Aula Semiologia do Sistema Respiratório PDF

Summary

This presentation covers the semiotics of the respiratory system in animals. Topics include the anatomy of the respiratory tract, different types of breathing difficulties, methods of examination, and supplementary tests for diagnosis. It also discusses different diseases and characteristics of different animal species.

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SEMIOLOGIA DO S I S T E M A R E S P I R AT Ó R I O P R O F. ( A ) D R ( A ). A L I N E D E S O U S A A LV E S INTRODUÇÃO Trato respiratório superior: (1) narinas; (2) fossa nasal; (3) nasofaringe; (4) orofaringe; e (5) laringe. Trato respiratório inferior: (1) traqueia; (2) árvore...

SEMIOLOGIA DO S I S T E M A R E S P I R AT Ó R I O P R O F. ( A ) D R ( A ). A L I N E D E S O U S A A LV E S INTRODUÇÃO Trato respiratório superior: (1) narinas; (2) fossa nasal; (3) nasofaringe; (4) orofaringe; e (5) laringe. Trato respiratório inferior: (1) traqueia; (2) árvore brônquica; (3) ductos alveolares; e (4) alvéolos. INTRODUÇÃO Utilizando-se os métodos semiológicos (anamnese, inspeção, palpação, percussão, auscultação e olfação): (1) Localizar o processo dentro do sistema respiratório; (2) Estabelecer a sua natureza; (3) Se possível, sua etiologia. TERMINOLOGIAS Eupnéia: respiração normal; Dispnéia: dificuldade respiratória; – Pode não alterar frequência respiratória mas em alguns casos pode ocorrer bradipneia ou taquipneia; Taquipneia: aumento da frequência respiratória; Bradipneia: redução da frequência respiratória; TERMINOLOGIAS Ortopneia: posições que confiram algum alívio respiratório; TERMINOLOGIAS Estertores: som que se ausculta devido ao acúmulo de líquido nos pulmões; Sibilos: som parecido com um assovio; característico de quadros inflamatórios crônicos; Roce pleural: som auscultado quando as duas pleuras estão em atrito; TERMINOLOGIAS Tosse: ar oriundo do trato respiratório inferior saindo pela cavidade oral; Espirro: ar oriundo da cavidade nasal e narinas saindo pelas narinas; Ronco: alterações de som produzidas durante o movimento respiratório; – O ronco pode ser causado no momento da inspiração ou durante a expiração; TERMINOLOGIAS Epistaxe: presença de sangue na cavidade nasal; Hemoptise: presença de sangue na cavidade oral, oriundo de trato respiratório; Halitose: cheiro desagradável durante a respiração; IDENTIFICAÇÃO Informações quanto a espécie, raça, idade, sexo e procedência do animal apresentam grande importância no plano geral de exame clínico. 80% de todos os casos de doença do trato respiratório superior em gatos são atribuídos ao complexo respiratório felino (herpes-vírus felino tipo I e calicivírus). IDENTIFICAÇÃO Asma: Particularidades anatômicas e funcionais das vias respiratórias dos felinos; Os gatos Siameses podem estar mais predispostos às manifestações clínicas da bronquite felina. IDENTIFICAÇÃO Raças braquicefálicas (braqui = curto; céfalo= cabeça), que apresentam focinho mais curto (p. ex., Boxer, Buldogue, Pequinês, Pug): – Predispostos à síndrome respiratória do cão braquicefálico, manifestando estenose de narina, prolongamento de palato e hipoplasia traqueal. A neoplasia nasal, por sua vez, é mais comum em cães dolicocefálicos (focinho comprido). IDENTIFICAÇÃO Pastor-alemão: aparentemente mais sensíveis às infecções causadas por Ehrlichia canis (erliquiose), acarretando, com frequência, episódios de sangramento pelas narinas (epistaxe); Cães de raças toy: predispostos ao colapso de traqueia. Raças caninas de pequeno porte, em idade mais avançada, podem apresentar endocardiose de mitral e sinais de ICC, com compressão brônquica pelo átrio esquerdo, causando a