Hipotises e Sistematização das Técnicas PDF

Summary

Este documento descreve 9 tipos diferentes de pedidos em terapia. Cada tipo é caracterizado por diferentes motivos para a consulta, com o objetivo de identificar e resolver problemas. São fornecidas ilustrações de exemplos com discussões sobre as interações, o que demonstra os diferentes níveis de demanda em terapia.

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Eixos de trabalho do terapeuta: Vertical ou transgeracional: Trabalham-se os mitos, papéis e funções da família, bem como o nível de autonomia e diferenciação de cada elemento. Horizontal ou ‘do aqui e agora’: Estudo, durante a sessão, dos padrões de interação da família em terapia, e do modo...

Eixos de trabalho do terapeuta: Vertical ou transgeracional: Trabalham-se os mitos, papéis e funções da família, bem como o nível de autonomia e diferenciação de cada elemento. Horizontal ou ‘do aqui e agora’: Estudo, durante a sessão, dos padrões de interação da família em terapia, e do modo como o sistema lida com as dificuldades Pedidos:​ 1. Não-pedido: Caso: Uma mulher de 58 anos busca terapia porque a sua filha, estudante de psicologia, insistiu. ​ Relato inicial: Ela sabe o que "deveria" fazer (se separar do marido), mas já decidiu não mudar. Ela busca confirmar a sua decisão de não agir. ​ Intervenção do terapeuta: O terapeuta reconhece a sua postura e valida, concluindo a consulta sem outras intervenções. ​ Reflexão: A paciente não traz uma demanda real, mas comparece para contentar a filha e justificar a sua posição. 2. Pedido confirmatório: Caso: Mónica, 38 anos, está insatisfeita com o comportamento irresponsável do marido. ​ Relato inicial: O marido vive para festas e negligencia as suas responsabilidades familiares. Mónica acredita que mudar para Miami resolverá o problema. ​ Processo terapêutico: A terapia explora alternativas, como separação ou reorganização de papéis no casamento, mas a Mónica já está decidida sobre a mudança. ​ Desfecho: Após meses, ela muda-se e relata melhoras na relação, atribuindo o sucesso à sua decisão, usando a terapia como suporte para reafirmar a sua crença inicial. 3. Pedido mágico: Caso: Pacientes que buscam soluções imediatas e milagrosas. ​ Exemplo: Um paciente espera que o terapeuta, usando os seus "poderes", resolva os seus problemas sem esforço do próprio paciente. ​ Resposta do terapeuta: O terapeuta esclarece que a psicoterapia exige comprometimento e tempo, negando expectativas mágicas. ​ Reflexão: A resistência do paciente pode levar ao abandono precoce da terapia. 4. Pedido sintomático: Caso: Um paciente com uma úlcera estomacal é encaminhado pelo cirurgião. ​ Relato inicial: O médico explica que a causa da úlcera é provavelmente psicológica, encorajando o paciente a buscar terapia para evitar recorrência. ​ Intervenção terapêutica: O paciente trabalha questões familiares e profissionais subjacentes, resultando em mudanças significativas e duradouras. ​ Reflexão: A demanda inicialmente centrada no sintoma físico é expandida para incluir questões psicológicas profundas. 5. Pedido inespecífico: Caso: Um paciente relata confusão geral sem saber ao certo o que busca. ​ Relato inicial: "Não sei o que me acontece, mas algo está errado". ​ Processo terapêutico: O terapeuta reformula a demanda, explorando questões subjacentes e ajudando o paciente a identificar o problema real. ​ Reflexão: A clareza emerge ao longo da interação, quando o paciente se sente compreendido e validado. 6. Pedido específico: o objetivo é solucionar problemas psicológicos previamente identificados. O pedido vem claramente dirigido ao psicólogo e é expresso com clareza. Exemplo: Uma mulher procura um psicólogo após ter sido diagnosticada com transtorno de ansiedade. Ela diz:​ "Tenho crises de pânico frequentes e fui encaminhada pelo meu psiquiatra. Quero aprender a controlar essas crises e entender o que as causa." ​ O pedido é claro e direcionado, com um problema psicológico identificado. 7. Pedido perverso: o objetivo é satisfazer de forma direta necessidades próprias de vinculação, sexo ou poder na relação profissional. Exemplo: Um cliente faz comentários inadequados durante a sessão, dizendo:​ "Você é muito atraente, acho que poderia me ajudar de um jeito... especial." ​ O objetivo do pedido está além da terapia, buscando atender a necessidades pessoais inadequadas, como sedução ou manipulação. 8. Pedido vicariante: o objetivo é implicar um terceiro na psicoterapia. O cliente coloca um pedido cujo possível beneficiário não está presente nem sequer delegou esta função. A posição do cliente é muito passiva e está dirigida a provocar no psicólogo uma posição a seu favor e contra o terceiro, com o objetivo de o trazer à psicoterapia e modificar o seu comportamento. Exemplo: Um pai procura o psicólogo e diz:​ "Estou aqui porque minha filha adolescente é muito rebelde. Quero que você a ajude a se comportar melhor." ​ A filha, que seria a principal beneficiária da terapia, não está presente nem pediu ajuda. O pai tenta transferir ao psicólogo a responsabilidade de mudar o comportamento da filha. 