Humanismo e Existencialismo - 2º Bimestre - Texto PDF

Summary

Este documento discute o humanismo e o existencialismo, abordando conceitos como a valorização humana, o relativismo da subjetividade e a singularidade do indivíduo, bem como o ser humano e suas relações, potencialidades para o desenvolvimento e o crescimento, suas ações existenciais e o modo como as experiências humanas podem ser compreendidas. Aborda conceitos de psicopatologia.

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EA- produzir um texto em relação potencialidade e a autorrealização. – ao tema proposto pela professora estamos aqui para desenvolver, e relacionar com as dimensões progredir e evoluir principais É apropriado encarar o humani...

EA- produzir um texto em relação potencialidade e a autorrealização. – ao tema proposto pela professora estamos aqui para desenvolver, e relacionar com as dimensões progredir e evoluir principais É apropriado encarar o humanismo 2° BIMESTRE como um movimento contínuo que brota em duas direções: - Crítica a apropriações diversas que des-subjetivizam a 15/10 - FENOMENOLOGIA, realidade ou que desapropriam o EXISTENCIALISMO E HUMANISMO sujeito humano de sua própria HUMANISMO perspectiva e privilegiam valores Humanismo: atitude concreta em favor específicos em detrimento de do homem; uma visão de globalidade; – Humanismo não é um método nem uma - Como um projeto de valorização teoria, é um movimento. – que (ou de re-valorização) do atravessa diversas esferas humano. O que é “ser humano”? Parece que Valorização do relativismo da essa pergunta está ficando cada vez subjetividade: singularidade do mais complexa? — é uma pergunta indivíduo — Vai olhar para as muito complexa, que a cada vez que individualidades, então se preocupa vamos nos formando as explicações com a singularidade, entendo que a vão se complexificando singularidade não está isolada – estamos perpassados por diversas Quando se fala de humanismo, coisas imediatamente estamos nos remetendo ao ser humano — muitas vezes sem O homem que se define por si só e a perceber, utilizamos do humanismo, partir de suas realizações pessoais Homem moderno não mais submisso à Como o esforço de compreender um vontade de Deus, mas senhor e mundo de experiências humanas possuidor da natureza — opõe-se ao cristianismo, que crê somente na força Livre arbítrio, se eu almejo e me movo, de deus, saúde do homem por suas posso atingir o que eu quero próprias forças EM RESUMO: Humanismo é o modo de desenvolver Doutrina através da qual o homem, do o ser humano considerando a ponto de vista moral, deve se ater exclusivamente ao que é da ordem do - Surgiu em 1961 como uma humano; assim, designa uma reação a psicanalise e o concepção geral da vida (seja esta behaviorismo que dominavam a política, ética ou econômica), que se psicologia no momento funda na crença da saúde do homem por suas próprias forças, neste sentido, a) psicanálise: compreender opõe-se ao Cristianismo que crê as relações inconscientes somente na força de Deus; — a que orientam o vontade de deus deixa de ser soberana, comportamento a vontade do homem importa, ainda que exista a vontade de deus. b) behaviorismo: estudavam os processos É toda possibilidade de definição do de condicionamento que homem: toda forma de visão do homem orientavam o a partir da qual este se coloca no comportamento mundo. Os pensadores humanistas sntiram que Reconhecimento da totalidade do a psicanalise e o behaviorismo eram homem (corpo e alma); demasiadamente pessimistas quer focando o mais tragico das emoções Negação da superioridade da vida ou não levando em conta o papel da contemplativa sobre a vida ativa; escolha pessoal, e a psicologia humanista então veio focando no Exaltação da dignidade e da liberdade potencial de cada pessoa e do homem; salientando o crescimento e a autorrealização Reconhecimento do sentido de historicidade do homem; As pessoas estão motivadas a seguir coisas que vão ajudá-las a alcançar esse potencial enquanto seres humanos PSICOLOGIA HUMANISTA O centro de seu enfoque referencial é a pessoa em um contexto único e que Terceira força da psicologia tem o potencial de transformar a vida Em cada uma das forças, olhamos para dentro de si, de maneira continuada e o homem de maneira diferente – esse infinita. homem ocupa diferentes lugares, DIFERENTES pontos de vista para Foco: na pessoa que experimenta o olhar. meio, pois ela tem o potencial de escolher, criar, apreciar e se auto humano eticamente responsável pelas