sintomatologia respiratória; ANAMNESE Queixa principal; O que está acontecendo? Desde quando? Como está evoluindo? Início do processo, tempo e tipo de evolução; Ambiente/ contactantes? Problema individual ou coletivo? Tratamentos anteriores? EXAME FÍSICO Secreção Nasal; Espirros; Deformidade facial; Ronco; Tosse; Hemoptise; Dispnéia; Ortopnéia; Cianose; EXAME FÍSICO INSPEÇÃO: Narinas; Corrimentos nasais; Secreção nasal uni ou bilateral? EXAME FÍSICO A secreção nasal pode ser caracterizada como: (1) Serosa; (2) Mucoide; (3) Purulenta (com ou sem hemorragia); (4) Puramente hemorrágica (epistaxe); EXAME FÍSICO SEROSA: Tipicamente clara e de consistência aquosa, podendo ser achado normal em alguns animais(dependendo da duração e da quantidade); Indicativa de infecção viral; EXAME FÍSICO MUCOIDE: Secreção esbranquiçada, viscosa; MUCOPUROLENTA: Consistência mais viscosa, com coloração mais amarelada ou esverdeada.; EXAME FÍSICO: MUCOPURULENTO HEMORRÁGICO: Em geral, associa-se a neoplasias ou infecções fúngicas de evolução mais crônica. Os processos traumáticos e a presença de corpos estranhos nasais normalmente apresentam natureza aguda; EXAME FÍSICO PURAMENTE HEMORRÁGICA (EPISTAXE): EXAME FÍSICO Para fazer inspeção detalhada de palato mole, faringe e laringe, na maioria das vezes, é necessária contenção química do paciente. Na inspeção da respiração, devemos analisar a frequência, o ritmo e o tipo respiratório; EXAME FÍSICO Taquipneia: aumento da FR; Bradipneia: diminuição da FR; Apneia: ausência total de respiração; EXAME FÍSICO O ritmo respiratório normal: inspiração, pequena pausa, expiração, pausa maior e, em seguida, nova inspiração. As durações da expiração e da inspiração são muito semelhantes. Dispneia: Inspiratória ou expiratória? Inspiratória: comumente associada a alterações extratorácicas. – Disfunção em região de retrofaringe ou laringe, estenose de narina; Expiratória: comumente se associa à alteração intratorácica; EXAME FÍSICO O tipo respiratório em cães e gatos é o costoabdominal; Fraturas de costela ou outros processos dolorosos em região de tórax: respiração predominantemente abdominal; Pacientes com dor abdominal: respiração mais costal; Gatos com movimentos torácicos mais evidentes e respiração com a boca aberta estão gravemente acometidos. EXAME FÍSICO PALPAÇÃO: Seios nasais; Pescoço; Tórax; EXAME FÍSICO Seios nasais; – Aumento de volume? – Comprometimento ósseo? – Evidência de dor? EXAME FÍSICO Pescoço; traqueia; Reflexo da tosse; EXAME FÍSICO Tórax: – Deve ser palpado para detectar ferimentos, fraturas de costelas e dor torácica. Algumas feridas penetrantes podem ser mascaradas pela pelagem. EXAME FÍSICO AUSCULTAÇÃO: O animal deve ser mantido em local silencioso; Manter o animal preferencialmente em estação sobre a mesa; O ronronar em gatos pode atrapalhar; – Um estímulo desagradável leve (como o odor de álcool) pode fazer com que o gato pare; EXAME FÍSICO Auscultar o tórax da frente para trás e de cima para baixo; Auscultar, no mínimo, dois movimentos respiratórios em cada ponto de auscultação; Fazer auscultação comparativa entre cada lado do tórax; Toda área de anormalidade deverá ser auscultada novamente; EXAME FÍSICO Ruídos Normais: Ruído laringotraqueal: vibração das paredes da laringe e traqueia; Ruído traqueobrônquico: passagem do ar pelos brônquios e final da traqueia; Ruído bronco-bronquiolar: vibração das paredes dos brônquios menores e bronquíolos; EXAME FÍSICO Ruídos Patológicos: Crepitações: ruídos respiratórios descontínuos de curta duração, sem qualidade musical; Crepitação grossa: ↑ líquidos no interior de brônquios; – Broncopneumonia e edema pulmonar; Crepitação fina: descolamento