9. Pedido delegado: o objetivo é passar um paciente problemático a outro colega → acontece muito aos idosos - devolver-lhes o poder de decisão, que quem decide se precisa de vir à consulta de psicologia é ela própria. Exemplo: Um médico encaminha uma idosa para terapia, e ela diz:​ "O doutor me mandou vir, mas não sei por que estou aqui. Ele acha que estou deprimida, mas eu não penso isso." ​ O pedido é delegado por outra pessoa, e a idosa não tem certeza se deseja ou precisa da terapia. O trabalho inicial do psicólogo seria ajudá-la a decidir se ela realmente quer participar. 10. Pedido coligado: o objetivo é prejudicar um terceiro por diagnóstico ou tratamento. Pode dar-se o caso do cliente fazer uma tentativa de estabelecer uma coligação com o psicólogo contra si mesmo. Exemplo: “Quero que você avalie meu filho e prove que ele tem problemas para que eu possa convencer o pai a fazer o que eu mando em casa." ​ O objetivo é prejudicar ou manipular um terceiro (o pai, neste caso), utilizando o psicólogo como aliado em um conflito familiar. Hierarquia aberta: São as hierarquias visíveis e reconhecidas por todos os membros do sistema. Geralmente, baseiam-se em: ​ Idade: Os pais têm autoridade sobre os filhos, os avós têm um lugar de respeito na família. Hierarquia encoberta: São hierarquias implícitas, não reconhecidas conscientemente pelos membros do sistema e que operam nos bastidores, influenciando as dinâmicas relacionais. Estas hierarquias podem surgir devido a diversos fatores, como: ​ Alianças secretas: Dois ou mais membros do sistema podem formar uma aliança contra outro, exercendo um poder oculto. ​ Segredos familiares: Segredos mantidos dentro da família podem influenciar as dinâmicas de poder e criar hierarquias não declaradas. ​ Dinâmicas emocionais não resolvidas: Traumas passados, lutos não elaborados ou conflitos não resolvidos podem criar desequilíbrios de poder e hierarquias ocultas. ​ Padrões de comunicação disfuncionais: Padrões de comunicação como a manipulação, a vitimização ou a agressividade passiva podem ser usados para exercer poder de forma encoberta. Exemplos de Hierarquias Encobertas: ​ Numa família em que um dos filhos assume o papel de "pacificador" para evitar conflitos entre os pais, este filho pode estar a exercer um poder encoberto, influenciando as dinâmicas familiares sem que isso seja reconhecido explicitamente. ​ Num casal em que um dos parceiros tem um historial de dependência emocional, este pode exercer um poder encoberto através da manipulação emocional, levando o outro parceiro a sentir-se responsável pelo seu bem-estar. ​ Numa empresa em que um funcionário tem uma relação próxima com o chefe, este pode exercer uma influência desproporcional nas decisões, criando uma hierarquia paralela à hierarquia formal. Limites difusos: onde as fronteiras entre identidade e fronteiras são pouco definidas.​ ​ Limites rígidos: onde há pouca comunicação e interação.​ ​ Relação simétrica: relações baseadas na igualdade e minimização da diferença, há um perigo de competitividade, discutem mais, há maior tensão.​ ​ Relação complementar: relações baseadas na maximização da diferença, há uma rigidez maior, porque se um faltar o outro não sabe como substituir. ​ ​ Sistemas aglutinados: Evitam o conflito pela negação das diferenças; dificuldade em permitir o desenvolvimento e a autonomia individuais. Sistemas desagregados: Evitam conversas acerca da mudança; têm dificuldade em mobilizar apoio quando um membro precisa. O sintoma (paciente designado): Comportamento disruptivo é sinal de que as necessidade de autonomia e diferenciação foram sacrificadas para manter as relações familiares disfuncionais. A família torna-se rígida quando não tem capacidade ou meios para assimilar a mudança, quando as regras não lhe permitem ajustar às fases do ciclo de vida individual e familiar: membros investem muita energia em manter os papéis estereotipados.