Roteiro de Estudo para 2ª Avaliação Práticas de Psicologia no Brasil PDF
Document Details
Uploaded by Deleted User
Tags
Related
- Psicologia Aplicada à Fisioterapia PDF
- Aula 01 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA PDF
- Prácticas Profesionales Supervisadas en Psicología (IUCS) PDF
- Prácticas Profesionales Supervisadas: Guía de Preguntas PDF
- Prácticas Profesionales Supervisadas en Psicología del IUCS PDF
- Aulas Práticas de Atenção - Sandra Fernandes (PDF) - 2023-2024
Summary
Este documento fornece um roteiro de estudo para a segunda avaliação de práticas de psicologia no Brasil. Ele aborda temas como leis e códigos de ética da psicologia, diferentes áreas de atuação da profissão e mudanças na psicologia brasileira nas décadas de 1970 e 1980, incluindo o impacto do SUS e do SUAS.
Full Transcript
Roteiro de Estudo para 2ª Avaliação Práticas de Psicologia no Brasil Marcos legais da psicologia como profissão no Brasil 1) De que ano é a Lei de regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil? O que diz a lei? Ela explica detalhadamente o que o psicólogo deve fazer em casos de dúvidas...
Roteiro de Estudo para 2ª Avaliação Práticas de Psicologia no Brasil Marcos legais da psicologia como profissão no Brasil 1) De que ano é a Lei de regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil? O que diz a lei? Ela explica detalhadamente o que o psicólogo deve fazer em casos de dúvidas sobre sua prática, dilemas éticos, técnicas que o psicólogo deve utilizar? A Lei de regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil é a Lei nº 4.119, sancionada em 27 de agosto de 1962. Ela estabelece as diretrizes para o exercício da profissão de psicólogo no Brasil e tem como objetivo regulamentar a prática da psicologia, garantindo que os profissionais atuem dentro de parâmetros éticos e técnicos. O que diz a Lei? A Lei nº 4.119/1962, em sua essência, trata dos seguintes aspectos: 1. Definição da Psicologia como profissão: A Lei define a psicologia como a ciência que estuda o comportamento humano, e a profissão de psicólogo é caracterizada pela formação e atuação em diversas áreas, como educação, saúde, trabalho, etc. 2. Exigências para o exercício da profissão: Para atuar como psicólogo, é necessário possuir graduação em Psicologia (curso de nível superior) e registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP). 3. Áreas de atuação do psicólogo: A lei menciona as áreas em que o psicólogo pode atuar, como clínica, educação, trabalho e outras áreas afins. 4. Código de Ética Profissional: A Lei estabelece a obrigatoriedade de seguir o Código de Ética Profissional do Psicólogo, que orienta o comportamento dos profissionais, incluindo questões de respeito ao paciente, sigilo profissional e outras responsabilidades éticas. A Lei explica as dúvidas sobre a prática do psicólogo, dilemas éticos e técnicas a serem utilizadas? A Lei nº 4.119/1962 não detalha com precisão o que o psicólogo deve fazer em dúvidas sobre sua prática ou dilemas éticos, nem especifica as técnicas que o psicólogo deve utilizar. No entanto, ela estabelece o Código de Ética Profissional, que é um documento separado, elaborado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), e que serve para orientar os profissionais em relação a esses pontos. O Código de Ética Profissional do Psicólogo, publicado inicialmente em 1962 e revisado ao longo dos anos, fornece diretrizes claras sobre como o psicólogo deve se comportar, incluindo: o Como proceder em situações de dilemas éticos (por exemplo, como lidar com o sigilo profissional, conflitos de interesse, a relação com os clientes, entre outros). o O que fazer em situações de dúvida profissional, como buscar supervisão, pós-graduação, livros como CREPOP. Portanto, enquanto a Lei nº 4.119 oferece a regulamentação da profissão e estabelece os requisitos para o exercício da psicologia, é o Código de Ética Profissional que orienta de maneira mais detalhada as situações práticas do dia a dia do psicólogo, como dilemas éticos e para as situações de dúvida profissional devemos pesquisar de forma autônoma. 2) De quando é o primeiro código de ética da psicologia? Ele ainda é válido ou há códigos mais recentes? 