Guia de Estudo Arm Lev - CAP 040423 PDF

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Centro de Instrução Almirante Alexandrino

2023

CIAA

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armamento leve tiro instrução militar marinheiro

Summary

Este documento é um guia de estudo sobre armamento leve e tiro, direcionado ao Curso de Formação de Cabos da Marinha do Brasil. Ele abrange conceitos básicos, classificações, funcionamento e segurança de armas, incluindo pistolas e fuzis.

Full Transcript

OSTENSIVO CIAA-112/003 ARMAMENTO LEVE E TIRO MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE AL...

OSTENSIVO CIAA-112/003 ARMAMENTO LEVE E TIRO MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO ARMAMENTO LEVE E TIRO CURSO DE FORMAÇÃO DE CABOS 2ª Revisão 2023 OSTENSIVO CIAA-112/003 ARMAMENTO LEVE E TIRO MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO 2023 TIPO: MANUAL FINALIDADE: DIDÁTICA 2ª Revisão OSTENSIVO CIAA-112/003 ATO DE APROVAÇÃO Aprovo, para o Curso de Formação de Cabos do Corpo Auxiliar de Praças da Armada, a 2ª revisão da publicação, CIAA-112/033 - ARMAMENTO LEVE E TIRO, elaborada pelo SO-RM1-FN-IF ROBSON RONY RODRIGUES PEREIRA e revisada pelo CC (RM1-T) PETRUCIO GOMES DA SILVA, em 17 de março de 2023, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Os direitos de edição são reservados para o Centro de Instrução Almirante Alexandrino, sendo proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio. Rio de Janeiro, RJ. 17 de março de 2023. PETRUCIO GOMES DA SILVA Capitão de Corveta (RM1-T Coordenador da Escola de Cursos de Formação OSTENSIVO CIAA-112/003 ÍNDICE ÍNDICE...................................................................................…….............................................… III INTRODUÇÃO.........................................................................…….....................................…….… IV CAPÍTULO 1. CONCEITOS BÁSICOS E CLASSIFICAÇÕES DO ARMAMENTO LEVE 1.1. CONCEITOS BÁSICOS..............…………………….....................................…........................… 1-1 1.2. CLASSIFICAÇÕES DO ARMAMENTO LEVE......………….................…......................…....…… 1-6 CAPÍTULO 2. PISTOLA TAURUS 9MM 2.1. CARACTERÍSTICAS.................……………........................................................................…..2-1 2.2. MANEJO E SEGURANÇA................………………...............................................................….2-3 2.3. FUNCIONAMENTO...............................…………………............................…..................……… 2-6 2.4. DIVISÃO……………………………...…………........….................................................……………...… 2-8 2.5. NOMENCLATURA E FUNÇÃO DAS PEÇAS........…...……….............................................… 2-12 2.6. DESMONTAGEM E MONTAGEM DE PRIMEIRO ESCALÃO ….…..........….......................… 2-17 CAPÍTULO 3. FUZIL FAL 7,62MM 3.1. CARACTERÍSTICAS............................................………………….........................................… 3-2 3.2. MANEJO E SEGURANÇA............................................…………………............................……. 3-3 3.3. FUNCIONAMENTO…...................................................…………………..........................……… 3-4 3.4. NOMENCLATURA E FUNÇÃO DAS PEÇAS…...…………...………………................................… 3-13 3.4. DESMONTAGEM E MONTAGEM DE PRIMEIRO ESCALÃO...…………..….........................… 3-13 CAPÍTULO 4. PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA 4.1. INCIDENTES DE TIRO....................................…………….......................……......................… 4-1 4.2. SISTEMA DE MANUTENÇÃO PLANEJADA...................……………..........…….....................… 4-2 4.3. COMPORTAMENTO NO ESTANDE DE TIRO..............……………................…….................… 4-4 4.4. INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA TIRO...............….……………................…….................… 4-4 ANEXO A - BIBLIOGRAFIA............................................................................……...................… A-1 OSTENSIVO -III- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 INTRODUÇÃO 1. PROPÓSITO Esta publicação foi elaborada para fornecer orientação básica sobre Armamento Leve e Tiro aos alunos do Curso de Formação de Cabos do Corpo Auxiliar de Praças da Armada. Os assuntos nela contidos foram extraídos de publicação de fácil compreensão, preenchidos pelas exigências dos currículos. 2. DESCRIÇÃO Esta publicação está dividida em quatro capítulos. O capítulo 1 apresenta genericamente os conceitos básicos e classificações de armamento leve; o capítulo 2 descreve características, o manejo e segurança da Pistola Taurus 9mm; o capítulo 3 sintetiza características e funcionamento do Fuzil Automático Leve Fal 7,62mm; no capítulo 4 aborda as precauções de segurança necessárias durante o manuseio e manutenção dos armamentos mencionados nos capítulos anteriores. 3. PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES Esta publicação, foi organizada pelo SO-RM1-FN-IF ROBSON RONY RODRIGUES PEREIRA, e revisada pelo CC (RM1-T) PETRUCIO GOMES DA SILVA, elaborada e editada no Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Não houve modificações. 4. CLASSIFICAÇÃO Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, didática e manual. OSTENSIVO -IV- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 CAPÍTULO 1 CONCEITOS BÁSICOS E CLASSIFICAÇÕES DE ARMAMENTO LEVE Fig 1.1 1.1. CONCEITOS BÁSICOS 1.1.1. Arma de fogo É a arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do propelente, além de direção e estabilidade ao projétil. OSTENSIVO -1-1- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.1.2. Munição É um artefato completo, pronto para carregamento e disparo de uma arma, cujo efeito desejado pode ser: destruição, iluminação ou ocultação do alvo; efeito moral sobre pessoal; exercício; manejo; e outros efeitos especiais. 