​ ​ Modelo de Vinculação Romântica: 1. Seguro: é relativamente fácil para mim tornar-me emocionalmente próximo dos outros. Estou confortável a depender dos outros e a ter outros a depender de mim. Não me preocupo em ficar sozinho ou com o fato de os outros poderem não me aceitar. → altos níveis de compromisso, estabilidade e satisfação sexual 2. Desinvestido: Estou confortável sem relações emocionais próximas. É muito importante para mim sentir-me independente e auto-suficiente, e prefiro não depender dos outros nem ter os outros a depender de mim. → níveis mais baixos de satisfação sexual, alto desconforto com intimidade e proximidade, não tão afetado por experiências negativas como outros estilos, mas também com menor percepção dos benefícios 3. Preocupado: Quero ter uma relação de completa intimidade com os outros, mas frequentemente penso que os outros ficam relutantes e não querem tanta proximidade quanto a que eu desejaria. Não estou confortável quando não tenho relações próximas, e às vezes preocupo-me com o fato de os outros não me valorizarem da mesma forma que os valorizo a eles. → maior tendência a usar o sexo para satisfazer necessidades de intimidade emocional e segurança; preocupados com problemas de relacionamento; excessivamente preocupado com as necessidades do parceiro; maior desejo sexual e paixão, mas níveis mais baixos de satisfação sexual e conjugal Ligação mais forte entre sexual e relacionamento satisfação 4. Amedrontado: Não me sinto completamente à vontade quando me aproximo dos outros. Quero uma relação emocional próxima, mas acho difícil confiar plenamente nos outros ou depender deles. Às vezes antecipo que me vou magoar se permitir uma aproximação grande aos outros.​ ​ Fases do ciclo de vida: ​ Início do Sistema Familiar: início da vida conjugal, geralmente quando duas pessoas decidem formar um casal. ​ Expansão: Ocorre com a chegada de filhos e a transição para a parentalidade. ​ Desenvolvimento: período em que os filhos crescem e se tornam mais independentes. ​ Saída dos filhos: fase do "ninho vazio", ocorre quando os filhos deixam a casa para iniciar suas próprias vidas. ​ Envelhecimento: Fase final do ciclo de vida familiar, marcada pelo envelhecimento dos membros do casal e pela adaptação às mudanças físicas, sociais e emocionais. Adultez emergente: ​ Estabelecer o sentido de identidade (exploração e oportunidades) ​ Desenvolvimento da intimidade (formar relações e manter; lidar com e aprender com as separações amorosas) ​ Diferenciação (autonomia) Como funciona a triangulação? Quando há um conflito ou tensão entre duas pessoas (como um casal ou um pai e um filho), pode surgir a necessidade de desviar ou diluir essa tensão. Para isso, uma terceira parte é envolvida no sistema relacional, formando um triângulo. Exemplos comuns incluem: ​ Pais e filhos: Quando um casal enfrenta dificuldades conjugais, um dos pais pode-se aproximar excessivamente de um filho, criando uma aliança que desvia a atenção do conflito conjugal. ​ Amizades e grupos: Em grupos de amigos, uma pessoa pode se aliar a outra para lidar com conflitos internos no grupo. ​ Ambientes de trabalho: Um chefe pode envolver um funcionário para mediar um problema com outro colega. Características principais da triangulação: ​ Estabilização temporária: A tensão é reduzida temporariamente, mas não é resolvida. ​ Desvio do problema original: O foco muda do conflito entre as duas partes originais para a relação com a terceira parte. ​ Manutenção do padrão disfuncional: Pode perpetuar ciclos de conflito ao invés de promover uma verdadeira resolução. Triangulação: Se um casal enfrenta dificuldades no relacionamento, um dos cônjuges pode se aproximar emocionalmente do filho, buscando apoio e formando uma aliança que desvia o foco do problema conjugal. Isso pode fazer com que o filho sinta-se responsável pelo bem-estar emocional do pai ou mãe, o que pode gerar consequências negativas para o seu desenvolvimento emocional. Como a terapia sistémica aborda a triangulação? O terapeuta ajuda a identificar esses padrões e a trabalhar na comunicação e resolução direta entre as partes envolvidas, promovendo a diferenciação emocional e a resolução saudável dos conflitos. O que é o cut-off? O cut-off ocorre quando uma pessoa, ao invés de enfrentar e processar os conflitos emocionais dentro da sua família de origem, opta por se afastar física ou emocionalmente, acreditando que o distanciamento resolverá o desconforto. No entanto, esse afastamento geralmente não implica uma verdadeira resolução emocional, mas sim uma forma de evitação do problema. Exemplos comuns de cut-off: ​ Distância física: Mudar-se para longe da família, com pouco ou nenhum contacto. ​ Distância emocional: Permanecer em proximidade física, mas sem partilhar sentimentos, pensamentos ou experiências pessoais. ​ Conflitos não resolvidos: Evitar discutir assuntos sensíveis ou dolorosos, ignorando os problemas. Consequências do cut-off: ​ Repetição de padrões: As questões emocionais não resolvidas podem reaparecer noutras relações (como casamento ou amizades). ​ Ansiedade aumentada: A falta de resolução interna pode intensificar a ansiedade emocional e a reatividade noutras situações de stress. ​ Falta de diferenciação emocional: A pessoa pode continuar emocionalmente