Paracoccidioidomicose PDF
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Este documento descreve a paracoccidioidomicose, uma micose sistêmica crônica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. A doença afeta principalmente trabalhadores rurais e apresenta diferentes formas clínicas, incluindo formas tegumentares, linfonodulares e viscerais. O diagnóstico envolve exames micológicos, histopatológicos e sorológicos. O tratamento inclui drogas antifúngicas como o itraconazol e o cotrimoxazol.
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Paracoccidioidomicoses - Micose sistêmica crônica causada pelo fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. Afeta geralmente os trabalhadores rurais de sexo masculino (30-35 anos) em quase toda a américa latina. - E uma enfermidade granulomatose primaria. - Se apresenta como fungo filamento...
Paracoccidioidomicoses - Micose sistêmica crônica causada pelo fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. Afeta geralmente os trabalhadores rurais de sexo masculino (30-35 anos) em quase toda a américa latina. - E uma enfermidade granulomatose primaria. - Se apresenta como fungo filamentoso em temperatura ambiente e leveduriforme em temperatura corporal. Por isso seu nome termo-dimorfo. - Patogênese: Propágulos infectantes (conídios) são inalados, transformam-se em leveduras (forma parasitaria) nos alvéolos pulmonares e iniciam a infecção. - Infecção não quer dizer enfermidade. - Formas Clinicas: - Formas Tegumentares ou Cutâneo-Mucosas: - Lesões na mucosa bucal podem ocorrer em várias regiões, como gengivas (++), mucosa jugal, piso da boca, palato e língua. - Pode comprometer a faringe e laringe, frequentemente por propagação de lesões da mucosa oral. - Formas Linfonodulares: - Lesões em linfonodos podem ser primárias ou secundárias a lesões tegumentares ou viscerais. - Formas Viscerais: - Lesões pulmonares são observadas em 50-80% dos casos. - Formas Mistas: - Envolvem múltiplos órgãos ao mesmo tempo. - Aguda/Subaguda (Juvenil ou Ganglionar): - Evolução rápida. - Afeta jovens de ambos os sexos. - Compromete o sistema fagocítico mononuclear (baço, fígado, linfonodos e medula óssea). - Crônica (Adulto): - Evolução lenta, predominante em homens acima de 30 anos. - Pode ser localizada (unifocal) ou envolver mais de um órgão (multifocal). - Associada a granulomas organizados. - Diagnóstico - Laboratorial: - Exame micológico direto (escarros, biopsias). - Cultivo em meios específicos. - Histopatologia: - Corantes como Hematoxilina-Eosina e Gomori-Grocott. - Testes Sorológicos: - Investigação de anticorpos anti paracoco para monitorar resposta ao tratamento. - Tratamento: - Fases: - Ataque: - Itraconazol (200 mg/dia por 3 meses, fármaco de eleição). - Cotrimoxazol (trimetoprima + sulfametoxazol, 160/800 mg a cada 8h por 1 mês). - Anfotericina B (1-3 meses, em casos graves). - Manutenção: - Doses reduzidas por mais de 7 meses. - Itraconazol (100 mg/dia). - Cotrimoxazol (trimetoprima + sulfametoxazol, 160/800 mg a cada 12h). - Controle: - Internação inicial em casos graves. - Acompanhamento clínico, radiológico e sorológico mensal. - Critérios de Cura: - Clínico: Remissão de sinais e sintomas. Da a impressão de o paciente estar curado por isso tem grande risco de recaída. - Micológico: Negativação de exame micológico do escarro/esputo. - Radiológico: Estabilização em imagens torácicas, que é a manutenção das mesmas lesões cicatriciais em cinco radiografias simples de tórax, realizadas a cada três meses ao largo de um ano. - Imunológico: Redução ou estabilização de títulos de anticorpos, em três amostras de soro coletadas com intervalo de dois meses. - Cura aparente: Presença de cura clínica, micológica, radiológica e imunológica durante dois anos em pacientes que não estão recebendo tratamento de manutenção. - A cura completa é difícil de garantir devido impossibilidade de erradicação do fungo do organismo. - O tratamento diminui a quantidade de fungo no organismo. - Monitoramento contínuo é essencial para evitar recaídas.