adesão ✓ Dentro de um fluido, e aumenta a retenção da moléculas semelhantes base do aparelho. exercem forças atrativas de igual magnitude em todas Seu efeito positivo para a retenção as direções. depende da adesão, da extensão da área basal, protética da deformação ou menor Quanto melhor for a adesão, menor for a deslocamento do tecido mole, da moldagem película de saliva e maior for a área basal, e coesão, e capilaridade. maior será o efeito retentivo proporcionado pela coesão. - A saliva veda a junção entre a borda da prótese e a mucosa pela sua expansão. Adesão: - Para maior efeito retentivo (adesão), 1. Direção das forças para o menor deve ser a película de saliva e maior fechamento a área basal. 2. Ação dos músculos sobre os dentes e superfícies das PTs: a pressão Lâmina interfacial: a resistência à exercida pela bochecha e lábios penetração do ar entre a mucosa e sobre a superfície vestibular pode a base da prótese é dada pela atuar melhorando a estabilidade ou película de saliva que existe entre desalojando. Superfície vestibular elas. convergindo para os dentes é mais Capilaridade: força originada pela favorável para a estabilidade. A força tensão superficial que causa a centrífuga da língua e centrípeta elevação ou depressão do nível de das bochechas e lábios, para colocar um líquido quando ele se acha em e manter o bolo alimentar na contato com um sólido. superfície oclusal dos dentes sugere Menisco salivar: apertando duas que a posição ideal dos dentes seria superfícies e havendo um líquido um ponto neutro em relação a interposto entre as duas, esse essas forças. líquido se reduz a uma camada 3. Efeitos da terceira Lei de Newton: muito fina, cujas bordas apresentam para cada ação de uma força há uma curva chamada menisco. outra reação igual e de sentido Bordas finas prejudicam a formação oposto. do menisco salivar. Quanto mais 4. Superfície articular da ATM grossas forem as bordas, mais longe 5. Ângulo de abertura formado pelas da área basal ficará o menisco superfícies de oclusão salivar. 6. Ação de alavanca Gravidade: é um fator físico positivo 7. Ângulos formados pelos planos para a prótese mandibular e oclusais negativo para a maxilar. 8. Compressibilidade do suporte Pressão atmosférica: é vital para a 9. Efeitos dos alívios retenção durante a fase de 10. Pressão sobre as bordas repouso, e também atua como 11. Altura da linha de oclusão força retentiva, quando se aplicam 12. Magnitude as forças mastigatórias forças no sentido de deslocá-las. Também é considerada como uma força retentiva de emergência, pois → O RESTABELECIMENTO IMEDIATO quando se anulam todas as outras DAS CONDIÇÕES BUCAIS IDEAIS forças retentivas, ela pode ser COMO COMPLEMENTAÇÃO capaz de manter a prótese em seu DIAGNÓSTICA E BASE DO lugar. Para que tenha seu valor físico TRATAMENTO são necessários fatores como adesão, coesão e tensão superficial Objetivos de corrigir próteses já em do fluido salivar. uso: Além dos fatores relacionados à pressão 1. Utilizar a PT antiga como atmosférica, outros fatores devem ser instrumento de diagnóstico a fim de considerados relacionados ao plano inclinado avaliar as respostas do paciente às (desvia forças e provoca instabilidade): alterações que necessitam ser feitas 2. Antecipar e reduzir os transtornos higienização e a prescrição de bochechos causados pelas adaptações às com soluções antimicrobianas. características da PT nova Mesmo nos casos em que a PT necessite de reembasamento, o condicionamento de As alterações mais significativas que tecido não implica no uso de um podem ser necessárias: condicionador de tecido, podendo-se utilizar 1. Condicionamento dos tecidos sob a para esse fim uma resina acrílica base da prótese: microtraumatismos, convencional. higiene bucal ineficiente, placa bacteriana, Candida albicans, Ex.: Câmara de sucção – preencher com câmaras de sucção e presença da resina acrílica autopolimerizável, polimerizar própria PT fora da boca 2. Extensão e adaptação da base da MATERIAIS DE REVESTIMENTO prótese RESILIENTES 3. Restabelecimento do padrão oclusal Formam um grupo de materiais elásticos CONDICIONAMENTO DOS TECIDOS SOB A que preenchem total ou parcialmente a BASE DA PRÓTESE base da prótese, com a finalidade de diminuir Frequentemente os tecidos sobre os quais o impacto da força mastigatória sobre a as próteses se apoiam podem estar mucosa. Podem ser utilizados de modo associados a: temporário ou permanente. Seu uso está associado a um controle clínico rigoroso, 1. Microtraumatismos gerados por uma vez que a característica resiliente do irregularidades na parte interna da material perde-se com o tempo, tornando-o base da prótese rígido. 