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SublimeDystopia4541

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Teoria da Comunicação Comunicação Ciências da Comunicação Introdução à Comunicação

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Este documento fornece uma visão introdutória sobre a teoria da comunicação, destacando suas principais funções e o seu papel nas ciências sociais, bem como compreendendo a comunicação como um processo complexo e omnipresente na vida humana. O texto aborda também diferentes perspectivas e teorias associadas à comunicação.

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1. A IDEIA DA “TEORIA DA COMUNICAÇÃO” Principais funções da “teoria”: Teoria: Ideia nascida com base numa hipótese sobre a realidade. Conhecimento descritivo racional a partir da observação. São a forma pelas quais sabemos fazer as coisas. Composta por várias...

1. A IDEIA DA “TEORIA DA COMUNICAÇÃO” Principais funções da “teoria”: Teoria: Ideia nascida com base numa hipótese sobre a realidade. Conhecimento descritivo racional a partir da observação. São a forma pelas quais sabemos fazer as coisas. Composta por várias explicações: ✓ Organizar e sumariar ✓ Focar em especificidade (parcelas da realidade) ✓ Clarificar Gerar novas compreensões (só podemos agir se conhecermos / compreendermos) Porquê estudar a “Teoria da Comunicação”? Comunicação: Aspeto complexo, omnipresente, importante do ser humano e da vida em sociedade. Dependemos dela para nos relacionarmos, etc… é útil debruçarmo-nos sobre ela e refletirmos sobre o seu significado. Teoria da comunicação no quadro das Ciências da Comunicação: Ciências da comunicação: “espaço” interdisciplinar em que as várias ciências sociais e humanas confluem, cada uma com a sua perspetiva, os seus métodos e objetivos para o estudo da “comunicação”. (Sem direito a existência própria, à sua própria autonomia) Diferentes teorias são diferentes e contraditórias, mas não estão erradas. Significa que o fenómeno da comunicação envolve aspetos contraditórios entre si. As atuais ciências da comunicação podem ser caracterizadas destes pontos de vista: Epistemologia (epistemológico): Ramo da filosofia que se ocupa dos problemas que se relacionam com o conhecimento humano, refletindo sobre a sua natureza e validade. Ontologia (ontológico): Teoria metafísica do ser. Conjunto estruturado de termos e conceitos que representa um conhecimento sobre o mundo. Metodologia (metodológico): Arte de dirigir o espírito na investigação da verdade. Político: Que demonstra astúcia ou inteligência. O objeto “comunicação” Conceito etimológico: Do latim: communicatio (terminação tio: “atividade”); communis Raiz munis: “estar encarregado de” Prefixo co: “reunião” Comunicação: Processo de troca de ideias, mensagens ou informações, através da fala, de sinais, da escrita, ou de comportamento. ► Interrupção do isolamento ► Produto do encontro social (ex: falar com alguém de outra língua ► Processo de duplo sentido com vista a atingir uma compreensão mútua ► É um processo simbólico que liga os participantes 3 sentidos da comunicação 1. É uma experiência antropológica: Exemplo: choro do bebé que comunica com a mãe. COMUNICAÇÃO É A BASE DO SER HUMANO Antropologia: Estudo do ser humano nas vertentes biológicas, psíquicas e sociais e na sua relação com o meio ambiente. 2. É um conjunto de técnicas que quebrou as condições ancestrais da comunicação direta para as substituir pela comunicação à distância: Exemplo: o uso do telemóvel (impede a comunicação simbólica, mas serve para monitorar vendas, por exemplo, quantas pessoas viram o site); comunicação de massas (prensa mecânica). 3. Tornou-se uma necessidade social funcional para economias interdependentes (globalização): Exemplo: como a profissão de marketing; publicidade; vendas. Comunicação normativa e funcional Normativa: entender o ideal da comunicação, ou seja, a vontade de intercâmbio, para partilhas qualquer coisa em comum e para uma compreensão mútua. (Wolton: como um debate) Funcional: entender as necessidades de comunicação nas economias e mercados das sociedades abertas (trocas de bens; fluxos financeiros; económicos ou políticos). (Wolton: a que nos rodeia; propaganda= publicidade política) Visões do mundo para a comunicação 1. Comunicação representativa (metáfora da bola de bilhar) ✓ Comunicação- transmissão do ponto A para o ponto B. ✓ Bilhar é a metáfora- a bola branca é a transmissora; o taco funciona como a força que impulsiona a transmissão. ✓ Existem 2 polos- recetor e emissor (a sua única relação é a mensagem). Mensagem: é a mesma e deve manter-se igual, visto que nem sempre a mensagem é recebida e/ou compreendida corretamente. ✓ A relação dos polos é assimétrica, visto que o emissor representa um papel ativo, e o recetor um papel passivo. ✓ O canal é por onde mandamos a mensagem, ou seja, o intermediário. Aqui temos uma visão mecanicista, representativa e linear, visto que expressa um fim, como uma mensagem. Visão mecanicista de Descartes. 2. Comunicação expressiva (interação) Enquanto a visão mecanicista expressava fins, aqui o que importa é o meio da mensagem. ✓ Metáfora do organismo- Exemplo: girassóis seguem o Sol» relação com o meio (trocas entre sistemas) ✓ Visão circular- constante adaptação com o meio. Por exemplo: adaptação das pupilas com a claridade e a escuridão» circulação constante de informação - Ambos os polos são recetores e emissores ✓ Circularidade e interação- Exemplo: há uma relação recíproca entre o observador e o observado. O observador causa efeitos no observado, o que gera um comportamento. Visão circular de Baruch Espinoza. 3. Comunicação confusionante (redes) Depende da interpretação. ✓ Denomina-se confusionante, pois o real e o virtual difundem-se. ✓ Traz uma componente negativa das tecnologias em relação à comunicação. Sendo que o superficial assume/substitui o profundo. Exemplo: Frankenstein (humano + máquina); inteligência artificial (máquinas substituem as tarefas dos humanos) As 7 tradições da comunicação Cada tradição define a comunicação de uma forma 1. Semiótica Estuda os signos da comunicação. Ex: A roupa (signo), que faz com que consigamos identificar, por exemplo, os esquimós ou índios. Sintaxe, sintática, semântica e pragmática - Sintaxe: estudo dos signos verbais. - Sintática: relação que os signos estabelecem entre si. - Semântica: o que os signos representam e o que fazem. - Pragmática: a forma como os signos se relacionam com os indivíduos. Ex: O que é bonito para mim, pode não ser para os outros. Incapacidade de comunicar advém da falta de partilha de signos (ou falta de interpretação). 2. Fenomelógica É uma corrente da filosofia que envolve o outro, aquele que é diferente de nós. Como vemos as experiências do outro e identificamo-nos com elas. Interpretação é o processo central. - Duas pessoas podem ter opiniões diferentes sobre um mesmo assunto. Ex: Enquanto nós temos 3 palavras para “neve”, os esquimós têm mais de 50, porque a experiência deles é muito mais elevada que a nossa. Descartes distinguia corpo e mente, mas a tradição fenomelógica trata-os como um só. Ex: Discriminação, que geralmente advém de falta de informação. 3. Cibernética Comunicação funciona como o processamento de informação. Estudos dos sistemas reguladores. Procura compreender a comunicação através do ponto de vista de sistemas e subsistemas. Procura fazer entender todos os seres. Deu origem à teoria da informação. 