1 – Espoleta 2 – Propelente 3 – Estojo 4 – Projétil Fig 1.2 1.1.3. Armamento É o conjunto formado pela arma de fogo e por sua munição. Fig 1.3 1.1.4. Armamento leve É todo aquele de calibre inferior a 0,60" (15,24mm) com exceção da espingarda 18,6mm (12 GA) PUMP, dos Lança Rojões 2,36” (59,9mm) e 3,5” (88,9mm) além do Lança Granadas de 40mm M-203. OSTENSIVO -1-2- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.1.5. Calibre É a medida interna do diâmetro entre os cheios (filetes) opostos do cano, e tem a finalidade de caracterizar as armas. Fig 1.4 1.1.6. Raias São sulcos helicoidais abertos na parte interna do cano de uma arma (alma), destinados a imprimir ao projetil movimento de rotação em torno do próprio eixo, a fim de mantê-lo estável na sua trajetória. Fig 1.5 OSTENSIVO -1-3- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.1.7. Filetes (“cheios” do cano) Parte saliente do raiamento que separa uma raia da outra. Fig 1.6 1.1.8. Velocidade teórica de tiro É o número de tiros que pode ser feito por uma arma em um minuto, não se levando em conta o tempo gasto na: alimentação carregamento, , pontaria, resolução de incidentes ou acidentes de tiro etc. 1.1.9. Velocidade prática de tiro É o número de tiros que podem ser feitos por uma arma em um minuto, levando-se em conta o tempo gasto na: alimentação, carregamento, pontaria, à resolução de incidentes ou acidentes, etc. 1.1.10.Velocidade inicial do projétil É aquela com a qual o projétil deixa a boca da arma (parte final do cano) no instante do tiro, como consequência da queima da carga de projeção. Fig 1.7 OSTENSIVO -1-4- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.1.11. Alcance máximo É o maior alcance (distancia) que um projetil pode atingir com o emprego de uma arma. Fig 1.8 1.1.12. Alcance útil É aquele até onde a arma pode ser utilizada eficazmente sem que a trajetória sofra variações imprevistas devido à dispersão. 1.1.13. Tipo de tiro É a modalidade de tiro que a arma pode realizar, isto é, semiautomático (intermitente), automático ou rajada (contínuo) e repetição. 1.1.14. Cadência de tiro É a variação da velocidade prática de tiro que uma arma pode apresentar, expressa pelo número de tiros que ela pode realizar em um determinado período. Tipos de cadências de tiro: I) Rápida Normalmente utilizada ao se iniciar o tiro de modo a se obter superioridade de fogo e forçar o inimigo a se abrigar. II) Normal Empregada para neutralizar o inimigo, impedindo reações. III) Lenta ou sustentada Usada quando há necessidade de manter os alvos sob fogo por períodos longos. OSTENSIVO -1-5- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.2. CLASSIFICAÇÕES DE ARMAMENTO LEVE 1.2.1. Quanto ao calibre (principais conversões, milímetros para polegadas) Sistema Métrico Britânico/Americano a) 5,56 mm 0.22” b) 7,62mm 0.30” c) 9mm 0.38”* d) 11,43mm 0.45” e) 12,7mm 0.50” *Equivalência para referência Fig 1.9 1.2.2. Quanto ao tipo: a) De porte - é a arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode ser transportada por uma pessoa em um coldre e disparada, comodamente, com somente uma das mãos. Fig 1.10 OSTENSIVO -1-6- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) Portátil - é a arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode ser transportada em uma bandoleira por uma pessoa, e disparada, comodamente, com as duas mãos. Fig 1.11 c) Não portátil - é a arma que, devido às suas dimensões ou ao seu peso, é transportada através de viaturas ou dividida em fardos por mais de um militar. Fig 1.13 OSTENSIVO -1-7- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.2.3. Quanto ao emprego a) Individual - quando é empregado para a proteção daquele que a conduz, não exigindo para sua perfeita utilização mais que um indivíduo. Ex: Pistola, Submetralhadora e Fuzil. Fig 1.14 b) Coletivo - quando se destina à proteção de um grupo de militares, sendo necessário mais de um militar para sua perfeita utilização. Ex: Metralhadora.30” e.50”e Lança-Rojões 2,36” (59,9mm) e 3,5” (88,9mm). Fig 1.15 OSTENSIVO -1-8- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.2.4. Quanto à refrigeração a) À água - quando o cano é envolvido por uma camisa d'água. Ex.: Mtr. 0.30" M917 A1 BROWNING pesada. Fig 1.16 b) A ar - quando é o próprio ar atmosférico (AMBIENTE) que produz o resfriamento. Ex.: Fuzil, Submetralhadora, Pistola, etc. Fig 1.17 OSTENSIVO -1-9- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.2.5. Quanto ao raiamento: a) Armas com alma raiada I) Com sentido da esquerda para a direita (DEXTRÓGIRO); e II) Com sentido da direita para a esquerda (SINISTRÓGIRO). Fig. 1.18 b) Armas com alma lisa Sem sulcos internos. (não possuem raias). Ex.: Morteiros e Lança Rojões. Fig. 1.19 OSTENSIVO -1-10- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1.2.6. Quanto ao funcionamento a) De repetição - É a arma em que após a realização de cada tiro decorrente da ação sobre o gatilho, há necessidade de empregar força física sobre um componente de seu mecanismo para concretizar as operações prévias e necessárias ao tiro seguinte, (carregamento, trancamento, ejeção, etc.) tornando-a pronta para realizá-lo. Decorrendo daí a necessidade de se repetir a ação para cada tiro. (Fig.1.20) b) Semiautomático - a arma que realiza, automaticamente, todas as operações de funcionamento, com exceção do disparo, o qual, para ocorrer, requer um novo acionamento do gatilho a cada tiro. Fig. 1.21 OSTENSIVO -1-11- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 c) Automático - é a arma em que o carregamento, o disparo e todas as operações de funcionamento ocorrem continuamente enquanto o gatilho estiver sendo acionado (é aquela que dá rajadas). Fig 1.22 1.2.7. Quanto ao princípio de funcionamento a) Arma que utiliza a força física ou muscular do atirador; b) Arma que utiliza a ação dos gases resultantes da deflagração da carga de projeção: I) ação dos gases sobre o êmbolo; II) ação dos gases sobre o ferrolho; e III) recuo do cano (longo ou curto). 