1. Código de Ética de 1975 o Primeira regulamentação da profissão, focando no sigilo profissional e na responsabilidade ética dos psicólogos. o Normas para a prática clínica e social, defendendo os direitos do cliente. 2. Código de Ética de 1979 o Ênfase no sigilo profissional e no respeito à privacidade do paciente. o Normas detalhadas sobre a conduta profissional, incluindo a atuação em diferentes contextos (clínico, social e educacional). o Maior responsabilidade social, alinhando a prática psicológica com os direitos humanos e o bem-estar social. 3. Código de Ética de 1987 o Reformulação após a redemocratização, ampliando os direitos dos usuários e a responsabilidade social dos psicólogos. o Ênfase na atuação interdisciplinar e no compromisso com a saúde mental e o bem-estar social. 4. Código de Ética de 2005 o Atualização para um modelo mais moderno e alinhado com as novas demandas sociais e políticas. o Reafirma os direitos dos clientes, a atuação em contextos sociais e a responsabilidade ética coletiva. o Enfatiza a não discriminação, o compromisso com a inclusão social e o direito à dignidade dos pacientes. o Em 2010 ajustes no Código de 2005 para esclarecer pontos específicos, mantendo a ênfase na ética profissional e na atuação interdisciplinar. O primeiro Código de Ética de 1975 iniciou a regulamentação da psicologia no Brasil, e as versões subsequentes, de 1979, 1987 e 2005, refletiram as transformações sociais, culturais e políticas do país. O Código de 2005 está em vigor atualmente e é o mais alinhado com os princípios dos direitos humanos, a inclusão social, a qualificação contínua e a responsabilidade ética no contexto da atuação do psicólogo. 3) O que se observou na Psicologia Brasileira a partir das décadas de 70 e 80? A criação do SUS e do SUAS teve impacto nas práticas de psicologia no Brasil? Psicologia Brasileira nas Décadas de 70 e 80 Nas décadas de 1970 e 1980, a psicologia brasileira passou por mudanças significativas, influenciadas por transformações sociais, políticas e acadêmicas: 1. Expansão e diversificação da profissão A psicologia começou a se consolidar como uma profissão mais ampla, com atuação em diferentes campos além da clínica tradicional, como educação, trabalho organizacional e saúde pública. Houve um aumento significativo no número de cursos de psicologia, refletindo maior demanda por profissionais. 2. Reflexão Crítica e Movimentos de Renovação Durante esse período, o Brasil estava sob o regime militar (1964–1985), o que gerou questionamentos sobre o papel social da psicologia e sua contribuição para a sociedade. Surgiu um movimento de crítica à psicologia tradicional, percebida como elitista e voltada para uma parcela limitada da população. Psicólogos começaram a adotar uma postura mais comprometida com as questões sociais, aproximando-se de temas como desigualdade, exclusão e direitos humanos. 3. Psicologia Comunitária e Social Influenciados por ideais de transformação social, psicólogos começaram a atuar em comunidades e contextos vulneráveis, usando abordagens coletivas e preventivas. Houve uma maior valorização da Psicologia Social e da Psicologia Comunitária, que buscaram formas de intervenção que fossem acessíveis e eficazes para populações de baixa renda. 4. Desenvolvimento de Práticas Interdisciplinares A psicologia passou a integrar equipes multidisciplinares em áreas como saúde, educação e assistência social, ampliando sua atuação para além do consultório. Impacto do SUS (1988) e do SUAS (2004) nas Práticas Psicológicas Sistema Único de Saúde (SUS) – 1988 A criação do SUS foi um marco para a saúde pública brasileira e teve impacto direto na prática da psicologia: o Ampliação do acesso à saúde mental: Psicólogos passaram a integrar serviços de saúde pública, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outros programas de saúde mental. o Aproximação da psicologia com políticas públicas: A psicologia foi inserida no contexto do atendimento universal e equitativo, contribuindo com a promoção da saúde integral. o Modelo biopsicossocial: O SUS trouxe um modelo de cuidado que considera não só aspectos médicos, mas também psicológicos e sociais, reforçando o papel dos psicólogos nas