Herança dos Cromossomos Sexuais PDF
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Universidade Federal Rural da Amazônia
Dra. Claudette Rosa, Abiúd Ramos, Emilly Castro, José William, Karen Santos, Micaely Pereira
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Esta apresentação aborda a herança ligada ao sexo, incluindo a inativação do cromossomo X em mamíferos; as aneuploidias dos cromossomos sexuais, como as síndromes de Klinefelter e Turner; e conceitos como compensação de dose e mosaicismo. A apresentação também discute o daltonismo e hemofilia. Ela é voltada para estudantes de enfermagem.
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS PARAUAPEBAS CURSO ENFERMAGEM HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS DOCENTE: DRA.CLAUDETE ROSA DISCENTES: ABIÚD RAMOS, EMILLY CASTRO, JOSÉ WILLIAM, KAREN SANT...
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS PARAUAPEBAS CURSO ENFERMAGEM HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS DOCENTE: DRA.CLAUDETE ROSA DISCENTES: ABIÚD RAMOS, EMILLY CASTRO, JOSÉ WILLIAM, KAREN SANTOS, MICAELY PEREIRA INTRODUÇÃO A HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS A herança ligada ao sexo corresponderia aos genes situados nos cromossomos sexuais X e Y. A espécie humana apresenta 23 pares de cromossomos. 22 pares são autossomos que não apresentam diferenças entre machos e fêmeas e não tem relação direta com a determinação do sexo. Um par, chamado de alossomos (X e Y), são os cromossomos sexuais. A mulher apresenta dois alossomos X e é chamada de sexo homogamético, pois seus gametas sempre terão o cromossomo X. O homem apresenta um X e um Y e é o sexo heterogamético, pois seus gametas serão metade com cromossomo X e metade com cromossomo Y. No sistema X-Y, cromossomos X e Y comportam-se como cromossomos homólogos durante a meiose. Na realidade, eles são somente parcialmente homólogos Nos testículos (XY) e ovários (XX), os dois cromossomos sexuais segregam durante a meiose e cada gameta recebe um dos cromossomos. Cada óvulo recebe um cromossomo X. Metade dos espermas recebem o cromossomo X e metade recebe o cromossomo Y. Devido a isto, cada concepção tem cerca de 50% de chance de produzir um sexo particular. A herança ligada ao sexo corresponderia aos genes situados nos cromossomos sexuais X e Y. INATIVAÇÃO DO CROMOSSOMO X Por que acontece? Mulheres possuem 2 cromossomos X, enquanto os homens possuem 1, então elas teriam uma expressão duas vezes maiores dos genes deste cromossomo. Para manter a dosagem normal de um humano, seria necessário desligar um cromossomo. Como acontece? Hipótese de Lyon: Um cromossomo é geneticamente inativo formando o corpúsculos de Barr nas células em intérfase. Ocorre no estágio final do blasticisto até o 15° ou 16° dia após a fecundação. A escolha do cromossomo X é aleatório, ou seja, pode o X pode ser tanto materno quanto paterno. Uma vez que a inativação ocorre em um a célula, todas as suas descendentes terão o mesmo cromossomo X inativo. Centro de inativação do x ( XIC): A inativação é um processo incompleto. A inativação só acontece se o gene XIST (X inactivation specific transcript) for expresso. Consequências clínicas e géneticas da inativação do x : Compensação de dose; Mosaicismo: Aneuploidias dos cromossomos sexuais Síndrome do Triplo X; Síndrome de Klinefelter: Síndrome de Turner: HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS: Compensação de dose de genes ligados ao X. O desenvolvimento animal é sensível ao desequilíbrio do número de genes, especialmente os ligados ao cromossomo X, que difere entre