1.2.8. Quanto à alimentação a) Manual: é colocado com a mão diretamente na câmara. Fig 1.23 OSTENSIVO -1-12- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) Com carregador: é municiada com um carregador. I) Metálico tipo lâmina Fig. 1.24 II) a) Metálico tipo cofre Fig. 1.25 b) Metálico tipo cofre em Caracol Fig. 1.26 OSTENSIVO -1-13- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 III) Tipo fita: - Metálica com elos articulados Fig. 1.27 IV) - Metálica com elos desintegráveis. V) - Tambor (Jet Loader e o Speed Loader) - são utilizados em revolveres como acessórios para carregamento rápido. Fig. 1.28 OSTENSIVO -1-14- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 a) Antecarga: o cartucho é colocado na arma pela parte anterior a câmara. Fig. 1.29 b) Retrocarga: o cartucho é colocado na arma pela parte posterior a câmara. Fig. 1.30 1.2.10 - Quanto ao sentido de alimentação a) De baixo para cima Fig. 1.31 OSTENSIVO -1-15- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) De cima para baixo Fig 1.32 c) Da direita para a esquerda d) Da esquerda para a direita Fig 1.33 OSTENSIVO -1-16- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 CAPÍTULO 2 PISTOLA TAURUS 9mm Fig. 2.1 2.1. CARACTERÍSTICAS 2.1.1. Designação a) Referência numérica............................................ NE b) Indicativo militar................................................. Pst 9 M992 c) Nomenclatura...................................................... Pistola ( PT 92 TAURUS) 2.1.2. Classificação a) Quanto ao tipo................................................... De porte b) Quanto ao emprego............................................ Individual c) Quanto ao funcionamento.................................. Semiautomático d) Quanto ao princípio de funcionamento............ Curto recuo do cano e) Quanto à refrigeração......................................... A ar OSTENSIVO -2-1- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.1.3. Alimentação a) Carregador.......................................................... Metálico, tipo cofre b) Capacidade do carregador.................................. 15 (quinze) cartuchos c) Sentido................................................................ De baixo para cima 2.1.4. Raiamento a) Número de raias............................................... 6 (seis) b) Sentido (dextrógiro)........................................ Da esquerda para a direita 2.1.5. Aparelho de pontaria a) Alça de mira..................................................... Tipo entalhe retangular Fig. 2.2 b) Massa de mira................................................. Seção retangular Fig. 2.3 2.1.6. Dados numéricos a) Calibre................................................................ 9mm b) Velocidade inicial.............................................. 401m/seg. c) Velocidade teórica de tiro................................... 275 tiros por minuto d) Velocidade prática de tiro................................... Variável e) Alcance máximo................................................ 1800 metros f) Alcance útil ou eficaz.......................................... 50 metros OSTENSIVO -2-2- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.2. MANEJO E SEGURANÇA É o conjunto de operações necessárias ao emprego da arma dentro de suas melhores condições de funcionamento e perfeita segurança. 2.2.1. Etapas do manejo (procedimentos de segurança). Antes do início do manejo para o tiro de uma arma, o atirador deve retirar o carregador e trazer o ferrolho à retaguarda, prendê-lo através do retém e verificar a câmara para constatar se a arma está descarregada. a) Municiar o carregador - consiste na colocação dos cartuchos no carregador. b) Alimentar a arma - consiste em colocar o carregador municiado na arma. c) Engatilhar e carregar - trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo. d) Travar - levantar o registro de segurança. e) Destravar - abaixar o registro de segurança. f) Disparar - acionar a tecla do gatilho. 2.2.2. Dispositivos de Seguranças: A Pistola Taurus possui três dispositivos de seguranças: a) PRIMEIRO - chamado de principal, é o REGISTRO DE SEGURANÇA, o qual é comum aos dois lados da arma. Este dispositivo de segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro estando ou não engatilhada. Fig. 2.4 OSTENSIVO -2-3- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) SEGUNDO - localizado internamente na arma, é o DENTE (ENTALHE) DE DESCANSO DO CÃO que fica situado na parte anterior e inferior do mesmo, imobiliza a armadilha desde que NÃO ocorra o engatilhamento da arma. Ex: na compressão acidental do gatilho. Fig. 2.5 c) TERCEIRO - também internamente na arma, é a TRAVA DO PERCUSSOR, o qual só permite que a agulha percussora avance se a tecla do gatilho for acionada. Fig. 2.6 OSTENSIVO -2-4- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 VISTA EXPLODIDA Fig. 2.7 COMPONENTES Nº NOMENCLATURA Nº NOMENCLATURA 1. Cano 13. Retém da alavanca de desmontagem 2. Bloco de trancamento 14. Retém do ferrolho 3. Mergulhador do bloco de trancamento 15. Gatilho 4. Mola recuperadora 16. Tirante do gatilho 5. Guia da mola recuperadora 17. Registro de segurança 6. Ferrolho 18. Ejetor 7. Extrator 19. Cão 8. Bloco com entalhe de mira 20. Retém do carregador 9. Percussor 21. Corpo do carregador 10. Mola do percussor 22. Transportador 11. Armação 23. Mola do carregador 12. Alavanca de desmontagem 24. Fundo do carregador OSTENSIVO -2-5- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.3. FUNCIONAMENTO O estudo do funcionamento da pistola será realizado considerando-se que já ocorreu o primeiro tiro. Para facilidade de compreensão, vamos analisar o funcionamento, considerando dois processos. 