equipes de saúde. o Desinstitucionalização: O movimento de reforma psiquiátrica, vinculado ao SUS, propôs a substituição de manicômios por abordagens comunitárias e inclusivas, nas quais os psicólogos têm papel essencial. Sistema Único de Assistência Social (SUAS) – 2004 O SUAS promoveu a integração da psicologia na assistência social, com impactos diretos na prática profissional: o Atuação em CRAS e CREAS: Psicólogos começaram a atuar em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), lidando com populações vulneráveis e situações de risco social. o Foco em direitos humanos: A atuação psicológica passou a ter como foco o fortalecimento de vínculos familiares, a prevenção de violência e a promoção da cidadania. o Psicologia e políticas públicas: O SUAS reforçou a integração da psicologia nas políticas sociais, promovendo ações que consideram o contexto histórico, social e cultural dos indivíduos e grupos. 4) O que foi a reforma psiquiátrica? A psicologia teve participação neste movimento? Reforma Psiquiátrica e o papel da Psicologia A Reforma Psiquiátrica foi um movimento iniciado nas décadas de 1970 e 1980, consolidada com a Lei nº 10.216/2001, transformou o modelo de atenção à saúde mental no Brasil. O objetivo principal foi substituir o sistema manicomial por práticas humanizadas, focadas na desinstitucionalização (substituição de manicômios e redução de intervenções psiquiátricas), no respeito aos direitos humanos e na reintegração social dos pacientes. Surgiram serviços comunitários, como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), integrados ao SUS, com abordagem interdisciplinar. Participação da Psicologia Crítica ao modelo manicomial e defesa de práticas humanizadas. Atuação em serviços substitutivos (CAPS e Residências Terapêuticas), promovendo autonomia e inclusão social. Enfoque no cuidado biopsicossocial, com intervenções individualizadas e comunitárias. Defesa dos direitos humanos e luta contra o estigma associado à saúde mental. Impacto A psicologia desempenhou papel central no movimento, consolidando práticas éticas e inclusivas, e contribuindo para a transformação do modelo de saúde mental no Brasil. 5) A situação política do Brasil (Ditadura x Democracia) teve influência no desenvolvimento da psicologia? Quais foram essas influências? Influências da Situação Política do Brasil no Desenvolvimento da Psicologia A história política do Brasil, marcada pela Ditadura Militar (1964-1985) e pela posterior redemocratização, influenciou profundamente o desenvolvimento e a prática da psicologia no país, moldando sua atuação em diferentes contextos e contribuindo para a evolução de suas abordagens e compromissos sociais. 1. Durante a Ditadura Militar (1964-1985) O período de repressão política, censura e desigualdades sociais deixou marcas significativas na psicologia brasileira, influenciando tanto sua prática quanto suas limitações: a) Restrição e Repressão Ideológica As associações profissionais de psicólogos focaram inicialmente em questões técnicas e organizativas, evitando conflitos com a ideologia do regime. Essas entidades, embora responsáveis pela consolidação da profissão, mantiveram uma postura ambígua em relação às violações do Estado, não se posicionando contra o regime autoritário. Foi nesse período que surgiram as entidades regulamentadoras da profissão, acompanhadas de um aumento no número de cursos de psicologia, especialmente em instituições privadas, e na formação de profissionais para atender à demanda crescente. Psicólogos que criticavam o regime ou abordavam questões sociais enfrentavam perseguições, limitando sua atuação. b) Psicologia Voltada para a Elite A prática psicológica permaneceu predominantemente clínica, individualista e voltada às classes mais altas, reforçando a adaptação individual às normas sociais. Questões coletivas e sociais eram marginalizadas, e até mesmo o uso da psicologia foi instrumentalizado pelo Estado para patologizar opositores políticos, reforçando a ideia de que “os culpados são indivíduos anormais, e não o regime”. A psicologia social e comunitária recebeu pouco incentivo, dificultando sua expansão. c) Início da Crítica à Psicologia Tradicional Na década de 1980, com o início da abertura política, surgiram críticas ao caráter normativo da psicologia e ao seu distanciamento das questões sociais. Entidades de psicologia passaram a se envolver em movimentos democráticos, como a luta pelo fim da ditadura e o direito ao voto direto. 