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Wyckoff_2_0_Estruturas,_Volume_Profile_e_Order_Flow_Rubén_Villahermosa.pdf

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Wyckoff 2.0 Estruturas, Volume Profile e Order Flow Combinando a lógica da Metodologia Wyckoff e a objetividade do Volume Profile R V C Direitos autorais © 2021 Rubén Villahermosa Chaves Todos os direitos reservados Não é permitida a reprodução...

Wyckoff 2.0 Estruturas, Volume Profile e Order Flow Combinando a lógica da Metodologia Wyckoff e a objetividade do Volume Profile R V C Direitos autorais © 2021 Rubén Villahermosa Chaves Todos os direitos reservados Não é permitida a reprodução ou armazenamento de qualquer parte deste livro em um sistema de recuperação ou transmissão de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, fotocópia, gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do editor. Independently published CONTEÚDO PREFÁCIO PARTE 1. CONCEITOS AVANÇADOS DA METODOLOGIA WYCKOFF 1.1 Os rótulos 1.2 Preço vs Volume 1.3 Tipos de gráficos avançados 1.3.1 Gráficos de ticks 1.3.2 Gráficos de volume 1.3.3 Gráficos Range 1.4 Acumulação ou Distribuição com falha 1.5 Falha estrutural 1.5.1 Debilidade 1.5.2 Solidez 1.6 Shortening of the Thrust (SOT) 1.7 Outros tipos de estruturas 1.7.1 Estruturas com inclinação 1.7.2 Esquemas pouco usuais PARTE 2. RESOLUÇÃO DE DÚVIDAS FREQUENTES 2.1 Utilização eficiente das linhas 2.1.1 A importância do contexto 2.2 Mudança de rótulos e planejamento de cenários 2.3 Como distinguir entre acumulação e distribuição? 2.4 Como analisar um gráfico a partir do 0? 2.4.1 Estruturas 2.4.2 Áreas de operação 2.4.3 Baixa de temporalidade. Estruturas da maior para a menor 2.4.4 Alta de temporalidade. Estruturas da menor para a maior 2.5 O que fazer quando o contexto não está claro? 2.5.1 O controlador PARTE 3. O ATUAL AMBIENTE DE TRADING 3.1 Tipos de participantes nos mercados financeiros 3.2 Mercados eletrônicos 3.2.1 Trading algorítmico 3.2.2 High Frequency Trading 3.3 Mercados Over The Counter (OTC) 3.4 Dark Pools 3.5 Os mercados são aleatórios ou determinísticos? 3.5.1 A hipótese dos mercados adaptativos 3.5.2 Onde se encaixa a metodologia Wyckoff? PARTE 4. A IMPORTÂNCIA DO VOLUME 4.1 Auction Market Theory 4.1.1 Variáveis 4.1.2 Percepção do valor 4.1.3 As quatro fases da atividade do mercado 4.2 A Lei da Oferta e da Demanda 4.2.1 Erros de interpretação comuns 4.2.2 BID/ASK, Spread e Liquidez 4.2.3 Tipos de participantes com base no comportamento 4.2.4 Como ocorre a mudança de preço? 4.2.5 Como acontecem as mudanças no mercado? 4.3 Tipos de ordens 4.3.1 Características avançadas 4.4 Ferramentas para análise de volume 4.4.1 Livro de ordens 4.4.2 Time & Sales 4.4.3 Footprint 4.4.4 Delta 4.5 A problemática do Order Flow 4.5.1 Problemática #1 Divergência de preço 4.5.2 Problemática #2 Divergência do Delta 4.5.3 Operador de preço e volume 4.5.4 Conclusão PARTE 5. VOLUME PROFILE 5.1 Teoria do Leilão + Volume Profile 5.2 Composição do Volume Profile 5.3 Tipos de perfis 5.4 Diferença entre o volume vertical e o horizontal 5.5 Diferença entre Volume Profile e Market Profile 5.6 Forma dos perfis 5.6.1 Perfil tipo P 5.6.2 Perfil tipo b 5.7 Usos do Volume Profile 5.7.1 Identificação de estruturas 5.7.2 Determinar o viés do mercado 5.7.3 Análise da saúde da tendência 5.7.4 Migração do VPOC 5.7.5 Ajuste da gestão da posição 5.8 Princípios operacionais com áreas de valor 5.8.1 Princípio do intervalo 5.8.2 Princípio da reversão 5.8.3 Princípio da continuidade 5.8.4 Princípio da reversão com falha 5.8.5 Quadro resumido de princípios operacionais com áreas de valor PARTE 6. ORDER FLOW 6.1 Leitura do contexto 6.2 Desequilíbrios 6.3 Padrão de giro 6.3.1 Padrão de giro em baixa: Absorção de compras e iniciativa de vendas 6.3.2 Padrão de giro em alta: Absorção de vendas e iniciativa de compras 6.4 Padrão de continuidade 6.5 Fractalidade PARTE 7. WYCKOFF 2.0 7.1 Análise do contexto 7.1.1 Contexto do intervalo 7.1.2 Contexto de tendência 7.1.3 Operação no intervalo 7.1.4 Operação em tendências 7.2 Identificação de áreas e níveis operacionais 7.3 Planejamento de cenários 7.4 Gestão da operação 7.4.1 Entrada 7.4.2 Stop Loss 7.4.3 Take Profit 7.4.4 O que fazer quando o preço vai sem nós? PARTE 8. ESTUDOS DE CASO 8.1 Cruzamento de moedas Euro/Dólar ($6E) 8.2 Cruzamento de moedas Libra/Dólar ($6B) 8.3 Índice S&P500 ($ES) 8.4 Cruzamento de moedas Dólar Americano/Dólar Canadense ($6C) 8.5 Cruzamento de moedas Libra/Dólar ($6B) 8.6 Cruzamento de moedas Euro/Dólar ($6E) BIBLIOGRAFIA AGRADECIMENTOS SOBRE O AUTOR LIVROS DESTE AUTOR PREFÁCIO Com a publicação deste novo conteúdo damos continuidade ao primeiro livro "A Metodologia Wyckoff em Profundidade", no qual são apresentadas de forma clara todas as ferramentas analíticas que abordam tal metodologia, assim como o aspecto mais teórico no estudo do comportamento dos mercados financeiros. Neste livro, avançaremos mais um passo e abordaremos conceitos mais complexos; revisaremos as questões mais frequentemente levantadas pelos estudantes sobre a metodologia e incorporaremos novas ferramentas baseadas nas informações proporcionadas pelos dados do volume e que serão muito úteis, como o Volume Profile e o Order Flow. Antes de iniciar o estudo deste livro, devo recomendar vivamente que você tenha previamente internalizado todos os conceitos que são tratados no primeiro, pois é necessário entender tudo o que foi visto e, em caso negativo, isso poderia causar alguma confusão ou falta de entendimento. PARTE 1. CONCEITOS AVANÇADOS DA METODOLOGIA WYCKOFF Assim como no livro anterior, não temos a intenção em momento algum de divulgar o enfoque da metodologia Wyckoff a partir de seu ponto de vista mais puro. Pode haver operadores Wyckoff que fazem isso, mas entendemos que os mercados de hoje mudaram substancialmente em relação aos que foram estudados por Richard Wyckoff e é nossa responsabilidade nos adaptarmos a essas mudanças. Mas, se existe uma coisa que é invariável e onde reside realmente a vantagem desta abordagem sobre outras, são os princípios que estão por trás de seus ensinamentos. Independentemente de como os mercados e seus operadores tenham mudado, tudo ainda é regido pela lei universal da oferta e demanda; e esta é a pedra fundamental da metodologia. Esta nova forma que proponho para analisar os mercados me causou certa discussão com conhecidos (puristas) disseminadores do método. Como eu disse, meu objetivo não é ensinar a forma mais primitiva da metodologia, mas sim pegar os princípios que considero válidos e aperfeiçoá-los juntamente com as mais modernas ferramentas de análise de volume. Na verdade, acredito que disseminar os ensinamentos de Richard Wyckoff conforme ele os compartilhava é praticamente impossível. No final, cada um ensina seu próprio ponto de vista sobre a metodologia junto com as ferramentas em que mais confia; e isto não quer dizer que alguém esteja acima dos demais. O importante é obter rentabilidade do mercado, independentemente da abordagem utilizada. Dito isto, tenho certeza de que se Richard Wyckoff estivesse vivo hoje, ele mesmo tomaria o cuidado de evoluir seus próprios ensinamentos para se adaptar a novos mercados. Como era em seu tempo, ele ainda seria um estudioso dedicado ao volume e isto o teria levado a aprofundar seu conhecimento de ferramentas como o Volume Profile e o Order Flow. E isto foi exatamente o que fizemos e o que apresentarei a vocês ao longo do livro; reunindo os princípios mais sólidos de análise de mercado com as ferramentas mais avançadas de análise de volume. Mas antes de chegarmos a esse ponto, vamos acrescentar alguns conceitos avançados que você deve conhecer para esclarecer uma série de dúvidas que ocorrem com frequência. 