ligada à família de forma reativa, mesmo sem contacto direto. Relação com a Diferenciação do Self: Bowen relaciona o cut-off com o nível de diferenciação do self. Pessoas com baixa diferenciação tendem a recorrer ao cut-off como forma de gerir a ansiedade familiar. Como a Terapia Sistémica aborda o cut-off? A abordagem terapêutica baseada em Bowen foca-se em: ​ Reestabelecer o contacto emocional: Trabalhar a comunicação saudável e o confronto respeitoso de questões pendentes. ​ Promover a diferenciação do self: Ajudar o indivíduo a encontrar equilíbrio entre autonomia e ligação emocional. ​ Explorar o genograma: Usar ferramentas como o genograma para entender padrões familiares transgeracionais. Como funciona o processo projetivo familiar? Esse processo geralmente ocorre de forma involuntária e é motivado pela ansiedade emocional não resolvida dos pais. Eles tendem a focar-se excessivamente em um ou mais filhos, atribuindo-lhes preocupações, problemas ou expectativas que, na verdade, refletem as suas próprias dificuldades emocionais. Exemplos típicos incluem: ​ Superproteção: Um pai ansioso pode ver um filho como frágil ou incapaz, projetando o seu próprio medo de falhar no filho. ​ Desvalorização: Um filho pode ser visto como rebelde ou problemático, refletindo conflitos internos do próprio pai. ​ Idealização: Atribuir a um filho o papel de “perfeito”, esperando que ele compense falhas percebidas nos próprios pais. Efeitos da projeção familiar: A projeção familiar pode afetar o desenvolvimento emocional do filho de várias formas: ​ Baixa diferenciação do self: O filho pode crescer com dificuldades em distinguir os seus próprios sentimentos dos dos pais. ​ Ansiedade emocional: O filho pode absorver as preocupações e inseguranças dos pais, tornando-se ansioso ou inseguro em contextos de autonomia. ​ Papel fixo na família: O filho pode ser rotulado (o "problema", o "responsável", o "frágil") e essa identidade pode limitar o seu crescimento pessoal. Relação com Outros Conceitos de Bowen: ​ Triangulação: A projeção familiar muitas vezes ocorre em triângulos emocionais, onde um filho é usado para aliviar tensões no casamento. ​ Diferenciação do Self: Filhos alvo de projeção podem ter dificuldade em desenvolver uma identidade separada e emocionalmente diferenciada dos pais. Como é que a Terapia Sistémica aborda a projeção familiar? ​ Identificação de padrões: O terapeuta ajuda a família a reconhecer como os pais projetam as suas ansiedades nos filhos → através das questões reflexivas. ​ Genograma: Ferramenta útil para mapear a transmissão intergeracional de padrões emocionais. ​ Diferenciação emocional: Promover a autonomia emocional e a clarificação de fronteiras entre pais e filhos. O que é a diferenciação do self? A diferenciação envolve duas dimensões principais: 1.​ Diferenciação intrapsíquica (interna): ○​ Capacidade de distinguir entre pensamentos e emoções. ○​ A pessoa consegue refletir de forma racional sobre uma situação emocional sem ser dominada pelos seus sentimentos. ○​ Exemplo: Alguém que consegue lidar com um conflito sem reagir impulsivamente, refletindo antes de agir. 2.​ Diferenciação interpessoal (relacional): ○​ Capacidade de manter relações próximas e significativas sem perder a identidade pessoal. ○​ Conseguir manter a sua opinião e valores mesmo quando há pressão para conformar-se. ○​ Exemplo: Um indivíduo que mantém a sua opinião política, mesmo quando a família discorda fortemente. Níveis de diferenciação do self: Bowen sugeriu que a diferenciação ocorre num continuum, onde: ​ Alta diferenciação: ○​ Pessoa consegue gerir as suas emoções sem ser controlada por elas. ○​ Mantém a sua individualidade em relações próximas. ○​ Gera relações mais equilibradas e menos reativas. ​ Baixa diferenciação: ○​ Pessoa tem dificuldade em separar emoções de pensamentos. ○​ É mais vulnerável a fusões emocionais e reatividade. ○​ Pode ter comportamentos de cut-off (corte emocional) ou dependência excessiva nas relações. Relação com outros conceitos de Bowen: ​ Projeção Familiar: Pessoas com baixa diferenciação tendem a projetar ansiedades nos filhos. ​ Triangulação: Indivíduos menos diferenciados podem recorrer à triangulação para lidar com tensões. ​ Ansiedade Familiar: Uma baixa diferenciação geralmente amplifica a ansiedade em momentos de stress familiar. Como promover a diferenciação do self na terapia sistémica? ​ Consciência Emocional: Ajudar a identificar e separar pensamentos e emoções. ​ Exploração do Genograma: Analisar padrões familiares intergeracionais. ​ Exposição Gradual: Incentivar o contacto com a família de origem de forma consciente e emocionalmente equilibrada. ​ Autonomia Emocional: Trabalhar na capacidade de manter uma identidade pessoal estável em contextos familiares