4. Sociopsicológica Comunicação como expressão, interação e influência. Foco no individuo e como ele se adequa numa sociedade. Relação interdependente. É através da interação social que o ser humano tem uma gama de comportamento cognitivo e emocional. Comunicação provoca emoções. Também dependem da personalidade. O problema é identificar as causas dos comportamentos emocionais e cognitivos advindos de uma mensagem (como jogos; filmes; livros; etc) 5. Sociocultural (Re) Produção da ordem social. Comunicação como o “cimento” de uma cultura. Não há cultura sem meios de comunicação. - Cultura: tradições; expressões; roupa; danças; modo de viver; etc… Não existe sociedades organizadas sem meios de comunicação. Ex: Hierarquia funciona através de níveis, que podem ser representados por insígnias ou roupa. (comunicação visual) Há processos de interação constantes. Ex: A moda é um fenómeno social que começa com um comportamento individual que se “espalha”. - Sociedade com poucas referências culturais têm comportamentos com poucos valores, como discriminação, xenofobia, etc… É a comunicação que nos faz pertencer a uma sociedade. - A sociedade em que estamos integrados mostram-nos como ser e estar. (media apenas nos influencia) 6. Crítica Remete à teoria crítica (século XX) assente no Kantismo. Dimensão normativa- ideal do que a comunicação devia ser. Como uma via de emancipação, para que as pessoas construam o seu próprio destino (mudar e aprender). Comunicação deve oferecer uma arena de debate e discussão. Para atingir a comunicação e o consenso. Meios de comunicação produzem estereótipos. Estes só entretêm e não fazem pensar. Comunicação crítica. Questionar, discutir e articular. 7. Retórica Técnica persuasiva e manipuladora. Aristóteles define o discurso verbal como persuasivo, baseado no poder da palavra (discurso). Política, publicidade e justiça. Tradições mais Tradições que se próximas: opõem: Sociopsicologia VS Semiótica VS Cibernética Sociocultural Retórica Pode assumir várias posturas diferentes: Como um tipo particular de comunicação (ex: persuasiva); como uma faceta particular do modelo de transmissão (ex: como uma técnica manipulativa impõe a visão de alguém); como um processo social construtivo. Sociopsicológica Concentra-se na influência social e na interação na comunicação; pode adotar uma abordagem de um modelo de transmissão (recetor é influenciado por uma fonte); ou uma abordagem de modelo constitutivo (interação muda reciprocamente os participantes e leva a resultados coletivos). Produziu informações importantes sobre o efeito da credibilidade da fonte e o impacto da perceção do público sobre a experiência e o caráter da fonte. Cibernética Vê a comunicação como processamento de informações, uma função de todos os sistemas complexos (ex: computadores, plantas e animais, humanos, organizações e sociedades). Vê pouca diferença entre a comunicação humana e outros tipos de sistemas de processamento de informações. Focado na transmissão de informação. Semiótica Assume a comunicação como um processo que depende de signos (palavras como símbolos) para preencher as lacunas entre pontos de vista subjetivos. Sociocultural Vê a comunicação como um processo simbólico que produz e reproduz significados, rituais e estruturas sociais compartilhados. Os problemas de comunicação revelam-se em dificuldades e quebras de coordenação. Crítica Concentra a comunicação como um discurso reflexivo e dialético que gira em torno dos aspetos culturais e ideológicos do poder, opressão e emancipação na sociedade. Discurso voltado para a compreensão mútua (Habermas). Fenomelógica Envolve a análise intencional da vida quotidiana do ponto de vista da pessoa que a vive. A base da comunicação reside na nossa existência comum com os outros num mundo compartilhado que pode ser constituído diferentemente na experiência. 2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE UMA TEORIA DA COMUNICAÇÃO Em introdução ao Estudo da Comunicação, Fiske defende que “há 2 principais escolas no estudo da comunicação” 1. Transmissiva ou processual Concebe a comunicação como “Cibernética transmissão de mensagens” através do qual se procura produzir um determinado “efeito” sobre os recetores (ex: máquinas; rádios; etc) É tensional, como enviar um email ou acenar a alguém. Transmissão de sinal: Escola Necessita de “satélite” para a transmissão da mensagem. Comunicação representativa Canal que funciona como transmissor. 2. Semiótica Concebe a comunicação como “produção e troca de significados” resultante da interação das pessoas com mensagens ou textos, e centra- se nas questões relativas às diferenças culturais entre “emissores” e “recetores”. Semiose: génese de signos Não é a mensagem em si, mas sim a forma como é lida. Processo de constante remissão. A escola processual ou semiótica diz: 1. Toda a comunicação envolve signos e códigos. 2. Os signos e códigos são transmitidos ou tornados acessíveis a outros, através de processos simbólicos latos a que damos o nome de comunicação. 3. A comunicação é central do ponto de vista cultural. Estudar a cultura é estudar os códigos que a formam. Comunicação: signo e sinal Conceitos fundamentais de uma teoria da comunicação Sinais: são signos que desencadeiam mecânica ou convencionalmente uma ação por parte do recetor. Ex: Sinal para ir embora. Signo: aliquid stat pro aliquo, algo que está por vir. Este “está por” pode significar muita coisa: representar; caracterizar; fazer as vezes de; indicar; etc… O mais importante é sublinhar a natureza relacional do signo, o ser sempre signo de alguma coisa. Ex: dança; óculos de sol. Dependemos de signos para sobreviver Relação de estímulo e resposta (estímulo converte-se em sinal) Precisamos de cultura para sobreviver A comunicação humana: dispositivos instintivos e dispositivos simbólicos Homem não se relaciona com o mundo através de respostas comportamentais imediatas, reagindo aos sinais. Ele possui a capacidade de se relacionar com os seus semelhantes e consigo próprio através de signos culturais que ele próprio concebe e desenvolve de acordo com uma lógica simbólica. O mundo natural apresenta-se como uma fonte de estímulos que se convertem em sinais a que os organismos reagem instintivamente. Os animais dependem de mecanismos instintivos para percecionar o mundo à sua volta, interpretá-lo corretamente e responder de forma adequada. A incapacidade de distinguir entre instinto e pulsão, sinal e signo leva a que muitas vezes a comunicação seja percebida de forma análoga à informação como o transporte ou deslocamento do sentido entre dois agentes. Comunicação, significado e signos ✓ Todos nós somos especialistas em semiótica, porque estamos constantemente a interpretar o significado dos signos- de semáforos às cores de bandeiras, as formas de carros, a arquitetura dos edifícios, ou o design de embalagem de cereais. ✓ Signos não são apenas visuais- podem ser sonoros, como o som da sirene da polícia anunciando a sua passagem dali a alguns segundos. ✓ Sabemos, por exemplo, que o polegar levantado, no Ocidente, significa que está tudo bem. Alegadamente, os imperadores romanos usariam este gesto para indicar se um gladiador viveria (OK). Pelo contrário, polegares para baixo significava a morte do lutador. ✓ Mas no mergulho, este sinal significa subir à superfície, e do lado da estrada significa pedir boleia. O que é semiótica? Signo: tudo aquilo que significa algo para alguém Sistema de significação: processo pelo qual uma determinada cultura associa sistematicamente um conjunto de expressões a um conjunto de conteúdos. Comunicação: processo pelo qual os indivíduos ou grupos pertencentes a uma cultura exploram os sistemas. Signo Signo destaca algo que não está presente. Como as cores, as texturas, etc… Têm significados, como por exemplo, um gato branco, que é bebé e tem o pelo cuidado, é “melhor” que um gato cinza, grande e sujo. O signo é convencional através do uso. Frequência com que usamos o signo. O que liga duas pessoas que