1.1 OS RÓTULOS Toda a parte teórica vista no primeiro livro é um conteúdo necessário e indispensável para dominar esta abordagem e entender verdadeiramente como o mercado se move, mas a metodologia Wyckoff, ou minha maneira de entendê-la, vai muito mais adiante. Não se trata apenas de rotular um gráfico de forma quase robótica e pronto. Aprendemos o que está por trás de cada evento; como ele é formado, como é representado no gráfico, a psicologia por trás dele e assim por diante. Mas, como digo, o método é muito mais eficaz. Afirmo isto porque, pela própria natureza do mercado, é praticamente impossível que duas estruturas sejam absolutamente as mesmas. Apesar de ser verdade que diariamente vemos esquemas "de livros", que se adaptam muito genuinamente aos exemplos clássicos, na maioria das vezes o mercado desenvolverá estruturas menos convencionais, onde a identificação de tais eventos será mais complexa. Assim, é essencial não se concentrar na busca exata dos eventos (principalmente nos eventos de parada que compõem a Fase A) e se concentrar no que é realmente importante que é a ação como um todo. Quero dizer, em muitos gráficos veremos que um movimento de tendência cessa e inicia um processo de lateralização, mas não somos capazes de identificar corretamente os 4 primeiros eventos de parada. Em função disso, é possível descartar o ativo e perder uma oportunidade comercial futura. Isto é um erro. Como digo, o importante não é que saibamos identificar esses 4 eventos de parada, mas que o mercado objetivamente tenha produzido a parada do movimento de tendência. Você pode não identificar o Clímax, a Reação e o Teste de forma genuína, mas o objetivo é que o mercado tenha parado e iniciado uma mudança de caráter (migração da tendência para os lados). Como podemos ver nos exemplos, apesar destas estruturas não serem de modo algum como as estruturas clássicas já estudadas, se abrirmos o gráfico e nos situarmos no ponto marcado com a seta, é sensato pensar que possivelmente elas tenham desenvolvido um processo de acúmulo logo abaixo. Será mais ou menos difícil identificar os eventos da metodologia, mas o objetivo é ver um nível onde o preço tenha sido rejeitado em várias ocasiões (Creek) e que finalmente tenha conseguido rompê-lo e se posicionar acima. Esta é a chave. Sem dúvida, se nos esforçamos, podemos rotular todos e cada um dos movimentos, mas repito que isto não é o mais importante. O importante da metodologia é a lógica por trás dela: para que o preço suba deve primeiro haver uma acumulação; e para que desça, deve haver uma distribuição. A forma ou maneira como esses processos se desenvolvem não deve ser o fator determinante. O nível de mentalidade aberta exigido é muito grande. Talvez até a cabeça de algumas pessoas tenha explodido, mas esta é a realidade. Felizmente, muitas vezes vemos estruturas clássicas, mas a contínua interação entre oferta e demanda faz com que estes processos possam se desenvolver de infinitas maneiras, e temos que estar preparados para enxergar eles também. Ao invés de pensar em rotular todos e cada um dos movimentos de preços, vamos nos concentrar em tentar identificar, de acordo com os traços que observamos, quem provavelmente está ganhando o controle do mercado com base na teoria estudada. 1.2 PREÇO VS VOLUME Em nossa forma de pensar sobre análise de mercado, a princípio não valorizamos a possibilidade de não considerar nenhum desses dois dados, preço e volume. Mas à medida que se aprofunda no ecossistema que circunda o mundo financeiro, alguns obstáculos começam a surgir. Sem rodeios, preciso dizer que, em minha opinião, os dados sobre preços são certamente mais relevantes do que os dados sobre volume. E eu vou fundamentar esta afirmação com base em dois elementos. Por um lado, o volume intradiário que podemos analisar em qualquer ativo pode ser muito ilusório, dependendo do momento da sessão. Por exemplo, na abertura da sessão americana do S&P500 em seu horário local (ETH), sempre veremos um grande volume, muito maior do que o visto antes dessa abertura durante o horário regular (RTH). E, é claro, todas as análises anteriores serão tendenciosas de uma certa forma. Como podemos ver no gráfico do ES (SP500 futuro), a maior volatilidade e, portanto, movimento de preços ocorre durante a sessão americana, evidenciando claramente a falta de participação durante o horário regular de negociação. Não faria muito sentido fazer análises levando em conta globalmente toda a ação de preços e volume, já que poderia levar à confusão. Não que durante o horário comercial regular tenhamos identificado um movimento com falta de interesse (baixo volume), mas que esse baixo volume é devido a uma ausência de operadores naquele momento. O mesmo seria válido para outros momentos da sessão, como na parada do meio-dia ou pouco antes de iniciar o período final do dia, quando há também um aumento significativo no volume. A partir do momento em que sabemos disso, temos duas maneiras de resolver esta situação: Se quisermos continuar operando em períodos de tempo intradiários devemos necessariamente analisar o preço e o volume em termos comparativos; por um lado, o que se vê durante períodos de tempo locais e, por outro lado, o que se vê durante o horário comercial regular. Igualmente, a melhor maneira de evitar confusão é analisar o gráfico diário. Como este intervalo de tempo cobre ambas as sessões (ETH e RTH), não é necessário distingui-las para análise. Mas, é claro, isto exigiria uma mudança total do estilo de operação. Se existe um dado que já incorpora todas as informações, este é o preço. O preço é a representação gráfica de todas as ordens já executadas. Poderíamos estar analisando um ativo a qualquer momento e a ação de preço seria fielmente refletida sem ter que estar ciente do momento da sessão e realizar uma análise comparativa. Esta é a vantagem que o preço apresenta. Mesmo sem o volume perdemos uma grande parte das informações disponíveis, a interação contínua entre oferta e demanda vai deixando sua marca no preço e o preço desenvolve alguns padrões repetitivos (não na forma, mas no conteúdo). Obviamente, não estou recomendando operar sem analisar os dados de volume, não é necessário, apenas queria destacar a prevalência do preço sobre o volume para nossa forma de entender e operar os mercados. Mais adiante veremos também outro inconveniente que os dados de volume apresentam devido aos mercados Over The Counter (OTC) e os Dark Pools. 1.3 TIPOS DE GRÁFICOS AVANÇADOS Nos últimos tempos, surgiram também outras formas de representação da atividade de mercado. Entre esses tipos de gráficos estão os gráficos de ticks, de volume e Range. A principal vantagem destes gráficos é que eles reduzem o ruído presente nos gráficos temporais. Estes três tipos de gráficos têm a peculiaridade comum de eliminar a variável temporal, o que pode ser muito útil precisamente para condições como as discutidas acima, onde o mercado abrange diferentes ambientes de atividade. 1.3.1 Gráficos de ticks Um tick representa uma transação, uma negociação entre duas partes. Portanto, o gráfico de ticks será atualizado (a vela atual será fechada e uma nova será aberta) quando um certo número de transações (ticks) tiver ocorrido. A configuração do gráfico (o número de ticks) vai variar de acordo com o mercado, já que a volatilidade difere de um mercado para outro. É por isso que você terá que fazer testes diferentes até encontrar o mais adequado. Geralmente o volume será muito parecido em todas as velas geradas, mas haverá diferenças sutis que podem nos dar informações interessantes, já que este tipo de gráfico mede a atividade em termos de transações, mas não leva em conta o volume ou a quantidade negociada nessas transações. Em suma, um gráfico ajustado para 1000 ticks irá gerar uma nova velas quando esses 1000 ticks ocorrerem, mas a quantidade negociada nessas 1000 transações será diferente. Pode ser que em uma transação seja negociado 1 contrato ou vários contratos. 1.3.2 Gráficos de volume A diferença entre os gráficos de ticks e de volume está relacionada com a quantidade negociada. Enquanto o gráfico de tick mede o número de transações sem levar em conta quantos contratos, ações ou unidades foram negociados em cada uma delas, os gráficos de volume medem o número de contratos, ações ou unidades negociadas antes da geração de uma nova vela. Por exemplo, um gráfico configurado para 1000 volumes gerará uma nova vela quando essa quantidade for negociada, independentemente do número de transações que foram necessárias para completar. O aspecto negativo principal do uso deste tipo de gráfico é que ele impossibilita o uso de técnicas de análise de volume. 