2.3.1. Primeiro Processo - por ação simples. (passo a passo) a) Destrancamento Os gases agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue, trazendo consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age no bloco de trancamento, abaixando-o. Em consequência, os ressaltos de trancamento são retirados de seus alojamentos no ferrolho. Neste momento, estarão desengrazados o cano e o ferrolho e os ressaltos de trancamento estarão em seus alojamentos na armação, havendo, portanto, o destrancamento. b) Abertura Ao desengrazar-se o ferrolho, o cano completou o movimento chamado de curto recuo. O Ferrolho, entretanto, continua recuando e se afastando do cano, dando-se a abertura. c) Extração No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano, retira da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra. d) Ejeção Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo ainda preso pelo extrator faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se encontra montado à retaguarda e a esquerda da armação. A violência desse choque vence a ação da garra do extrator e o estojo é projetado, através da janela de ejeção para fora da arma. OSTENSIVO -2-6- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 e) Apresentação do cartucho O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo cartucho que ficará em condições de ser levado à câmara. f) Carregamento A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se levando-o à frente, ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na câmara. g) Fechamento Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento. h) Trancamento Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de trancamento sobe a sua rampa de elevação existente na armação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus alojamentos no ferrolho o que caracteriza o trancamento da arma. Calcando-se a tecla do gatilho, novo ciclo de funcionamento é iniciado como anteriormente explicado. 2.3.2. Segundo Processo - ação dupla do cão. (passo a passo) Este processo deverá ser utilizado nos casos de nega ou quando a arma estiver com um cartucho na câmara e o cão em sua posição de “descanso”. Neste caso, ao ser calcada a tecla do gatilho, o ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o seu apoio existente no cão, obrigando-o a girar para trás. No limite máximo de seu giro para trás, o cão se liberta da armadilha e avança violentamente por descompressão de sua mola indo chocar-se com o percussor. Obs.: Em ambos os casos, após o último tiro: o dente do transportador do carregador impulsiona para cima o retém do ferrolho obrigando-o a prender o ferrolho na posição de recuado, indicando assim, que acabou a munição e deixando a arma pronta para ser novamente realimentada e recarregada. Após executada a alimentação e o carregamento, acionar para baixo o retém do ferrolho, e o mesmo por descompressão da mola recuperadora avançará, e recomece o disparo. OSTENSIVO -2-7- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.4. DIVISÃO A pistola Taurus 9mm. se divide em (03) três partes: Fig. 2.8 2.4.1. Cano a) Bloco de Trancamento (ressaltos do bloco de trancamento); b) Mergulhador; c) Mola Recuperadora; e d) Haste guia da Mola Recuperadora. Fig 2.9 OSTENSIVO -2-8- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.4.2. Ferrolho a) Aparelho de Pontaria [alça de mira/massa de mira]; b) Aparelho de Disparo [Percussor; mola do percussor; trava do percussor]; c) Aparelho de Extração [Extrator (mola)]; e d) Alojamento dos Ressaltos de Trancamento. Fig 2.10 2.4.3. Armação a) Ejetor; b) Mecanismo do Gatilho (Gatilho, Tirante do Gatilho, Armadilha, Cão, Impulsor da Trava do percussor); c) Registro de Segurança; d) Alavanca de Desmontagem; e) Retém da Alavanca de Desmontagem (lado direito da armação); f) Retém do Ferrolho; g) Alojamento dos Ressaltos do bloco de Trancamento; h) Rampa de Elevação do Bloco de Trancamento; i) Batente da Armação; e j) Retém do Carregador. OSTENSIVO -2-9- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 g) Alojamento dos Ressaltos do i) Batente da bloco de Trancamento Armação h) Rampa de Elevação do de Trancamento RESSALTOS DE Bloco de Trancamento a) Ejetor c) Registro de d) Alavanca de Segurança Desmontagem b)b) Mecanismo Mecanismo do doGatilho Gatilho j) Retém do Carregador f) Retém do Ferrolho Fig. 2.11 OSTENSIVO -2-10- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.4.4. Carregador é um acessório. a) Corpo do Carregador b) Transportador c) Mola do Transportador d) Dente do Transportador d) Dente do Transportador b) Transportador a) Corpo do c) Mola do Transportador Carregador OSTENSIVO -2-11- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5. NOMENCLATURA E FUNÇÃO DAS PEÇAS 2.5.1. Registro de Segurança Trava a arma, prendendo a armadilha e o ferrolho e o cão. Fig 2.13 2.5.2. Retém do Carregador Prende ou libera o carregador. Fig 2.14 OSTENSIVO -2-12- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5.3. Retém do Ferrolho Prende e libera o ferrolho. Fig 2.15 2.5.4. Ejetor Ejeta (expele) para fora da arma o estojo servido. Fig 2.16 OSTENSIVO -2-13- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5.5. Alavanca de Desmontagem Prende o ferrolho à armação e comprime parcialmente a mola recuperadora durante desmontagem. Fig. 2.17 2.5.6. Retém da Alavanca de Desmontagem Prende ou libera a alavanca de desmontagem. Fig. 2.18 2.5.7. Cão Aciona o percussor (agulha) para o tiro. Fig. 2.19 OSTENSIVO -2-14- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5.8. Armadilha Engatilhar e desengatilhar o cão. 2.5.9. Tirante do Gatilho Transmite os movimentos da tecla do gatilho à armadilha para engatilhar e desengatilhar o cão. 1 - Gatilho; 2 - Tirante do Gatilho; 3 - Impulsor da trava do Percussor; 4 - Trava do Percussor; 5 - Percussor; e 6 - Cão. Fig. 2.20 2.5.10. Bloco de Trancamento Prende o ferrolho e o cano à armação para fazer trancamento e o destrancamento. 2.5.11. Ferrolho Carrega e descarrega a arma. 2.5.12. Ressalto interno do tirante do gatilho a) comandar com a armadilha e o disparo normal; b) comandar com o cão no disparo de dupla ação, liberando-o antes que a armadilha prenda-o; e c) aciona o impulsor da trava do percussor. 2.5.13. Mergulhador do bloco de trancamento Aciona o Bloco de Trancamento para o destrancamento da arma no início do recuo quando este se choca com o batente da armação. 2.5.14. Bloco de Trancamento Destrancar e trancar a arma. Obs.: Destrancar: Mergulhador. Trancar: Rampa de Elevação. OSTENSIVO -2-15- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5.15. Mola Recuperadora Amortece o impacto do recuo e acumula energia para recuperar o ferrolho 2.5.16. Trava do percussor Imobilizar o percussor enquanto o gatilho não for acionado. 