desafiadores. O processo emocional da família nuclear refere-se ao conjunto de padrões emocionais e dinâmicas disfuncionais que ocorrem dentro da família nuclear (pais e filhos) e que influenciam a forma como os membros lidam com a ansiedade e os conflitos. Bowen argumentava que a família nuclear funciona como um sistema emocional interligado, onde a ansiedade e os problemas emocionais se propagam e influenciam todos os membros. Esses padrões tendem a ser inconscientes e automáticos, moldando a forma como os membros se relacionam. Principais padrões do processo emocional da família nuclear: Bowen identificou quatro padrões principais pelos quais a ansiedade e a tensão emocional se manifestam nas famílias nucleares: 1.​ Conflito Conjugal: ○​ A ansiedade no sistema familiar é focada no relacionamento do casal. ○​ Conflitos frequentes, discussões constantes ou uma dinâmica de culpabilização mútua. ○​ Os parceiros tornam-se emocionalmente reativos, tentando controlar ou culpar o outro como forma de aliviar o desconforto. 2.​ Disfunção de um Cônjuge: ○​ Um dos membros do casal absorve a maior parte da tensão emocional, tornando-se excessivamente ansioso, crítico ou até fisicamente sintomático. ○​ Pode manifestar-se como depressão, ansiedade crónica ou dependência emocional. 3.​ Projeção Familiar nos Filhos: ○​ Os pais projetam as suas ansiedades e questões emocionais não resolvidas nos filhos. ○​ Pode levar a uma atenção excessiva em um filho, rotulando-o como o "problemático" ou o "frágil". ○​ O filho alvo dessa projeção pode desenvolver dificuldades emocionais e relacionais. 4.​ Distanciamento Emocional (Cut-Off): ○​ Para lidar com a tensão, um ou mais membros podem emocionalmente ou fisicamente distanciar-se da família. ○​ Embora o distanciamento reduza o conflito imediato, não resolve os problemas emocionais subjacentes. Impacto do Processo Emocional da Família Nuclear: ​ Ciclo Intergeracional: Os padrões emocionais tendem a repetir-se de geração em geração. ​ Baixa Diferenciação do Self: Os membros da família podem ter dificuldade em manter a sua identidade emocional separada das dinâmicas familiares. ​ Ansiedade Crónica: Se os padrões não forem identificados e trabalhados, podem gerar níveis elevados de ansiedade e disfunção emocional. Intervenção Terapêutica na Perspectiva Sistémica: ​ Identificação de Padrões: Ajudar a família a reconhecer como esses padrões emocionais se manifestam. ​ Exploração do Genograma: Usar o genograma para mapear padrões transgeracionais. ​ Promoção da Diferenciação do Self: Trabalhar o equilíbrio entre autonomia emocional e ligação familiar. ​ Redução da Ansiedade: Técnicas para lidar de forma saudável com o stress familiar. O processo de transmissão multigeracional: os padrões emocionais, crenças, níveis de diferenciação do self e dinâmicas familiares disfuncionais são transmitidos de uma geração para a seguinte ao longo do tempo. Bowen argumentava que as famílias tendem a repetir, de forma inconsciente, padrões emocionais e relacionais, o que pode perpetuar problemas emocionais e níveis de ansiedade semelhantes entre gerações. Esse processo contribui para a formação de identidades familiares e influencia a forma como os membros lidam com o stress e os relacionamentos. Como Funciona o Processo de Transmissão Multigeracional? O processo ocorre através de pequenos e cumulativos padrões de interação ao longo de várias gerações. Alguns pontos importantes: 1.​ Diferenciação do Self e Herança Emocional: ○​ Pais com baixa diferenciação do self (dificuldade em separar pensamentos de emoções) tendem a projetar ansiedades nos filhos. ○​ Filhos criados em ambientes com fusão emocional ou corte emocional podem ter dificuldades semelhantes na sua vida adulta. 2.​ Projeção Familiar: ○​ Os pais escolhem, muitas vezes inconscientemente, um ou mais filhos para projetar as suas ansiedades emocionais. ○​ O filho alvo da projeção tende a desenvolver níveis de diferenciação mais baixos, repetindo os padrões familiares. 3.​ Repetição de Padrões: ○​ Conflitos conjugais, estilos parentais rígidos, ansiedade ou problemas de saúde emocional podem repetir-se. ○​ Por exemplo, uma mãe superprotetora pode ter sido criada por uma mãe ansiosa e repetir esse comportamento com os seus próprios filhos. 4.