1.3.3 Gráficos Range Enquanto os dois tipos apresentados anteriormente se basearam sua representação nos dados de volume, o gráfico tipo Range se baseia em dados de preços. Este tipo de gráfico representa a atividade do mercado do ponto de vista do movimento do preço. Todas as suas barras serão exibidas com o mesmo tamanho, independentemente do tempo que levou para sua formação. Em ambientes de alta volatilidade aparecerão mais barras e vice versa para ambientes de baixa volatilidade. Caso o gráfico seja configurado para o Range 15, novas barras aparecerão quando o preço se movimentar 15 ticks em uma direção ou outra. 1.4 ACUMULAÇÃO OU DISTRIBUIÇÃO COM FALHA Quando a análise de todos os elementos que são observados no gráfico sugerem que está sendo produzido o desequilíbrio em direção a um lado, mas no momento da verdade o lado oposto pressiona de forma mais agressiva, estaremos falando de falha de continuidade ou de estrutura com falha. Durante o desenvolvimento das estruturas, o controle do mercado está em jogo e o mercado pode mudar de lado (em favor de compradores ou vendedores) continuamente, de acordo com os tipos de operadores e as avaliações que eles fazem do ativo. Sabendo que até que visualizemos o efeito de uma causa não podemos determinar o que ela é (acumulação ou distribuição), o mais lógico seria evitar o uso deste termo de estrutura com falha, uma vez que realmente uma acumulação com falha será sempre uma estrutura de distribuição e vice-versa. Mas é um conceito muito interessante que nos ajuda a entender uma importante dinâmica do mercado, que não é outra coisa senão o conhecimento dos diferentes tipos de operadores e como eles intervêm com base na temporalidade. Quando o preço faz um Spring potencial na parte baixa da estrutura e de lá consegue chegar ao topo da estrutura novamente, é óbvio que os compradores penetraram com certa agressividade na parte baixa; mas não sabemos quando eles vão decidir fechar suas posições. Pode ser que sejam simplesmente Traders de muito curto prazo que aproveitam a visita a uma zona de liquidez (seja no máximo da estrutura ou em uma zona intermediária) para encontrar a contraparte com a qual fazer corresponder suas ordens e fechar suas posições ali obtendo lucros. Este fechamento de posições de compra causaria uma perda de impulso de alta e possivelmente uma nova curva para baixo. Ou pode ser que os operadores que compraram no Spring tenham uma perspectiva de longo prazo e façam todo o possível para permanecer no mercado e defender a posição, se necessário, produzindo o desenvolvimento completo de toda a acumulação. Além disso, também não sabemos se pode haver operadores de longo prazo com maior capacidade de movimentar os mercados pendentes de tal movimento de alta para tirar proveito dele e entrar agressivamente em curto prazo. Por outro lado, também deve ser lembrado que nem todos os grandes operadores ganham de forma consistente e recorrente ao longo do tempo. Às vezes, muitos deles são forçados a assumir perdas e este contexto de estrutura com falha poderia ser um exemplo perfeito. Conforme Al Brooks diz, com razão, em seus livros sobre Price Action, nos mercados líquidos todo menor movimento de preços é gerado porque um grande operador está comprando e outro está vendendo. É uma batalha entre esses grandes capitais e, portanto, haverá alguns deles que terão prejuízo em algumas de suas operações. A chave para determinar que estamos diante de uma estrutura com falha é que ela tem absolutamente todos os traços a favor de uma direção, mas no momento decisivo (no teste após o intervalo), ela falha e gera um desequilíbrio a favor do lado oposto. Para o exemplo da acumulação com falha, teríamos que ver que todos os traços sugerem que o controle do mercado está com os compradores, e que o preço tem que desenvolver um Spring potencial, que a ruptura de alta é genuína do ponto de vista da ação do preço e do volume; mas que finalmente na posição potencial BUEC o preço não consegue continuar subindo, e um desequilíbrio é provocado em favor dos vendedores deixando a estrutura como distributiva. Justamente o mesmo, mas ao contrário, precisaríamos verificar para determinar uma distribuição deficiente: traços a favor dos vendedores, desenvolvimento de potencial Upthrust, ruptura em baixa genuína e que em posição de teste depois da ruptura, entra a compra agressiva que rotaciona a estrutura como acumulação. É importante ter consciência de que não conhecemos a capacidade dos operadores de continuar controlando o mercado, uma vez que a qualquer momento um operador com maior capacidade pode surgir e provocar a rotação. O que inicialmente parecia desequilibrado para um lado, finalmente com esta nova aparição faz com que o desequilíbrio seja confirmado no lado oposto. Logo, temos que avaliar estas duas importantes casuísticas: Não sabemos a intenção dos operadores que estão apoiando o movimento atual. Caso sejam operadores de curto prazo que fecharão posições na próxima faixa de liquidez ou se têm uma perspectiva de longo prazo e vão continuar até que a estrutura esteja totalmente desenvolvida. Não sabemos se os operadores com maior capacidade podem intervir. Na hora da verdade, no teste após a ruptura que confirmaria a orientação da estrutura, operadores agressivos podem surgir com uma maior capacidade de mover o mercado, impulsionando na direção oposta, pois eles podem ter uma visão diferente a longo prazo. Obviamente, encontramos esta dificuldade o tempo todo, portanto nossa vantagem é operar a favor do último desequilíbrio e para isso é vital identificar o evento dominante: o Shakeout. O Shakeout, como já discutimos, é a ação mais decisiva no funcionamento do mercado. Tem uma lógica tão poderosa que nos leva a sempre nos colocarmos a favor dela. Então, se o resto dos traços acompanharem, estaremos sempre favorecendo operar na direção do último shakeout; ou seja, muito depois de ver o Spring potencial; e pouco depois de ver uma Upthrust. Alguns podem concluir que esperar por preços extremos e operar apenas situações potenciais de Upthrust/Spring é a maneira mais conveniente de simplificar toda a análise; e não é totalmente desajustada. Essa é a beleza da metodologia Wyckoff, que ao oferecer uma maneira de entender o mais objetivamente possível como o mercado se move, cada operador pode usar seus princípios para desenvolver suas próprias estratégias. Em minha opinião, os traços que demonstram o desenvolvimento das estruturas desde seu início são significativos e nos ajudam a estabelecer cenários com uma probabilidade maior. Por exemplo, se eu observar certas características distributivas em uma estrutura e ela estiver subsequentemente em uma posição de potencial ruptura em baixa e potencial Spring, a análise do contexto me levará a favorecer a ruptura em baixa; enquanto o operador que só opera os Shakeouts nos extremos sem avaliar nada mais fará o contrário. E geralmente o mercado se desenvolverá (neste exemplo) em favor da continuação distributiva, pois o desequilíbrio é latente e tem sido evidente durante o desenvolvimento do Range. 