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Leandro MR8
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Este documento descreve reflexões sobre a educação e o impacto das mudanças na vida dos adolescentes, abordando tópicos como ansiedade e desafios no ambiente educacional. O autor compartilha suas experiências e reflexões sobre a realidade atual, enfatizando a importância da adaptação e da prudência.
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Confesso, que lá no longínquo ano de 2002, quando iniciei minha jornada como professor, não tinha a real dimensão daquilo que de fato representa estar a frente de uma turma e o desgaste ao qual inexoravelmente somos conduzidos nesta época do ano letivo. Francamente não consigo precisar, se as coisas...
Confesso, que lá no longínquo ano de 2002, quando iniciei minha jornada como professor, não tinha a real dimensão daquilo que de fato representa estar a frente de uma turma e o desgaste ao qual inexoravelmente somos conduzidos nesta época do ano letivo. Francamente não consigo precisar, se as coisas mudaram radicalmente desde lá do início do século XX, ou se o tempo mesmo me desgastou ao ponto de sempre enfrentar esse período com extrema ansiedade e angústia. De maneira geral, crianças e adolescentes humanos são sempre, crianças e adolescentes humanos, indiferente do tempo em que viveram, aqui faço referência exclusivamente as demandas físicas, ou seja, mudanças hormonais genericamente falando. Quando seguimos considerando essa perspectiva, no mínimo é possível fugirmos daquela arcaica máxima: no meu tempo não era assim, afirmação extremamente perigosa, pois pressupõe literalmente que nossa rota está destinada ao fim inevitável. Nos dias atuais, as crianças e os adolescentes ainda se comportam, do ponto vista físico, da mesma maneira que sempre o fizeram. Contudo, a realidade ao qual estão inseridos, esta sim passou por significativas e profundas alterações que afetam diretamente o comportamento dos jovens contemporâneos. Mas isso também não podemos considerar uma novidade, pois as mudanças e/ou transformações da sociedade, sempre acompanharam a trajetória da humanidade. Já disse por diversas vezes, retirei meu corpo da sala de aula, espaço que ocupei por 20 anos aproximadamente, não para fugir desta severa realidade, mas sim para tentar ao meu modo proporcionar o máximo possível de condições ideais à atividade de docência dos meus companheiros de profissão. Sei que sou falho por inúmeras vezes, que não entrego o suporte necessário, não sou tão pretensioso em achar que realizo o melhor trabalho de supervisor. Lidamos ou trabalhamos com as condições que nos são fornecidas, não tem como fazer muito diferente. Por fim, gostaria de deixar uma mensagem, jamais na perspectiva otimista, e me perdoem por isso, mas sim uma mensagem realista de uma realidade que de veras atormenta. A mensagem se refere ao momento do ano letivo em que vivemos, trata-se do instante em que as “coisas” que acontecem se potencializam, muito em função do patamar emocional desgastado que nos pertence. Por isso, a prudência, a cautela, a calma e todas as outras formas de adjetivação possíveis, devem fazer parte dos últimos dias letivos. Não existe uma fórmula ou receita para nós, existe apenas a dura realidade com a qual precisamos lidar. Estou aqui para ajudar, obrigado por você chegar até aqui na leitura. Att Leandro MR8