2. Higiene bucal ineficiente 3. Placa bacteriana Propriedades ideais: facilmente 4. Cândida albicans processado, mínima alteração 5. Câmaras de sucção dimensional, mínima absorção de 6. Presença da própria prótese, que água, solubilidade mínima, manter diminui a renovação do fluxo salivar sua resiliência, resistência adequada, na área atóxico, estético, aderir-se ao polimetacrilato de metila. Dessa forma, a condição desses tecidos Podem ser: à base de resina acrílica deve ser normalizada no início do (pode sofrer lixiviação – tratamento antes da confecção de novas endurecimento progressivo – se próteses, pois se forem moldados nessa torna irregular e poroso, situação, tendem a permanecer alterados aumentando acúmulo de placa e indefinidamente. Essa normalização é obtida irritações, sendo difícil a manutenção pelo controle dos fatores causais, chamada em meio bucal) e à base de silicone de condicionamento de tecido. (degradação da camada de adesivo Caso não haja grandes desadaptações, o é o principal problema) condicionamento de tecido pode ser As principais situações de USO conseguido pelo polimento das partes da TEMPORÁRIO: controle de base da prótese, orientações de estomatites relacionadas ao uso de PTs (acompanhado por terapia antifúngica e controle de higiene), associada a traumatismos na mucosa proteção de feridas cirúrgicas, após do fundo de vestíbulo. as extrações para a instalação de Prótese com selamento periférico PT imediata, ajuste da base de inadequado: material de moldagem prótese removível provisória sobre apropriado (silicone) e incorporar implantes, estabilização de bases de essa modificação permanentemente prova. à base da prótese. USO PERMANENTE: crista alveolar Prótese com selamento posterior reabsorvida ou atrofiada (uma base inadequado: caracterizado por falta resiliente pode ser útil na absorção de retenção em movimentos e dissipação das forças, reduzindo o horizontais na região anterior, pode- impacto oclusal), superficialidade do se acrescentar resina na parte nervo mentoniano, proeminências interna da prótese. ósseas extensas (mucosa é fina e RESTABELECIMENTO DA DIMENSÃO facilmente traumatizada), contra- VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO) indicação cirúrgica. Limitações ao uso dos materiais de Nota-se pela presença de revestimento resilientes: fraturas da comprometimento estético, queilite angular base da PT, perda de resiliência, ou necessidade de restabelecer o espaço colonização por cândida albicans protético entre os rebordos. Aumentamos a (imersão em solução fungicida não DVO na prótese que o paciente já utiliza alcoólica por 20min por dia auxilia no para que já se acostume na prótese nova controle do crescimento), dificuldade com a nova postura mandibular. de manutenção e limpeza (a prótese deve ser lavada após cada refeição e os detritos removidos com o uso de uma escova, sbão e água, pode-se deixar imersa em hipoclorito durante a noite lavando em seguida com água), instabilidade dimensional, falhas de adesão, dificuldades de acabamento e polimento, longevidade CORREÇÕES NAS BASES DAS PRÓTESES Prótese com extensão inadequada: a prótese pode se apresentar com extensão insuficiente (subestendida) ou excessiva (sobrestendida) em relação à área chapeável. Em próteses subestendidas a retenção estará comprometida, com diminuição da estabilidade. Em próteses sobreestendidas a retenção estará comprometida, Além de possuir um conhecimento das características que determinam a estética e as relações intermaxilares, o profissional necessita de um meio adequado para registrá-las e transferi-las ao arranjo de dentes artificiais das futuras próteses. O melhor meio para isso é com o uso de planos de orientação, feitos com cera, ancorados em bases de prova. Os planos serão ajustados de acordo com as características biotipológicas do indivíduo, para simular a presença de dentes artificiais, dando previsibilidade ao resultado final do trabalho. BASE DE PROVA Base provisória de uma prótese total, preparada sobre o modelo funcional, permitindo a realização de operações RESTABELECIMENTO DA POSIÇÃO prévias à confecção da mesma. CÊNTRICA As bases de prova devem ser rígidas, Pequenas discrepâncias podem ser estáveis, retentivas e bem adaptadas ao corrigidas com ajustes oclusais nas próteses rebordo residual. e discrepâncias acentuadas, se os dentes forem separados da base e reposicionados São confeccionadas sobre os modelos em conjunto, podendo-se estabelecer uma obtidos das moldagens funcionais e podem nova relação cêntrica. ser feitas com