1.5 FALHA ESTRUTURAL Este é um conceito muito simples que pode nos ajudar no momento de avaliar a dinâmica dos movimentos. Esta falha pode ser encontrada em todos os tipos de estruturas; tanto em estruturas com declives altos ou baixos como em estruturas horizontais, convergentes ou divergentes. O primeiro passo é identificar a lógica estrutural que o preço decide seguir. Isto será determinado pelos toques bem sucedidos que respeitam uma estrutura formada por duas zonas de oferta e demanda. Esta é a chave inicial: identificar a estrutura que o preço validou. Quanto mais toques ela tiver, mais confiança nos dará essa estrutura. Neste momento, e seguindo o princípio de favorecer a continuidade do que o preço vem fazendo, seria lógico pensar que o mercado continuará a se mover respeitando essa lógica estrutural, passando de extremo a extremo. Caso o preço não desenvolva um novo teste no lado oposto e, em vez disso, gere uma curva antes de chegar àquela zona, diríamos que desenvolveu uma falha estrutural já que não continuou com a dinâmica que tinha e este sinal acrescenta força ao cenário em favor daquela última curva. Partindo deste conceito, entendemos que o evento do último suporte de oferta ou demanda (Last Point of Support e Last Point of Supply) são falhas estruturais nas quais o preço é bloqueado em sua tentativa de ir atrás do evento de impacto para começar a partir deste ponto o movimento posterior de quebra da estrutura. 1.5.1 Debilidade O exemplo de falha estrutural que denota debilidade é apresentado quando o preço, após validar uma estrutura em várias ocasiões, é incapaz de continuar se movendo sob essa lógica de movimento e não consegue alcançar o topo da estrutura. Esta incapacidade de continuar se movendo como vinha fazendo até este momento denota uma debilidade fundamental. Os compradores não estão mais no controle do mercado e são os vendedores que começam a parecer mais significativamente. Tal indício não sugere uma reversão imediata para baixo; é mais um elemento a ter em mente ao ler corretamente o contexto do mercado. Poderia se tratar simplesmente de uma parada temporária da tendência anterior para desenvolver a partir daí um período de consolidação, durante o qual se poderia reacumular stock e continuar a subir. 1.5.2 Solidez A ação que denota a solidez do fundo é quando vemos que o preço não pode atingir a parte baixa da estrutura em que tem trabalhado. Ou seja, se o preço vem desenvolvendo uma série de altos e baixos decrescentes cuja ação se encaixa perfeitamente dentro dos limites superior e inferior, vamos favorecer que o mercado continue a se comportar da mesma forma e por isso vamos procurar um novo teste no lado oposto da estrutura. Se, por exemplo, vem de um teste no lado superior da estrutura, a dinâmica sugere que agora deveria fazer um teste no lado inferior da estrutura. Se durante o desenvolvimento de tal movimento o preço gira sem atingir a parte inferior, diremos que o mercado gerou uma falha estrutural e é um sinal de solidez do mercado, pois os compradores não permitiram que o preço caísse mais baixo. Se, além disso, tal movimento conseguir balançar quaisquer baixas anteriores relevantes, estaremos em uma situação de potencial Spring com maior solidez fundamental devido à convergência com essa falha estrutural. O raciocínio por trás de tal ação é que os compradores entraram agressivamente desequilibrando o controle a favor deles. Estes compradores têm um interesse maior e estão bloqueando a queda do preço. Eles não querem que o preço desça. Não querem que mais ninguém seja capaz de montar o movimento de subida. Este indício não sugere uma reversão imediata para o lado de cima; é mais um elemento a ter em mente ao ler corretamente o contexto do mercado. 1.6 SHORTENING OF THE THRUST (SOT) Poderia ser traduzido como "Encurtamento do impulso". Se trata de um padrão de mudança de direção. É uma ferramenta analítica originalmente usada por Wyckoff para medir a perda de ímpeto ou esgotamento de um movimento de impulso ou propulsão. Visualmente, é possível ver como cada nova extremidade percorre uma distância menor do que a anterior e, portanto, diz-se que o impulso está sendo encurtado. Para o exemplo da tendência de alta, observaríamos como cada nova máxima alcança uma distância menor do que a máxima anterior; sugerindo uma deterioração na demanda e sinalizando uma possível curva em baixa. Para o exemplo da tendência de baixa, observaríamos uma diminuição na distância que as novas mínimas percorrem em relação à distância que as mínimas anteriores percorriam, sugerindo uma deterioração na oferta e sinalizando uma possível virada para o lado superior. A principal ideia é uma falta de continuidade nessa direção. Um esgotamento das forças que até agora pareciam estar no controle do mercado. A perda de impulso antecipa um retrocesso importante e às vezes até mesmo uma inversão da tendência. Para que este comportamento seja válido, é necessário um mínimo de três impulsos na direção da tendência. A partir de três ou quatro movimentos impulsivos, é útil começar a procurar este padrão de encurtamento no impulso final. Quando o avanço do preço diminui, mas há um forte volume, isso significa que o grande esforço teve pouca recompensa: Divergência de Esforço/Resultado. No caso de um exemplo em baixa, a demanda estaria aparecendo; e em um exemplo em alta, a oferta estaria aparecendo. Quando o avanço do preço diminui, mas também há um volume fraco, isso significa esgotamento. No caso de um exemplo em baixa, a oferta seria retirada; e em um exemplo em alta, seriam os compradores que se retirariam do mercado. Quando existem mais de quatro impulsos e o encurtamento persiste, a tendência pode ser muito forte para ser operada contra. O que confirmaria a mudança de direção seria um forte movimento impulsivo na direção oposta. Após o encurtamento do impulso, queremos ver que o novo impulso na direção oposta tenha um alto volume, denotando intencionalidade. Depois deste impulso que muda de direção, poderíamos esperar por um recuo para tentarmos nos unir na direção do novo movimento impulsivo. Tenha sempre em conta o contexto no qual o encurtamento de impulso ocorre: Se o preço quebra o topo de um intervalo e inverte, esta ação é uma Upthrust potencial. Se depois de algumas ondas de baixa ocorrer um encurtamento do impulso e sugerir uma operação de compra; você deve ter em mente que o preço acabou de desenvolver uma Upthrust e muito provavelmente continuará a cair. Qualquer operação de compra deve ser evitada e, se realizada, fechada rapidamente depois de uma resposta débil. O mesmo aconteceria no caso de observar o padrão de baixa após uma Spring potencial, o viés direcional seria marcado pelo abalo, então você teria que questionar a ideia de operar a descoberto SOT. O padrão Shortening Of the Thrust também pode ser visto em barras individuais, bem como em movimentos. Neste caso, observaríamos como barras sucessivas fazem cada vez menos progressos. Se também coincidisse em uma área de operação onde estaríamos em condições de procurar uma operação inversa, a situação seria ideal. 1.7 OUTROS TIPOS DE ESTRUTURAS Inicialmente, foram apresentadas estruturas com desenvolvimento horizontal como esquemas básicos. São as mais fáceis de identificar e para o operador que começa a se aprofundar pela primeira vez na metodologia Wyckoff eu recomendaria trabalhar quase que exclusivamente neste tipo de esquemas. Como já mencionamos em várias ocasiões, o mercado é uma entidade viva que está em constante mudança devido à contínua interação entre oferta e demanda. Esta interação é a causa da geração de estruturas, que podem se desenvolver de diferentes maneiras. Não faria nenhum sentido abordar o mercado pensando que ele deveria se comportar como estabelecido pelos esquemas básicos inicialmente estudados. A realidade é que cada momento é único e será diferente de outro no futuro, já que é praticamente impossível que as mesmas circunstâncias possam ocorrer em dois momentos diferentes. Para que duas estruturas se desenvolvam exatamente da mesma maneira, é necessário que os mesmos participantes estejam presentes em ambos os momentos e se comportem exatamente da mesma maneira, o que é impossível. É por isso que é importante ter a mente aberta e tentar ir um passo além na compreensão da metodologia. Wyckoff nos deu algumas diretrizes a seguir destacando acima de tudo: como os mercados se movimentam; os processos de acumulação e distribuição; e as três leis fundamentais. Esta é a estrutura teórica que sustenta a metodologia. O operador Wyckoff se apoia nestas ferramentas para analisar o gráfico a fim de tentar elucidar quem está no controle do mercado, a fim de elaborar hipóteses criteriosas. O próximo passo é ser capaz de identificar o desenvolvimento de uma estrutura, mesmo que ela não pareça ideal. Em muitas ocasiões, poderemos trabalhar em tempo real com estruturas que se adaptam muito genuinamente às estruturas clássicas estudadas, mas haverá outras ocasiões em que este não será o caso. E isso não deve ser motivo de frustração. Os operadores Wyckoff avançados entendem que estes processos de acumulação e distribuição podem ocorrer de forma diferente, dependendo do quão equilibrado ou desequilibrado o mercado está em favor dos compradores e vendedores. Esta é a chave para tudo. Com base na condição do mercado no momento (quem tem mais controle), o preço desenvolverá um ou outro tipo de estrutura. A seguir estudaremos alguns tipos de estruturas não convencionais. 