realizar. consequências das escolhas que faz Homem: O ser humano NÃO É: - ser livre e capaz de se recriar - natural, não tem natureza prévia, independente dos está sempre em construção; condicionamentos — a realidade é compreendida de maneira - atemporal, está sempre situado pessoal e está impregnada de em um tempo histórico; significados. - essência, não somos essencialmente nada, primeiro existimos e nos relacionamos e aí essencialmente nos 22/10 formam. EXISTENCIALISMO - Alma, que habita um corpo e Existência precede a essência — Não segue para outro corpo. O ser há essência que nos defina humano é o corpo que está previamente, mas existimos no mundo e vivendo concretamente. construímos nossa essência por meio de nossas escolhas existenciais. Busca compreender o ser humano em 2 O ser humano é livre para fazer aspectos: escolhas e se tornar o que fizer da sua A) CONCRETO, ser que existe vida, nos limites das condições físicas, concretamente no mundo. psicológicas e sociais que o envolvem. B) SINGULAR, uma pessoa não é Liberdade, cada individuo é definido igual a outra e que não há um por aquilo que ele faz. modo de ser previamente definido ou universal Escolhas, sempre estão sendo feitas, mesmo quando decide não escolher, está escolhendo. O ser humano se caracteriza por ser: - Mortal, condição de finitude NÃO há liberdade SEM responsabilidade, somos responsáveis - Estar em constante por nós mesmos, pelas escolhas que transformação fazemos e por tudo aquilo que nos cerca. — O fato de ser livre coloca o ser - Emocional, estamos sempre — existem condições que envolvem o atravessados por um afeto existir humano. - Ser no mundo, cooriginariedade O ser humano não é um organismo do mundo. neutro, isolado no mundo, mas um ser que habita e convive com o mundo Condições que envolvem a Indeterminação originária, entende existência: que nossa vida não é previamente - Liberdade, todos somos livres e determinada, mas que nós a fazemos responsáveis pelo que fazemos por meio de nossas escolhas, dentro de nossas condições e da situação que - Conflito, ao convivermos com vivemos outras pessoas atravessamos conflitos e contradições, pois O Devir ou “vir a ser”, representa a temos valores e desejos transformação. Para o existencialismo, diferentes — estamos sempre tudo está sempre em transformação, entre alguma coisa. Aparece em tanto os seres quanto o mundo e as contextos de formas diversas. coisas. Nada permanece o mesmo, tudo está sempre se alterando, se - Angústia, condição do ser reconfigurando e se transmutando em humano, que proporciona um outro. Estamos sempre em alerta de que as coisas estão transformação e nunca somos iguais. perdendo o sentido. Abre um abismo, para que nos Classificar é uma forma de rotular, isto aproximemos de nós mesmo (na desconsidera a singularidade de cada visão existencialista) — a ser: “Quando você me rotula, você me angústia é importante, está nega” (Kierkegaard) — Desta forma, o dizendo algo esquema de conceitos, qualquer que seja, é apenas uma possibilidade - Sentidos da vida, cada pessoa entre outras; sua concretização se move para aquilo que faz depende inteiramente dos sujeitos e sentido para si não dos conceitos em si. Diferente da ideia de “natureza A realidade humana só pode ser humana”, o existencialismo estuda compreendida, portanto, por meio da sobre a “condição humana”, não há realidade singular e concreta de cada como entender modos de ser de cada indivíduo. pessoa sem compreender sua história e sua relação com condições materiais. Não interessa falar sobre o - não é me apegar somente na sofrimento e sim sobre o sofrimento subjetividade, mas ela deve ser de alguém em particular – “ não é considerada de forma relacional sobre a esquizofrenia de maria, e sim sobre a maria que vive com a Uma fenomenologia psicopatológica esquizofrenia” busca o sentido, a significação da palavra, a experiência vivida. — por 05/11 - PSICOPATOLOGIA isso vai prestar atenção nesse contexto, FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL como as coisas se dão para aquela pessoa? nenhuma patologia se LUDWIG BINSWANGER manifesta de maneira idêntica a de Teve influência de Freud outra — a história é singular Assim como husserl ele especificou a Compreender a psicopatologia para psicopatologia em um campo além da descrição diferente do das ciências naturais — traz a ideia de olhar para o homem O fenomenólogo, analisando a como um todo, para além do experiência psicopatológica vivida — a biológico dimensão das