Formação de Impressões de Personalidade II PDF

Summary

Este documento apresenta um resumo sobre a formação de impressões de personalidade. Aborda diferentes teorias e abordagens para entender como as pessoas formam impressões sobre a personalidade dos outros. Inclui diferentes modelos de memória que afetam a forma como processamos e armazenamos a informação social e sobre as pessoas que nos rodeiam.

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IMPRESSÕES DE PERSONALIDADE II Ao formar impressões de personalidade as pessoas revelam uma extraordinária aptidão para ir além da informação dada, de formas que são características, sistemáticas e previsíveis (Asch, 1946). Se o Filipe nos parece muito simpático, estamos normalmente dispostos a as...

IMPRESSÕES DE PERSONALIDADE II Ao formar impressões de personalidade as pessoas revelam uma extraordinária aptidão para ir além da informação dada, de formas que são características, sistemáticas e previsíveis (Asch, 1946). Se o Filipe nos parece muito simpático, estamos normalmente dispostos a assumir que ele é provavelmente sensível e divertido. TEORIAS IMPLÍCITAS DA PERSONALIDADE Outra explicação para a capacidade inferencial ao Formar impressões Asch: ao formar impressões, o percipiente faz inferências que vão além da informação dada Teorias implícitas da Personalidade (1954): “O percipiente sabe mais que aquilo que está disponível pela observação dos atos ou outra informação que sabemos acerca da pessoa” (Bruner, Shapiro, & Tagiuri, 1958) Categorias usadas pelas pessoas em geral, na vida quotidiana, para descreverem outras pessoas Existem, sem critérios objectivos sobre a sua validade TEORIAS IMPLÍCITAS DA PERSONALIDADE Existência prévia de TIPs com base no conhecimento social que acumulam ao longo da vida (Bruner & Tagiuri, 1954) Teorias ingénuas acerca da personalidade dos outros: crenças gerais acerca da frequência, variabilidade e correlação dos traços de personalidade numa população (Bruner & Tagiuri, 1954) Há evidência de que as pessoas partilham uma teoria geral comum Mesmo as imprecisões são consensuais, refletindo “teorias” partilhadas que guiam a percepção dos outros (Leyens, 1991; Schneider, 1973). TEORIAS IMPLÍCITAS DA PERSONALIDADE Rosenberg, Nelson, & Vivekananthan (1968) Observação de um traço permite inferir outras características relacionadas Justifica que uma impressão geral leve a assumir a existência de determinados traços Técnica de escalonamento multidimensional mostrou que os traços se organizam em duas dimensões avaliativas principais relativamente ortogonais entre si ABORDAGEM DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E MODELOS DE MEMÓRIA DE PESSOAS NA FORMAÇÃO DE IMPRESSÕES COMO PROCESSAMOS A INFORMAÇÃO E QUAIS AS ETAPAS DO PROCESSAMENTO QUANDO FORMAMOS IMPRESSÕES (Brewer & Nakamura, 1984) MODELOS DE MEMÓRIA SOBRE A FORMA COMO REPRESENTAMOS MENTALMENTE PESSOAS E UTILIZAMOS ESSA INFORMAÇÃO SOCIAL EM MEMÓRIA (PERSON MEMORY) PERCEPÇÃO Aquisição de informação: observação de características visíveis e comportamentos, interação direta ou indireta. CODIFICAÇÃO Codificação: conversão do que é perceptivo (via interpretação, categorização, avaliação) em representações mentais A informação é elaborada e organizada através de interpretação, categorização, avaliação, com base em conhecimento prévio armazenado em memória Permite completar e inferir para além da informação dada RECUPERAÇÃO Utilização da informação: acesso e busca na memória Vários processos acedem à memória e isso determina a informação recuperada MODELO DE MEMÓRIA DE REDE ASSOCIATIVA de Hastie- Srull (Hastie, 1980, 1988; Srull, 1981, Srull & Wyer, 1989) A memória como uma rede de associações A MLP é uma rede organizada com um alvo (pessoa) ligado/associado a nós de informação A interação direta com um pessoa cria uma expectativa prévia e à medida que recebe mais informação sobre esse alvo, o percipiente desenvolve uma rede de memória hierárquica Alvo – traço - comportamento MODELO DE MEMÓRIA DE REDE ASSOCIATIVA de Hastie-Srull (Hastie, 1980, 1988; Srull, 1981, Srull & Wyer, 1989) No topo da rede está um nó referente ao alvo/pessoa Nos nós inferiores estão os comportamentos que refletem a informação adquirida e integrada sobre o alvo A ligação entre os K congruentes com a expectativa e incongruentes reflete a tentativa de explicar porque é que uma pessoa inteligente faz algo estúpido MODELO DE MEMÓRIA DE REDE ASSOCIATIVA de Hastie-Srull (Hastie, 1980, 1988; Srull, 1981, Srull & Wyer, 1989) Informação CONG é facilmente processada e ligada verticalmente ao nó pessoa Informação INC requer um processamento mais extenso – ligações verticais ao referente mas também aos outros comportamentos (CONG) Força das ligações depende do grau de congruência MODELO DE MEMÓRIA DE REDE ASSOCIATIVA de Hastie-Srull (Hastie, 1980, 1988; Srull, 1981, Srull & Wyer, 1989) Recuperação começa no nó referente e segue ligações verticais A busca segue as ligações horizontais sequencialmente A densidade da rede e a força da associação confere as vantagens mnésicas dos itens CONG e INC MODELO DE MEMÓRIA DE REDE ASSOCIATIVA de Hastie-Srull (Hastie, 1980, 1988; Srull, 1981, Srull & Wyer, 1989) Como os INC estão mais densamente associados (com mais rotas de recuperação) são mais facilmente recuperados Como os INC se ligam aos CONG, estes beneficiam na recordação, em comparação com os neutros (Srull, 1981; Srull et al., 1985) VÁRIAS ESTRATÉGIAS COGNITIVAS PARA FORMAR IMPRESSÕES Modelo Contínuo (Fiske & Neuberg, 1989) Modelo Contínuo – 5 etapas (Fiske & Neuberg, 1989) Ocorre automaticamente – informação imediatamente disponível permite ativar estereótipos e preconceitos (exemplo, indícios físicos) Modelo Contínuo – 5 etapas (Fiske & Neuberg, 1989) Modelo Contínuo – 5 etapas (Fiske & Neuberg, 1989) Modelo Contínuo – 5 etapas (Fiske & Neuberg, 1989) INFERÊNCIAS ESPONTÂNEAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE O ANTÓNIO AJUDOU UMA IDOSA COM AS COMPRAS INFERÊNCIAS ESPONTÂNEAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE Ocorrem com base na observação do comportamento de outra pessoa mas na ausência de intenções explícitas de inferir traços ou formar impressões “Inferimos traços sem esforço e sem sequer termos consciência que o fizemos” (Uleman, Newman & Moscowitz, 1996) COMO SE ESTUDAM AS INFERÊNCIAS ESPONTÂNEAS ? COMO FAZER OS PARTICIPANTES PROCESSAR INFORMAÇÃO SEM ESTES CRIAREM IMPRESSÕES DE FORMA CONSCIENTE? COMO MEDIR AS INFERÊNCIAS FEITAS SEM CHAMAR A ATENÇÃO PARA AS MESMAS?

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