1.7.1 Estruturas com inclinação Apesar de serem estruturas mais difíceis de serem vistas, na verdade se desenvolvem exatamente da mesma forma que as estruturas horizontais. Faça um teste; pegue um dos exemplos e tente girar mentalmente a imagem até encaixar a estrutura como se ela fosse horizontal. Você verá que o comportamento geral, os eventos e as fases se desenrolam de forma idêntica aos intervalos horizontais. O único elemento que varia é a condição do mercado, ou seja, haverá situações em que tanto os compradores quanto os vendedores terão inicialmente mais controle. Vamos ter em mente que uma estrutura com uma inclinação para cima sugere uma certa solidez no fundo, ou seja, um maior controle dos compradores; e que estruturas com uma inclinação para baixo sugerem uma certa debilidade, um maior controle por parte dos vendedores. Inicialmente, ao identificarmos a parada da fase A, vamos estabelecer os limites do intervalo horizontalmente. Se observarmos que na Fase B o preço não respeita esses extremos e começa a sair da estrutura, será o momento de começar a pensar em uma possível estrutura com uma inclinação. Vamos conectar esses extremos e observaremos se o preço realmente respeita os limites dessa estrutura. Em outras ocasiões, vamos simplesmente abrir um gráfico e será muito visual como o preço tem respeitado os extremos de uma estrutura inclinada. Conectar as mínimas e máximas das Fases A, B e C. Você pode desenhar uma extremidade primeiro e clonar a linha na extremidade oposta. O importante é que o canal contém quase toda a ação de preços dentro dele. Quanto mais se toca nos extremos, mais solidez a estrutura está sendo trabalhada (respeitada). É importante destacar que não precisamos ver toques perfeitos de preço a estes extremos para determinar que o preço está trabalhando esta estrutura. Não precisa ser algo totalmente preciso, a chave é que deve ser algo de destaque e que nos permita conectar todos os extremos, mesmo que seja necessário desenhar uma zona de certa largura, em vez de uma linha. Da mesma forma, eu sempre recomendaria não descartar completamente os níveis horizontais. Particularmente, eles me dão mais confiança e há uma chance de que o preço volte a entrar na estrutura original e possamos continuar a trabalhar nela. São quatro estruturas possíveis com inclinação que podemos encontrar: Estrutura de acumulação com inclinação para cima. Estrutura de acumulação com inclinação para baixo. Estrutura de distribuição com inclinação para baixo. Estrutura de distribuição com inclinação para cima. E Esta é a variante que denota a maior solidez fundamental. Após a parada da Fase A, o preço começa a flutuar para cima e para baixo durante o desenvolvimento da estrutura, mostrando claramente uma série de máximas e mínimas ascendentes e descendentes. Os compradores têm uma certa agressividade, valorizam o preço do ativo em níveis mais altos e não permitem que caia em áreas sob revendidas, a fim de proteger sua posição. Estas estruturas não são fáceis de operar principalmente porque a superação de qualquer máximo anterior nos parecerá que estamos enfrentando uma potencial queda do mercado. Mas na realidade é a própria natureza do movimento: impulsos e retrocessos. E esta impressão estará ainda mais presente na zona potencial BUEC. Embora esta seja a entrada mais conservadora e nos dê maior segurança, visualmente vemos o preço negociado em níveis muito altos e não nos parece (subjetivamente) um ponto de entrada ideal. O mercado, alheio a tudo isso, continuará seu percurso e, se for realmente um processo de acumulação, a partir daí começará o movimento de tendência para fora do intervalo em busca de maiores níveis de liquidez. Este exemplo do BTC é muito instrutivo, pois podemos identificar um dos conceitos apresentados, a falha estrutural de solidez. Vemos como após a queda abrupta o preço se acumula rapidamente (caixa verde) para iniciar mais alguns níveis de estrutura. Trata-se, por si só, de um sinal de solidez fundamental. Vemos que há um volume muito alto negociado nessa queda e o fato de vermos uma reação posterior positiva já sugere que, pelo menos em princípio, o sentimento é de alta. Se analisarmos o contexto, vemos que abaixo do preço atual há grandes volumes, poderíamos fazer uma interpretação simples, pois em tal volume entraram agressivamente compradores, pois de outra forma o preço não poderia ter subido. Outros traços interessantes que sugerem acumulação é a diminuição do volume durante o desenvolvimento da estrutura e a predominância de ondas de alta do indicador Weis. Além disso, o elemento chave que marca um antes e um depois na leitura do controle nesta estrutura é a ação da Upthrust. Na parte superior da estrutura, desenvolve um esquema de distribuição menor. Este padrão poderia muito bem ter agido como uma função da UTAD e provocado a ruptura em baixa. Este é o comportamento que esperamos que aconteça após um abalo, mas o que vemos é uma total incapacidade de cair. Depois desse pequeno esquema distributivo, o preço não chega nem mesmo ao fundo daquela estrutura inclinada para cima em que tem trabalhado, e isso não é nada mais nem menos que uma falha estrutural de solidez. Em seguida, desenvolve um shakeout interno que atua como um evento de Teste na Fase C, causando o desequilíbrio final e a continuação para cima. Também vale ressaltar a localização do High Volume Node e do VPOC da estrutura. Como o preço é incapaz de romper esta zona alta de negociação, sugerindo um controle em alta. Falaremos sobre estas zonas de Perfil de Volume mais tarde. Aqui vemos outro exemplo de um padrão acumulado com um declive ascendente. Neste caso, a inclinação é bastante acentuada, o que sugere que a atual condição do mercado é bastante sólida. Vemos a parada definitiva sem volume climático (Selling Exhaustion) e como a partir daí o preço começa uma clara sucessão de máximas ascendentes e mínimas descendentes. Volume decrescente durante o desenvolvimento das Fases A e B sugerindo absorção. Encontra dificuldades para posicionar-se acima do High Volume Node, mas uma vez que consegue após o shakeout, continua mostrando força e consegue romper mais alto com boas velas em alta (SOSbar). Muito interessante, já que o Back Up se desenvolve sobre a parte superior da estrutura (Creek) em confluência com um nível de volume operacional (VWAP semanal). E Esta é a variante acumulativa que apresenta a maior debilidade. Com inclinação em baixa, essa dinâmica de máximas e mínimas descendentes, já denota um controle total dos operadores em baixa. A debilidade é latente, mas mesmo assim, os compradores finalmente aparecem e provocam o desenlace acumulativo. Observado o aparecimento dos primeiros eventos de parada de tendência, a debilidade será tão alta que o mercado não será capaz de sustentar o desenvolvimento de uma estrutura horizontal e, em vez disso, começaremos a ver sinais de debilidade que gerarão baixas cada vez menores. Em termos estruturais, o preço respeitará a dinâmica de baixa, flutuando entre os extremos superior e inferior do canal. Os novos mínimos percorrerão uma distância cada vez menor, observando visualmente um padrão muito comum de esgotamento da tendência (Shortening Of the Thrust). Além