2.5.17. Impulsor da Trava do Percussor Tira de ação a trava do percussor, liberando o avanço da agulha percussora quando o gatilho for acionado. Fig. 2.21 2.5.18. Retém do Ferrolho Manter o ferrolho à retaguarda quando acionado manualmente ou pelo dente do transportador após o último tiro. 2.5.19. Rampa de Elevação Elevação o Bloco de Trancamento para efetuar o trancamento da arma. Fig. 2.22 OSTENSIVO -2-16- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 2.5.20. Dente do Transportador Acionar o retém do ferrolho após o último tiro. Figura 2.23 2.6. DESMONTAGEM E MONTAGEM DE PRIMEIRO ESCALÃO 2.6.1. Desmontagem de primeiro escalão NOTA: Procedimentos a serem executados antes do início da desmontagem de 1º escalão: a) Retirar o carregador - comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da arma. Fig. 2.24 OSTENSIVO -2-17- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) Verificar a câmara - Sem executar o manejo da arma, observar se a extremidade do extrator encontra-se saliente e destacando-se uma "marca vermelha". Em caso positivo, significa que há um cartucho introduzido na câmara da arma; e dar DOIS golpes de segurança (trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo). Extrator Fig. 2.25 2.6.2. Início da desmontagem de 1º escalão: (passo a passo) a) Retirar o ferrolho da armação I) com a mão direita, empunhar a arma; II) com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da alavanca de desmontagem (à direita da arma). Simultaneamente girar a alavanca de desmontagem de 90º para baixo; e III) deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação. Fig. 2.26 OSTENSIVO -2-18- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) Retirar a haste guia e mola recuperadora Comprimir a haste guia e mola recuperadora para frente e levantá-las, deixando que a mola se distenda vagarosamente. Fig. 2.27 c) Retirar o cano I) comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos do bloco de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho. Fig. 2.28 II) Retirar do interior do ferrolho o conjunto cano - bloco de trancamento, levantando a sua parte posterior. OSTENSIVO -2-19- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 d) Retirar o bloco de trancamento do cano Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte posterior do bloco de trancamento retirando-o lateralmente. Fig. 2..29 2.6.3. Montagem Nota: Montagem é a ordem inversa da desmontagem. a) Colocar o bloco de trancamento no cano Segurar o cano com uma das mãos e com a outra introduzi-lo lateralmente. b) Montar o conjunto cano e Bloco de Trancamento no Ferrolho Colocar no interior do ferrolho o conjunto cano - bloco de trancamento, abaixando sua parte posterior; como consequência, os ressaltos do bloco de trancamento se alojam no espaço existente no ferrolho (alojamento). c) Montar a haste-guia e mola recuperadora Comprimir a haste guia e mola recuperadora para frente e abaixá-las, fazendo com que este conjunto permaneça em seu espaço. d) Unir o conjunto armação-ferrolho I) com a mão direita, empunhar a armação; e II) Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e fazê-lo deslizar sobre a armação, iniciando-o pela parte anterior desta. Tão logo o ferrolho se aproxime da haste impulsora, dar um giro de 180º na pistola, a fim de evitar que o ferrolho venha chocar-se com esta. OSTENSIVO -2-20- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 Observação: APÓS O TÉRMINO DA MONTAGEM, VERIFICAR O PERFEITO FUNCIONAMENTO DA ARMA. EMPUNHANDO A ARMA FIRMEMENTE COM UMA MÃO E COM A OUTRA DAR DOIS “GOLPES DE SEGURANÇA” EM SEGUIDA, ACIONAR O GATILHO Fig. 2.30 OSTENSIVO -2-21- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 CAPÍTULO 3 FUZIL AUTOMÁTICO LEVE (FAL) 7,62mm Fig. 3.1 Fig. 3.2 3.1. CARACTERÍSTICAS 3.1.1. Designação a) Nomenclatura - Fuzil automático leve 7,62mm - Modelo 1964 (FAL). b) Indicativo Militar - Fuzil 7,62mm M 964 (FAL) 3.1.2. Classificação a) Quanto ao tipo - Portátil b) Quanto ao emprego - Individual c) Quanto ao funcionamento - Automático, semiautomático e de repetição. d) Quanto ao princípio de funcionamento - Ação dos gases sobre o êmbolo. e) Quanto ao carregamento – Retrocarga. OSTENSIVO -3-1- REV - 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.1.3. Alimentação a) Carregador - Metálico, tipo cofre b) Capacidade do carregador - 20 cartuchos c) Sentido - de baixo para cima 3.1.4. Raiamento a) Número de raias - (04) Quatro. b) Sentido - da esquerda para a direita (dextrógiro) 3.1.5 - Aparelho de Pontaria a Alça de mira - Tipo lâmina graduada, com cursor e visor b Maça de mira - Tipo ponto, com protetores laterais. Fig. 3.3 3.1.6. Dados Numéricos a Calibre - 7,62mm b Velocidade inicial - 840 m/s c Velocidade teórica - 650 a 700 TPM d Velocidade prática de tiro - variável e Alcance máximo - 3.800m f Alcance útil sem luneta - 600m g Alcance útil com luneta - 800m h Vida do cano - Acima de 16.000 tiros OSTENSIVO -3-2- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 VISTA PARCIAL DO FUZIL FAL 7,62MM 6 5 4 3 2 7 1 13 11 14 8 12 9 10 Fig. 3.4 1 - Quebra chama 6 - Caixa da culatra 11 - Tecla do gatilho 2 - Obturador do cilindro de gases 7 - Alça de mira 12 - Carregador 3 - Massa de mira 8 - Soleira 13 - Alça de transporte 4 - Guarda mão 9 - Coronha 14 -Cano 5 - Janela de ejeção 10 - Punho 3.2. MANEJO E SEGURANÇA 3.2.1. Medidas de segurança. (procedimentos) Antes do início do manejo, o atirador deverá travar a arma e retirar o carregador, agindo na alavanca de manejo trazendo o conjunto impulsor e ferrolho à retaguarda duas vezes, prendê-lo a retaguarda através do retém e verificar a câmara para constatar se a arma está descarregada. OSTENSIVO -3-3- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.2.2. Dispositivo de Segurança: O “FAL” possui um registro de tiro e segurança que pode ficar em três posições “A” , “R” e “S”. Quando está em “S”, arma está travada; em “A”, tiro automático; e em “R”, tiro semiautomático, desde que o obturador do cilindro de gases esteja na posição de tiro automático (letra “A” para cima). 