​ Escalada de Sintomas: ○​ Com o passar das gerações, os padrões emocionais não resolvidos podem intensificar-se, levando a sintomas mais graves como depressão, ansiedade ou rupturas familiares. Exemplo Prático: ​ Avós: Relacionamento marcado por falta de comunicação e conflitos não resolvidos. ​ Pais: Um dos pais torna-se emocionalmente dependente do cônjuge ou projeta ansiedade nos filhos. ​ Filhos: Um filho torna-se o "problema" da família, repetindo padrões emocionais e relacionais semelhantes quando adulto. Relação com Outros Conceitos de Bowen: ​ Diferenciação do Self: A transmissão multigeracional está ligada ao nível de diferenciação passado de pais para filhos. ​ Projeção Familiar: A projeção é o mecanismo pelo qual a transmissão ocorre. ​ Ansiedade Familiar: A ansiedade emocional é perpetuada e pode intensificar-se de geração em geração. Como Intervir no Processo de Transmissão Multigeracional: ​ Genograma: Ferramenta utilizada para mapear padrões familiares ao longo de três ou mais gerações. ​ Conscientização: Ajudar os membros da família a identificar padrões herdados. ​ Aumento da Diferenciação: Trabalhar o equilíbrio entre autonomia emocional e conexão familiar. ​ Reenquadramento de Relações: Promover comunicações mais abertas e saudáveis. O conceito de posição na fratria refere-se ao impacto que a ordem de nascimento de um indivíduo dentro de uma família (irmãos) tem no seu desenvolvimento emocional, nas suas relações familiares e no nível de diferenciação do self. Bowen acreditava que a posição na fratria influenciava o papel que cada filho desempenha na dinâmica familiar e como os padrões emocionais e a ansiedade são distribuídos entre os irmãos. Essa ideia conecta-se com a forma como a projeção emocional e o processo de transmissão multigeracional afetam os membros da família. Características Típicas da Posição na Fratria: 1.​ Filho Mais Velho: ○​ Frequentemente assume o papel de líder ou responsável. ○​ Tende a ser mais ansioso, especialmente quando os pais projetam nele expectativas elevadas. ○​ Pode desenvolver maior conformismo ou desejo de agradar. 2.​ Filho do Meio: ○​ Pode desenvolver um papel de mediador ou pacificador nas dinâmicas familiares. ○​ Muitas vezes busca independência ou sente-se "esquecido". ○​ Tende a desenvolver maior flexibilidade nas relações sociais. 3.​ Filho Mais Novo: ○​ Frequentemente visto como o "bebê" da família, o que pode resultar em proteção excessiva. ○​ Pode ter mais liberdade, mas também menor nível de diferenciação, especialmente se for alvo de projeção familiar. ○​ Pode apresentar comportamentos mais criativos ou rebeldes. 4.​ Filho Único: ○​ Pode assumir características semelhantes ao filho mais velho, mas de forma mais intensa. ○​ Muitas vezes sente-se sob foco excessivo dos pais, levando a maior pressão emocional. Como a Posição na Fratria Relaciona-se com a Diferenciação do Self: ​ Nível de Diferenciação: O filho mais velho em famílias com alta ansiedade pode desenvolver menor diferenciação, pois tende a absorver as tensões parentais. ​ Triangulação: Irmãos podem ser usados em dinâmicas de triangulação para aliviar tensões entre os pais. ​ Projeção Familiar: Um ou mais filhos podem ser alvo de projeção de expectativas ou ansiedades. Fatores que Influenciam a Posição na Fratria: ​ Diferenças de idade entre irmãos. ​ Género e dinâmicas culturais. ​ Eventos familiares (separações, falecimentos, mudanças). Intervenção Terapêutica: ​ Exploração do Genograma: Para identificar como a posição na fratria afeta a diferenciação do self. ​ Consciência Familiar: Ajudar a família a reconhecer e equilibrar os papéis atribuídos inconscientemente. ​ Promoção da Diferenciação: Trabalhar para que todos os membros desenvolvam uma identidade emocional mais autónoma. O processo emocional societal descreve como as mesmas forças emocionais e padrões de regulação da ansiedade presentes nas famílias também ocorrem em sociedades inteiras, influenciando o comportamento coletivo, as dinâmicas culturais e até as crises sociais. Bowen argumentava que os sistemas familiares e sociais operam sob princípios emocionais semelhantes, especialmente em períodos de stress ou ansiedade elevada. Assim como as famílias, as sociedades tendem a reagir emocionalmente ao stress, manifestando padrões como a reatividade emocional, o corte emocional e a projeção de ansiedades em subgrupos. Como Funciona o Processo Emocional Societal? O processo emocional societal ocorre quando a ansiedade coletiva e as tensões sociais influenciam comportamentos e decisões a nível comunitário ou nacional. Algumas características principais: 1.​ Aumento da Ansiedade Coletiva: ○​ Eventos como crises económicas, pandemias ou desastres naturais elevam a ansiedade de toda a sociedade. ○​ Essa ansiedade pode gerar reações emocionais automáticas e impulsivas, como pânico ou busca por culpados. 2.​ Projeção da Ansiedade: ○​ A sociedade tende a projetar ansiedades em certos grupos ou minorias, culpando-os pelos problemas sociais. ○​ Exemplo: Discriminação de certos grupos durante momentos de crise ou conflito político. 3.​ Polarização e Conflito: ○​ O aumento da ansiedade pode levar a divisões sociais mais rígidas e polarização de opiniões. ○​ Grupos tornam-se mais reativos e menos capazes de dialogar racionalmente. 