Exame Degradação de Materiais PDF
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This document is an exam paper containing questions about material degradation focusing on electrode behaviour, corrosion processes, and Pourbaix diagrams. It lists several aspects of corrosion including uniform attack, galvanic corrosion, and pitting, explaining the mechanisms and preventive measures for each type and provides basic introduction about materials.
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**Exame Degradação de Materiais** 1. **O que é um elétrodo?** É homogéneo e isotrópico. **O que acontece quando um metal inerte é imerso numa solução eletrolítica?** Ocorre a redistribuição das partículas do eletrólito, seguindo-se o carregamento do lado do elétrodo na interface, indução da car...
**Exame Degradação de Materiais** 1. **O que é um elétrodo?** É homogéneo e isotrópico. **O que acontece quando um metal inerte é imerso numa solução eletrolítica?** Ocorre a redistribuição das partículas do eletrólito, seguindo-se o carregamento do lado do elétrodo na interface, indução da carga do lado metálico, separação de cargas e posterior desenvolvimento de potencial. **Por que preocuparmo-nos com camadas eletrificadas?** Sendo que estas são responsáveis por reações eletroquímicas, como a dissolução de iões que são responsáveis pela posterior degradação dos metais. **O que acontece quando um metal não inerte é imerso numa solução eletrolítica?** Ocorre uma troca de carga na interface, sendo uma alternativa á formação da dupla camada. **Em condições de equilíbrio:** i direto=i inverso = io (corrente de permuta) **Em condições de quasi equilíbrio:** i \< \< io, o equilíbrio não é afetado, sendo que o sistema é capaz de compensar. **Em condições de não equilíbrio:** i \> io, o sistema nunca consegue compensar a falta de eletrões, havendo uma redistribuição da carga. **Uma corrente anódica:** é positiva e vai do fluxo de eletrões do elétrodo para o circuito externo. **Uma corrente catódica:** é negativa e vai do circuito externo para o fluxo de eletrões do elétrodo. **Interface não polarizável:** o potencial não muda mesmo com um pequeno fluxo, pelo que o sistema drena facilmente o fluxo de corrente. **Interface polarizável:** o potencial muda mesmo com um pequeno fluxo, sendo que o sistema acumula facilmente carga. **Sobretensão de ativação:** Ocorre quando o processo de oxidação/redução no elétrodo é o passo determinante para a transferência de carga, pelo que a taxa de reação é regida pela taxa de eletrões transferidos no elétrodo. **Sobretensão de concentração:** Ocorre quando o processo de difusão das espécies sofre o processo de oxidação/redução, sendo este o passo determinante da taxa de transferência de carga. 2. **O que é a corrosão?** Deterioração ou destruição do material devido a reações com o seu ambiente. **Porque é que a maioria dos metais corroem?** Sendo que a forma de oxido do metal é termodinamicamente mais estável do que a forma do metal. Por norma ocorre a oxidação do metal e a redução é a formação de hidrogénio. **Quais os ambientes que levam a problemas de corrosão?** Água do mar, atmosfera salina, atmosfera com alto teor de humidade e que transportam compostos de acido sulfúrico e nítrico. **Quais os problemas associados à corrosão?** Perda de funcionalidade, mudança de aparência, contaminação, problemas de segurança e problemas ambientais (poluição) **Quais os tipos de corrosão que existem?** Corrosão húmida (presença de água), sendo que a fonte de energia é o campo elétrico. Corrosão seca (sem água), sendo a fonte de energia a energia térmica. **Quais as regiões propensas a sofrer corrosão?** São os limites de grão, sendo estas as regiões de maior energia, amorfas e com mais impurezas. **A corrosão é sempre má?** Não, sendo que pode ocorrer o processo de passivação, o qual consiste na formação de uma camada de oxido protetora que protege o metal de ambientes externos. Na corrosão o elétrodo (cátodo) e a peça de trabalho (ânodo) são colocadas num eletrólito, onde se aplica uma voltagem. Sendo no lado do ânodo (peça) os átomos do metal dissolvem-se. 3. **Quais os parâmetros que podem ser usados para caracterizar o estado do metal quando está imerso?** O pH, a temperatura (ambos responsáveis pela velocidade de corrosão) e o potencial eletroquímico. **Quando temos uma linha constante no potencial.** Podemos considerar um equilíbrio físico, sendo que depende do potencial. É constante, logo não depende do pH. **Quando temos uma linha decrescente.** A reação depende do pH, quanto maior o número de eletrões retirados do sistema, maior o estado de oxidação. **Quando temos uma linha vertical.** É considerado um equilíbrio eletroquímico, sendo que não há eletrões envolvidos, ou seja, não há potencial. **Diagrama de pourbaix cores:** Cor vermelha (bordas) representa zonas de corrosão, as verdes podem indicar ou não que o material está passivado, e a cinzento a imunidade. **Quais as limitações destes diagramas?