3.2.3. Etapas do manejo para o tiro a) Municiar o Carregador: Consiste na colocação dos cartuchos no carregador. b) Alimentar a arma: Compreende em colocar o carregador municiado na arma. c) Engatilhar e carregar: Trazer o ferrolho totalmente à retaguarda e soltá-lo. d) Travar a arma: Colocar o registro de tiro e segurança na posição “S”. e) Destravar a arma: Deslocar o registro de tiro e segurança para “A” ou “R”. f) Disparar: Acionar a tecla do gatilho. REGISTRO DE TIRO E OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES TIPO DE TIRO SEGURANÇA A A AUTOMÁTICO R A SEMIAUTOMÁTICO A ou R G ou GR REPETIÇÃO NÃO HAVERÁ O TIRO S G ou A (SEGURANÇA) 3.3. FUNCIONAMENTO 3.3.1. Fases do Funcionamento a) Recuo I) Destrancamento II) Abertura III) Extração IV) Ejeção V) Engatilhamento OSTENSIVO -3-4- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 b) Recuperação I) Apresentação do cartucho II) Carregamento III) Fechamento IV) Trancamento V) Desengatilhamento 3.3.2. Desenvolvimento do funcionamento É uma arma que funciona por ação da força expansiva dos gases resultantes da queima da carga de projeção. Para o aproveitamento de tal força existe uma tomada de gases em um ponto do terço médio do cano. Possui um regulador de escape de gases que permite assegurar um funcionamento regular e suave. O regulador de escape de gases permite, como o seu nome indica, a saída de uma parte dos gases julgada em excesso para o funcionamento que se deseja. O ferrolho no fim da recuperação, fecha e tranca a arma. O destrancamento e a abertura só se dão após o projetil ter ultrapassado a boca da arma. Como o ferrolho se acha necessariamente em sua posição de trancamento no instante do disparo, a precisão do tiro não é perturbada pelo deslocamento de qualquer massa mais ou menos importante, como ocorre em algumas armas automáticas. Graças à colocação do cilindro de gases acima do cano e aos estudos feitos acerca da linha geral da arma, logrou-se colocar o centro de gravidade da arma sobre o eixo longitudinal do cano, evitando-se com isto que a arma se levante, concorrendo assim, para que a mesma tenha estabilidade por ocasião do disparo. O atirador (palavra utilizada na acepção exclusiva de pessoa que aponta e dispara a arma) pode facilmente manter sua pontaria no alvo. Funciona como arma automática ou semiautomática, fazendo o tiro contínuo e tiro intermitente. O registro de tiro e segurança, colocado na face externa esquerda da armação, permite obter tais modalidades de tiro. São alimentadas por um carregador com capacidade para vinte (20) cartuchos, que se encaixam no receptor do carregador na parte inferior da caixa da culatra. OSTENSIVO -3-5- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 Em cada recuperação é carregado um cartucho e, no recuo, há o destrancamento, abertura, extração e ejeção do estojo. As operações de carregamento e de extração produzem-se enquanto há cartuchos no carregador. 3.4. NOMENCLATURA E FUNÇÃO DAS PEÇAS O fuzil FAL 7.62mm é constituído de sete (07) partes principais. 3.4.1. CARREGADOR (acessório) Corpo do carregador – parte externa que protege as partes móveis. Mola do carregador - Impulsiona para cima o transportador do carregador; Transportador do carregador - Serve de base para o cartucho; e Dente do transportador do carregador - Aciona o retém do ferrolho para cima, após o último disparo para mantê-lo recuado, indicando o término da munição e para que a arma não perca o automatismo. 3.4.2. CONJUNTO CANO - CAIXA DA CULATRA 1. Cano. 2. Caixa da culatra. 3. Culatra. 2 1 3 4 Fig. 3.5 4. Alça de transportes - Posicionada junto ao centro de gravidade da arma, a alça de transportes facilita a condução equilibrada da arma nos deslocamentos. OSTENSIVO -3-6- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 5. Ejetor - Expele para fora da arma o cartucho ou o estojo servido. 6. Alavanca de manejo - Comanda manualmente, com o impulsor do ferrolho o carregamento da arma. 5 6 Fig. 3.6 7. Retém do carregador - prende ou libera o carregador. 8. Retém do ferrolho - prende ou libera o ferrolho. 8 7 Fig. 3.7 OSTENSIVO -3-7- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.4.3. TAMPA DA CAIXA DA CULATRA Protege as partes móveis de impurezas. Fig. 3.8 3.4.4. CONJUNTO FERROLHO – IMPULSOR DO FERROLHO 9. Ferrolho - Carrega e descarrega, tranca e destranca a arma. 10. Impulsor do ferrolho - Aloja o ferrolho, arrastando-o consigo, durante o recuo e a recuperação. 10 9 Fig. 3.9 11. Extrator - Extrai o cartucho ou o estojo servido da câmara de carga. 12. Percussor - Percute a cápsula fulminante do cartucho. 13. Mola do percussor - Recupera o percussor. 14. Pino da mola do percussor - Prende o percussor e sua mola ao ferrolho. OSTENSIVO -3-8- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 11 13 14 12 Fig. 3.10 Fig. 3.11 15. Haste do impulsor do ferrolho - Transmite o movimento do impulsor do ferrolho à mola recuperadora no recuo e vice-versa na recuperação. Nota: No ferrolho existem 02 aparelhos: EXTRAÇÃO e DISPARO. 15 Fig. 3.12 3.4.5. CONJUNTO DA ARMAÇÃO – CORONHA E SUAS RESPECTIVAS MOLAS 16. Chaveta do trinco da armação - Aciona o trinco da armação; 17. Trinco da armação - Prende a armação à caixa de culatra; 18. Registro de tiro e segurança - Trava a arma e seleciona o tipo de funcionamento. Possui (03) três posições: “A” automático, “R” intermitente (semiautomático) e “S” segurança (arma travada). OSTENSIVO -3-9- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.4.6. MECANISMO DE DISPARO 17 18 16 Fig. 3.13 19. Coronha - Em sua parte interior, aloja as molas recuperadoras. 19 Fig. 3.14 20. Molas recuperadoras - Amortecem o recuo, armazenam energia e fazem a recuperação. Fig. 3.15 OSTENSIVO -3-10- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 21. Chapa da soleira - Serve de apoio e protege contra desgastes da coronha em sua parte posterior. Fig. 3.16 22. Martelo - Aciona o percussor; 23.Armadilha - Responsável pelo tipo de funcionamento da arma, engatilha e desengatilha o martelo, (fica localizada na culatra); e o 24. Gatilho e Tecla - Aciona a armadilha. 23 22 24 Fig. 3.17 Fig. 3.18 OSTENSIVO -3-11- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.4.7. CONJUNTO OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES – ÊMBOLO COM SUA MOLA 25. Obturador de gases - Permite a entrada ou não dos gases. Nota: Possui 02 posições: “Gr” e “A”. 