2. Com a Redemocratização (Pós-1985) A transição para a democracia trouxe ampliação dos espaços de atuação da psicologia e um fortalecimento do seu compromisso com a transformação social. a) Psicologia como Agente de Transformação Social A redemocratização incentivou a atuação em políticas públicas, como saúde, educação e assistência social. Os psicólogos passaram a integrar programas como o SUS (Sistema Único de Saúde) e, posteriormente, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), promovendo práticas acessíveis e inclusivas. Abordagens críticas, como a psicologia social comunitária e a psicologia baseada nos direitos humanos, ganharam destaque, focando em desigualdade, exclusão social, violência e pobreza. b) Valorização dos Direitos Humanos A Constituição de 1988, centrada na garantia dos direitos humanos, influenciou diretamente o trabalho dos psicólogos, que passaram a atuar com populações vulneráveis e na defesa da cidadania. A atuação comunitária e em contextos de violação de direitos foi significativamente ampliada. c) Expansão da Psicologia Social e Comunitária A crítica ao modelo elitista tradicional incentivou o desenvolvimento de práticas voltadas às comunidades, escolas públicas e à redução de desigualdades sociais, transformando a psicologia em um instrumento de mudança social. d) Criação de Códigos de Ética Modernos O fortalecimento da democracia permitiu a criação de códigos de ética que reforçaram o compromisso com a dignidade humana, o respeito às diferenças e a atuação ética em contextos sociais diversos. Principais Áreas de Atuação da Psicologia Psicologia Escolar (segundo a palestra realizada com profissional da área na disciplina) 1) Quais são as principais ações e intervenções do psicólogo escolar na atualidade? Descreva ao menos três ações previstas da psicologia nesta área. Algumas das principais ações e intervenções realizadas pelo psicólogo escolar incluem: 1. Apoio à Aprendizagem e ao Desenvolvimento Infantil: o Trabalhar em conjunto com a escola, a família e outros profissionais para compreender as dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento, propondo estratégias que favoreçam o progresso dos alunos. o Desenvolver planos de trabalho para professores lidarem com alunos com dificuldades específicas, como neurodivergências. 2. Acolhimento e Mediação de Situações de Conflito e Vulnerabilidade: o Lidar com questões como negligência, violência infantil e luto, oferecendo apoio e orientando a escola e as famílias para promover o bem-estar das crianças. o Facilitar o diálogo entre professores, famílias e alunos para criar uma rede de suporte integrada. 3. Promoção de Inclusão e Sensibilização Escolar: o Enfrentar preconceitos no contexto educacional, promovendo a inclusão de crianças com necessidades especiais. o Capacitar professores para lidar com a diversidade na sala de aula, mesmo diante de resistências à inclusão, por meio de orientações e abordagens que reforcem uma visão positiva do tema. 2) O psicólogo escolar deve realizar atendimento psicológico clínico individual e grupos de psicoterapia no contexto escolar? Essa é uma das ações previstas nessa área? Não. A atuação do psicólogo escolar não se caracteriza por atendimento psicológico clínico individual ou por grupos de psicoterapia, pois esses serviços não são previstos como responsabilidade do psicólogo no ambiente escolar. O foco do psicólogo escolar é o trabalho preventivo, coletivo e institucional, priorizando ações voltadas para o contexto educacional, como: Promoção de saúde mental. Intervenção em problemas de convivência. Desenvolvimento de estratégias para inclusão e aprendizagem. Caso seja identificado que um aluno precisa de atendimento clínico ou terapêutico, o psicólogo escolar geralmente realiza um encaminhamento para serviços especializados fora da escola. 