** Não há informação sobre a cinética de corrosão. Estes diagramas são derivados para condições especificas de temperatura, pressão e atividade do metal. São apenas considerados metais puros, os óxidos não são necessariamente passivantes e se o diagrama prevê imunidade do metal, pode-se ter a certeza de que não há corrosão. 4. **Formas de Corrosão** 1. **Ataque Uniforme:** é a forma mais comum de corrosão, sendo que ocorrem reações a. **Prevenções:** Escolher materiais adequados (revestimentos), usar inibidores (ambientes fechados) e usar proteção catódica. 2. **Corrosão Galvânica ou de dois metais:** Cada metal tem um potencial eletroquímico diferente, pelo que se metais diferentes forem sujeitos a um ambiente corrosivo, condutivo e conectados eletricamente, um sofre oxidação e outra redução. O metal com um menor potencial, o que perde eletrões, corrói mais rápido do que quando está sozinho (ânodo). O metal com maior potencial, o que ganha eletrões, corrói mais devagar do que se estivesse sozinho (cátodo). a. **Efeito da área:** Esta corrosão para ocorrer precisa de agua ou de uma atmosfera húmida para ocorrer, sendo que a taxa de corrosão é superior na junção entre os dois metais, sendo que esta diminui com o aumento da distância entre os metais. Sendo que existe um fluxo de eletrões do ânodo para o cátodo, quanto maior a razão entre estes mais severa a corrosão. b. **Prevenção:** Selecionar metais com uma serie eletroquímica próxima, evitar a combinação entre um ânodo pequeno e um cátodo grande, isolar metais dissimilares, aplicar um revestimento, adicionar inibidores e evitar juntas roscadas, sendo que podem ter líquido. c. **Aplicações Benéficas:** A galvanização consiste na proteção catódica onde protege o metal da corrosão conectando-o eletricamente a outro metal de forma que se torne o cátodo do sistema. 3. **Corrosão em Fenda:** é uma corrosão localizada, que ocorre em áreas que não são facilmente acessíveis. É perigoso porque não se vê, e apenas se vê quando o equipamento falha ou a corrosão se espalha para fora da cavidade. Nesta corrosão a fenda é suficientemente grande para que a água entre, mas pequena o suficiente para que esta não saia. a. **Mecanismo:** sendo que a área dentro da cavidade é de pouca acessibilidade, o oxigénio dentro desta esgota-se, mas o metal continua a dissolver-se. Assim dentro da cavidade fica um excesso de iões positivos e, para compensar, ocorre a migração de iões de carga negativa (normalmente cloretos). Dentro da fenda o pH é inferior ao exterior. b. **Prevenção:** Utilizar juntas soldadas em vez de juntas rebitadas, soldas sólidas para evitar a penetração completa de fluidos e usar juntas não absorventes (teflon). 4. **Corrosão filiforme:** Corrosão em fenda que ocorre sob filmes protetores, sendo que o mais comum é o ataque de superfícies envernizadas de latas de alimento e bebidas. Esta desenvolve-se na forma de linhas, como filamentos, sendo a cabeça ativa e a cauda inativa. a. **Mecanismo:** A cabeça do filamento é abastecida com agua da atmosfera, sendo que a osmose remove a agua da cauda (parte inativa) e o oxigénio reduz-se na interface entre a cauda e cabeça. b. **Aspetos Peculiares:** Não afeta as propriedades mecânicas do material, apenas a aparência da superfície. O material não é afetado se a humidade for inferior a 65% e o ocorre o desenvolvimento de geometrias peculiares, onde as linhas de corrosão nunca se cruzam. 5. **Corrosão por pite:** Tipo de corrosão muito localizada, que resulta na formação de buracos no metal, sendo que podem aparecer isolados ou próximos (tornando a superfície áspera). É uma das formas mais destrutivas de corrosão, sendo que ataca uma pequena parte da superfície, podendo levar á falha de equipamento, devido a esta pequena perda de massa. É muito difícil de prever, sendo que acontece em vários pontos, sendo um processo autocatalítico (demora a começar, mas depois progride muito rapidamente). a. **Mecanismo:** Processo igual á corrosão em fenda. b. **Prevenção:** Mesmos aplicados à corrosão em fenda. 6. **Corrosão intergranular:** Relaciona-se às fronteiras de grão que, já como mencionado anteriormente, são regiões amorfas, de maior energia, onde as impurezas se acumulam e por isso mais suscetíveis à corrosão. Sendo a difusão mais fácil nestas zonas, sendo que são normalmente formados núcleos, devido ao gasto energético. a. **Prevenção:** Utilizar um tratamento térmico que gere um arrefecimento rápido, adição de elementos com maior afinidade e reduzir o teor de carbono para 0.03%. 