comunicam é a interpretação. No caso, a interpretação de sinais. (Códigos- códigos de signos devidamente articulados; Códigos sociais- indumentária.) Para Sausurre há 2 concessões do signo: Significado ou significante (= conceito ou imagem) Signo para Peirce O signo é sempre uma representação incompleta de algo. Somente alguns aspetos de uma coisa são representados. Signos diferentes representam aspetos diferentes de uma coisa (foto e descrição verbal do fotografado). Sinais que sensibilizam os sentidos do ser humano pode se transformar em signo. Tipos de signo Ícone- signo que se assemelha a um produto de alguma maneira (Ex: Mustang e um cavalo) Tem alto poder de sugestão. Qualquer qualidade tem condições de ser um substituto de qualquer coisa que a ele se assemelhe. São capazes de produzir na nossa mente as mais imponderáveis relações de comparação. Índice- signo que está ligado ao produto porque compartilham alguma propriedade (Ex: Frescor de produtos de limpeza e eucalipto). Indica outra coisa com a qual ele está ligado. Há uma conexão de fato. Ex: O girassol (índice), já que aponta para o lugar do Sol no céu, ele movimenta-se, gira na direção do Sol. A posição do Sol (índice) no céu, por seu turno, indica a hora do dia. 3 tipos de índices: Índices espaciais: quando apontamos para um objeto / setas / advérbios de lugar. Índices temporais: advérbios de tempo / datas. Índices de pessoa: pronomes pessoais Símbolo- Signo que se relaciona com o produto por meio de associações convencionais ou consensuais. (Ex: Leão= coragem e força). É resultante de um hábito, lei ou regra. Refere-se ao seu objeto através de uma convenção social (Ex: bilhetes; senhas; bandeiras; palavras; etc…) A esfera informacional e a esfera comunicacional ✓ A comunicação social engloba os órgãos de domínio da informação (RTP; SIC; TVI; etc…). E é através das notícias, que é um produto que é vendido, que se divulga a informação. ✓ A informação está imersa, sendo assim confundida com a comunicação. Mas a comunicação é instituída, sendo que é partilhada com todos. 3 tipos de informação Informação notícia: comunicação social. Informação serviço: internet (tecnologia). Informação conhecimento: base de dados sobre pessoas. A comunicação é um ideal de entendimento, não a informação. Esfera de informação Conjunto de conhecimentos que ocorrem através da informação. Geralmente é um conhecimento imprevisível e inesperado; menor probabilidade de ocorrência. Informação é unilateral e unidirecional. Não é recíproca nem reversível. Esfera de comunicação Comunicação ocorre entre duas pessoas dotadas de razão e liberdade. A intercompreensão advém da comunicação. Comunicação é dotada de previsibilidade (Ex: dizer bom dia). A comunicação é baseada num processo de socialização com previsibilidade. É um processo reversível (infinito) Processo de troca simbólica generalizada que se alimenta da sociabilidade e dos laços sociais que estabelecemos com os outros. (Feito através dos signos). Comunicar é negociar e viver (Dominique Wolton) Comunicação valoriza o diálogo; busca a compreensão entre as interações humanas. Comunicação normativa e funcional O sentido moderno de comunicação- FUNCIONAL- está profundamente conectado a outro vocábulo: A informação, que, segundo Wolton, “é produzir e distribuir mensagens o mais livremente possível”. O sentido antigo de comunicação- NORMATIVA- implica “uma relação entre o emissor, à mensagem e o recetor”. Assim, como explica o comunicólogo francês, “comunicar não é apenas produzir informação e distribuí-la, mas também estar atento às condições em que o recetor a recebe, aceita, recusa, remodela, em função de seu horizonte cultural, político e filosófico, e como lhe responde”. Demasiada informação causa: o Muita simplicidade o Aumento de boatos o Descrença, devido ao fluxo intenso de informação. Novos media aceleram a experiência informativa e não a comunicativa. Os novos meios tecnológicos não alteram a comunicação. Comunicação verbal e não-verbal Comunicação não-verbal: Depende do contexto e das circunstâncias. Advém da experiência e da interação. Para efeitos de exposição didática, distinguimos: COMUNICAÇÃO VERBAL: Por palavras. Na escrita ou oralmente. COMUNICAÇÃO PARA-VERBAL OU PARA-LINGUAGEM: Como o volume, prosódia, entoação, silêncios, interrupções, interferências na conversa. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL: Quinésica (expressão facial, contacto visual, gestos); Proxémica. COMUNICAÇÃO EXTRA-VERBAL: o significado veiculado pelo contexto da comunicação incluindo a hora, o lugar, orientação dos participantes numa atividade social, aspetos tácteis e olfativos. Na comunicação não-verbal: Impacto de uma mensagem: 7% verbal 38% vocal 55% não-verbal Comunicação verbal É linguística e simbólica. Signos linguísticos são símbolos, sendo estes usados para formar palavras. Linguagem dá-nos poder de expressão de identidade através dos dialetos que adotamos. A linguagem é informativa. A função expressiva da comunicação verbal: Exprime necessidade, sentimentos, observações e pensamentos. Comunicação não-verbal Transmite mensagens pessoais e emocionais (7). Tendencialmente involuntária. Tendencialmente ambígua. Mal-entendidos acontecem facilmente. Mais credível É uma comunicação mais espontânea e expressiva, involuntária e subconsciente. A expressão facial é mais instintiva. Influencia os outros (Ex: bocejo; invadir o espaço de alguém pode provocar o desconforto). Regula o fluxo conversacional. Regula a nossa vida afetiva. Quinésica Ray Birdwhistell Estuda quinemas QUINEMAS: unidades mínimas de movimento que são analisadas (Ex: levantar a sobrancelha) Interpreta todas as expressões corporais, todo o movimento corporal comunicativo. (expressões faciais, gestos, postura, inclinação da cabeça, posicionamento dos pés, etc…) Estuda a utilização dos membros inferiores e superiores O facto de serem “transparentes” dificulta a sua identificação Todos os dias fazemos quinemas Constituem um conjunto de movimentos não idênticos, mas podem ser combinados sem afetar o significado social. PRINCIPIOS DA QUINÉSICA: 1. Nenhum movimento ou expressão corporal é destituído (não ter) de significado no contexto específico em que se apresenta, ou seja, todos os movimentos têm significado. 2. Tal como outros aspetos do comportamento humano, a postura corporal, movimento e gestos são elementos padronizados (forma igual), podendo por isso, serem analisados de forma sistemática. 3. O reportório de movimentos corporais depende do grupo social onde se insira. 4. Qualquer atividade corporal visível e percetível influência é influenciada pelos restantes indivíduos presentes. (Ex: bocejar). O movimento cultural pode alterar de cultura para cultura. CLASSIFICAÇÃO DE GESTOS: 1. EMBLEMAS: Signos gestuais que têm um significado independente do discurso verbal; têm um significado preciso; têm uma tradução verbal direta. Mudam de cultura para cultura. Ex: abanar a cabeça (sim ou não) 2. ILUSTRADORES: Ligados ao que é dito verbalmente; reforçam o discurso. Ex: utilizar as mãos (como os gestos que os políticos fazem) Batons- marca o ritmo das palavras. Enfatizam determinadas palavras. Ideógrafos- gestos que traduzem uma ideia, e acompanham-na. Pictógrafos- como desenhar o Sol. Quinetógrafos- ilustram ou descrevem uma ação corporal. (Ex: levar colher à boca). 3. REGULADORES: Gestos que regulam a troca comunicativa; indicam ao interlocutor uma ação (Ex: pode falar; apresse-se); utilizados de forma inconsciente. 4. EXPRESSIVO AFETIVOS: Sobretudo expressões faciais associadas ao gesto; expressões de estados emocionais ou afetivos; podem contradizer o que dizemos verbalmente. (Ex: fazer um coração com as mãos). 