possibilidades - busca a maneira como a A questão mais fundamental: presença do doente pode ser - A do Ser, modificada em uma presença - e das relações do fenômeno sadia. (como ele pode contribuir psicopatológico com a para com este) existência do que padece - busca se familiarizar com as Como é para aquele indivíduo a significações que a expressão relação da patologia, com o seu ser, verbal do doente despertam nele. com seu modo Presença — no sentido de dasein, estar É importante que não se cometa o com o outro estar ai engano de realizar uma psicopatologia meramente descritiva ou meramente PSICOTERAPIA subjetiva. — Olhar para tudo isso abre É preciso: a possibilidade para uma análise Desconstruir a relação unilateral no existencial, olhar para algo “além disso” sentido de quem se beneficia em uma - considerar a patologia, e psicoterapia é o paciente; entender como se relaciona com a existência daquele individuo Desconstruir a ideia de que o paciente Extravagância - vagar fora do eixo não está bem e o psicoterapeuta está Alguém que perde, de certa maneira, a bem medida do ser-com-o-outro. Não - médico saudável no lugar de consegue reestruturar as relações a cuidador, o paciente (ser-doente) cada vez. Trata o outro como objeto. no lugar de sofredor e a terapia como um processo de mão única Não há empatia. Não há dados do paciente para o terapeuta e o emocionais. A relação fica técnica e terapeuta como quem oferecer a se reduz a deduções lógicas. cura Desconstrução da verticalização da Excentricidade - fora do centro (perde relação — Terapia significa confiança o centro do eixo) (fiar com) costurar junto patologia da identidade. Desproporção do eixo vertical. — Perde Terapia Daseinsanalítica NÃO tem o a conexão com o eixo do eu intuito de consertar nada Aquele que não consegue se manter o Proporção e Desproporção mesmo nem minimamente. Não Antropológica: para pensar a consegue manter uma identidade que psicopatologia fenomenológica - quando permaneça no tempo. É aquele colado o ser está “estranho, desconectado” há no outro. — toma o modo de ser do uma desproporção: outro para si. A) Desproporção horizontal, é visto pelos outros como alguém muito mais “maravilhoso” do que Amaneiramento - é a pessoa que de ele realmente enxerga a si certa maneira tem um compromisso mesmo. com assumir uma personalidade que ela considera uma personalidade que B) Desproporção vertical, o ser ela deveria ser — Inventa um modo de acha que é a pessoa “mais ser racional e social e presta muita incrível” do mundo, mas ninguém atenção para que não haja nenhum o vê assim deslize acerca de quem é C) Proporção antropológica, seria OBJETO DA PSICOTERAPIA então quando existe uma Desproporções antropológicas aproximação da forma que nos Nosso objeto de trabalho então é esse vemos com a maneira que ser-aí, que não é um ser aí na sua somos vistos estrutura ontológica formal, mas é o ser-aí implicado hermeneuticamente dentro de um mundo — É o ser-ai e sua relação com o ambiente 1) Ser-doente caracterizado por uma perturbação evidente da corporeidade do existir humano; BOSS Analisado por Freud e sócio de jung Corporeidade – Qualquer redução corpórea toca sempre e Acreditava que a psicopatologia muito imediatamente o ser-no-mundo, se enriqueceria por um pensamento que e por isso todas as possibilidades não permitia a colocação da de relação com o mundo distinção (separação) cartesiana sujeito-objeto e que, por outro lado, Perturbação evidente no aproximava a medicina da psicologia. ser-no-mundo e nas possibilidades de relação O homem pode se relacionar de diferentes modos, mas não pode não 2) Ser-doente caracterizado por se relacionar — o homem está uma perturbação pronunciada sempre em relação (até a indiferença é da espacialidade do seu um modo de relação) ser-no-mundo; Os homens estão sempre e ESPACIALIDADE E NA primordialmente co-existindo perto das TEMPORALIDADE — paciente mesmas coisas de um mesmo mundo, rompe com essa realidade contribuindo primariamente em comum, embora cada um a seu modo, para manter aberto este mundo. 