26. Anel regulador de escape de gases: - Regula a quantidade necessária de gases para um perfeito funcionamento da arma. 5 26 25 Fig. 3.6 Fig. 3.19 27. Êmbolo – Com a ação promovida dos gases o êmbolo impulsiona o conjunto ferrolho para a retaguarda. 27 Fig. 3.20 OSTENSIVO -3-12- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 28. Mola do êmbolo - A mola do êmbolo, quando comprimida, distende-se e torna a levar o êmbolo para a sua posição avançada. 28 Fig. 3.21 29. Aparelho motor: - Constituído do obturador de gases, êmbolo, haste e mola. Fig. 3.22 OSTENSIVO -3-13- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.5 - DESMONTAGEM E MONTAGEM DE 1º ESCALÃO Fig. 3.23 3.5.1. Generalidades A desmontagem e montagem do fuzil 7,62 mm M 964 só pode ser realizada rigorosamente de acordo com os escalões de manutenção e de modo que um deles não execute qualquer operação privativa dos escalões de número de ordem mais elevado, ou seja, o 1º escalão não deve e não pode realizar qualquer operação prevista para o 2º escalão, e assim por diante. Porém, qualquer escalão de manutenção pode fazer todas as operações de número de ordem inferior ao seu. As peças desmontadas devem ser colocadas, sempre que possível, em uma superfície plana e limpa, e na mesma ordem em que vão sendo retiradas a fim de facilitar a montagem O uso de martelo, toca pino ou qualquer outra ferramenta deve ser feito sem choque, violência ou esforço. O operador verificará que não haverá necessidade de esforço e será o responsável pelo dano que sobrevier da utilização indevida de qualquer ferramenta ou substituto dela. OSTENSIVO -3-14- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.5.2. Medidas preliminares Para a desmontagem devem ser tomadas as seguintes medidas preliminares: a) Retirar o carregador; b) Fazer recuar o conjunto “ferrolho, impulsor do ferrolho” duas vezes (golpes de segurança) puxando, com a mão esquerda, a alavanca de manejo bem à retaguarda e deixar o conjunto voltar à sua posição mais avançada soltando-a NÃO APERTAR O GATILHO. c) Travar a arma (alça do registro de tiro e segurança na posição “S”) deixando o martelo na sua posição recuada; e d) Empurrar para cima, tanto quanto necessário, a chaveta do trinco da armação e, ao mesmo tempo, pressionar para baixo, com a mão esquerda, o conjunto “cano, caixa da culatra” que girará em torno do eixo da armação, conforme mostra a (fig. 3.15). A arma ficará, assim, em condições de ser desmontada. Fig. 3.24 3.5.3. Desmontagem para manutenção de primeiro escalão Tal desmontagem, também chamada SUMÁRIA OU DE CAMPANHA, deve ser realizada pelo militar que recebe esta arma como seu armamento individual. Cada usuário da arma deve ser treinado para executar esta desmontagem no escuro. A desmontagem obedece à seguinte sequência: OSTENSIVO -3-15- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 1) Retirar o conjunto “FERROLHO - IMPULSOR DO FERROLHO” (1ª execução). Puxe para trás a haste do impulsor do ferrolho e retire o conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho. Coloque para baixo a parte anterior do ferrolho ao mesmo tempo que se exerce pressão na parte posterior do percussor. (Fig. 3.25). Fig. 3.25 2) Retirar a TAMPA DA CAIXA DE CULATRA (2ª execução). Para retirá-la, puxe a mesma para trás. (Fig. 3.25) Fig. 3.26 OSTENSIVO -3-16- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3) Retirar o "OBTURADOR DO CILINDRO DE GASES" (3ª execução) Para retirá-lo utiliza-se como auxílio a ponta de um cartucho, fazendo-se pressão sobre o retém do obturador e depois gira-se o mesmo de 1/4 de volta no sentido dos ponteiros do relógio. O obturador sairá do seu alojamento, impulsionado pela mola do êmbolo. (Fig. 3.25, 3.26, e 3.27) Fig. 3.27 Fig. 3.28 Fig. 3.29 4) Retirar o "ÊMBOLO DO CILINDRO DE GASES E SUA MOLA" (4ª execução) Para retirá-lo puxe-o para a frente e em seguida separe o êmbolo de sua mola (Fig. 3.30 e 3.31). OSTENSIVO -3-17- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 Fig. 3.30 Fig. 3.31 5) DESMONTAR O PERCUSSOR - (5ª execução). Fazer pressão na parte posterior do mesmo, tirando o pino deste; se o pino não sair, usar a ponta de um projetil. Removido o pino, o percussor sairá de seu alojamento sob a ação de sua mola, finalmente, separar o percussor de sua mola. (Fig. 3.32 e 3.33) Fig. 3.32 Fig. 3.33 OSTENSIVO -3-18- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.5.4. Montagem de primeiro escalão Siga a sequência inversa a da desmontagem. OBSERVAÇÕES Somente foi ensinada a desmontagem de campanha, a ser realizada pelo militar que recebe esta arma como seu armamento individual. A troca do extrator é considerada como de 2º escalão e necessita de ferramenta especial. Após a montagem, VERIFICAR O FUNCIONAMENTO DA ARMA e manejo para o tiro. I Municiar o carregador; II Com o aparelho municiador; III Sem o aparelho municiador; IV Cuidados especiais; V Alimentar a arma; e VI Introduzir um carregador municiado na arma. Verificar se o carregador está firmemente preso no seu receptor (Fig. 3.35). Fig. 3.34 Carregar a Arma: Segurando o punho com a mão direita, puxar com a outra mão a alavanca de manejo bem à retaguarda e soltá-la; em seu deslocamento para frente, o ferrolho retira um cartucho do carregador e o introduz na câmara e o trancamento das peças móveis se realiza automaticamente, deixando a arma pronta para o disparo. OSTENSIVO -3-19- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 IMPORTANTE - A arma deve ser travada para a operação de alimentar e carregar. Procedimento após a utilização de um carregador: Disparado o último cartucho de um carregador, o ferrolho ficará retido à retaguarda, por ação de seu retém. Para reiniciar o tiro é necessário: a) Retirar o carregador vazio pressionando o seu retém (Fig. 3.35) Fig. 3.35 b) Alimentar a arma com novo carregador; e c) Carregar a arma: neste caso será necessário apenas pressionar para baixo o retém do ferrolho e com isso ele será liberado e voltará à frente (Fig. 3.36). Fig. 3.36 OSTENSIVO -3-20- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 3.5.5. Generalidades O Fz 7,62 M964 é dotado de acessórios para aumento da eficiência e flexibilidade do emprego, bem como para possibilitar a execução da manutenção de modo correto. 