5. ADAPTADORES: Gestos que fazemos de forma inconsciente, face a uma situação que nos deixa intranquilos ou uma situação desconfortável, em que não nos sentimos à vontade. (Ex: coçar; esfregar as mãos nas calças; tocar na orelha) Proxémica Edward Hall abordou este tema em 1963, para estudar: O uso que o homem faz do espaço, enquanto produto cultural específico. A apropriação social do espaço A forma que interagimos socialmente através do espaço Todos os dias usamos os espaços. A proxémica: Comunica um tipo de relacionamento pelo espaço que ocupamos. É aprendido implicitamente, por observação e imitação. Difere nos géneros e culturas (mulheres têm tendência a conversar mais próximas com mulheres, do que os homens com homens). O facto de o homem se sentar na extremidade da mesa, dá-lhe um lugar de destaque. FRONTEIRAS DO ESPAÇO PESSOAL: Definem uma micro fronteira do espaço pessoal Designam uma bolha portátil 1. Zona Pública: (Ex: concertos; manifestações) Onde falamos com distância. 2. Zona Social: Maior parte da atividade social (Ex: comprar pão; aulas); eventos sociais; desconhecidos na rua. 3. Zona Pessoal: Festas de aniversário; eventos familiares; atividades lúdicas; trabalhos de grupo. 4. Zona Íntima: Zona mais reservada; altamente protegida; apenas podem aceder pessoas emocionalmente próprias; zona do segredo, intimidade. À semelhança dos animais, algumas pessoas sentem-se territoriais, colocando os seus objetos pessoais a marcar esse território. Níveis de comunicação 1. Intrapessoal Aquela comunicação que ocorre connosco próprios, em que somos os locutores e ouvintes Envolve um discurso que fazemos para nós próprios (solilóquio) 2. Interpessoal Comunicação com os outros Domínio da socialização Não existe comunicação com outros que não envolva a comunicação interpessoal Não exige necessariamente palavras Envolve pelo menos duas pessoas 3. Comunicação Grupal Pode envolver erros na comunicação Comunicação externa dirigida a conjuntos de indivíduos Ex: Um grupo especializado em jornalismo, comunica em geral, com a população. 4. Comunicação de Massas Mais visível nas nossas vidas Comunicação mediada por dispositivos tecnológicos (media) É quantitativa, ou seja, o que faz com que esta se mantenha são as audiências É linear É a que mais influencia e está presente em todos os domínios da nossa vida Modelos Teóricos da Comunicação Modelo: Descrição gráfica de uma parcela da realidade que é assumidamente simplificada. Cada modelo procura mostrar os principais elementos de uma estrutura ou processo, bem como as relações que se estabelecem entre esses elementos. Porquê que usamos modelos em ciências sociais? Para caracterizar um processo de comunicação Ajudam a explicar como é que o processo ocorre -Função simplificadora -Função heurística Permite prever comportamentos com base nas probabilidades Há um risco nos modelos: Ser tão simplificado que se torna incompleto, não respeitando: -A previsão -A organização -A explicação O modelo é uma teoria? O modelo não é uma teoria, este descreve a teoria que o antecede. O modelo ajuda: a sintetizar uma determinada teoria a evidenciar as características a apontar as inter-relações dos elementos a fornecer uma definição do campo que está a ser estudado O modelo só reproduz uma teoria. A fórmula (retórica) de Aristóteles Escreveu um tratado- Retórica- e nele, ele apresenta as características de uma boa comunicação, e podemos encontrar uma forma geral de comunicar. O objetivo da comunicação perante a retórica é persuadir e convencer um auditório, provocando emoções. (ação- forma como entregamos a informação as pessoas.) Pré- modelo de comunicação: Invenção Arranjo Estilo Entrega Memória ORADOR» DISCURSO» (ocasião)» AUDIÊNCIA» EFEITO Modelo linear, onde um elemento interfere no elemento seguinte. Todos os elementos são importantes A fórmula de Lasswell Preocupou-se com o efeito da propaganda política pós Segunda Guerra Mundial. Explica a comunicação através da resposta a 5 perguntas: emissor- QUEM? - análise de controlo mensagem- DIZ O QUÊ? - análise de conteúdo meio- ATRAVÉS DE QUE MEIO? - análise dos media recetor- A QUEM? - análise de audiência impacto- COM QUE EFEITO? - análise dos efeitos (Análises- áreas) QUEM?» DIZ O QUÊ?» ATRAVÉS DE QUE MEIO?» A QUEM?» COM QUE EFEITO? Lasswell apenas foi o autor das cinco perguntas, e não do modelo inteiro. Foi o modelo base através do qual os outros se desenvolveram. Diferença entre este modelo e o de Aristóteles: Não há muita diferença, pois ambos descrevem a comunicação da mesma maneira. Ou seja, a concessão de comunicação manteve-se inalterada durante 2000 anos. análise de conteúdo: metodologia quantitativa e que determina numericamente a frequência de utilização de determinados termos; é usada em contraste com a análise do discurso, que é qualitativa; tiramos conclusões perante a frequência do uso das expressões. análise dos media: abordagens teóricas que examinam as consequências sociais dos meios de expressão humana análise da audiência: o que interessa é o conteúdo do que as pessoas entendem; deu origem aos efeitos de comunicação de massas, efeitos de persuasão (são só aqueles que podem ser observáveis e mensuráveis) Modelo Matemático da Comunicação Fonte de informação»»(mensagem)»»Transmissor (codificador)»»(sinal)»»Canal(Fonte de Ruído)»»(sinal recebido)»»Recetor (descodificador)»»(mensagem)»»Destinatário É o principal modelo da comunicação; É de 1949, depois de Lasswell, ou seja, permanecemos numa época de influência e comunicação; Teoria funcionalista da comunicação; Transmissão ótima das mensagens Vê a comunicação como sendo uma transmissora de mensagens; - Comunicação é portadora de mensagens; como uma espécie de embalagem, onde cabe tudo. Aqui temos 2 engenheiros a estudar a comunicação, como transmissão de mensagens; Fonte de ruído: Algo que impeça, ou dificulte, a transmissão da comunicação; Comunicação como um processo linear de transmissão (Causa e Efeito); A preocupação de Shannon e Weaver era investigar o modo pelos quais os canais de comunicação poderem ser usados com um máximo de eficácia, com um mínimo de distorção; - Para estes engenheiros a comunicação convencional, falar uns com os outros, não é válida. Não é um nível de comunicação interpessoal. É um nível de comunicação de massas; Isomorfismo da mensagem: Uma mensagem isomorfa significa que ela é sempre a mesma desde o locutor até o destinatário; a correspondência entre estes dois polos na comunicação é o que se chama Isomorfismo; Os engenheiros pretendem que haja precisão e eficiência na transmissão da mensagem Este modelo foi pensado maioritariamente para a comunicação de massas; linhas telefónicas; máquinas; etc… - Não é apropriado para os outros tipos de comunicação. Redundância é previsível ou convencional numa mensagem; -Importante, porque quanto mais redundante for a mensagem menor a probabilidade de ruído. Quanto maior a audiência, maior a necessidade de ser redundante; Quanto maior a redundância, menor a necessidade de ser entrópica; - Mensagem Entrópica: Pouco previsível (oposição à redundância) Problemas de comunicação: A. Nível Técnico: Onde fazemos a pergunta, com que precisão se podem transmitir os símbolos da comunicação? B. Nível Semântico: Onde fazemos a pergunta, com que precisão os símbolos transmitidos transportam o significado pretendido? A ideia principal da pergunta é a ideia de transporte de informação C. Nível de Eficácia: Onde fazemos a pergunta, com que eficácia o significado recebido afeta a conduta da maneira desejada? Interessa perceber como é que a mensagem afeta o comportamento. NOTA: Cibernética- Controlo da informação 2 Conceitos da cibernética contidos no Modelo Matemático da Comunicação Vantagens do Modelo Matemático da Informação: Aplicável a