disso, o mercado muito provavelmente desenvolverá algum tipo de falha estrutural onde em certo momento o preço abandona a dinâmica que o levaria a visitar a parte inferior da estrutura e, em vez disso, encontra apoio em algum lugar intermediário. Possivelmente fez uma base e está pronto para iniciar o movimento de tendência ascendente. O que confirmaria o padrão SOT e o fracasso estrutural seria que o preço desenvolvesse agora um forte impulso de alta. De preferência, queremos ver este impulso romper a estrutura de baixa efetivamente mudando a dinâmica do mercado. Agora seria o momento de esperar por um retrocesso em baixa para buscar incorporarmos em favor do desequilíbrio causado pelos compradores. Neste exemplo, vemos como o preço está respeitando os extremos que aparecem para cima e para baixo. Conforme já dissemos, a identificação deste tipo de estruturas é subjetiva, portanto, elas devem ser muito visuais e não forçadas. A ideia é que elas contêm a maior parte da ação do preço. Um detalhe que deve ser observado neste gráfico é como o VWAP mensal age. Trata-se do nível dinâmico mais escuro e, como você pode ver, o preço reage sobre ele toda vez que interagem. Desde o primeiro toque no Secondary Test, o preço permanece constantemente em cima, o que sugeriria algum controle por parte dos compradores. Como sempre, o evento chave é a agitação total que causa o desenvolvimento do efeito construído sobre essa causa. Depois do referido Shakeout o preço desenvolve um LPS acima do VPOC da estrutura, que é seguido pelo JAC e o Back Up que novamente vai em busca de uma zona de confluência (VWAP semanal e Value Area High) para poder continuar o desenvolvimento na Fase E fora do intervalo a partir daí. Essas zonas e níveis operacionais de volume serão discutidos posteriormente com mais detalhes. Aqui podemos observar outra clara estrutura acumulativa com um declive em baixa cheia de detalhes. Após a parada da Fase A, vemos como o preço é negociado principalmente na parte inferior da faixa, sendo incapaz de realizar qualquer tipo de teste até o topo, o que nos sugere certa debilidade fundamental. Gradualmente o volume diminui em relação ao observado no SC e após o aparecimento do Shakeout um sinal de força é agora capaz de enviar o preço para a parte superior (minor Sign of Strength). Neste ponto já podemos ver como as mínimas das Fases A, B e C percorrem uma distância ridícula para o lado negativo, sugerindo o aparecimento do padrão Shortening Of the Thrust (SOT) e sua implicação ascendente neste caso. Apesar de o primeiro movimento ascendente não ser suficientemente sólido para romper a estrutura, já é uma certa mudança de caráter ter conseguido fazer tal teste. Nesse momento, o preço desenvolve um movimento interno para uma máxima anterior em confluência com o VWAP semanal, mas desta vez o mercado é incapaz de testar a parte inferior da estrutura, desenvolvendo uma falha estrutural de solidez evidenciada naquele LPS. Objetivamente, já temos o Shakeout, o sinal de solidez e a falha estrutural = desequilíbrio potencial em favor dos compradores. A partir daí e através de dois sinais de solidez, o preço consegue romper o intervalo e vemos como vai procurar uma zona de confluência para desenvolver o teste após a quebra (Back Up). Esta área é composta pelo Creek da estrutura quebrada, o VWAP semanal (linha dinâmica verde) e a Value Area High do perfil. Outro exemplo da funcionalidade deste tipo de níveis operacionais apoiados pelo contexto. E Trata-se da estrutura distributiva que apresenta maior debilidade. Após a identificação dos primeiros eventos que sugerem a parada do movimento de tendência anterior, a forte condição de debilidade que inunda o mercado provocará o desenvolvimento de movimentos subsequentes na forma de máximos e mínimos decrescentes. Visualmente é possível ver um canal em baixa onde o preço ricocheteia em seus extremos, respeitando a dinâmica. A chave, como sempre, estará na identificação correta do evento de teste na Fase C que dá origem ao movimento de ruptura em baixa. Procuraremos constantemente que este evento de teste tenha a forma de um impacto (neste caso, Upthrust After Distribution -UTAD-). Já foi mencionado inúmeras vezes que é o evento que pode dar maior confiança a um operador quando se trata de levantar cenários e, portanto, na maioria dos casos, devemos esperar seu aparecimento. Podemos esperar esta agitação final, seja na forma de uma oscilação no topo da estrutura sugerindo uma condição de sobre compra; ou como uma oscilação local para alguma alta anterior relevante. Quanto mais vistoso e exagerado for a agitação, mais confiança nos dará, pois nos sugerirá que captou maior liquidez e, portanto, o movimento subsequente terá maior impulso. A principal diferença em relação às estruturas acumulativas que também têm uma inclinação em baixa é que, neste caso, não veremos aquela perda de impulso característica do padrão Shortening Of the Thrust, nem veremos qualquer tipo de falha estrutural. Sem dúvida é um tipo de cenário difícil de operar porque subjetivamente o operador observa como o preço é relativamente baixo e pode determinar que não é o lugar para entrar rapidamente. Mas devemos trabalhar para eliminar as subjetividades e permanecer com a certa objetividade que nos proporciona este tipo de leituras. Devido ao controle quase total que os vendedores têm, o preço se movimentará com grande velocidade. Devemos estar totalmente concentrados, caso contrário é provável que percamos o movimento. E isto não é uma má notícia porque se você tiver sido capaz de fazer uma leitura correta e ver que o desequilíbrio é a favor da baixa, você pode perder a oportunidade de negociação por não ser rápido em suas decisões, mas pelo menos você não será capaz de entrar do lado errado do mercado (comprando) evitando assim uma perda. Neste exemplo de redistribuição com inclinação para baixo, vemos que a parada ocorre com um grande volume durante todo o desenvolvimento da Fase A e que durante a Fase B também observamos picos de volume pouco usuais, traços característicos de esquemas de distribuição. Além disso, as ondas de baixa Weis predominam em todos os momentos. O preço se posiciona abaixo do nó de alto volume e um subsequente movimento de retrocesso em alta testará esta área deixando o evento do Last Point of Supply para gerar a ruptura efetiva de baixa (SOW) a partir daí. Uma vez abaixo da estrutura, um novo teste para a parte inferior da estrutura e a continuação da queda. Um operador que não leva em conta esta dinâmica de estruturas e que não sabe como analisar criteriosamente todos os traços dentro dela, muito provavelmente veria o preço cair, longe do VWAP, em uma possível condição de sobre venda e talvez tivesse um viés de alta. Mas a verdade é que o mercado estava em todos os momentos inundado de debilidade e isso se refletiu na ação dos preços e no volume. Novo exemplo de esquema de distribuição com traços muito característicos. Picos de volume, Weis predominante e agitação na fase C que origina o movimento de ruptura em baixa. O teste UTAD acontece em um local muito importante, no VPOC do intervalo. Este é o nível de preços mais negociado. Além disso, converge com a parte superior da estrutura. É o local ideal para procurar um gatilho curto. Um outro exemplo de como o Volume Profile pode nos ajudar a analisar melhor o contexto do mercado. A debilidade foi tal que não existiu a possibilidade de um teste após uma ruptura (LPSY) na parte inferior da estrutura. E Este tipo de dinâmica apresenta inicialmente uma certa solidez fundamental, evidenciada pela sucessão de máximas ascendentes e mínimas descendentes, até que em seu desenvolvimento final a agressividade dos vendedores se torna evidente, girando a estrutura como distributiva. Como discutido nas estruturas anteriores, uma ferramenta útil para sua avaliação pode ser a identificação do padrão Shortening Of the Thrust. Neste caso, o preço pode fazer novos máximos, mas percorrer uma curta distância dos máximos anteriores, denotando uma falta de