resina acrílica autopolimerizável ou termopolimerizável Pode-se separar os dentes da base e reposicioná-los com godiva em máxima Resina acrílica prensada intercuspidação com a prótese, levar à boca termopolimerizada: possibilita a e manipular a mandíbula para RC em uma confirmação do resultado da DVO adequada, retirar da boca e fazer um moldagem funcional antes do enceramento e moldagem da área de término do trabalho, mais estável suporte. sobre os rebordos edentados, maior precisão, condição melhor de adaptação, o único inconveniente é que o modelo pode se quebrar. Os requisitos de uma PT são: mastigatória, Indicada nos casos com defeitos comodidade, estética e fonética. ósseos ou áreas muito retentivas. Para não perder o modelo funcional, A partir do modelo funcional, criamos a base adequamos a base com resina de prova, posicionamos o plano de cera e autopolimerizável. sobre ele, individualizamos o modelo para Resina acrílica autopolimerizável: restabelecer a harmonia entre os maxilares. porções retentivas do modelo deverão ser aliviadas. PLANOS DE ORIENTAÇÃO O plano de orientação de cera inferior deve ser aquecido e É adaptado à base de prova, onde são remodelado de acordo com o registradas as relações intermaxilares, com a formato do rebordo e colocado finalidade de orientar os passos na com sua face superior paralela ao confecção da prótese total. mesmo, respeitando-se a altura Os planos de orientação devem ser distal de 2/3 da papila piriforme. confeccionados em cera 7 ou 9 fundida em um conformador. Ocasionalmente, os planos podem ser confeccionados com lâminas de cera plastificadas e dobradas sobre si, mas não apresentam resistência adequada, podendo ocorrer deformações. O plano de cera superior deve ser RELAÇÕES INTERMAXILARES aquecido e remodelado papara acompanhar o perímetro da base Proporcionam: de prova, com uma angulação Forma do arco dental anterior de aproximadamente 75º Limite vestibular do arco em relação ao plano oclusal. Dimensão vertical de oclusão (DVO) Curvas de compensação antero posterior e vestíbulo lingual Relação central Linhas de referência para seleção dos dentes INDIVIDUALIZAÇÃO DO PLANO DE Além disso, deve ser posicionado à frente ORIENTAÇÃO SUPERIOR do rebordo residual, cerca de 12 mm da Os ajustes no plano de orientação superior borda posterior da papila incisiva, uma vez obedecem, em sua maior parte, a que, com a perda dos dentes, o rebordo parâmetros estéticos. O objetivo é o de superior sofre uma reabsorção de fora para recuperar, com o contorno do plano de dentro, não devendo ser considerado como orientação, a sustentação dos tecidos do um indicativo do posicionamento dos dentes terço inferior da face, perdida com as artificiais. extrações dos dentes naturais. → Suporte Labial: O contorno adequado do plano de cera promoverá suporte à musculatura e facilitará a montagem dos dentes artificiais. O reposicionamento correto dos músculos orbiculares é essencial para a recuperação estética. Dois fatores devem ser observados: (1) a compensação para a perda alveolar o suporte labial seja mantido. Pode ser com o espessamento do flange labial da determinada até por gênero. prótese; e (2) o contorno adequado do → Linha de Sorriso: plano de cera para dar suporte à musculatura e facilitar a colocação dos Os dentes naturais formam uma curva dentes artificiais. ascendente, que acompanha a borda superior do lábio inferior. Em alguns casos, a base da PT deve ser engrossada para compensar uma O paralelismo dos planos de cera com o reabsorção acentuada do rebordo plano de Camper e a linha bipupilar, indicará remanescente. a correta posição do plano oclusal. As inclinações dos dentes anteriores Para seguir essas referências craniométricas, maxilares e mandibulares, em especial os o plano de cera pode ser ajustado utilizando- incisivos centrais, são geralmente paralelas se uma régua ou esquadro de Fox. ao perfil do paciente, devido às pressões que os lábios exercem sobre esses dentes, essa característica será trabalhada fazendo acréscimos ou desgastes conforme a necessidade de projetar os lábios para frente ou para trás. Um erro comum é a colocação dos dentes superiores mais para trás, sobre o rebordo residual. Independente da utilização dá régua de Fox, após os ajustes, o plano de referência deve estar paralelo ao lábio inferior do paciente quando o mesmo sorrir. → Corredor Bucal: É o espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha. É influenciado pela sombra da mesma, que → Altura Incisal: altera progressivamente a iluminação dos É a determin

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