vários contextos de informação Identifica fatores de perturbação da transmissão de informação Destaca o papel da informação, a ideia de transmissão de mensagens Desvantagens do Modelo Matemático da Informação: Tende a confundir teoria da comunicação (dada pelas ciências sociais) com a teoria da informação (dada pelas engenharias) misturando conceitos diferentes Tem uma concessão simplista, porque se esquece da componente semântica da informação / comunicação. (Fala principalmente da componente técnica) Tem uma concessão com uma forma redutora, pois não é útil para descrever a generalidade dos fenómenos comunicacionais - Pode ser útil para a comunicação de massas, mas não é útil no ponto de vista interpessoal Assimetria de papéis no qual o emissor tem um papel ativo e o recetor tem um papel passivo Modelo Matemático da Comunicação revisto por Defleur Em 1966 ele introduz uma alteração, que permite a possibilidade de modelos circulares, e introduz a retroação ou feedback, que é a reação. O feedback permite adaptar as nossas mensagens. Revisão que expande este modelo; sendo uma introdução aos modelos circulares Não é um modelo circular Traz uma componente essencial na comunicação - Capacidade do emissor se tornar destinatário, e vice-versa. Antecipar a comunicação bidirecional Modelo Circular de Osgood e Schramm Dirigido a comunicações interpessoais Conhecido por pensar esta junção de papeis, e pode ser traduzido como o modelo EMEREC ou Transceiver - emissor e recetor- designam a acumulação de papeis do emissor e do recetor. Aqui o codificar e o descodificar diz respeito aos códigos semióticos Perceber e comunicar são ideias importantes As setas representam as mensagens que estão a ser trocadas reciprocamente Segundo Schramm, quando estamos numa comunicação frente a frente, temos dificuldade em perceber o início e o fim dessa comunicação A metáfora que Osgood menciona é “centrais telefônicas em intermináveis processos de comunicação” o Estas centrais testemunham o fluxo da comunicação, e nós somos apenas os intervenientes (podendo ser considerados como presentes ou apenas protagonistas) o Por exemplo: -Quando os assistentes de bordo nos observam e cumprimentam: Fazem-no para analisar possíveis anomalias. - Quando um desconhecido fala rudemente connosco, geralmente temos tendência a responder da mesma forma. - - Ou seja, mesmo que não nos apercebamos, estamos sempre a interpretar sinais e emitimo-los da mesma forma Neste modelo não existe feedback, a interpretação representa-se através das setas, que é acompanhada pela mensagem. Vantagens: o Tem uma visão muito interrupta da comunicação o É um modelo dinâmico, sensível as contingências da comunicação o Tem uma proposta flexível, porque adaptamo-nos frequentemente o Destaca a necessidade de interpretação mútua o Possibilita o ruído semântico (tem a ver com um erro na interpretação dos conteúdos; por vezes esse ruído está relacionado com as diferentes culturas e costumes, com as diferentes expressões utilizadas) As consequências práticas deste modelo circular? -Justifica na medida em que esta situação teatral não corresponde a este modelo A situação teatral não corresponde a este modelo, visto que aqui a comunicação, apesar de estar presente tanto no lado do público quanto no lado do palco, são vistas de maneira diferente. Enquanto a comunicação do lado do palco é tanto verbal como não verbal, no público, geralmente, a comunicação é maioritariamente não verbal. Aos contrários dos bastidores, onde somos nós próprios. no palco, representamos uma personagem, sendo assim, há uma pausa na nossa comunicação, algo que não acontece neste modelo. Porque aqui a comunicação tem início e fim, visto que a peça tem início e fim. Modelo Helicoidal de Dance Desenvolvimento do modelo anterior, pois continua a apresentar uma circularidade Objetivo era ligar os modelos lineares e circulares e criar o melhor de dois mundos - Porque o circular é adequado para perceber a comunicação humana, no entanto torna-se repetitivo, algo que ele não pretende. Pensar a comunicação como evolucionaria, progressiva, cumulativa (ao contrário do modelo anterior) - Daí a abertura dos círculos. Rotura parece ser inerente à própria comunicação O que inicialmente constitui uma base numa relação, à medida que a comunicação é cada vez mais presente, essa relação evolui cada vez mais. A estrutura de hélice significa uma expansão gradual no processo da comunicação. A dimensão vertical representa o acúmulo de informações, evoluindo cada vez mais Por vezes pode não ocorrer a expansão Não é um modelo de análise da comunicação, no entanto trata-se das situações irrepetíveis, visto que há uma evolução contínua Não há circularidade, nem princípio nem fim Ideia da Mola: -Este modelo assemelha-se a uma mola. A mola, quando exercida uma força sobre ela, ela “responde” da mesma forma. Portanto, a hélice deste modelo associa-se à mola, visto que o que recebemos dos outros é aquilo que nós lhes damos. -O ser humano reage como uma mola às experiências, visto que é um processo evolutivo. Modelo Geral de Comunicação de Gerbner Em 1956, Gerbner apresenta de maneira similar 10 passos /elementos verbais para descrever o que é um processo de comunicação que visa descrever, classificar e debater. Modelo que serve questionar a comunicação Fórmula verbal do modelo (demasiado abstrata) Modelos diferentes levam a definições diferentes: 1. Alguém (análise e pesquisa da audiência) 2. Perceciona um acontecimento 3. E reage 4. Numa situação 5. Através de alguns meios (do estudo dos media) 6. De modo a tornar disponíveis materiais 7. Sob determinada forma 8. E contexto 9. Transmitindo conteúdo (análise de conteúdo) 10. Com alguma consequência (efeitos da comunicação) Este modelo não se insere nem como linear nem como circular, visto que não é esse o seu paradigma. Forma gráfica: Alguém (M) perceciona um acontecimento (E) (E1- variante de E, perceções diferem de pessoa para pessoa) e reage através de algum meio (voz), profere um discurso (” fogo”). (S- declaração com um determinado conteúdo ou forma, num determinado contexto com uma determinada consequência. Relação de perceção entre alguém (M) e o acontecimento (E,) logo o E1 é o mais importante. O que é percecionado de M depende do contexto (A). Perceção é condicionada pelo contexto. Disponibilidade de acontecimentos Exemplo: o Perceção de alguém a ver uma casa a arder~ o Quando conduzimos, a nossa perceção está meramente focada na estrada, e não no que está a acontecer ao redor. o Os jornalistas têm uma adversidade de acontecimentos sobre a realidade, mas não conseguem expô-los simultaneamente, por isso organizam-nos e escolhem-nos. o Uma máquina fotográfica não capta toda a realidade, a seleção depende do enquadramento a que damos, sendo assim, as fotografias não relevam toda a realidade, mas revelam sim a nossa perceção dos acontecimentos, ou da nossa realidade Sugere concentrar os vários aspetos: - Subjetividade (no caso dos humanos) e Parcialidade (no caso das máquinas) - Seletividade: particulariza dum conjunto de acontecimentos, um, ou aqueles que nos interessam - Variabilidade: Dos acontecimentos (E), da perceção (E1) que nos criamos sobre eles, da declaração do acontecimento, que varia com a perceção (SE) ((SE) é uma declaração/ versão do acontecimento, e não do acontecimento em si; (M2) a perceção do acontecimento) Comunicação é um processo aberto, visto que é continuamente aprendido e interpretado. Considera-se um tema geral porque pode ser aplicado tanto a todas as situações, como a outros modelos; é polivalente e flexível. Exemplo: Num tribunal fazem-se perguntas que se adequam a este modelo, como por exemplo, quem está a decidir? ; a testemunha declara o acontecimento; até