4.​ Corte Emocional: ○​ Segmentos da sociedade podem isolar-se ou evitar o confronto direto com os problemas emocionais, buscando soluções rápidas e superficiais. 5.​ Baixa Diferenciação Coletiva: ○​ Sociedades com baixa diferenciação reagem de forma mais emocional e impulsiva, enquanto sociedades mais diferenciadas conseguem lidar com o stress de forma mais racional e ponderada. Exemplos Práticos de Processo Emocional Societal: ​ Da família para a sociedade: se a escola, os pais diz isto, se ela vai a tribunal e é desculpada, estamos a transmitir uma mensagem que não é só familiar, mas também da sociedade. ​ A sociedade também transmite mensagens à família: inflação das notas. A pressão que hoje em dia as famílias têm para as notas e resultados, que as escolas não são só um processo de aprendizagem mas também de resultados. É um exemplo que se reflete na terapia. Há coisas que são comuns a toda a gente e comuns ao momento em que estamos a viver e que as sociedades têm forças de regressão e progressão. Às vezes regredimos para ditaduras e também progredimos para a família. Relação com Outros Conceitos de Bowen: ​ Ansiedade Familiar: A ansiedade coletiva funciona de forma semelhante à ansiedade familiar, afetando o comportamento do grupo. ​ Diferenciação do Self: Sociedades mais diferenciadas têm cidadãos mais capazes de pensar de forma crítica e agir com menos reatividade. ​ Triangulação: Grupos podem ser usados como "bodes expiatórios" para aliviar a tensão coletiva. Princípios Comuns da Intervenção Sistémica: ​ Circularidade: Compreender os problemas como parte de um ciclo de interações, onde causa e efeito se influenciam mutuamente. ​ Neutralidade: Manter uma postura imparcial em relação aos diferentes membros do sistema, procurando compreender a perspetiva de cada um. ​ Hipotetização: Formular hipóteses sobre as dinâmicas familiares ou relacionais, que são constantemente revistas e reformuladas ao longo do processo terapêutico. A hipótese tem que incluir sempre todos os membros do sistema. ​ Ênfase na comunicação: Explorar os padrões de comunicação dentro do sistema, procurando identificar bloqueios, mal-entendidos e padrões disfuncionais. Técnicas Utilizadas na Intervenção Individual Sistémica: ​ Escultura Familiar: Uma técnica em que o indivíduo representa a sua família através de posturas corporais, simbolizando as relações e dinâmicas entre os membros. ​ Questionamento Circular: Perguntas que exploram as relações entre os membros da família e como as ações de um afetam os outros. Por exemplo, "Como acha que a sua mãe reage quando o seu pai fica zangado?". ​ Externalização do Problema: Separar o problema da identidade do indivíduo, ajudando-o a perceber que ele não é o problema, mas sim que o problema o está a afetar. ​ Reenquadramento/Reformulação: Reinterpretar um comportamento ou situação de uma forma mais positiva ou construtiva, alterando a sua perceção → validar todos + reformulação + questionar se faz sentido. ​ Questionamento reflexivo: Numa situação em que um indivíduo tem dificuldade em dizer "não" a pedidos dos outros, o terapeuta pode usar o questionamento reflexivo: "O que te leva a aceitar este pedido mesmo quando não queres?"; "Como te sentes depois de ter dito 'sim' quando querias dizer 'não'?"; "Quais as consequências de aceitares sempre os pedidos dos outros?"; "O que te impede de dizer 'não'?"; "O que aconteceria se dissesses 'não'?" Estas perguntas ajudam o indivíduo a refletir sobre os seus padrões de comportamento, a identificar as suas necessidades e limites, e a desenvolver estratégias para comunicar as suas fronteiras de forma mais assertiva. Técnicas Utilizadas na Intervenção Familiar Sistémica: ​ Reestruturação: Modificar a organização e hierarquia familiar, promovendo limites claros e papéis mais funcionais. ​ Escultura Familiar: com ênfase no espaço físico entre os membros da família, representando a proximidade ou distanciamento emocional. ​ Intervenção na triangulação: I-position: Quem projeta → se acusar o outro, deve comunicar diretamente sentimentos e necessidades; Quem absorve → Colocar limites sem internalizar e se defender; Terceira parte → Não alimentar o triângulo e incentivar o diálogo direto. ​ Reenquadramento/Reformulação: Reinterpretar um comportamento ou situação de uma forma mais positiva ou construtiva, alterando a sua perceção → validar todos + reformulação + questionar se faz sentido. ​ Prescrição de Tarefas: Atribuir tarefas à família para realizar entre as sessões, com o objetivo de experimentar novas formas de interação. ​ Trabalho com Fronteiras: Explorar e ajustar as fronteiras entre os subsistemas familiares (ex: casal, pais-filhos, irmãos), promovendo uma maior clareza e funcionalidade. ​ Externalização do Problema: Separar o problema da identidade do indivíduo, ajudando-o a perceber que ele não é o problema, mas sim que o problema o está a afetar. ​ Representação: Ajudar o casal a desenvolver estratégias construtivas para lidar com os conflitos, promovendo o diálogo e a negociação. ​ Questionamento reflexivo: ajuda a distinguir as responsabilidades de cada um dentro do sistema, definição de papéis, evitando a sobrecarga e o ressentimento: “qual é o papel de um pai?”; “o que te leva a assumir responsabilidades que não são tuas?”; “o que te impede de delegar esta tarefa?”