AULA 4 - Gestão da Manutenção_Manutenção Centrada na Fiabilidade e Noções de Tribologia PDF

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ISLA Santarém

2024

Eng. Armando Sousa Bastos

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maintenance management reliability-centered maintenance tribology engineering

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This document is a presentation on maintenance management, covering reliability-centered maintenance and concepts of tribology. The presentation likely uses examples within the field of engineering to highlight core principles.

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Gestão da Manutenção GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção ❑Manutenção Centrada na Fiabilidade GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA GM – 2024/25...

Gestão da Manutenção GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção ❑Manutenção Centrada na Fiabilidade GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA A FMEA é uma metodologia analítica que visa o estudo antecipado das falhas potenciais identificadas e que permite estruturar a análise e o pensamento nas três fases do produto, ou seja, durante o projeto (FMEA do projeto), durante o processo (FMEA do processo) e durante a utilização (FMEA de meios). A FMEA é um método indutivo que permite identificar os modos de falha potenciais, suas causas e seus efeitos. A FMEA contempla, também, uma análise de risco baseada em três parâmetros. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA ❑ Gravidade das Falhas (consequências das falhas, caso ocorram) ❑ Probabilidade da ocorrência/frequência das falhas ❑ Detectibilidade (maior ou menor facilidade de as falhas serem detetadas) Estes três parâmetros são valorizados de acordo com os critérios previamente estabelecidos. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA “Metodologia interativa racional e estruturada, com base na identificação dos modos de falha dos equipamentos e na gravidade das suas consequências.” Melhorias após implementação das melhorias com base na Fiabilidade: Redução dos custos de manutenção Redução e/ou controlo da carga de trabalho da manutenção Melhoria da segurança das instalações Aumento da disponibilidade dos equipamentos Aproximação da operação e da manutenção Incremento das operações pró-activas GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Máximas desta Metodologia: Manutenção preserva as funções requeridas; Manutenção de rotina tem o objetivo de evitar, reduzir, eliminar as consequências de falha; A Manutenção atua nas áreas segurança, ambiente, energia, qualidade e serviço pós- venda; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Máximas desta Metodologia: Manutenção deve gerir com base no histórico, mesmo que incompletos; Existem quatro tipos de manutenção: correctiva, preventiva sistemática, preventiva condicionada e preditiva; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos: Escolha de Equipa e Líder Identificação de sistemas existentes na instalação Identificação da criticidade Desenhar a folha de decisão Escolha de sistema alvo Validar plano Desenhar FMEA Separar ações corretivas Escolha do algoritmo de decisão Validar ações tomadas GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Função Modo potencial de falha Efeito potencial de falha Análise Qualitativa Causa potencial de falha Índice de ocorrência Controlo atual Análise Quantitativa Índice de gravidade Índice de deteção Índice de prioridade de risco Novo índice de ocorrência Gestão da Melhoria Novo índice de gravidade Novo índice de deteção Novo índice de prioridade de risco Plano de Melhoria Ações recomendadas Responsabilidades Datas Ação Correctiva Implementação GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 1. Passo - Analise Funcional – Analise funcional ao sistema em estudo, de forma a identificar as funções principais indispensáveis ao seu funcionamento; FUNÇÕES PARA O CASO DE UMA BOMBA CENTRÍFUGA Componentes Função Classificação Carcaça Conter Líquido Secundária Rotor Elevar Pressão Primária Selagem Garantir vedação Secundária Base de Fixação Reduzir vibrações Secundária GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 2. Passo – Modo de Falha Potencial – Existe uma falha quando um item não satisfaz ou não assegura a função especificada. ▪ À questão “Como falha o item?”, podemos responder: ▪ Falha por corrosão, fadiga, fuga, rutura, curto-circuito, desalinhamento; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 3. Passo – Causa Potencial de Falha – Para cada modo de falha considerado identificamos as causas potenciais como fissuração, porosidades, sobrecarga, falta de lubrificação, erro de montagem. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 4. Passo – Efeito Potencial de Falha – Devemos descrever as consequências das falhas, de forma sucinta, precisa, podendo utilizar-se frases como: ❑ “ruído excessivo”, ❑ “problema ambiental” ❑ “paragem de equipamento”, ❑ “segurança das pessoas”. ❑ “redução de velocidade GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Cálculo do número de prioridade de risco (NPR) 𝑵𝑷𝑹 = Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒐𝒄𝒐𝒓𝒓ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒙 Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒙 Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒕𝒆𝒄çã𝒐 Pretende-se, com o cálculo do NPR, hierarquizar as causas potenciais de falha, através do seu grau de risco, para planear, de forma mais eficaz, as respetivas ações corretivas. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Índice de Frequência Índice de Frequência Critério Classificação Índice de Ocorrência Cpk Remota probabilidade de ocorrência 1 1/1000000 Cpk > 1,67 Muito baixa probabilidade de ocorrência 2 1/20000 Cpk > 1,00 Baixa probabilidade de ocorrência 3 1/4000 Cpk < 1,00 Moderada probabilidade de ocorrência 4 1/1000 5 1/400 6 1/80 Alta probabilidade de ocorrência 7 1/40 8 1/20 Muito Alta probabilidade de ocorrência 9 1/8 10 1/2 GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Índice de Gravidade Índice de Gravidade Critério Classificação Índice de Severidade O Cliente mal percebe que a falha ocorre 1 Mínimo 2 Ligeira deterioração no desempenho com leve descontentamento do Cliente Baixo 3 4 Detioração significativa no desempenho de um sistema com significativo 5 Moderado descontentamento do Cliente 6 O sistema deixa de funcionar, provocando grande descontentamento dos clientes 7, 8 Alto O sistema deixa de funcionar, provocando grande descontentamento dos clientes 9, 10 Muito Alto GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Índice de Deteção – Maior ou menor facilidade na deteção da falha, pelo operador, antes da rutura. Índice de Deteção Critério Classificação Índice de Severidade Certamente será detetado 1 Muito Alto 2 Grande probabilidade de ser detetado Grande 3 4 Provavelmente será detetado Moderado 5 Provavelmente não será detetado 7, 8 Pequeno Certamente não será detetado 9, 10 Muito Pequeno GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Carta de Análise de Falha e Defeitos Todas as decisões e soluções de melhoria, decididas pelo grupo de trabalho, são acomodadas numa carta/tabela. Sistema: Grupo de Trabalho: Número de Folha Data Original Data de Revisão Modo Potencial Efeito Potencial Indice de Causas Indice de Tarefas Indice de Ações Responsável com Resultados das Ações Componente: Função: NPR de Falha de Falha Severidade potenciais Ocorrência Existentes Deteção Recomendadas Data de conclusão Ações tomadas Severidade Ocorrência Deteção NPR GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Passos a considerar na Elaboração de FMEA 5. Passo – Avaliação de Risco – Causa ou Efeito? Para qualquer evento que ocorra, existe sempre uma causa. Por outro lado, a ocorrência de um determinado evento pode originar a ocorrência de novos eventos. Um determinado evento pode configurar uma causa ou um efeito dependendo do seu posicionamento relativo. Para nós, eventos ocorrem sempre numa lógica de causa- efeito. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Vantagens Utilização de FMEA GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Resultados da Utilização de FMEA GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Grupos de Trabalho Responsabilidade do Líder do Grupo de Trabalho: Garantir que todos os elementos seguem procedimentos; Existe consenso de respostas Nenhum equipamento é esquecido Existe progressão do trabalho do Grupo de trabalho Os documentos produzidos são completos GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Manutenção centrada na Fiabilidade - FMEA Otimização dos Planos de Manutenção Objetivo de Eliminar: duplicação de tarefas Tarefas baseadas na sistemática em vez de analise de condição Tarefas desnecessárias e sem valor acrescentado Tempo em excesso atribuído a tarefas definidas Existência de falhas evitáveis que determinam ações de manutenção que não acrescentam valor como era expectável. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Conceitos Base Estado geométrico das Superfícies Atrito Desgaste Lubrificação Lubrificantes Massas Lubrificantes e Aditivos Planos de Lubrificação GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Conceitos Base Tribologia – é a ciência e a tecnologia das superfícies que actuam entre si em movimentos relativos e das matérias e métodos com eles relacionados. Atrito – Forças tangenciais que se desenvolvem quando duas superfícies em contacto entram em movimento relativo com escorregamento. A principal causa de desgaste e perda de energia. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Conceitos Base Desgaste – Corresponde à perda de material provocado pelo deslizamento das superfícies em contacto. Lubrificação – Conjunto de procedimentos que têm como objetivo reduzir o atrito e o desgaste. Lubrificante – substância capaz de reduzir o atrito e o desgaste, quando colocada entre duas superfícies com movimento relativo entre si. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Podemos afirmar que todas as geometrias apresentam pequenos defeitos de natureza geométrica. Existem uma variedade de defeitos e de distorções que se encontram presentes em todas as superfícies. Estes defeitos, que podem ser distorções de planos ou irregularidades microscópias, influenciam, de forma revelante, os fenómenos de atrito e desgaste. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Por outro lado, as superfícies devem ter uma qualidade de acabamento adequada às suas funções. Muitas vezes, a qualidade requerida das superfícies para um estado geométrico das superfícies que interagem entre si, influencia a selecção do processo de fabrico e os cuidados de processamento. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Principais Defeitos As irregularidades que ocorrem nas superfícies, podem ser de caracter Macro ou Micro-geométrico. ❑ Defeitos de Primeira Ordem – apresentam irregularidades com alteração da forma dos componentes e ondulação ❑ Defeitos de Segunda Ordem – apresentam irregularidades com a forma de ondulação com distâncias entre picos de 0,5mm a 2,5mm GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Principais Defeitos ❑ Defeitos de Terceira Ordem – apresentam rugosidades entre 0mm e 0,5mm. ❑ Defeitos de Quarta Ordem – apresentam arrancamentos como por exemplo, fendas. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Rugosidade de superfície – conjunto de pequeníssimas irregularidades que formam as superfícies das peças. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Rugosidade média aritmética Média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de afastamento, medidas nos pontos de rugosidade mais altos e mais baixos, em relação à linha média de referência. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Média das alturas máximas do perfil de rugosidade (Rz) Média aritmética das alturas máximas do perfil Zi medidas em cinco espaços consecutivos de base Le. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Rugosidade, equivalências e simbologia GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Influência da Rugosidade na Lubrificação ❑ A área real de contacto do par cinemático, deve ser a maior possível, de modo que a pressão efetiva de contacto seja o mais reduzida possível; ❑ A espessura da película lubrificante, capaz de ser criada e mantida entre as superfícies deve exceder a altura das disparidades, para minimizar o atrito. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Influência da Rugosidade na Lubrificação 𝒉 (𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍í𝒄𝒖𝒍𝒂 𝒍𝒖𝒃𝒓𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒏𝒕𝒆) 𝝀(𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍í𝒄𝒖𝒍𝒂) = 𝑹 (𝒓𝒖𝒈𝒐𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆) Rugosidade do composto Rc = 𝑹𝟏𝟐 + 𝑹𝟐𝟐 𝟏/𝟐 cinético GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Estado geométrico das Superfícies Avaliação do estado das superfícies Medida de Lubrificação Os aparelhos mais utilizados para medir a rugosidade são os rugosímetros. A medição consiste em “apalpar” a superfície a rugosidade com uma ponta de formato normalizado. Os deslocamentos realizados são transformados em impulsos elétricos, amplificados e transmitidos a um registador e a um calculador. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Atrito ❑ Resistência que se desenvolve quando duas superfícies em contacto entram em movimento relativo de escorregamento. Causas primárias para o Atrito ❑ As superfícies dos corpos, rugosas, quando em contacto, apenas tocam nas asperidades. ❑ A resistência ao corte, contraria a força que pretende criar o movimento relativo. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Atrito Causas primárias para o Atrito ❑ Por outro lado, se um dos corpos for mais duro do que o outro, as asperidades do mais duro irão provocar sulcos na superfície do mais macio, constituindo causa de atrito. O componente de atrito de adesão, dominante em atrito seco de superfícies limpas, é praticamente igual à força de atrito total. F Atrito total= F adesão + F sulcagem GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Atrito F=µxN Leis do Atrito e Ângulo de Atrito µ = coeficiente de atrito Os resultados de Coulomb (1781), podem ser traduzidos em: ❑ 1ª Lei: o atrito total que pode ocorrer independentemente da área de contacto ❑ 2ª Lei: o atrito total que pode ocorrer é proporcional à força Normal (N) ❑ 3ª Lei: para velocidades de deslizamento pequenas, o atrito total que pode ocorrer é praticamente independente da velocidade. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Desgaste Perda de Material provocado pelo deslizamento das superfícies em contacto. Este pode ser controlado ou minimizado. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Desgaste Evolução do Desgaste: ❑ Rodagem – adaptação controlada das duas superfícies, caracterizada por um desgaste rápido que origina uma maior área de contacto real, e consequentemente menos pressões de contacto e menor desgaste. A massa perdida é significativa. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Desgaste Evolução do Desgaste: ❑ Funcionamento Normal – caracterizado por uma taxa de desgaste menor, o que origina uma quantidade de massa perdida também menor. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Desgaste Evolução do Desgaste: ❑ Funcionamento Deficiente – o desgaste atinge limites extremos que voltam a determinar desgaste elevado, o que conduz a avaria. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Desgaste Tipos de Desgaste: ❑ Desgaste por Abrasão – perda de material pela passagem de partículas rígidas sobre uma superfície. ❑ Desgaste por Adesão - solda fria em diversos pontos das superfícies em contato e a ruptura ou arrancamento desses pontos ❑ Desgaste por Erosão - remoção de material pela impacto na superfície de partículas sólidas presentes em um determinado fluído. ❑ Desgaste por Fadiga - dano progressivo a uma superfície causado pelo movimento relativo com outra substância. ❑ Desgaste por Corrosão - destruição ou estrago gradual do material devido a sua reação com o local em que está a interagir. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificação Lubrificar consiste na interposição de uma película de sólido, líquido ou gás, de modo a facilitar o movimento entre superfícies. As principais funções são: ❑ Separar as superfícies em movimento ❑ Dissipar o calor gerado pelo atrito ❑ Controlar o desgaste corrosivo GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificação Principais tipos de Lubrificação Quando existe um filme de fluido a separar as duas superfícies de contacto, podem ocorrer as seguintes situações: ❑ O filme de fluido separa totalmente as duas superfícies em contacto ❑ O filme de fluido não separa totalmente as duas superfícies em contacto GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificação Principais tipos de Lubrificação ❑ O filme de fluido não evita o contacto físico entre as duas superfícies. Situação também designada por lubrificação-limite. A existência deste filme de fluido obriga a que haja uma fonte exterior que garanta a pressão indispensável para equilibrar a carga entre as duas superfícies. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificação Principais tipos de Lubrificação Se existir um deslocamento relativo entre as duas superfícies, este deslocamento pode gerar a pressão referida. Neste caso, estamos a falar de lubrificação hidrodinâmica. A lubrificação hidrodinâmica resulta de uma forma em cunha definida pelas superfícies. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Para além da redução do atrito e desgaste, podemos apontar outras funções: ❑ Facilitar o movimento através da redução de desgaste; ❑ Refrigerar os órgãos; ❑ Transmissão de potencia ❑ Proteção anti-corrosão GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes ❑ Estanquicidade / vedação; ❑ Remoção de contaminantes; ❑ Transmissão de calor; ❑ Isolante térmico; ❑ Amortecedor de choque; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Tipos de Óleos Minerais O petróleo bruto é uma mistura complexa de três hidrocarbonetos; parafínicos, nafténicos; aromáticos. Podemos combinar e obter diversos produtos de petróleo bruto. No processo de destilação, podemos obter produtos como Gás, gasolinas, fuelóleo, e lubrificantes base. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Qualidade de Óleos Minerais A qualidade dos óleos minerais é tanto maior, quanto maior for o seu índice de viscosidade, a fluidez a baixas temperaturas, o ponto de inflamação e a limpeza e quanto menor for a sua volatilidade e o seu ponto de fusão. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Viscosidade dos Lubrificantes A viscosidade é uma das características mais importantes que caracterizam um lubrificante. Sempre que um lubrificante é utilizado, a sua viscosidade influencia os principais factores que envolvem essa utilização, nomeadamente: GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Viscosidade dos Lubrificantes ❑ Perdas por atrito; ❑ Rendimento mecânico; ❑ Capacidade de carga; ❑ Espessura do filme de óleo; ❑ Existência de Desgaste; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Caracterização da Viscosidade Consideremos o fluido entre duas placas, separadas por uma distância h. Se aplicarmos uma força U, na placa superior, esta movimenta-se a uma velocidade u, relativamente á placa inferior, que se mantem fixa. A resistência ao movimento pode ser calculado. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Variação da Viscosidade com a temperatura A viscosidade é muito sensível à temperatura de serviço. Quanto maior for a temperatura, menor é a viscosidade. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Variação da Viscosidade com a temperatura É muito importante conhecer a variação das viscosidade com a temperatura. Esta necessidade tem sido satisfeita através do designado índice de viscosidade. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Variação da Viscosidade com a temperatura Chama-se índice de viscosidade, ao parâmetro empírico que compara a variação da viscosidade cinemática de um óleo com idênticas variações de dois óleos de referência. Os dois óleos de referência terão de ter as seguintes características: GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Variação da Viscosidade com a temperatura ❑ Um deles terá um índice de viscosidade 0 à temperatura de 37,8ºC; ❑ O outro terá um índice de viscosidade 100 à temperatura de 37,8ºC; ❑ Ambos os óleos e também o óleo a medir, terão de ter a mesma viscosidade à temperatura de 98,9º C; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Variação da Viscosidade com a pressão ❑ A viscosidade dos óleos aumenta com a pressão. Esta característica é muito importante em lubrificação de contactos, onde estão em presença forças concentradas muito elevadas. O aumento da viscosidade é mais rápido quando a pressão é mais elevada. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Lubrificantes Especificação de viscosidade dos lubrificantes ❑ Para motores, por exemplo, a classificação dos óleos para motores é realizada pela SAE (society of Automotive Engineers). GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Massas Lubrificantes ❑ Produto pastoso, utilizado para lubrificar. Não se pode dizer que é melhor ou pior que um óleo lubrificante. Tem aplicações diferentes, e a sua utilização pode depender das dificuldades da aplicação, intervalos de lubrificação, necessidade de vedação. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia ✓ Massas Lubrificantes Podemos utilizar sempre que: ❑ O processo de fabrico não suporta salpicos; ❑ Seja exigida uma frequência de lubrificação baixa; ❑ Exista no processo de fabrico uma envolvente significativa de substancias contamináveis; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Massas Lubrificantes Podemos utilizar sempre que: ❑ O processo de fabrico estiver exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas; ❑ O processo de fabrico tiver apetência para gerar ruído; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Aditivos Podemos utilizar sempre que: ❑ Melhorar as características de proteção contra o desgaste e de atuação em situações de pressões severas; ❑ Aumentar a resistência à oxidação e à corrosão; ❑ Aumentar a actividade dispersante e detergente dos lubrificantes; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Aditivos Podemos utilizar sempre que: ❑ Aumentar a adevisidade; ❑ Aumentar o índice de viscosidade; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Plano de Lubrificação Um plano de lubrificação deve ser considerado correto se todos os pontos de lubrificação receberem o lubrificante adequado, na quantidade adequada e no tempo adequado. Uma falha na lubrificação pode provocar consequências muito relevantes a curto prazo no processo produtivo. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Plano de Lubrificação Elaboração de um Plano de Lubrificação Um plano de lubrificação deve ser realizado: ❑ Fazer o levantamento criterioso das instalações e do equipamento e das suas reais condições de funcionamento; ❑ Estudar a informação dos equipamentos, manuais fornecidos pelo construtor, identificando marcas de lubrificantes recomendados; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Plano de Lubrificação Elaboração de um Plano de Lubrificação ❑ Elaborar plano de lubrificação para cada equipamento, mencionando por cada ponto de lubrificação: ❑ Metodo e procedimento a utilizar; ❑ Identificação do tipo de lubrificante; ❑ Periodicidade da lubrificação; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção Noções de Tribologia Plano de Lubrificação Elaboração de um Plano de Lubrificação ❑ Identificar numa instrução de trabalho, todos os pontos de lubrificação, para ajudar o executante; ❑ Identificar claramente o lubrificante a utilizar, com imagem do mesmo; ❑ Identificar a quantidade a utilizar; ❑ Ferramentas a utilizar; GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos Gestão da Manutenção OBRIGADO. GM – 2024/25 - Eng. Armando Sousa Bastos

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