3) Atualmente o psicólogo escolar focaliza a avaliação das capacidades intelectuais e o coeficiente de inteligência e psicodiagnóstico de transtornos do neurodesenvolvimento? Não de forma prioritária. O psicólogo escolar não tem como foco principal a avaliação de capacidades intelectuais ou coeficiente de inteligência, nem o diagnóstico clínico de transtornos do neurodesenvolvimento. Seu trabalho consiste em observar e compreender o contexto escolar, familiar e social dos alunos para identificar dificuldades e propor intervenções pedagógicas e sociais que favoreçam o desenvolvimento. Quando necessário, ele pode sugerir encaminhamentos para avaliações especializadas fora da escola, realizadas por psicólogos clínicos ou neuropsicólogos. O psicólogo escolar atua mais no nível preventivo, com intervenções colaborativas e no fortalecimento de redes de suporte, do que na realização de diagnósticos específicos. Psicologia da Saúde 4) O Sistema Único de Saúde (SUS) é bastante amplo e engloba serviços de diferentes naturezas, inclusive atendimentos ambulatoriais de psicologia (Psicologia Clínica Tradicional) e também a atuação em hospitais (Psicologia Hospitalar). Contudo, de maneira geral, a inserção da Psicologia no contexto da saúde pública brasileira, com a consolidação do SUS em 1988, exigiu uma substituição do modelo clínico tradicional, que privilegiava o enfoque individual, para um modelo mais: a) hospitalar ou ambulatorial b) social comunitário c) comportamental d) organizacional e) clínico Justifique: A alternativa correta é: b) social comunitário Com a consolidação do SUS em 1988, a saúde pública no Brasil passou a adotar um modelo que privilegia o atendimento integral e a equidade, promovendo ações voltadas à coletividade e à inclusão. Esse contexto demandou da Psicologia uma transformação no seu enfoque tradicional, centrado no indivíduo, para um modelo social comunitário. Nesse modelo: A atuação psicológica é voltada para as necessidades da comunidade e para a promoção da saúde coletiva. São priorizadas ações preventivas, educativas e de fortalecimento de redes de apoio, alinhadas aos princípios do SUS, como universalidade, integralidade e participação social. O psicólogo atua em programas como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Atenção Básica (NASF) e outros serviços, integrando estratégias multidisciplinares e considerando o contexto sociocultural das populações atendidas. Essa abordagem se diferencia de modelos exclusivamente clínicos ou hospitalares, pois busca abarcar as demandas da saúde mental em um âmbito mais amplo e inclusivo, considerando determinantes sociais da saúde e promovendo mudanças estruturais. Psicologia e Assistência Social (segundo a palestra realizada com profissional da área na disciplina) 5) O que é o CRAS? Qual o público atendido pelo CRAS? O que é o CRAS? O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) é uma unidade pública que integra o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Brasil. Ele atua na base do sistema de proteção social e tem como objetivo prevenir situações de risco e vulnerabilidade social, promovendo o acesso a direitos e fortalecendo os vínculos familiares e comunitários. O CRAS é responsável pela organização e oferta de serviços socioassistenciais de proteção social básica, como orientação, acompanhamento e desenvolvimento de ações que visam à superação de desigualdades e à promoção da cidadania. Público atendido pelo CRAS O público-alvo do CRAS são indivíduos e famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, como: 1. Baixa renda: Pessoas e famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. 2. Vulnerabilidade por condições específicas: o Famílias expostas a situações de violência, negligência ou discriminação. o Pessoas com deficiência e suas famílias. o Idosos, crianças e adolescentes em situações de risco. o Migrantes, refugiados e outros grupos em situação de exclusão. 3. Beneficiários de programas sociais: o Inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). o Beneficiários do Programa Bolsa Família (agora substituído pelo Auxílio Brasil) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 6) Descreva as principais ações e intervenções de um psicólogo no CRAS 1. Acompanhamento Sociofamiliar (PAIF): Apoio a famílias em vulnerabilidade social, fortalecendo vínculos familiares e promovendo autonomia. 