machos e fêmeas. Para compensar essa diferença: Drosophila (mosca da fruta): Nos machos, os genes do único cromossomo X têm sua atividade duplicada O desenvolvimento animal é sensível ao desequilíbrio do número de genes, especialmente os ligados ao cromossomo X, que difere entre machos e fêmeas. Para compensar essa diferença: Mamíferos (incluindo humanos): Nas fêmeas, um dos dois cromossomos X é inativado, equilibrando a expressão gênica com os machos. O desenvolvimento animal é sensível ao desequilíbrio do número de genes, especialmente os ligados ao cromossomo X, que difere entre machos e fêmeas. Para compensar essa diferença: Caenorhabditis elegans (nematódeo): Nas fêmeas, a atividade de cada gene ligado ao X é reduzida pela metade. Esses mecanismos garantem a expressão equilibrada dos genes ligados ao X entre machos e fêmeas. Os três mecanismos de compensação de dose (inativação, hiperativação e hipoativação) compartilham a característica de regular de maneira coordenada muitos genes ligados ao cromossomo X. Essa regulação global se sobrepõe a outros mecanismos de regulação gênica que controlam a expressão dos genes de maneira espacial e temporal. A base molecular para essa regulação global envolve fatores específicos que se ligam ao cromossomo X, ajustando sua atividade transcricional para garantir um equilíbrio adequado na expressão gênica entre os sexos. INATIVAÇÃO DE GENES LIGADOS AO X EM FÊMEAS DE MAMÍFEROS Compensação de dose de genes ocorre por inativação de um dos cromossomos X da fêmea. Ocorre quando o embrião tem alguns milhares de células. Cada célula toma uma decisão independente de silenciar um de seus cromossomos X. Cromossomo a ser inativado é escolhido ao acaso. Permanece inativo em todas as células descendentes dessa. As fêmeas de mamíferos são mosaicos genéticos. Uma fêmea heterozigota para um gene ligado ao X pode ter dois fenótipos INATIVAÇÃO DE GENES LIGADOS AO X EM FÊMEAS DE MAMÍFEROS A inativação do cromossomo X em mamíferos começa em um local chamado centro de inativação X (XIC) e se propaga ao longo do cromossomo. Nem todos os genes do cromossomo X inativado são silenciados; um gene que permanece ativo é o XIST. Este gene codifica um RNA longo não codificador, que se acumula e envolve o cromossomo X inativado, levando à repressão da maioria dos genes nesse cromossomo. Nos camundongos, durante o desenvolvimento embrionário, o RNA Xist é inicialmente transcrito em ambos os cromossomos X nas fêmeas, mas se estabiliza apenas em um deles, o qual se torna o cromossomo X inativo. O outro cromossomo X, que não transcreve Xist, permanece ativo. O cromossomo X inativo pode ser visualizado como o corpúsculo de Barr nas células durante a intérfase, onde se condensa em uma massa escura. Ele tem uma estrutura de cromatina distinta dos outros cromossomos, marcada pela modificação química da histona H4, onde a acetilação de H4 é restrita a algumas regiões ativas e depletada em áreas de heterocromatina. Isso reflete uma característica fundamental do cromossomo X inativo. HERANÇA LIGADA AO SEXO Conceito A herança ligada ao sexo é um tipo de herança genética onde os genes responsáveis por determinadas características estão localizadas nos cromossomos sexuais, que são os cromossomos X e Y. GENE DOMINANTE X RECESSIVO Um gene dominante é aquele que se expressa no fenótipo mesmo quando apenas uma cópia desse gene está presente. (AA/Aa) Um gente recessivo só se expressa no fenótipo se o indivíduo tiver duas cópias desse gene, ou seja, se ele for homozigoto recessivo. (aa) HERANÇA LIGADA AO SEXO DOMINANTE A herança ligada ao