Paratopias em Pequenos Animais PDF

Paratopias em Pequenos Animais Disciplina: CLÍNICA CIRÚRGICA Prof. Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida 2022  Introdução Definição: Deslocamento de estruturas anatômicas ou órgãos para locais adjacentes, permanecendo em local errôneo sob fo...

Paratopias em Pequenos Animais Disciplina: CLÍNICA CIRÚRGICA Prof. Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida 2022  Introdução Definição: Deslocamento de estruturas anatômicas ou órgãos para locais adjacentes, permanecendo em local errôneo sob forma esporádicaou permanente.  Eventração Protrusão de vísceras através da parede abdominal dilacerada, não transpassando a pele para o meio externo, não envolto em saco peritonial; Etiologia: trauma; ferida cirúrgica (incisional);  Eventração Sinais clínicos: Aumento da temperatura local (inflamação); Sensibilidade local; Cólicas abdominais; Apatia; Dificuldade em delimitar orifício da ruptura; Diagnóstico: Sinais clínicos; Ultrassonografia; Tratamento: Laparorrafia.  Evisceração Transposição das vísceras para o meio externo, com falha de continuidade em musculatura, subcutâneo e pele, sem sacoperitonial. Etiologia: traumática; deiscência de pontos; Sinais clínicos: Visualização direta das vísceras; Sensibilidade local; Inflamação; Equimose; Edema; Hiportermia; Desidratação; Sinais de peritonite possivelmente possíveis. Evisceração  Evisceração Tratamento: Tranquilização; Colar elizabethano; Analgésicos opióides; Limpeza das estruturas evisceradas; Fluidoterapia; Antibioticoterapia; Laparorrafia; Possíveis intervenções em vísceras como enterectomias.  Hérnias Definição: Passagem de órgãos cavitários para o tecido subcutâneo, envolto por saco peritonial; Hérnias Verdadeiras: Presença de saco herniário, anel e conteúdo; Hérnias Falsas: Sem presença de saco herniário envolvendo as estruturas “herniadas”;  Hérnias Verdadeiras Umbilical; Perineal; Inguinal; Escrotal; Femoral.  Hérnia Umbilical Congênita: embriogenese defeituosa; Anel deve fechar após nascimento; Traumática: arrancamento do cordão umbilical; Criptorquidismo concomitante rotineiramente com hérnia umbilical; Raças mais acometidas: Poodle, Teckel, Pequinês, Maltês, Lhasa Apso; Sinais clínicos: aumento de volume em região umbilical, redutível e bordos delimitados; pode ocorrer estrangulamento visceral; vômitos, dor, diarréia,anorexia, depressão; Diagnóstico: Palpação, ultrassonografia;  Hérnia Umbilical Diagnóstico diferencial: onfalocele; tumores/neoplasias; eventração; aumentos de volume abdomais: absecessos; hematomas; seromas; celulites.  Hérnia Umbilical Tratamento: Herniorrafia umbilical: duas incisões elípticas ao redor do aumento de volume; não necessária malha cirúrgica; pode-se debridar ou não bordamuscular; sutura com ponto simples ou jaquetão; Prognóstico: bom, podendo ter rescidiva; Cuidados com conteúdo do saco herniário. Hérnia Umbilical  Hérnia Inguinal Protrusão de vísceras pelo canal inguinal adjacente ao processo vaginal; Pode surgir: anormalidades congênitas e hereditárias do anel; traumática; obesidade; prenhez; recomendada castração; Conteúdo: geralmente intestinos, bexiga, útero; Hérnia rara em gatos; Tipos: uni ou bilateral; maior ocorrência do ladoesquerdo; não confundir com aumento do processo vaginal;  Hérnia Inguinal Apresentação clínica: mais frequentes em cadelas de meia idade não castradas ou machos jovens (atraso na migração dos testículos para o escroto, retardando o fechamento do anel); Raças predispostas: Pequinês, Terriers, Basset Hounds, Teckel, Lhasa Apso, Maltês, Poodle; Diagnóstico: Inchaço indolor e macio na região inguinal; Encarceramento: vômitos, dor, letargia, depressão, diarréia, sinais urinários; Hérnias pequenas passamdespercebidas; Fêmeas não castradas: úteroencarcerado; Estrutura mais presente: omento; Exames complementares: ultrassonografia;  Hérnia Inguinal Diagnósticos diferenciais: Tumores; Lipomas; Linfoadenopatias; Abscessos; Cistos mamários; Gatos obesos com grande depósito gorduroso inguinal. Hérnia Inguinal Hérnia Inguinal Hérnia Inguinal  Hérnia Inguinal Tratamento cirúrgico: Incisão sobre o aumento de volume; Localizar o saco herniário; Retorcer o saco até retirá-lo, ou incisar cuidadosamente; cuidado com estruturasimportantes; Sutura com cushing, jaquetão, sultan, ponto simples separado; malhas para herniorrafia ou membranas biológicas; possível necessidade de celiotomia; castrar o animal; Hérnia Inguinal  Hérnia Perineal Defeito da musculatura do diafragmapélvico; Herniação de gordura retroperitonial ou órgãos cavitários; Incidência: muito mais comum em cães que emgatos; quase exclusivamente emmachos; animais acima de 5 anos de idade; cães com caudas curtas; Raças: Poodle, Rotweiller, Boxer, Cóllies, Pequinês, Pastor Alemão; Sinais clínicos: tenesmo, disquesia; estrangúria / disúria; flatulência; incontinência urinária.  Hérnia Perineal Afecções predisponentes: prostatite; obstrução do tratourinário; desvio ou dilatação retal; inflamação perianal; saculite anal; diarréia; constipação; cistite; obstrução colateral.  Hérnia Perineal Diagnóstico diferencial: Neoplasia perineal; Doença adanal; Exames complementares: radiografia eultrassonografia.  Hérnia Perineal Tratamento clínico: dieta rica em fibras; hemolientes fecais (lactulonaoral); antibioticoterapia contra G- eanaeróbios; Hérnia Perineal  Hérnia Perineal Tratamento cirúrgico: sondagem uretral; tampão anal; bolsa de fumo; Incisão curvilínea começando cranialmente ao músculo coccígeo (base da cauda), passando sobre o aumento de volume e lateralmente ao ânus indo até a porção caudal do púbis ( tuberosidade isquiática); incisar subcutâneo e saco herniário; identificar o trígono pudendo interno (tuberosidades isquiáticas e cóccix); identificar estruturasmusculares; palpas sonda para identificar uretra; palpar tampãoretal; reduzir conteúdo; reparar hérnia com pontos simples separados, membranas biológicas ou telas; castrar. Hérnia Perineal Hérnia Perineal Hérnia Perineal Hérnia Perineal Hérnia Perineal  Hérnia Perineal Herniorrafia com transposição do músculo obturador interno