das paredes das pequenas vias aéreas com líquidos; – Inspiratório – edema pulmonar ou pneumonia; – Expiratório ou misto – doença obstrutiva crônica, bronquiolite e enfisema pulmonar; EXAME FÍSICO Ruídos Patológicos: Sibilos são ruídos contínuos mais agudos (> 250 ms) com característica musical (lembram um assovio), ocorrendo quando o ar flui através de vias respiratórias estreitadas e provoca a vibração de suas paredes. Sibilos generalizados, em geral, ocorrem quando há estreitamento das vias respiratórias por broncospasmo, edema de mucosa ou grande quantidade de secreção. EXAME FÍSICO PERCUSSÃO DO TÓRAX: Tuberosidade ilíaca – 12ºEIC Articulação escapulo-umeral – 9ºEIC Acima do Olecrano – 5º EIC EXAMES COMPLEMENTARES HEMOGASOMETRIA: Informações sobre a função pulmonar; Mensuração das pressões parciais de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue arterial; EXAMES COMPLEMENTARES OXIMETRIA DE PULSO: Método não invasivo de monitoramento da saturação de oxigênio sanguíneo, Útil para animais com doença respiratória e submetidos a procedimentos anestésicos. EXAMES COMPLEMENTARES LARINGO TRAQUEO BRONCOSCOPIA: Técnica de diagnóstico por imagem - avaliação das vias respiratórias. Permite avaliar algumas anormalidades, como: colapso de traqueia, estenoses, massas, lacerações, torções de lobos pulmonares, hemorragias, inflamações, colapso brônquico, corpos estranhos e parasitas. Necessário que o paciente seja anestesiado. EXAMES COMPLEMENTARES A broncoscopia também permite a coleta de material para avaliação citológica, histopatológica e microbiológica. Lavagem broncoalveolar; – Lavado broncoalveolar fornece importante material destinado à citologia, cultura ou outras técnicas especiais; EXAMES COMPLEMENTARES BIOPSIA POR PUNÇÃO ASPIRATIVA TRANSTORÁCICA: Diagnóstico citológico de massas intratorácicas em contato com a parede torácica; Custo-benefício deve ser analisado; – Toracotomia: biopsia (avaliação histológica) + completa excisão; Deve ser evitado em casos de suspeita de abscessos, coagulopatias e hipertensão pulmonar; EXAMES COMPLEMENTARES TORACOCENTESE: Decúbito esternal ou lateral; É realizada no 7° ou 8 ° espaço intercostal, Tricotomia prévia e preparado assepticamente; Efusões podem ser unilaterais; Entre os espaços intercostais 7-9; EXAMES COMPLEMENTARES Utiliza-se cateter intravenoso (calibres 14, 16 ou 18) acoplado a válvulas de três vias e seringa; Algumas vezes, efetuar orifícios adicionais no cateter com o auxílio de uma lâmina cirúrgica (de maneira asséptica) amplia a drenagem pleural. Pode ser necessária a sedação – Avaliar risco; EXAMES COMPLEMENTARES A toracocentese tem finalidade diagnóstica e terapêutica. Após a obtenção de amostras para análise laboratorial, efetua-se a remoção da maior quantidade possível de líquido ou ar para possibilitar uma melhora na respiração. Exceção é feita em casos de hemotórax. EXAMES COMPLEMENTARES RADIOGRAFIA: Útil na localização da doença e na respectiva determinação quanto a extensão, progressão e resposta ao tratamento; Animais com distúrbios da cavidade nasal associados a neoplasias ou infecções fúngicas; A avaliação radiográfica cervical e torácica é útil na suspeita de colapso de traqueia. EXAMES COMPLEMENTARES Nem sempre ajuda: A tosse provocada por traqueobronquite infecciosa não costuma estar associada a alterações radiográficas. Sinais clínicos podem preceder as alterações radiográficas, e as radiografias torácicas podem estar normais em alguns animais. Animais mais velhos podem apresentar calcificação de brônquios sem qualquer significado clínico. OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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