Resumo de Radiologia (Andrea) - PDF

Summary

Este documento apresenta um resumo de radiologia, com foco em giros, sulcos, e circulação arterial intracraniana. Detalhes sobre estruturas cerebrais e suas funções associadas, incluindo a função da motricidade, fala e audição são apresentadas.

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SAÚDE INDIVIDUAL GIROS E SULCOS SULCO CENTRAL (Fissura de Rolando) - separa o lobo frontal do parietal Origina os giros PRÉ-CENTRAL (associada a MOTRICIDADE PRIMÁRIA; córtex motor) e PÓS-CENTRAL (associado a área SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIA; córtex sensitivo). Corresponde ao sulco mais extenso perp...

SAÚDE INDIVIDUAL GIROS E SULCOS SULCO CENTRAL (Fissura de Rolando) - separa o lobo frontal do parietal Origina os giros PRÉ-CENTRAL (associada a MOTRICIDADE PRIMÁRIA; córtex motor) e PÓS-CENTRAL (associado a área SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIA; córtex sensitivo). Corresponde ao sulco mais extenso perpendicular ao sulco lateral. Apresenta aspecto de “gancho” - ÁREA MOTORA DA MÃO. *Pars Marginalis - forma um par que é referência para o sulco central, que se localiza logo a frente. GIROS DO LOBO FRONTAL Giro pré-central Giro frontal superior Giro frontal médio Giro frontal inferior - responsável pela MOTRICIDADE DA FALA* (Área da Broka) *AFASIA MOTORA/EXPRESSIVA *Face Inferior Giro Reto Giros Orbitários Separados pelo sulco olfatório (onde passa o nervo olfatório) *Tem lesões associadas a lutadores, levando a casos de demência. SULCO LATERAL (Fissura de Sylvius) - separa o lobo temporal do frontal e do parietal GIROS DO LOBO TEMPORAL Giro Temporal Superior - ÁREA DA COMPREENSÃO DA PALAVRA ESCRITA E FALADA (Área Wernicke)* Giro Temporal Médio Giro Temporal Inferior *AFASIA RECEPTIVA Haverá AFASIA GLOBAL, quando há motora e receptiva. Giro Temporal Transverso (GIRO DE HESCHL) - associado ao DESENVOLVIMENTO AUDITIVO PRIMÁRIO (aprimorado em músicos). *Face Inferior Giro fusiforme (occipitotemporal lateral) - quando lesado, associado a PERDA DA CAPACIDADE DE VER FACES (PROSOPAGNOSIA PRIMÁRIA PROGRESSIVA) Giro para-hipocampal - associado a DOENÇA DE ALZHEIMER GIROS DO LOBO PARIETAL CÓRTEX PARIETAL POSTERIOR - Lóbulo Parietal SUPERIOR e Lóbulo Parietal INFERIOR (inclui o Giro Supramarginal e o Giro Angular). Responsável pela ATENÇÃO (lesão leva a negligência hemiespacial e discalculia). ÍNSULA Giros curtos (anterior) Giros longos (posterior) É o único lobo que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral. VISUALIZAÇÃO EM FACE MEDIAL Giro do Cíngulo (entre o sulco do corpo caloso e do cíngulo) Giro Frontal Superior Lóbulo Paracentral Pré-cúneos (separado do lóbulo paracentral pelo Ramo Marginal - Pars Marginalis) - Localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal. GIROS DO LOBO OCCIPITAL Cúneos - entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. Giro Occipito-temporal Medial (Giro Lingual) Associado à ÁREA VISUAL PRIMÁRIA SISTEMA LÍMBICO Relacionado ao comportamento e as emoções. *Encefalopatia de Wernicke - Deficiência de TIAMINA (B1), relaciona-se ao ALCOOLISMO. LOBO LOCAL FUNÇÃO/LESÃO Lobo Frontal Giro Pré-Central Motricidade primária; Córtex motor. Lobo Parietal Giro Pós-Central Área Somatossensorial Primária; Córtex sensitivo. - “Gancho” do Sulco Central Área motora da mão. Lobo Frontal Giro Frontal Inferior Motricidade da fala. Se lesado, afasia motora/expressiva. Lobo Temporal Giro Temporal Superior Compreensão da palavra escrita e falada. Se lesado, afasia receptiva. Lobo Temporal Giro Temporal Transverso (Giro Desenvolvimento auditivo de Heschl) primário. Lobo Temporal (vista inferior) Giro fusiforme Se lesado, é incapaz de (occipitotemporal lateral) identificar faces (prosopagnosia primária progressiva). Lobo Temporal (vista inferior) Giro para-hipocampal Associado a doença de Alzheimer. Lobo Parietal Córtex Parietal Posterior; inclui Área responsável pela atenção. o L. Parietal Superior e o Se lesado, manifesta Inferior (giros supramarginal e negligência hemiespacial e angular) discalculia. Lobo Occipital Giro Occipito-temporal Medial Área Visual Primária. (Giro Lingual) Giros observados CIRCULAÇÃO ARTERIAL INTRACRANIANA Artéria carótida interna (ACI) - vasculariza cada hemisfério das estruturas ao nível supra-tentorial. Divide-se em: artéria cerebral anterior (ACA) e artéria cerebral média (ACM). Artérias cerebrais posteriores (ACP) - irrigam a porção posterior deste compartimento. Originam-se da artéria basilar (AB). Artérias vertebrais (AV) (2) - nutrem o compartimento infratentorial. Unem-se na linha média para formar a Artéria Basilar (AB). As artérias cerebelares superiores (ACS), cerebelares anteroinferiores (ACAI) e as cerebelares posteroinferiores (ACPI) - originam da Artéria Basilar ou das Artérias vertebrais. POLÍGONO DE WILLIS (círculo arterial do cérebro) Anel anastomótico localizado na base do cérebro em íntima relação com a superfície ventral do diencéfalo, cursando acima da sela turca, na cisterna suprasselar. Supre os hemisférios cerebrais através dos ramos das Artérias Cerebrais Internas e da Artéria Basilar (une os sistemas vértebro-basilar e carotídeo). Seu objetivo é manter as áreas nobres do encéfalo sempre vascularizadas. - Constituintes Artérias Carótidas Internas (ACIs) direita e esquerda; Segmentos pré-comunicantes (A1) das Artérias Cerebrais Anteriores (ACAs) - curso acima do óptico; Artéria comunicante anterior (ACoA); Segmentos pré-comunicantes (P1) das Artérias Cerebrais Posteriores (ACPs) direita e esquerda; Artérias comunicantes posteriores (ACoP) direita e esquerda - cursam abaixo dos tratos ópticos, acima do oculomotor; Artéria Basilar (AB); *A Artéria Cerebral Média (ACM) NÃO faz parte deste círculo. As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior. As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores. As artérias comunicantes posteriores ligam os dois sistemas do polígono. Ramos perfurantes nem sempre visíveis na angiografia: Artérias lenticuloestriadas mediais; Ramos do segmento A1 da Artéria Cerebral Anterior (ACA), Artéria estriada distal medial (artéria recorrente de Heubner) - supre a parte anterior do núcleo caudado, o terço anterior do putâmen, uma pequena porção do globo pálido e o braço (ou ramo) anterior da cápsula interna. Pode originar-se na ACoA ou nos segmentos A1 e A2 da ACA. Ramos hipotalâmicos que irrigam o infundíbulo, quiasma óptico, área subcalosa e área pré-óptica do hipotálamo se originam da ACoA. Artérias talamoperfurantes anteriores nascem das ACoPs; Artérias talamogeniculadas e talamoperfurantes posteriores podem nascer tanto da AB quanto das ACPs. Artérias lenticuloestriadas laterais nascem do segmento horizontal (M1) da Artéria Cerebral Média (ACM) - irrigam o núcleo caudado, a parte lateral do putâmen e a cápsula externa. Artéria corioidea anterior nasce da Artéria Cerebral Interna (ACI), próximo à origem da ACoP - irriga a cápsula interna. Os ramos corioideos posteriores nascem da ACP e irrigam a tela coroide e o plexo coroide do terceiro ventrículo. ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA (ACI) Origina-se da artéria carótida comum, bilateralmente; Nasce, geralmente, do tronco braquiocefálico (direita) e diretamente do arco aórtico (esquerda); Seus ramos garantem a circulação anterior do encéfalo. Divide-se anatomicamente em: Parte cervical - extracraniana, junto com seio carótido (bulbo carotídeo); Parte petrosa - na região petrosa (medial, em formato piramidal) do osso temporal; Parte cavernosa - entre as lâminas da dura-máter que formam o seio cavernoso; Parte supraclinoidea - inicia-se onde ela deixa o canal carótico, após penetrar o espaço subaracnoideo, adjacente ao processo clinoide anterior.* *Pode ser subdividido em: segmento clinoideo (localização interdural), oftálmico (a partir da artéria oftálmica) e comunicante (a artéria comunicante posterior), sendo os últimos intradurais. ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR Supre a maior parte da superfície medial hemisférica, englobando territórios dos lobos frontal e parietal até o sulco parieto-occipital. RAMOS Artéria orbitofrontal – ramifica-se sobre a superfície inferior do lobo frontal. Artéria frontopolar – estende-se anteriormente em direção ao polo do lobo frontal. Sistema calosomarginal – a artéria calosomarginal cursa póstero-superiormente no sulco do cíngulo e possui três ramos: artéria frontal interna anterior, frontal interna média e frontal interna posterior. Sistema pericaloso – a artéria pericalosa cursa póstero-superiormente acima do corpo caloso e possui três ramos: a artéria paracentral e os ramos parietal superior e parietal inferior. SEGMENTOS Segmento horizontal A1 – cursa medialmente acima do quiasma óptico comunicando-se com a ACA contralateral através da ACoA. Segmento vertical A2 – cursa superiormente dentro da fissura inter-hemisférica ao redor do joelho do corpo caloso (calosomarginal e pericaloso) Segmento distal A3 – curso posterior abaixo da margem livre inferior da foice cerebral, originando os ramos corticais. ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA Seus ramos terminais suprem a ínsula, os opérculos frontal, temporal e parietal e a face lateral dos lobos frontal, parietal, temporal e occipital - a área motora e somatossensorial do tronco, braços e cabeça. *Os ramos perfurantes (artérias lenticuloestriadas mediais e lenticuloestriadas laterais) suprem a maior parte da substância branca profunda, do núcleo caudado, do putâmen e do globo pálido (os núcleos da base) e a metade superior da cápsula interna. RAMOS Artéria frontobasal (frontobasilar lateral) – parte do giro frontal inferior e do giro orbital. Artéria pré-frontal – porção anterior do giro frontal inferior. Artéria do sulco pré-central – metade inferior do giro pré-central/giro frontal médio. Artéria do sulco central – giros pré-central e pós-central e suas margens. Artéria parietal anterior e artéria parietal posterior – porções anterior e posterior do lobo parietal. Artéria angular (o termo ramo do giro angular deve ser usado, preferencialmente, uma vez que na Nomenclatura Anatômica a artéria angular é ramo da artéria facial) – giro angular e supramarginal. Artéria temporo-occipital – giro temporal superior até o lobo occipital. Artéria temporal anterior, artéria temporal média, artéria temporal inferior e polar temporal (ramos terminais inferiores anterior, médio e posterior, e artéria temporal polar) – lobo temporal. SEGMENTOS Segmento horizontal M1 – cursa pela substância perfurada anterior, na base do cérebro e onde se originam os ramos perfurantes (artérias lenticuloestriadas). Tromboses são mais comuns. Segmento insular M2 – cursa dentro da fissura cerebral e sobre a ínsula. Segmento opercular M3 – inicia-se ao deixar a superfície da ínsula contornando os opérculos. Segmento cortical M4 – cursa sobre a superfície lateral do hemisfério cerebral. ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR Origina-se como ramo distal da Artéria Basilar, correndo inicialmente entre a base dos pedúnculos cerebrais e do clivo, na cisterna interpeduncular. *Em 20% dos casos a ACP é continuação da ACoP (ramo da ACI), sendo então denominada como origem fetal da ACP. Seus ramos corticais suprem a maior parte da superfície mesial (mais próxima do plano sagital mediano) do lobo temporal, inter-hemisférica e polo do lobo occipital. Seus ramos perfurantes nascem do segmento P1 (segmento que vai da AB até a junção com a ACoP) e contribuem para a irrigação do tálamo, hipotálamo, mesencéfalo e parte do plexo coroide. RAMOS Artéria occipital medial – cursa abaixo do esplênio do corpo caloso. Artéria parieto-occipital – supre o cúneo e parte do pré-cuneo. Artéria calcarina (ramo calcarino) – irriga o córtex visual primário. Artéria pericalosa posterior – supre o esplênio do corpo caloso. Artérias occipitais laterais – suprem a superfície mesial do lobo occipital. Ramos temporais inferiores anteriores, médios e posteriores – suprem a extensa superfície mesial dos lobos temporais, incluindo a maioria do hipocampo. SEGMENTOS Segmento P1 (anteromesencefálico/mesencefálico; parte pré-comunicante) - cursa dentro da cisterna interpeduncular. Segmento P2 (perimesencefálico/ambiens; parte pós-comunicante) - estende-se da junção da ACP/ACoP curvando-se ao redor do mesencéfalo acima do nervo oculomotor. Segmento P3 (retromesencefálico/quadrigeminal) - estende-se póstero-lateralmente acima do nível da lâmina quadrigêmea. Segmento P4 (todos os ramos) - nascem do segmento distal da ACP no sulco calcarino. ARTÉRIAS VERTEBRAIS Constitui o sistema vertebrobasilar com a AB. Ambas originam-se das artérias subclávias, com quatro segmentos, sendo o 4 intradural, penetra na dura-máter ao nível de C1 e sobe posteriormente à medula e bulbo, juntando-se com a contralateral na junção pontobulbar para formar a Artéria Basilar (AB) - observe na imagem abaixo. Seus ramos são as artérias espinhais anterior e a posterolateral, ramos perfurantes bulbomedulares e a artéria cerebelar posteroinferior, sendo responsáveis pela irrigação da medula espinhal, vermis inferior, tonsilas, plexo coroide do quarto ventrículo e do pedúnculo cerebelar inferior, respectivamente. ARTÉRIA BASILAR Cursa cefalicamente na cisterna pré-pontina até sua bifurcação ventral no mesencéfalo. Com seus ramos irriga todo o tronco cerebral e a parte superior do cerebelo e o vermis cerebelar. Divide-se em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. Origina, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. SEIOS VENOSOS As veias drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço. Veias jugulares externas - mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. Veias jugulares internas - mais profundas, drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. *As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior. Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter. Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. CISTERNAS Permitem visualizar a presença de edema cerebrais. Ponto-cerebelar - espaço entre a ponte e o cerebelo Pré-pontina - onde passa a basilar Interpeduncular - entre os pedúnculos Supraaxilar Perimesencefálica Pineal

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