7. **Lexiviação:** Refere-se à remoção de um elemento de uma liga solida, pelo processo de corrosão. O caso mais comum é o do latão, sendo que o potencial do zinco é inferior á do cobre, ocorrendo assim a corrosão preferencial do zinco, devendo compensar pelo aumento da quantidade de cobre. O cobre é muito catódico, sendo que se redeposita formando uma massa porosa e o produto final tem uma resistência mecânica muito enfraquecida. a. **Prevenção:** Usar latão vermelho, que apresenta um maior teor em zinco, podendo passivar a superfície. 8. **Grafitização:** É a lixiviação do ferro, podendo ocorrer no ferro cinzento, levando a uma rede de grafite frágil. A grafite é catódica em relação ao ferro, formando-se um par galvânico entre a grafite e o ferro. 9. **Corrosão erosiva:** Aceleração da taxa de deterioração pelo movimento consecutivo contra a superfície metálica. A corrosão ocorre onde o fluido é forçado a mudar de direção (angulo de curvatura). Metais macios ou sem camada protetora são suscetíveis. A velocidade do fluido com o metal é importante, sendo que aumenta a taxa de corrosão. Contudo, pode ser benéfica na corrosão por pites, eliminando a agressividade do local. a. **Turbulência:** Existe o fluxo laminar (é o fluxo do fluido quando cada partícula segue um caminho suave, sendo que estes nunca interferem uns com os outros. O resultado é a velocidade do fluido constante em qualquer ponto do fluido) e o fluxo turbulento (o fluxo é irregular, característico de pequenas regiões). b. **Danos por cativação:** Causados pela formação e colapso de bolhas de vapor num líquido próximo de uma superfície metálica. Se a pressão do líquido for reduzida, o líquido pode ferver à temperatura ambiente, sendo que estes danos podem ser atribuídos a efeitos mecânicos e químicos. c. **Prevenção:** Usar materiais apropriados, melhorar o design (geometria), usar o revestimento apropriado e usar proteção catódica. 10. **Corrosão por atrito:** Ocorre em áreas de contacto entre materiais sob carga, quando submetidos a vibração ou deslizamento. Esta corrosão ocorre na atmosfera, sendo que os requisitos para que isto aconteça são: interface sob carga, vibração ou movimento repetitivo e pequenos movimentos. a. **Mecanismo:** existe a teoria desgaste oxidação (ocorre na interface entre metais sob carga e o movimento, onde os pontos de contacto são rompidos e os fragmentos são removidos e posteriormente oxidados) e a teoria de oxidação-desgaste (os metais estão protegidos por uma camada fina de oxido aderente, sendo que com os metais sob carga e em movimento esta é rompida e o metal exposto reoxida). b. **Prevenção:** Lubrificação (reduz o atrito e exclui o oxigénio), aumentar a dureza dos materiais em contacto, usar juntas para absorver vibrações, reduzir cargas e aumentar o movimento entre as partes. 11. **Corrosão sob tensão:** Fratura pela ação simultânea de tensão de tração e um meio corrosivo específico. Tem consequências serias e inesperadas, sendo que a falha ocorre para dadas tensões. a. **Tipos de tensão:** tensões aplicadas ou residuais. b. **Influencia da tensão:** O aumento da tensão gera uma diminuição do tempo antes da rachadura. c. **Tempo de fratura:** á medida que a fratura entra no material, a área de secção transversal diminui, aumentando a força por unidade de área. A fratura final ocorre devido a razoes mecânicas. No inicio a taxa de fratura é lenta e constante. d. **Fatores relacionados com o metal:** composição química, orientação dos grãos, composição e distribuição de precipitados e deslocações. e. **Mecanismo:** Funciona como a corrosão por pites, sendo que um pite se comporta como um amplificador de tensões. À medida que o raio diminui a tensão aumenta, pelo que podem ser causados grandes estragos. f. **Prevenção:** Reduzir a tensão para baixo da tensão limite, eliminar espécies criticas do ambiente, mudar a liga, aplicar proteção catódica e adicionar inibidores para reduzir a probabilidade de pites. 12. **Danos por hidrogénio** a. **Empolamento pelo Hidrogénio:** ocorre a penetração de hidrogénio no metal, sendo que o hidrogénio atómico é o único capaz de se difundir atraves do metal, onde se irá acumular em vazios, onde o hidrogénio molecular se forma (sendo que este não é capaz de se difundir para fora do vazio, aumentando a pressão). b. **Prevenção do empolamento pelo hidrogénio:** usar inibidores, sendo que ao reduzir o processo de corrosão, reduzem o processo catódico, sendo este o responsável pela formação de hidrogénio. Reduzir venenos (sendo que nestes meios as substancias impedem a formação de hidrogénio molecular e aumentam a concentração de hidrogénio atómico) e substituir ligas para uma menor difusão do hidrogénio. c. **Fragilização pelo Hidrogenio:** O hidrogénio atómico penetra na estrutura do metal. d. **Prevenção da fragilização pelo hidrogénio:** reduzir a taxa de corrosão, alterar condições de galvanização, tempera, substituir o metal/ligas e usar um processo de soldadura adequado.