que ponto é que o acontecimento percecionado, ao ponto da testemunha descrever o acontecimento mais próximo da realidade; de que forma é que o juiz perceciona a declaração e o acontecimento. Ou seja, este modelo tem duas perguntas essenciais: o Qual é que é a correspondência entre a realidade e a notícia (Entre o E e o SE)? - É o problema da construção social da realidade e das notícias. - Exemplo: A 2ª invasão do Iraque foi justificada pelas armas de destruição maciça, no entanto, nunca se ouviu falar nessa disposição armas. (?) o Até que ponto o conteúdo dos media é compreendido pela audiência (M2)? -Suportam a questão da liderança mediática. Valores normativos e demonstrativos deste modelo: -Tem uma dimensão normativa visto que ele concebe à comunicação estes 3 valores (verdadeira, acreditável e livre). -Cada um destes valores, diz respeito a uma área da sociedade: »» Crenças: artes, esforço criativo para exprimir pontos de vista »» Verdade: ciência, análise da realidade »» Liberdade: estado É através destas 3 crenças que se forma a comunicação: o Perceções válidas, selecionadas livremente num contexto representativo de provas pertinentes. Crenças verdadeiras, refletindo conhecimentos válidos. (horizontal) o A comunicação, aqui, é um problema da mediação o Outra vantagem da dimensão normativa (Porquê que ele pensou na dimensão normativa?) - A dimensão normativa é importante porque orienta o nosso comportamento comunicativo (livre, crença, verdadeira) e define um padrão para nos protegermos de visões enganadoras. - Estas dimensões são trabalhadas todos os dias por nós. Qual a diferença entre as perceções de Gerbner e da arte? - Uma é sensorial e outra é cognitiva. Modelo ABX de T. Newcomb Modelo com uma forma triangular Extensão dum trabalho de Heider - Este preocupava-se com os processos cognitivos internos que envolviam dois indivíduos Newcomb estendeu esse trabalho, para a preocupação dos processos cognitivos entre 2 ou mais pessoas: A e B teriam o papel de emissor e recetor, e X faria parte dos seus ambientes sociais. ABX é um sistema em que as relações internas estabelecidas são interdependentes visto que: o Se A altera, B e X também serão alterados. o Logo, se A mudar a sua relação com X, B terá de mudar a sua relação com X ou com A. o Sendo assim quanto mais importante for X no enquadramento social de A e B, mais urgente será a sua motivação para partilharem algo em comum a seu respeito. Este modelo pressupõe que as pessoas precisam de informação, no entanto e embora esta seja um direito, nem sempre se tem a perceção dessa necessidade. Sem ela não existiria o sentimento de pertença a um grupo, a uma sociedade e se a informação que se recebe for a mais adequada e relativa ao nosso ambiente social, mais facilmente se saberá como reagir e como partilhar nesse ambiente Cabe à comunicação ser um meio para que A e B cheguem a uma conclusão sobre um “problema”, X. É a teoria do equilíbrio cognitivo Heider diz que quando há um problema, as pessoas sentem a pressão de chegar a um consenso, de forma que se estabeleça um padrão equilibrado. Sendo isto alcançado através da comunicação A comunicação é a função essencial segundo a qual 2 ou mais indivíduos se mantenham simultaneamente orientados entre si e em relação a objetos exteriores. Este modelo concentra-se no objetivo da comunicação, meio de manter o relacionamento entre as pessoas, mantendo um equilíbrio num ambiente de discordância e desacordo. Relação entre A e B muda mediante X. Para haver equilíbrio, X tem de ser comum tanto a A como a B, de forma que a relação de A e B se ajuste. E é através da discussão e da comunicação que se atinge esse equilíbrio (consenso). Supondo que X é importante para A e B. - Caso não fosse importante, não causaria anomalias entre A e B. A teoria tem a ideia de que as pessoas tendem a prestar mais atenção à informação que mais lhe interessa. - Isto faz com que haja uma perceção da realidade mediante o que nos interessa; condicionando valores e pontos de vista, sendo que são estes que guiam a comunicação. Funções da comunicação Linguagem é um processo de partilha de sentido, e uma forma de comunicação Jakobson disse: “Embora distingamos seis aspetos básicos da linguagem, dificilmente lograríamos, contudo, encontrar mensagens verbais que preenchessem uma única função. A diversidade reside não no monopólio de alguma dessas diversas funções, mas numa diferente ordem de uma mensagem depende basicamente da função predominante.” A função emotiva diz respeito a uma parte interna da comunicação, que por sua vez, influência a parte externa da comunicação. A função apelativa / conativa- tem como objetivo que o destinatário compreenda e entenda a mensagem transmitida pelo emissor; chamando a sua atenção. A função referencial- a forma como interpretamos algo nos leva a exprimi-la de uma certa forma. Função emotiva/ expressiva- Atitude ou estado de espírito do emissor em relação a quem se exprime. Função apelativa- Obtenção de efeitos de forma que chame à atenção. Função poética: Relação com a mensagem; exprime a mensagem de forma criativa, de forma a atrair a atenção dos destinatários. (ex: rimas; melodias; etc…) Função fática: diz respeito ao canal de comunicação, relação entre o emissor e o destinatário, a sua principal função é manter aberta a ligação entre o emissor e o destinatário. (ex: dizer bom dia, que representa uma disponibilidade- ligação aberta- para a comunicação.) Função metalinguística- permite explicar o significado do código; função que explica a linguagem (ex: dicionários e emojis (que exprimem como é que uma certa frase deve ser interpretada e explicada)) Comunicação tem significados muito variáveis e as 6 dimensões chamam- nos à atenção para isso mesmo, visto que o papel da comunicação não é só informar. Teoria Hipodérmica Reflete a compreensão entre estímulos e resposta Teoria em que supõem um sujeito de massa como crítico Expressa o grau de intensidade da influência, sendo essa quase direta Consiste numa lavagem cerebral onde a manipulação não é segura, visto que é algo que pode ser pensado, devido à influência dos media Excesso de informação, o que não é saudável Narcotizante descreve uma perturbação no funcionamento dos meios de comunicação de massa que nos leva a perder a sensibilidade e reação, devido à quantidade de estímulos provocados pelo excesso de informações Do ponto de vista da estimulação, a teoria hipodérmica adequa-se à nossa atualidade Mensagens sistematicamente de forma indiscriminada Pouca ou nenhuma atenção à estrutura social Todos os destinatários têm igual peso e valor Em vez de sermos estimulados, estamos a ser narcotizados, ou seja, os meios de comunicação deixam-nos apáticos, sem reação, alheios ao que se passa CBS “The War of the Worlds”: género de rádio, onde é encenado uma guerra entre extraterrestres e humanos. Este tipo de transmissão de rádio manipula e engana as pessoas, visto que na altura (1938) causou um pânico geral, sendo que algumas pessoas acreditariam que seria a 2ª guerra mundial. Provocando partidas da cidade, assaltos, e alegadamente, suicídios. Fazendo com que a polícia interviesse na estação de rádio. Este exemplo clarifica muito bem a teoria hipodérmica, pois as pessoas não sabiam no que acreditar. É um efeito ilimitado, visto que as comunicações de massa têm sempre o poder de influenciar e manipular. Teoria do fluxo de comunicação em duas- etapas de Katz e Lazarsfeld Efeito limitado Crítica à teoria anterior: A teoria hipodérmica não contempla uma figura que é importante; que está dependente da credibilidade do autor Nesta teoria o efeito é menor, visto que os grupos ajudam a “chamar à realidade” Ou seja, o efeito causado pelos meios de comunicação é