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A GUERRA BRASÍLICA As Guerras do Açúcar e as Batalhas de Guararapes (1630-1654) Maj Eduardo RIZZATTI Salomão HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil OBJETIVOS DA AULA ✓ Compreende...

A GUERRA BRASÍLICA As Guerras do Açúcar e as Batalhas de Guararapes (1630-1654) Maj Eduardo RIZZATTI Salomão HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil OBJETIVOS DA AULA ✓ Compreender o contexto que levou às Guerras do Açúcar ✓ Compreender aspectos gerais da colonização holandesa. ✓ Identificar personagens notáveis e desdobramentos da “guerra brasílica”. ✓ Relacionar as Batalhas de Guararapes com a construção da identidade e o imaginário castrense (Dia do Exército Brasileiro). HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Os holandeses visavam controlar a fabricação do açúcar, não só porque dominavam o comércio do produto na Europa, mas porque havia muito capital holandês investido nos engenhos da colônia portuguesa. Os comerciantes de Flandres eram antigos parceiros comerciais dos portugueses. A parceria entre portugueses e holandeses sofreu revés com a União Ibérica (1580-1640). HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Como o objetivo de controlar a produção do açúcar, de forma a preservar o lucrativo comércio, a solução foi ocupar a principal região produtora. A fim de realizar essa empreitada, criou-se, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL A primeira tentativa de ocupação ocorreu na Bahia, em 1624. Durou cerca de um ano. Houve resistência local e apoio naval espanhol. Em 1630, os holandeses invadiram Pernambuco, onde concentrava-se a maior parte da produção de açúcar. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Entre 1630 e 1634, empreenderam a conquista da capitania de Pernambuco, tendo de enfrentar a resistência portuguesa, comandada pelo governador Matias de Albuquerque. Em função da desorganização da lavoura canavieira, da destruição dos engenhos na luta pelo controle da região e da fuga de escravos, deu-se a Imagem: inconnu / Matias de Albuquerque / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public rendição local. Domain Dedication. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Após a rendição das tropas ibéricas, os flamengos fundaram uma colônia. A administração coube a João Maurício de Nassau (príncipe Johann Moritz von Nassau-Siegen). A Companhia das Índias ofereceu crédito para os proprietários reconstruírem seus engenhos e comprarem escravizados. “Mauritsstad” (Cidade Maurícia), Recife, 1637-1644. Imagem: Peter Schenk the Elder (1660–1711) After Frans Post (1612–1680) / Vista da Cidade Maurícia (Recife), 1645 / Museu Nacional de Belas Artes / public domain. O nobre alemão-neerlandês Johann Moritz von Nassau-Siegen tem um lugar especial na História do Brasil. Conhecido pelo nome “brasileiro” de Maurício de Nassau, governou a colônia holandesa Willen Jacobz Delff / retrato gravado de Maurício de Nassau a partir de pintura de Michel de Mierveld, no nordeste do Brasil, com a capital em Recife, de 1637 / Museu do Estado de Pernambuco / public domain. 1637 a 1644. A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Nassau urbanizou o Recife, sede do governo holandês no Brasil, e implantou uma política de tolerância religiosa, que permitia a liberdade de culto a católicos e judeus, uma vez que os holandeses eram protestantes. A frota que levou o Conde de Nassau-Siegen para o Brasil, em 1636. Ilustração de Frans Post, 1647. A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL A dominação holandesa, em sua maior extensão, cobriu o litoral nordestino desde São Luís até o rio Vaza-Barris, no atual estado de Sergipe. Ergueram fortificações no Amazonas. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL Ilha de Marajó Forte Adriaanz’s Belém Forte Orange Forte Nassau A moeda do Brasil holandês Fortes Holandeses no Rio Amazonas “Homem Mulato“ pintura de Albert Eckhout, 1643. Museu Nacional da Dinamarca. Segundo Rebecca Parker Brienen, o homem retratado na pintura é um brasileiro servindo na Companhia das Índias Ocidentais. Acima, tropas mercenárias. À esquerda, soldado negro à serviço da Companhia das Índias Ocidentais. Autor anônimo. Instituto Ricardo Brennand, Recife HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA Em 1640, com o apoio da burguesia, dos padres jesuítas e de uma política de alianças com outros países, sobretudo com a Inglaterra, Portugal libertou- se do domínio espanhol, reconquistando a soberania política. As boas relações entre holandeses e os colonos que viviam no Brasil entraram em crise a partir de 1644, quando Nassau foi chamado de volta para a Europa. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA A Companhia passou a pressionar pelo pagamento dos empréstimos e intensificou a cobrança de impostos. No ano de 1645, eclodiu a Insurreição Pernambucana. A luta contra a Companhia foi um movimento interno, promovido pelos habitantes da colônia, e contou com ajuda muito discreta de Portugal. A guerra pela expulsão dos holandeses foi liderada pelos donos de engenhos e durou quase uma década. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil 1ª BATALHA DOS GUARARAPES (19 DE ABR. DE 1648) Ocorreram diversos confrontos. Do conjunto, destacam- se duas batalhas no Morro Guararapes. Na primeira, tropas sob o comando dos colonos (cerca de 2 mil homens) confrontaram as forças da Companhia (em torno de 7 mil homens e 6 peças de artilharia). As tropas da Companhia eram equipadas à moda europeia, com formação em campo pouco flexível; os rebeldes atuavam em frações menores e leves. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil 1ª BATALHA DOS GUARARAPES (19 DE ABR. DE 1648) A vanguarda holandesa foi atraída, ardilosamente, para uma passagem estreita entre morros e mangue (boqueirão=boca grande). O uso da tática de finta (retirada fingida ou falso recuo) e adoção de táticas de emboscada foram decisivos. O confronto resultou em cerca de 1.200 mortos e 700 feridos do lado holandês; e em torno de 80 mortos e 400 feridos entre os insurrectos. Morro dos Guararapes. Cidade de Recife ao fundo. O Parque Histórico Nacional dos Guararapes é tombado pelo IPHAN. Imagem: @Wikipedia Comnons HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil 2ª BATALHA DOS GUARARAPES (19 DE FEV. DE 1649) Em 18 de fevereiro de 1649, houve novo confronto, envolvendo mais de cinco mil soldados sob comando holandês, incluindo centenas de indígenas, negros e marinheiros. Os luso-brasileiros, igualmente composto de indígenas, negros e lusitanos e descendentes seguira adotando táticas de emboscada e movimentos de ataque em frações menores (“guerra brasílica”). Cerca de metade da tropa da Companhia pereceu. 2ª BATALHA DOS GUARARAPES (19 DE FEV. DE 1649) Os holandeses foram vencidos graças ao ataque surpresa (surpreendidos pelo sul e pela retaguarda), ao se engajaram precipitadamente em batalha com os 800 homens comandados por Fernandes Vieira. De posse de informações privilegiadas, camuflados nos pântanos em derredor, os luso-brasileiros aguardaram o momento ideal para o ataque. Na luta contra a ocupação holandesa destacou-se os Terços de Homens Pretos e Mulatos, comandados pelo negro Henrique Dias. Falecido Henrique Dias, todos os Terços e Milícias de negros no Brasil passaram se chamar “Terço dos Henriques“ ou simplesmente “Henriques”. Henrique Dias também comandava guerreiros Indígenas Tela votiva Batalha dos Guararapes, pintada em 1758. Museu Histórico Nacional, RJ. Canhão da Frota da Companhia Geral de Comércio do Brasil. Museu do Estado de Pernambuco. Imagem: @Wikipedia Comnons Representação romântica da Batalha dos Guararapes. Victor Meirelles (1832–1903) / Batalha dos Guararapes, from 1875 until 1879 / Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro) / public domain. Imagens Trip Advisor LIDERANÇAS DAS BATALHAS DOS GUARARAPES Imagem: Autor desconhecido/ public Imagem: Autor desconhecido / Retrato de Imagem: Autor desconhecido / Retrato de Imagem: Autor desconhecido / Retrato de domain. Filipe Camarão, séc. XVII / Museu do Henrique Dias, séc. XVII / Museu do André Vidal de Negreiros, séc. XVII / Estado de Pernambuco (Recife) / public Estado de Pernambuco (Recife) / public Museu do Estado de Pernambuco (Recife) domain. domain. / public domain. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil HOLANDESES DEIXAM O BRASIL Em 1654, após um cerco marítimo, e firmado acordo prevendo indenização a ser paga por Portugal, a Companhia das Índias Ocidentais. Ao saírem da colônia, levaram mudas de cana de açúcar e técnicas de produção, impulsionando a produção nas Antilhas holandesas. A pesada concorrência levou ao declínio do comércio do açúcar brasileiro, gerando crise econômica e o empobrecimento dos senhores de engenho. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil HOLANDESES DEIXAM O BRASIL A política holandesa teria formado no nordeste um Brasil mais forte economicamente e, desde o seu início, urbano? É difícil vislumbrar o sucesso do empreendimento diante do pouco desenvolvimento das colônias holandesas nas Antilhas e no Suriname, mas é fato que no Brasil as oportunidades eram maiores. HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental A colonização holandesa no Brasil HOLANDESES DEIXAM O BRASIL Não se deve negar muitos dos benefícios da política holandesa sob o conde Maurício de Nassau, incentivando a transformação da sociedade de Recife de agrária para urbana. Foram muitos os esforços em melhorias para a população local, com políticas de combate à fome e à monocultura e em favor do saneamento. Encerrada a ocupação holandesa, parcela da comunidade judaica migrou para onde hoje é Nova York. A Kahal Zur Israel (Congregação Rochedo de Israel) foi a primeira sinagoga das Américas. Imagem: @Wikipedia Comnons A colonização holandesa foi de caráter urbano, diferindo da instalada pelos portugueses, de perfil agrário. Dos possíveis erros do governo holandês, que acabou por favorecer a revolta e a perda de Pernambuco, foi o de não ter o domínio direto da Imagem: @Brasil_holandês terra. Considerações finais Em 1994, a data da Primeira Batalha de Guararapes (19 de abril de 1648), foi oficialmente adotada como data de nascimento do Exército Brasileiro, em homenagem a insurreição. Os insurretos foram escolhidos como símbolos de resistência e assumidos como heróis do Exército. Sítio de Guararapes, consultar: https://7rm.eb.mil.br/index.php/parque-historico RESUMO! Quadro resumo de autoria do Prof. Euclides Tavares, extraído de: https://slideplayer.com.br/slide/4343990/

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