sexo dominante refere-se a um padrão de herança genética onde o gene causador de uma condição ou característica está localizada no cromossomo X e é dominante. O gene causador da característica ou condição está localizada no cromossomos X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X ( XX) e os homens possuem apenas um cromossomo (XY), o padrão de herança é diferente entre os sexos. Tanto homens quanto mulheres podem ser afetadas por uma condição ligada ao cromossomo X, mas as mulheres são frequentemente mais afetadas, pois têm dois cromossomos X. Em alguns casos, a gravidade da condição pode ser maior nos homens do que nas mulheres. Isso ocorre porque os homens possuem apenas um cromossomo X, então, se esse cromossomo for afetado, eles não têm outro para compensar o efeito da mutação. SÍNDROME DE RETT A SÍNDROME DE RETT É UM DISTÚRBIO NEUROLÓGICO GRAVE QUE AFESTA QUASE EXCLUSIVAMENTE MENINAS (XX). ELA É CAUSADA POR MUTAÇÕES NO GENE MECP2 NO CROMOSSOMO X. A DOENÇA LEVA UMA PERDA PROGRESSIVA NAS HABILIDADES MOTORAS E COGNITIVAS APÓS UM PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO. NOS MENINOS (XY), A MUTAÇÃO É LETAL. ELES GERALMENTE NÃO SOBREVIVEM AO NASCIMENTO, DEVIDO A GRAVIDADE DA CONDIÇÃO PELA AUSÊNCIA DO SEGUNDO CROMOSSOMO X. SÍNDROME DE ALPORT A SÍNDROME DE ALPORT É UMA DOENÇA GENÉTICA QUE AFETA OS RINS, OS OUVIDOS E OLHOS. ELA É CAUSADA PELA MUTAÇÃO NO GENE COL4A5 NO CROMOSSOMO X, QUE CODIFICA UM COMPONENTE ESSENCIAL DA MEMBRANA BASAL DOS RINS. OS PACIENTES APRESENTAM PERDA PROGRESSIVA DA FUNÇÃO RENAL ( LEVANDO À INSUFICIÊNCIA RENAL), PERDA AUDITIVA E PROBLEMAS OCULARES. AS MULHERES PODEM APRESENTAR UMA FORMA MAIS LEVA DA DOENÇA, ENQUANTO OS HOMENS APRESENTAM SINTOMAS MAIS GRAVES, COMO INSUFICIÊNCIA RENAL PRECOCE. HERANÇA LIGADA AO SEXO RECESSIVO Critérios para o reconhecimento da herança recessiva ligada ao sexo A característica é ligada ao sexo (ou ligada ao X) porque: Não se distribui igualmente nos dois sexos; Não há passagem direta de homem para homem. Na característica é recessiva: Há mais homens afetados do que mulheres afetadas; É passada por um homem afetado, por intermédio de todas as suas filhas (que são apenas portadoras do gene), para 50% de seus netos do sexo masculino; portanto, os homens afetados são aparentados por intermédio das mulheres heterozigotas; Os homens afetados geralmente têm filhos e filhas normais. DALTONISMO A denominação de daltonismo foi dada em homenagem ao famoso químico John Dalton, que apresentava essa deficiência. Características clínicas – O daltonismo é um distúrbio que envolve os cones, um dos dois principais tipos de células da retina. Existem dois tipos de células na retina: os bastonetes, mais periféricos e responsáveis pela visão em preto e branco, e os cones, mais centrais, responsáveis pela visão em cores. Frequência – Cerca de 8% dos homens têm daltonismo; o distúrbio mais frequente é a deuteranomalia, que se encontra presente em 4 a 5% dos homens. HEMOFÍLIA A hemofilia é uma doença recessiva ligada ao cromossomo X. Isso significa que ela se manifesta principalmente em homens, que possuem apenas um cromossomo X. As mulheres que possuem dois cromossomos X, geralmente são portadoras da doença, mas não a manifestam, pois, elas precisam herdar dois cromossomos X com gene mutado ( um de cada de progenitor) para desenvolverem a hemofilia, o que é raro. Na maioria dos casos, as mulheres são portadoras e podem transmitir para os filhos. Características da doença: Afeta a capacidade do sangue de coagular corretamente, levando a sangramentos prolongados ou espontâneos.