mediado e reduzido pelas relações sociais que temos Líderes- pessoas que interpretam as redes sociais; estes dominam um certo assunto; papel ativo A informação circula muitas vezes na rádio e na impressa, para os líderes de opinião que a difundem para as suas redes de contacto. Demonstra que na formação da opinião pública há influências mais importantes do que os meios de comunicação de massas Há 3 fatores importantes e diminuem o predomínio das comunicações de massas como sendo os maiores influenciadores: - Exposição - O meio de comunicação em si - O conteúdo e a predisposição Aqui os media não são os principais influenciadores Multi-step Flow of Communication Reconheceu que era um modelo incompleto para representar a realidade -Reconhecimento advém da constatação que os líderes não têm apenas acesso aos meios de comunicação de massa, mas também de outros líderes de opinião. Pensando assim que os líderes não eram o topo da pirâmide, sendo que as suas opiniões se baseavam na opinião de outros líderes de opinião. Teoria que promove maior rigor científico Esta teoria faz com que os media não sejam a fonte em que todos acreditam, visto que surgem várias e diversas opiniões em torno do assunto. Hipótese do agendamento (agenda-setting) Capacidade dos media de influenciar a opinião do público Teoria que prevê o efeito e que os media são determinantes naquilo que as pessoas pensam como sendo importante Media é que definem a relevância Importante, pois, estuda os efeitos dos media e coloca em enfase, não nos efeitos de atitude de curto prazo, mas sim os de longo prazo. Porque ao contrário da teoria de injeção de informação, aqui há uma relação Saliência é a importância que as pessoas dão a um certo assunto, ou o que nos ocorre quando pensamos num determinado assunto Próximo do conceito de acessibilidade- quando um assunto é mais recente, este torna-se mais acessível na nossa mente. Sendo assim é um assunto saliente. Importante, pois, põe em causa um pensamento funcionalista Capacidade dos media de influenciar a opinião pública Este “agendamento” opera-se através da relevância e relação de temas Vê os media como algo de extrema importância para a influência da opinião pública Relação entre aquilo que os media apresentam / transmitem com o que as pessoas em geral se preocupam Através da relação e cuidado do tratamento de informações por parte dos media que define a sua relevância para a opinião pública É a comunicação social que define aquilo que é relevante ou não para a sociedade Exercem influência cognitiva na mente das pessoas Os media não mostram a realidade certa do mundo, mas mostram certas imagens da realidade Os media não nos dizem o que fazer, mas sim o que é mais importante pensar no momento (ordens de preferência no que é mais importante) Contribuição importante desta teoria para o estudo da influência dos media na opinião pública (consequências a longo prazo- mudança de atitude perante um dado assunto) Preconiza a limitação dos efeitos dos meios de comunicação de massa Saliência: capacidade que alguns têm; que fazem ser mais relevantes face a outros (aspeto crucial para a relação) - Importância - Consciência (pública) O conceito de saliência pode ser equilibrado com o conceito de acessibilidade (algo mais acessível, é mais saliente e consequentemente mais relevante) Põe em causa o funcionalismo dos primórdios do estudo da comunicação e aparenta a novidade dos estudos cognitivos da influência destes meios (a longo prazo) Aquilo que pensamos e sobre o que pensamos deve-se à existência de agendas Uma agenda é um conjunto de tópicos que são transmitidos num determinado tempo e são relacionados através de atos sociais (instituições; pessoas; órgãos; …) e os media Fotografia panorâmica dos assuntos mais importantes / preocupantes do momento Esta teoria surge no contexto político (comunicação política) Desenvolvida pelos teóricos Mc Conlor e Ihaw (?) Princípios fundamentais: relação comunal; supõe uma elevada exposição dos media; necessidade de orientação; acessibilidade ou familiaridade; credibilidade; saliência - Necessidade de orientação: um indivíduo que possui mais inortezal (?) é mais percetível a seguir as agendas públicas, devido à necessidade constante de orientação, de se sentir orientado - Acessibilidade: quanto maior seja a cobertura que os media fazem em um dado tópico, mais acessível será e, consequentemente, mais sabido pela sociedade Existem 3 tipos de agendas: agenda mediática; agenda pública; agenda política: - Agenda mediática ou dos media: através dos meios de comunicação social, descobre-se os assuntos mais importantes do momento (os media não dizem o que fazer, mas sobre o que pensar), conseguindo deste modo, retratar os assuntos mais relevantes - Agenda pública: formada pela opinião pública por meio de sondagens e estatísticas - Agenda política: formada pelas preocupações dos atores sociais (políticos) Não existe nenhuma agenda que se sobrepõem às outras, todas estão relacionadas entre si (ambas iniciam fenómenos de agendamento- agendam os assuntos mais relevantes de forma a orientar a sociedade num dado momento- não são permanentes) O conceito de credibilidade está inteiramente relacionado com a agenda mediática, visto que é necessário que as informações transmitidas pelos media sejam credíveis. Fora que as agendas política e pública sejam influenciadas corretamente e não influenciadas à base de informações não credíveis O agendamento ocorre devido à relação das informações exercida pela informação Aspetos positivos: explica porque alguns assuntos são mais importantes que outros e porque alguns assuntos entram para as agendas e outros não. Aspetos negativos: se as pessoas não estão concentradas nos mesmos meios, as agendas também têm de variar; a perceção das questões mais importantes não é homogénea; varia de sociedade para sociedade; nem sempre é fácil estabelecer esta relação comunal (?) entre a influência da agenda mediática com as agendas político e pública; não caracteriza as audiências e não refere os seus atributos e variações (a nível regional, por exemplo); indeterminação dos seus limites temporais (como é que ocorre a influência entre as agendas); indeterminações ao nível dos assuntos que são considerados para estabelecer as agendas (a teoria propõe quatro: política; economia; ciência e sociedade. Mas de nada impede que não haja mais assuntos para além destes) Priming Theory O efeito priming, é um efeito que acontece quando a exposição de um indivíduo a um determinado estímulo influência na sua resposta a um estímulo quebraquente (?) que haja qualquer consciência da conexão entre elas. Estes estímulos costumam estar relacionados com imagens, palavras ou até mesmo determinadas notícias que as pessoas veem no dia a dia com frequência. É compreendida como uma extensão da teoria do agendamento (o efeito priming, no agendamento, consiste na ideia de que os media atraem a atenção para alguns aspetos da vida políticos em detrimento de outros). O efeito priming, é a base da avaliação política Refere-se à capacidade que os media têm para afetar quais questões ou características os indivíduos usam para avaliar figuras políticas Priming: A media prepara o palco para a compreensão do público. Formam contexto histórico, notícias relacionadas do passado e opiniões de especialistas. Teoria do agendamento: Os meios de comunicação de massa são eficazes em determinar o que o público vê como interessante. Pelas questões que cobram, a media pode legitimar uma história ou marginalizar toda a história ou alguns dos seus aspetos. Teoria do Cultivo de George Gerbner Desenvolvida por George Gerbner Deriva de um projeto de monotorização Desenvolveu um índice de violência A teoria nasce do