3) Modo do ser-doente caracterizado por uma limitação Quando eu tenho a liberdade da disposição própria à essência originária respeitada, eu estou da pessoa/ perturbação saudável — quando essa prevalente na realização da indeterminação originária é preservada afinação existencial Na doença ocorre uma privação mais AFINAÇÃO DOS acentuada do existir (liberdade TRANSTORNOS AFETIVOS — existencial) Qual o tom afetivo, e o quanto afinado (alinhado/organizado) MODO DE SER-DOENTE está - de modo geral é uma separação Seria a atmosfera afetiva (como didática essa organização afetiva se dá) NÃO tem um direcionamento prévio, 4) Modo de ser-doente pois eu não sei o que vai surgir — a concernentes a limitações na cada vez, as coisas se mostram realização do ser-aberto e da liberdade O que diferencia a terapia existencial Ex: esquizofrenia -Torna-se incapaz de não é o que o terapeuta faria se engajar totalmente na abertura do especificamente, ao se deparar com seu existir, não respondendo ao mundo, determinadas queixas. — o paciente conforme os significados habituais apresenta ansiedade, eu lido de forma presentes para as outras pessoas; x. Se tem esquizofrenia, lido y Mas o que faria no contexto de sua TOC- não consegue preservar seu terapia (a compreensão se dá na si-mesmo capaz de manter uma relação relação terapêutica possível). – como livre com o que aparece (TOC). aquilo se mostra naquele contexto. – o direcionamento do profissional aqui, se da a partir da relação que se mostra 12/11 - INTERESSE DA TÉCNICA TERAPÊUTICA (ASPECTOS DA CONTEXTO CLÍNICA) Lembrar da dimensão do ser humano como um ser concreto, que esta Modo peculiar de investigação — na tomando decisões, dirigindo-se para clínica o que mais importa é a algo. compreensão (atribuição de sentido) do que está em jogo considerar o paciente não como um conjunto de dinamismos psíquicos ou Compreender é projetar sentido. O que de mecanismos, Mas como um ser a coisa pode ou não significar. Quando humano que está: compreendemos já nos apropriamos de - tomando decisões uma possibilidade (quando o sentido se - precisa se entregar para o que mostra). esta em questão pra ele Relação profissional x cliente é muito importante pois o que se mostra, só se IMPLICAÇÕES REFERENTES À mostra pois são essas pessoas nessa TÉCNICA TERAPÊUTICA relação (se dá pela relação) — se EXISTENCIALISTA mudar alguem da relação, a A) Facilitar ao indivíduo uma compreensão se dara de outra forma. atitude mais autêntica em relação a si próprio Passa por um processo gradual ampliando aquilo que pode ser de autocompreensão com a visto. finalidade do sujeito vir a ser mais verdadeiro e coerente consigo mesmo. D) Facilitar o encontro do indivíduo com o significado da Proximidade com aquilo que é sua existência. mais próximo dela, pois muitas promover o confronto e a vezes chega no consultório com re-avaliação da compreensão uma aproximação social que não que o indivíduo tem da vida, a ha representa e que muitas cada vez. vezes não sabe que é possível. — possibilidades de E) Promover o confronto com e a superação da ansiedade que B) Promover uma abertura cada emerge dos dados da vez maior das perspectivas do existência. indivíduo em relação a si Da inevitabilidade da morte, da próprio e ao mundo. liberdade de escolha em Abrir-se para si. situação, da solidão e da falta de sentido para a vida Facilitação de uma auto-avaliação das suas crenças, Confronto com a dor, angústia, valores e aspirações que sirva falta de garantia — entender que para atingir maior clareza na ainda que sinta a dor, vai se exploração das suas encontrar um modo para lidar. experiências Fortalecendo as condições e os recursos para lidar com as dificuldades C) Clarificar como agir no futuro em novas direções. OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA Quando a gente possibilita que o EXISTENCIAL paciente se aproxime de si, - Trata-se de facilitar ao indivíduo estamos clareando o desenvolvimento de maior possibilidades — colocando autenticidade em relação a si outras coisas em evidência. próprio; Quanto mais “luz” vamos colocando, mais vamos - uma maior abertura das suas perspectivas sobre si próprio e o mundo; - de ajudar a clarificar como é que poderá agir no futuro de forma mais significativa; - O centro é a responsabilidade da liberdade de escolha do indivíduo; - A palavra-chave é construção, uma vez que se trata de desafiar o indivíduo a ser o construtor da sua existência. O objetivo da terapia é que o paciente sinta sua existência como uma coisa real: - Se conscientize de suas potencialidades e se torne capacitado para agir apoiado nelas. - A tarefa da terapia é iluminar a existência. - A função do terapeuta é de estar lá com toda a conotação de dasein (ser-com), presente no relacionamento… — o que é estar presente? o que é acompanhar o sofrimento? Quanto mais necessário agir de maneira x/y, menos possibilidade tem.

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