Assistência de Enfermagem a Pacientes com Hemofilia PDF
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Este documento fornece informações sobre a assistência de enfermagem a pacientes com hemofilia. Aborda os cuidados necessários durante episódios hemorrágicos e a prevenção de complicações, focando no manejo da doença e na promoção da saúde do paciente. Enfatiza a importância do acompanhamento e das precauções a serem tomadas.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HEMOFILIA (Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médicocirúrgica – 2016) A maioria dos clientes com hemofilia é diagnosticada quando criança. Geralmente eles precisam de assistência para lidar com a condição, tendo em vista que ela é crônica, impõe res...
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HEMOFILIA (Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médicocirúrgica – 2016) A maioria dos clientes com hemofilia é diagnosticada quando criança. Geralmente eles precisam de assistência para lidar com a condição, tendo em vista que ela é crônica, impõe restrições às suas vidas e é um distúrbio hereditário com potencial de transmissão para as gerações futuras. Desde a infância, os clientes são auxiliados a lidar com a doença e identificar os aspectos positivos das suas vidas. São encorajados a serem autossuficientes e manter a independência por meio da prevenção de traumatismos desnecessários que possam causar episódios de sangramento agudo e interferir temporariamente nas atividades normais. Na medida em que lidam com seus sentimentos a respeito da condição e progridem na sua aceitação, podem assumir mais responsabilidades para a manutenção da saúde ideal. Clientes com deficiência leve de fator podem não ser diagnosticados até a idade adulta se não sofrerem traumatismo significativo ou cirurgia quando crianças. Esses clientes precisam de orientações extensivas a respeito das restrições às atividades e medidas de autocuidado para diminuir a chance de hemorragia e complicações dos sangramentos. A enfermeira deve enfatizar a segurança no domicílio e no local de trabalho. Os clientes e os familiares são orientados sobre como administrar o concentrado de fator no domicílio ao primeiro sinal de sangramento, de modo que o sangramento seja minimizado e as complicações sejam evitadas. A reposição profilática do fator pode ser muito efetiva na diminuição da morbidade associada aos sangramentos repetidos. Entretanto, este método requer a administração frequente desses fatores, como 2 a 3 vezes/semana (Mannucci, 2012). As enfermeiras têm um papel fundamental, pois podem ajudar os clientes a considerarem que os possíveis benefícios da manutenção desta terapia profilática superam a desvantagem de consumir tanto tempo. Clientes com hemofilia são orientados a evitar agentes que interfiram na agregação plaquetária, como ácido acetilsalicílico, AINEs, alguns suplementos fitoterápicos e nutricionais (p. ex., camomila, urtiga, alfafa) e álcool. Esta restrição se aplica aos medicamentos de venda livre, tais como remédios para gripe. A higiene dentária é muito importante como uma medida preventiva, tendo em vista que as extrações dentárias são perigosas. A aplicação de pressão em um ferimento de pequeno porte pode ser suficiente para controlar o sangramento, se a deficiência de fator não for grave. Tampões nasais devem ser evitados, pois o sangramento geralmente recidiva quando o tampão é removido. Talas e outros dispositivos ortopédicos podem ser úteis para clientes com hemorragias articulares ou musculares. Todas as injeções devem ser evitadas; procedimentos invasivos (p. ex., endoscopia, punção lombar) devem ser minimizados, ou realizados após a reposição de fator adequada. Clientes com hemofilia devem portar ou utilizar uma identificação clínica (p. ex., braceletes de alerta médico). Além disso, os clientes ou as famílias devem ter um plano de emergência por escrito que inclua procedimentos em situações específicas, bem como os nomes e os números de telefone dos contatos de emergência. Durante episódios hemorrágicos, a extensão do sangramento deve ser cuidadosamente avaliada. Os clientes em risco de comprometimento significativo (p. ex., sangramento dentro do trato respiratório ou cérebro) requerem cuidadosa observação e avaliação sistemática em relação às complicações de emergência (p. ex., angústia respiratória, alteração do nível de consciência). Se o cliente foi submetido a cirurgia recentemente, a enfermeira deve avaliar com frequência e cuidadosamente o local cirúrgico em relação a sangramentos. O monitoramento frequente dos sinais vitais é necessário até que a enfermeira esteja certa de que não há sangramento pós- operatório excessivo. Agentes analgésicos comumente são necessários para aliviar a dor associada aos hematomas e à hemorragia dentro das articulações. Muitos clientes relatam que banhos quentes promovem o relaxamento, melhoram a mobilidade e diminuem a dor. Entretanto, durante os episódios de sangramento, o calor é evitado, tendo em vista que pode acentuar o sangramento; em vez disso, são feitas aplicações de frio.