trabalho de Gerbner, e dá conta da ideia fundamental Aqui os efeitos são a longo prazo, ao longo do tempo A teoria diz que os comportamentos induzidos pela televisão, quando transmitidos e vistos a longo prazo, fazem com que quem os vê reproduza os comportamentos transmitidos Ao longo do tempo, a exposição da televisão, cultiva a perceção que os espetadores têm da realidade, incutem nas pessoas certas perceções da realidade Mostra que a TV mostra uma espécie de ambiente simbólico, e esse ambiente contribui para uma perceção da realidade que é socializada através da televisão Aqui mostram-se as consequências existentes no excesso de consumo televisivo A TV não desenvolve o carater agressivo de ninguém, porem favorece ao desenvolvimento de atitudes violentas, antissociais e paranoicas 3 princípios da teoria do cultivo: - 1: A televisão é um meio de comunicação de massa diferente dos de mais, ou seja, destaca-se. Pois é visual e sonora, logo é acessível a todos; custa menos que outros meios de comunicação - 2: Os meios de comunicação moldam a forma como os indivíduos dentro de uma realidade mediatizada pela televisão, pensam e se relacionam uns com os outros - 3: Os efeitos da televisão são limitados, pois a televisão faz parte de um sistema sociocultural mais alargado que influencia a nossa realidade, sendo assim, a televisão também influencia a nossa realidade. A televisão faz uma mediatização da realidade (2) A nossa perceção da realidade é mediatizada pela televisão (2) As realidades criadas pela televisão podem ser baseadas na especulação, e não na realidade em si (2) O papel da televisão é impor-nos ideias que serão cultivadas ao longo do tempo, onde já não nos questionamos da veracidade dessas ideias (2) As ideias e opiniões defendidas por quem via mais de 7 horas de televisão, era o resultado A exposição cumulativa à televisão tem um impacto na longevidade desse cultivo, ou seja, quanto mais exposição, maior a força de cultivo se faz sentir Espiral do Silêncio de Noelle Neumann O silencio é notado quando alguém omite a sua opinião, visto que esta é diferente da opinião maioritária Quando a sua opinião não é popular decidem omitir a sua opinião. Pelo contrário, quando a opinião é popular, não vêm problema algum em divulgá-la O formato de espiral indica um graduamento, ou seja, pode começar por um só individuo, mas evolui para dois, três, etc… Ocorre num processo crescente e gradativo em que uma opinião acaba por ter mais publicidade, mais partilhada, ou seja, comum a um grande número de pessoas, fazendo com que uma opinião contrária não seja partilhada, visto que não se enquadra na maioria Crescente pressão social para que o indivíduo que silencie cada vez mais Os media têm o poder de aumentar e acelerar esta espiral do silencio Baseia-se na psicologia social: aos trabalhos de Solomon Ash (?) Em 1951 conduziu uma experiência que esta na origem dos estudos sobre o conformismo (adotar a regra da maioria) Até 1991, os cidadãos alemães eram a favor da energia nuclear, após isso começaram a ser contra. Os estudos mostram que os cidadãos a favor experienciaram o medo do isolamento social perante os que eram contra a energia nuclear. O comportamento, ou seja, a vontade de falar sobre determinado assunto, adapta-se mais ao que é consensual. No entanto, caso a minha opinião difere do consensual, faz com que haja a inibição do comportamento. Quem tem uma opinião favorável à maioria, tem um à-vontade em expor as suas ideias. Pelo contrário, quem não tem essa opinião, por medo do isolamento social, prefere omitir a sua opinião. Princípios da Espiral do Silêncio: 1- A sociedade ameaça com isolamento social os indivíduos que apresentam comportamentos desviantes 2- Os indivíduos sentem continuamente o medo do isolamento social 3- Esse medo do isolamento faz com que os indivíduos avaliem constantemente o clima de opinião 4- Os resultados dessa avaliação do clima da opinião afeto o comportamento publica nomeadamente expressão aberta e franca de opiniões Estes 4 princípios, Quanto maior a espiral, maior as opiniões desviantes. Os media sancionam o que as pessoas estão a pensar, dando voz a algumas opiniões Os media, sobretudo a televisão, criam a opinião pública Media tende a acelerar a espiral Espiral do silêncio- Progressivo silenciamento de opiniões públicas discordantes Quanto mais os media privilegiam as opiniões dominantes, mais a fação oposta à privilegiada é minimizada Os media funcionam como um sexto sentido, porque à medida que eles estão presentes na nossa vida, estes funcionam como uma consciência subtil das opiniões existentes O autor revela que os meios de comunicação para além de reforçarem as crenças pré-existentes, eles também têm a capacidade de mudar essas crenças, devido à sua questão seletiva. Do ponto de vista democrático, há um aspeto negativo em relação ao papel dos meios de comunicação: (?) A Espiral do Silêncio dá-nos uma visão sobre o que pensar Cristalização da opinião pública: solidificar, tornar rígida a opinião, ou seja, tornar-se fixa: - Impedimento da dinâmica de desenvolvimento; torna uma opinião totalmente dominante sobre as outras. Ignorância pluralística = consequência nefasta da espiral do silencio: - Perceção errada do estado real de uma opinião; leitura incorreta do clima de opinião - Processo em que vários membros de um grupo têm diferentes crenças do restante grupo; apesar de se distanciarem da norma do grupo, essas pessoas comportam-se de acordo com a norma do grupo - Ou seja, aqueles que discordam, comportam-se como concordassem - Os cidadãos conformam-se com a opinião dominante do grupo - A ignorância pluralística explica o efeito espectador: efeito de probabilidade em que as pessoas não intervenham numa situação de emergência quando outras pessoas estão presentes. Caso alguém intervenha (pode ser apenas uma pessoa), a “norma” quebra-se, fazendo com que mais pessoas ajudem. - “Não vale a pena ir ver o que se passa, porque provavelmente alguém já foi”: este pensamento explica a ignorância pluralística, pois grande parte das pessoas tem este pensamento. Aspetos importantes: - Meios de comunicação de massas dão mais cobertura às maiorias da sociedade, provocando mais silenciamento por parte da minoria - Perceber a lógica do funcionamento dos meios de comunicação; ou seja, o porquê de darem tanta importância às opiniões dominantes. Dão importância, pois é o que o público procura. Sendo assim, os media moldam as nossas preferências. - Papel dos media na sociedade: Se os media podem contribuir para o silenciamento, até que ponto é que é legitimo que os media podem enaltecer certas opiniões e omitir outras? Ao dar destaque a certas crenças, estão a afastar e minimizar outras. - Aqueles que têm as opiniões discordantes, ou seja, as que fogem da maioria, geralmente acham que as suas opiniões nunca são válidas em comparação às opiniões daqueles que se enquadram sempre com as opiniões da maioria - Visão extremamente negativa dos media: Dizem às pessoas o que pensar e sobre o que pensar; levam certas opiniões ao público; reforçam a opinião dominante, abafando as opiniões discordantes. Aspetos negativos: - A Espiral do Silêncio foca-se mais no clima da opinião do que nos grupos de referência, algo importante, pois, mesmo na presença dos media, esses grupos de referência podem não seguir as opiniões dos meios de comunicação A teoria dos usos e gratificações Ideia importante: Perguntar, não o que os media fazem as suas audiências, mas sim o quê que as audiências fazem com a informação transmitida pelos media. Os media não nos causam reações, nós é que agimos perante o que absorvemos dos media O que é que nós fazemos com os media?

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