2. Promoção de Convivência e Inclusão: Realização de grupos socioeducativos e oficinas para fortalecer vínculos comunitários e promover inclusão social. 3. Prevenção de Riscos e Vulnerabilidades: Campanhas educativas e ações preventivas para minimizar impactos de violência, negligência e exclusão. 4. Encaminhamentos e Articulação em Rede: Identificação de demandas e encaminhamento para serviços como saúde, educação e justiça, atuando em parceria com outras instituições. 5. Suporte em Situações de Emergência: Atendimento emergencial a famílias em crises, desastres ou situações de violência. 6. Capacitação e Educação Comunitária: Palestras e formações para profissionais e a comunidade, promovendo cidadania e conscientização. 7. Promoção de Direitos: Garantir acesso a benefícios sociais e atuar na mediação de conflitos para assegurar direitos. 8. Planejamento de Políticas Sociais: Contribuir com dados e estratégias para aprimorar as ações do CRAS e políticas públicas. O psicólogo no CRAS tem uma atuação preventiva, educativa e comunitária, fortalecendo redes de apoio e promovendo inclusão e cidadania. 7) O que é o CREAS? Qual o público atendido pelo CREAS? O que é o CREAS? O CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) é uma unidade pública do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que oferece atendimento especializado e continuado a indivíduos e famílias em situação de risco social ou violação de direitos. Sua atuação complementa o trabalho do CRAS, focando em casos que requerem maior atenção e acompanhamento devido à gravidade das situações. O CREAS promove a reconstrução de direitos violados, o fortalecimento de vínculos e a reintegração social, trabalhando em parceria com outros serviços da rede de proteção, como conselhos tutelares, órgãos de justiça e saúde. Público atendido pelo CREAS O CREAS atende pessoas em situação de risco social ou violação de direitos, incluindo: 1. Vítimas de violência ou abuso: o Crianças, adolescentes, mulheres, idosos e pessoas com deficiência que sofreram violência física, sexual, psicológica ou negligência. 2. Pessoas em situação de exploração ou trabalho forçado: o Vítimas de exploração sexual, trabalho infantil, trabalho análogo à escravidão ou tráfico de pessoas. 3. Famílias em situação de risco social: o Famílias que enfrentam abandono, ruptura de vínculos ou dificuldade em cuidar de seus membros. 4. Adolescentes em conflito com a lei: o Jovens que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto (liberdade assistida ou prestação de serviços à comunidade). 5. Pessoas em situação de rua ou desabrigo: o Indivíduos que precisam de apoio para reestruturação social e acesso a direitos. 8) Descreva as principais ações e intervenções de um psicólogo no CREAS 1. Escuta Psicológica e Aconselhamento Familiar o Atendimento familiar, focando no acolhimento e fortalecimento dos vínculos familiares em situações de violência e negligência. 2. Encaminhamentos e Articulação em Rede o Encaminhamento para serviços de saúde, educação e justiça, além de articulação com outras instituições de apoio. 3. Intervenções Psicoterapêuticas o Terapias e apoio psicológico para vítimas de violência e seus familiares, visando a recuperação emocional e o bem-estar. 4. Prevenção e Orientação o Ações educativas e preventivas sobre direitos e formas de proteção, especialmente em relação à violência e abuso. 5. Acompanhamento de Casos Complexos o Acompanhamento contínuo de casos com múltiplos fatores de risco, oferecendo suporte personalizado e integrado. 6. Intervenção em Crises o Atendimento emergencial em situações de calamidade ou crise familiar, promovendo apoio imediato. 7. Defesa de Direitos e Acesso à Justiça o Orientação sobre direitos legais e apoio psicológico em processos judiciais, ajudando no relato de abusos. 8. Trabalho em Rede o Colaboração com outros profissionais e instituições para garantir o atendimento integral e eficiente das necessidades dos usuários. O psicólogo no CREAS trabalha para garantir a proteção social, emocional e jurídica das famílias em risco, promovendo a inclusão e a reintegração social.