3.6.6. Reforçador para tiro de festim Possui um reforçador para tiro de festim do tipo que se vê na Fig 3.37, que é rosqueado no quebra-chamas (Fig 3.38) para utilização da munição de festim. Fig. 3.37 Fig. 3.38 Fig. 3.39 OSTENSIVO -3-21- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 CAPÍTULO 4 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA 4.1. INCIDENTES DE TIRO Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro (sem danos para o material e/ou para pessoal), por motivo independente da vontade do atirador. A causa do incidente é normalmente eliminada por um conjunto de operações chamado “AÇÃO IMEDIATA”. É constituída pelas seguintes operações: a) Retirar o carregador; b) Dar dois golpes de segurança, para extrair, se possível, ejetar um cartucho ou estojo que esteja na arma; c) Travar a arma, com o ferrolho à retaguarda; d) Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma do cano, para ver se existe qualquer anormalidade; e) Recolocar o carregador; e f) Destravar e recomeçar o tiro. Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal, repetir as quatro primeiras operações e, dentro dos exatos limites de cada escalão de manutenção, pesquisar as causas do que está ocorrendo. Identificada a causa do incidente, fazer a correção, desde que seja uma operação do escalão de manutenção de quem esteja pesquisando; em caso contrário comunicar o incidente de tiro ao superior imediato. OSTENSIVO - 4-1- REV.2 OSTENSIVO CIAA-112/003 4.2. SISTEMA DE MANUTENÇÃO PLANEJADA Na manutenção é essencial empregar os óleos e graxas especificadas de acordo com o Cartão de Manutenção Planejada do Armamento. Para evitar excessos de lubrificantes é conveniente que se use pincel umedecido, devendo-se evitar o uso de panos ou mesmo das próprias mãos. Em caso da falta de lubrificante ou da graxa especificada, não se deve usar qualquer outra e sim as recomendadas como substitutas. As principais regras que devem ser observadas para o correto uso das armas são as seguintes: executar a rotina antes tiro de acordo som o Sistema de Manutenção Planejada. Antes de carregar a arma, inspecionar seu interior, verificando o funcionamento dos diversos dispositivos. Após o uso, registrar os tiros para controle de arma e executar a rotina pós tiro, de acordo com o Sistema de Manutenção Planejada. Mesmo assim, se a arma não voltar ao funcionamento normal, verificar o quadro de incidentes de tiro a seguir apresentado. OSTENSIVO -4-2- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO CAUSAS CORREÇÕES FALHA NA 1- Carregador com “mossa”. ALIMENTAÇÃO (carregador não entra Substituir o carregador. totalmente no seu receptor) 1 - Mola do carregador fraca ou FALHA NA defeituosa. (O cartucho não fica Substituir o carregador. em condições de ser alcançado APRESENTAÇÃO pela parte anterior do ferrolho.) 2 - Transportador amassado ou DO CARTUCHO Substituir o carregador. defeituoso. a) Limpeza e lubrificação da 1 - Sujeiras ou corpo estranho na câmara câmara. b) Remover o corpo estranho. 2 - Cartucho amassado ou com Substituir a munição. defeito. FALHA Substituir a mola 3 - Mola recuperadora defeituosa. (O recuperadora. ferrolho não vai totalmente à frente) NO (Pistola) CARREGAMENTO 4 - Abas do carregador defeituosas. (Durante a apresentação do cartucho fica com sua ponta demasiadamente Substituir o carregador. elevada, em consequência, não entra na câmara, quando levado à frente pelo ferrolho) 1 - Ponta do percussor quebrada ou Substituir o percussor. gasta. (O estojo não apresenta (FAL) marcas na cápsula) FALHA NA PERCUSSÃO 2 - Cartucho defeituoso. (o estojo tem marca da ponta do Substituir o cartucho. percussor.) OSTENSIVO -4-3- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 4.3. COMPORTAMENTO NO ESTANDE DE TIRO Obedecer atentamente todas as ordens dadas pelo Instrutor no Estande de Tiro. Estando fora da banqueta, manter a arma sempre de culatra aberta, travada e o cano sempre voltado para o alto. Após cada seção de tiro, manter a arma apontada para o alvo, travada, com culatra aberta, e retirar o carregador. Em caso de incidente de tiro, o homem deve manter a arma apontada para o alvo e adotar os seguintes procedimentos: - Levante o braço esquerdo. - Gritar INCIDENTE DE TIRO!!! - Aguardar nesta posição o Instrutor. Obs: Só entrar no ESTANDE quando for chamado, Só abandonar o ESTANDE quando receber ordens do Instrutor para tal. À medida que você ganha habilidade com sua arma, aumenta sua própria confiança em si mesmo e na arma. 4.4. INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA TIRO (IPT) Demonstrar como empunhar a arma corretamente; Fig. 4.1 OSTENSIVO -4-4- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 Demonstrar a postura do corpo e posição dos pés; e Fig. 4.2 Desenvolver o estabelecimento das linhas de mira e de visada. Fig. 4.3 Nota: Linha de mira- linha imaginária que parte do olho aberto do atirador enquadrando alça e massa de mira. Linha de visada - linha imaginária que se estende do aparelho de pontaria enquadrado (linha de mira) até o centro do alvo. Pontaria - é a união da linha de mira com a linha de visada, para que haja maior possibilidade de acerto. OSTENSIVO -4-5- REV. 2 OSTENSIVO CIAA-112/003 ANEXO BIBLIOGRAFIA Indispensáveis: a) BRASIL. Marinha do Brasil. Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. CGCFN-201 Manual Básico do Fuzileiro Naval. Rio de Janeiro, 2020. b) BRASIL. Exército Brasileiro. Escola de Material Bélico Exército. EsMB. Pistolas 9 M975 “Bereta” e PT -92 TAURUS. Rio de Janeiro, 2020. Complementares: b) _____. Diretoria-Geral do Material da Marinha. DGMM-9234. Instruções para Utilização e Manutenção - Fuzil 7,62 M 964 e Fuzil Metralhadora 7,62 M 964. Rio de Janeiro, 1967. c) BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Ensino da Marinha DensM-400 Livro Texto de Armamento. Rio de Janeiro, 1995. d) BRASIL. Centro de Instrução Almirante Silvio de Camargo. Manual da Pistola Taurus 9mm MOD. 12. A do Curso Especial de Mecânica de Armamento. (CESMAR). OSTENSIVO -A-1- REV. 2

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