. Técnicas Utilizadas na Intervenção de Casal Sistémica: ​ Identificação de Padrões Interacionais: Explorar os ciclos de interação que mantêm os problemas do casal, como por exemplo, padrões de perseguição-distanciamento. ​ Melhoria da Comunicação: Ensinar técnicas de comunicação eficaz, como a escuta ativa e a expressão clara de sentimentos e necessidades. ​ Representação: Ajudar o casal a desenvolver estratégias construtivas para lidar com os conflitos, promovendo o diálogo e a negociação. ​ Exploração de Expectativas e Crenças: Examinar as expectativas que cada parceiro tem em relação ao relacionamento e as crenças que influenciam as suas interações. ​ Identificação de Necessidades Emocionais: Explorar as necessidades emocionais de cada parceiro no relacionamento e como estas estão a ser satisfeitas ou negligenciadas. ​ Prescrição Paradoxal: Utilizar instruções que parecem contraditórias, mas que visam quebrar padrões rígidos e promover mudanças. ​ Externalização do Problema: Separar o problema da identidade do indivíduo, ajudando-o a perceber que ele não é o problema, mas sim que o problema o está a afetar. ​ Reenquadramento/Reformulação: Reinterpretar um comportamento ou situação de uma forma mais positiva ou construtiva, alterando a sua perceção → validar todos + reformulação + questionar se faz sentido. ​ Conflitos conjugais triangulados em crianças: restabelecer os limites entre subsistemas (pais e filhos) para que o casal lide diretamente com os conflitos. ​ Questionamento reflexivo: explorar um padrão de conflito recorrente. Em vez de dizer "Vocês precisam aprender a se comunicar melhor", o terapeuta pode perguntar: "Quando vocês começam a discutir, o que acontece geralmente?"; "Como você se sente quando ele(a) diz isso?"; "O que você costuma fazer em seguida?"; "Como você acha que ele(a) interpreta a sua reação?" Através dessas perguntas, o casal é levado a refletir sobre o padrão de interação, identificar os gatilhos e as consequências, e a encontrar novas formas de lidar com os conflitos. ​ Escultura: com ênfase no espaço físico entre o casal, representando a proximidade ou distanciamento emocional. Questionamento Circular: ​ Foco nas relações e interações: O principal objetivo do questionamento circular é explorar as relações entre as pessoas dentro de um sistema (família, casal, equipa, etc.) e como as ações de um membro afetam os outros. Procura identificar padrões de interação, sequências comportamentais e a forma como a informação circula dentro do sistema. ​ Ênfase na circularidade: O termo "circular" refere-se à ideia de que causa e efeito se influenciam mutuamente num ciclo contínuo. As perguntas circulares procuram desvendar esses ciclos, questionando sobre as reações e os impactos das ações de cada membro nos outros. ​ Exemplos de perguntas circulares: ○​ "Como acha que a sua mãe reage quando o seu pai fica zangado?" ○​ "O que acontece entre vocês quando surge um conflito?" ○​ "Quem na família se preocupa mais com esta situação?" ○​ "Se o seu irmão mudasse este comportamento, como acha que isso afetaria o resto da família?" ​ Objetivo principal: Compreender as dinâmicas relacionais, os padrões de interação e a forma como a informação circula dentro do sistema. Questionamento Reflexivo: ​ Foco na reflexão individual e na auto-descoberta: O questionamento reflexivo centra-se mais na reflexão individual, procurando ajudar a pessoa a explorar os seus próprios pensamentos, sentimentos, crenças e experiências. Visa promover a auto-consciência e a compreensão profunda de si mesmo. ​ Ênfase na abertura e na exploração: As perguntas reflexivas são abertas e convidam a uma exploração mais profunda da experiência do indivíduo, sem direcionar para respostas específicas. O terapeuta procura acompanhar o raciocínio do cliente e formular novas perguntas com base no que é dito. ​ Exemplos de perguntas reflexivas: ○​ "O que te leva a pensar isso?" ○​ "Como te sentiste nessa situação?" ○​ "Quais as consequências dessa ação para ti?" ○​ "O que aprendeste com esta experiência?" ​ Objetivo principal: Promover a auto-reflexão, a auto-descoberta e a compreensão profunda da experiência individual.

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