impulso. Se também deixar algum tipo de falha estrutural que denote debilidade (não atinge o topo da estrutura), é uma indicação adicional que sugere que o controle pode estar girando para baixo. Como sempre, a leitura será impulsionada pela observação de um movimento (UTAD) para a parte superior da estrutura na forma de excesso que atinge uma condição de sobre compra; ou para alguma alta anterior relevante. Não esqueçamos também a análise das ferramentas complementares que analisam os dados de volume, tais como o Volume Profile e a análise das ondas de Weis. A localização das zonas operacionais do perfil de volume sempre nos ajudará na tomada de decisões, enquanto a análise das ondas nos permitirá colocar a lupa sobre o interesse negociado nos movimentos e às vezes será a chave para uma análise correta. Exemplo de uma estrutura distributiva com um declive para cima e sem agitações ao extremo. Como detalhes mais importantes, vemos esse volume climático no meio da faixa. É um sinal de alerta, pois não devem aparecer como regra geral em esquemas acumulativos e, portanto, poderiam ser uma marca a ser acrescentada em favor do controle em baixa. Muito visual também o padrão Shortening Of the Thrust entre os máximos que estabelecem o AR na Fase A, o UT na Fase B e o UTAD na Fase C. Novos máximos, mas com pouco movimento entre eles sugerindo a perda de impulso. No UTAD da Fase C vemos como o preço tenta deixar a área de valor do perfil Composto e é rejeitado. O mercado não está interessado em negociar a preços mais altos e um novo sinal é acrescentado em favor dos vendedores. Esta ação também poderia ser vista como o evento de teste na Fase C, onde agita máximos do interior da estrutura. Este é certamente um padrão difícil de operar em tempo real. Após um primeiro movimento de debilidade, o preço consegue se posicionar abaixo do VPOC do perfil e esta ação é acompanhada por uma grande onda de Weis em baixa. Nesse momento, o viés direcional deve ser claro e já estamos em condições de considerar alguma ideia operativa curta. Novamente vemos a grande importância de levar em conta os níveis de volume. O teste após a ruptura (LPSY) vai procurar a zona de confluência da estrutura rompida e o VPOC para iniciar a partir daí a continuação em baixa na Fase E. Neste caso, o evento de teste da Fase C consegue chegar à parte superior da estrutura agitando todos os pontos altos da estrutura. Como sabemos, esta ação acrescenta mais solidez ao cenário de baixa. É muito marcante o grau de inclinação para cima, sugerindo no início uma grande solidez fundamental. Solidez que é dissipada e bloqueada com o aparecimento dos picos de volume durante o desenvolvimento da Fase C. Sinal inquestionável de debilidade que envia o preço para a origem do movimento na AR e também consegue desenvolver uma nova via em baixa. Não antes de visitar duas vezes o nível de volume mais negociado (VPOC) da estrutura para continuar negociando a partir daí. Mais uma vez, este é um exemplo impressionante da eficácia destes níveis de volume. Todos os conceitos relativos ao Volume Profile e suas implicações operacionais serão explicados em profundidade na última parte do livro. 1.7.2 Esquemas pouco usuais Dentro desta categoria vamos incluir o resto das estruturas que não seguem uma formação horizontal ou inclinada. Se quiséssemos obter um refinamento excelente, poderíamos enquadrar como estruturas da metodologia Wyckoff praticamente todas as faixas de acumulação ou distribuição, independentemente de sua forma, incluindo os clássicos padrões gráficos que todos nós conhecemos como cabeça e ombros, baixas, triângulos e assim por diante. Do meu ponto de vista, tentar justificar cada um dos movimentos e desenvolvimento de estruturas sob o enfoque da metodologia Wyckoff não favorece nada. Wyckoff tem pouco a ver com esses padrões robóticos, seu estudo é muito mais profundo, então o mais inteligente seria se distanciar desse possível elo que pode associar os padrões clássicos de gráficos com o método Wyckoff. Em retrospectiva, qualquer faixa pode ser rotulada com algum sucesso. Mas isto é operacionalmente inválido. Rotular gráficos passados é um exercício muito interessante para operadores iniciantes a fim de praticar seus conhecimentos e alimentar seu subconsciente para prepará-lo para a negociação em tempo real. Mas uma vez que você tenha um certo nível de estudo da metodologia, continuar a rotular os gráficos passados não faz sentido. A chave é que qualquer estrutura, se nos forçarmos um pouco, podemos transformá-la em uma estrutura agradável que se encaixaria perfeitamente nos eventos e fases da metodologia Wyckoff. Mas nosso foco não deveria estar aqui, de que adianta saber a localização das etiquetas em um giro hipodérmico (em forma de V) do mercado se, em tempo real, eu não vou poder operá-las? Como digo, é uma perda de tempo e energia tentar estudar estruturas incomuns, principalmente porque, como o próprio nome indica, elas não aparecem com certa regularidade. Nossa vantagem está em esperar pelo aparecimento das estruturas clássicas. Estruturas clássicas, com um desenvolvimento estrito de seus eventos e fases, mas permitindo, ao mesmo tempo, alguma fluidez baseada nas condições particulares do mercado. O exemplo perfeito desta afirmação seriam estruturas inclinadas: formações clássicas onde todos os eventos e fases são perfeitamente observados e, ao mesmo tempo, a condição contextual modifica ligeiramente o desenvolvimento final (certas dinâmicas em alta ou em baixa). Este gráfico do FDAX é um exemplo muito bom do que estou falando. Uma vez concluído seu desenvolvimento, posso voltar atrás e rotular cada movimento se quiser, mas em tempo real é um comportamento praticamente impossível de operar. Uma estrutura bloqueada em baixas, mas desenvolvendo altas, por sua vez. Não faz sentido colocar o foco ali. Além deste tipo de estruturas inoperáveis, é um bom momento para lembrar que a teoria e a prática em tempo real muitas vezes não andam de mãos dadas e que é necessário ter uma mente suficientemente aberta. Neste gráfico do SP500, apesar de ser verdade que existe uma estrutura muito genuína na parte final, muitos em tempo real podem ter encontrado dificuldades para identificar a Fase A. O preço vem subindo, desenvolve um amplo movimento de baixa e a partir daí outro mais para cima que supera a máxima anterior. Poderia essa sucessão ser a BC, AR, ST? Poderia, mas não é isso que é relevante. O que é relevante é que houve uma mudança de caráter; que o preço passou de um estado de tendência para um estado de lateralidade e que uma causa vai se construir novamente, o que terá um efeito. Isto é tudo o que importa, o contexto por trás da ação de preços. Muitos podem ainda procurar apenas estruturas de "livro" e, embora vejamos que elas aparecem continuamente, a leitura oferecida pela metodologia é muito mais interessante do que simplesmente permanecer ali. Aqui vemos outro exemplo exatamente igual. Se observarmos o mercado de um ponto de vista estrito, procurando identificar os movimentos perfeitos enquadrados dentro da proporcionalidade que em teoria deveria existir entre fases, podemos ter problemas para identificar este tipo de desenvolvimento. Se tratarmos esses três movimentos que assinalo como SC, AR e ST, então a Fase B teria muito pouca duração, pois o único evento objetivo visto no gráfico é a agitação da Fase C. O que faremos então se a teoria nos disser que a Fase B deve ser mais longa do que as Fases A e C? Bem, então nada, a teoria é muito boa para generalizar eventos, mas as negociações e análises em tempo real exigirão uma mente muito mais aberta. Uma vez que o operador atinja um certo grau de compreensão da metodologia, ele deve se concentrar em olhar o mercado em termos de dinâmica de preços e não em termos de rótulos. PARTE 2. RESOLUÇÃO DE DÚVIDAS FREQUENTES Nesta seção, vou aprofundar algumas das dúvidas mais recorrentes que os estudantes da metodologia Wyckoff têm. É motivo de orgulho expor alguma dúvida complexa, porque isso é um sinal de que o estudo tem sido suficientemente aprofundado. O operador bombardeia o cérebro com todos os conceitos uma e outra vez; e no momento em que ele se coloca diante de um gráfico, a confusão começa a aparecer. Esta situação é normal e ainda mais numa abordagem discricionária onde há tantos elementos a serem levados em conta. Nesta parte, abordaremos questões importantes que nos ajudarão a consolidar ainda mais nosso conhecimento. 2.1 UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS LINHAS Quando o operador de varejo se aproxima pela primeira vez dos mercados, ele gosta de traçar linhas para identificar os níveis de apoio e resistência, na esperança de que o mercado os respeite. Mas devemos saber uma coisa, o mercado não se importa quantas linhas você desenhou no gráfico, nem se elas são mais grossas ou mais finas ou coloridas. De modo algum, a menos que você tenha um estudo estatístico que o comprove, deverá ser considerado em termos operacionais o uso de linhas isoladas. Ou seja, não é recomendável comprar ou vender simplesmente porque o preço tocou uma determinada linha. O que nos dizem as linhas tem a ver principalmente com quem está no controle do mercado. Se olharmos para um mercado em alta onde é possível traçar uma linha ou canal em alta de forma clara, o raciocínio objetivo é que os compradores estão no controle. Se o que podemos visualizar é um claro movimento de baixa canalizado entre dois extremos, o que teremos é um controle por parte dos vendedores. E, por fim, uma lateralização horizontal com voltas repetidas em dois extremos nos mostrará um equilíbrio entre ambos os participantes. Portanto, a ideia por trás de traçar linhas, seja para construir intervalos horizontais, todos os tipos de canais ou simples linhas de tendência, deve ter o objetivo de: Obter uma dimensão a mais do sentimento de mercado Oferece-nos uma localização interessante para uma orientação parcial Vamos continuar trabalhando com lógica. Se acabamos de raciocinar que uma linha ou canal de tendência ascendente é a evidência de um mercado controlado por compradores, com esta informação como base parece que a coisa mais sensata a fazer seria: Estimular as compras. Operar com venda apenas depois de ver a ruptura dessas linhas (dinâmica em alta). Neste ponto, deve ser esclarecido que o fato de que o mercado está subindo não significa que seguir uma estratégia de tendência (neste caso, a compra) terá necessariamente melhores resultados do que uma estratégia de contra tendência (neste caso, a venda). É simplesmente uma questão de identificar onde está o caminho de menor resistência (através da dinâmica ascendente ou descendente), já que procurar acréscimos a seu favor nos ofereceria a priori operações com maior chance de sucesso (já que estamos operando a favor de quem tem controle). Seja para comprar ou vender ao identificar um canal em alta, quais locais seriam os mais adequados para procurar as operações? Não há dúvida de que o mais ideal seria esperar pelo preço nos extremos. Se o que você deseja é antecipar uma mudança no mercado (o que não é recomendado), pelo menos espere pela ruptura da linha de tendência que determina o último impulso que o preço está seguindo. Poderia ser um sinal de perda de impulso, mas sem levar nada mais em conta qualquer outra operação para tentar transformar o preço pareceria muito arriscado. Bem, continuando com o exemplo da tendência de alta, se o preço se aproxima da parte inferior de seu canal ou linha de tendência, o fato de estar neste local é motivo suficiente para comprar? Absolutamente não, exceto pela exceção mencionada acima. Neste exemplo o que observamos é que o preço está seguindo uma dinâmica que visita ambos os extremos; e sob o princípio de favorecer o mercado para continuar fazendo o que tem feito anteriormente, seria interessante buscar a incorporação na compra procurando um novo impulso para o aumento. Mas é isso, é neste ponto que termina a força das linhas. Nos fornece um traço do sentimento de mercado e pode ajudar a determinar o viés do mercado. Com base na dinâmica de preços, nos encontraríamos em uma área interessante para buscar a compra, o que não significa que devemos necessariamente comprar. O mais indicado seria sua utilização em conjunto com outras ferramentas analíticas, como por exemplo, a abordagem da metodologia Wyckoff. Se identificarmos o preço em um local onde é interessante buscar a compra, em vez de comprar diretamente, como seria possível esperar que o preço desenvolvesse um padrão acumulativo nessa área? Este parece ser um uso útil das linhas. 1. Identificar a dinâmica dos preços 2. Esperar que atinja algum extremo para uma direcionalidade tendenciosa 3. Buscar o desenvolvimento de alguma estrutura de acumulação/distribuição 2.1.1 A importância do contexto Se através da análise com as linhas, seja linhas de tendência ou algum tipo de canal, determinarmos que estamos em uma zona operacional interessante (em extremos), poderia ser o momento de, se assim decidir o operador, descer em temporalidade para procurar um esquema de acumulação/distribuição inferior naquele local. Analisando um gráfico de tempo elevado, estaríamos localizados em uma zona interessante para que essa virada ocorresse procurando uma mudança para o extremo oposto, de modo que um uso eficiente do contexto seria descer em temporalidade para tentar operar essa estrutura de acúmulo menor que gerará a virada. Como podemos ver, o poder preditivo das linhas por si só não é muito convincente; mas usadas em conjunto com outras ferramentas podem nos oferecer um uso operacionalmente interessante. 2.2 MUDANÇA DE RÓTULOS E PLANEJAMENTO DE CENÁRIOS Visto que o controle do mercado pode mudar durante o desenvolvimento de uma estrutura, precisamos fazer uma avaliação contínua da ação do preço e do volume à medida que novas informações chegam ao mercado e são apresentadas no gráfico. Com base nisso, sempre daremos maior relevância às últimas informações disponíveis para nós. Quando propomos um cenário, fazemos isso sempre levando em conta todas as informações disponíveis no momento, ou seja, com base nas condições do mercado no momento atual. O momento presente é o mais importante, e o segundo mais importante é o imediatamente anterior. É por isso que às vezes o que uma ação específica pode sugerir inicialmente pode mudar de condição, já que todos os movimentos têm que ser confirmados ou rejeitados por uma ação de preço subsequente. Não vale a pena manter um cenário permanentemente ativo. Muitos detratores da análise técnica usam isso mesmo para tentar desacreditá-la. Veem uma abordagem e não conseguem conceber o fato de que ela pode ser modificada. A realidade é que o mercado não é estático e que cada momento é único onde novos dados continuam entrando sem interrupção. É por isso que às vezes somos obrigados a mudar o sentimento de um comportamento e, portanto, o rótulo que inicialmente lhe demos. Conforme já mencionamos, os rótulos não são realmente importantes; o que é importante é a ação por trás deles, o que esse movimento nos sugere. E o que esse movimento nos sugere é determinado pela ação que se segue a ele. Pode ser que o que a princípio nos parece ser uma agitação com uma função de teste na Fase C (para dar origem à ruptura e continuação fora do alcance), seja simplesmente um teste denotando intencionalidade nessa direção. Mas só podemos avaliar isto depois de ver a ação de preços posterior. Por exemplo, se um Spring potencial não desenvolver sequer um movimento de alta que denote alguma solidez (pelo menos um minorSOS), essa ação teria que mudar o sentimento e em vez de vê- la como uma agitação em baixa que nos inclina para cima, vê-la mais como um teste de debilidade. No gráfico do exemplo, conforme o preço está no ponto 1, diríamos que estamos em uma situação de potencial Spring. Vendo que não desenvolve nenhum sinal de solidez, nosso sentimento sobre tal ação deve estar mudando e, quando faz uma nova baixa no ponto 2, o rótulo deve ser um simples teste. Além disso, é importante ter em mente que só podemos fazer cenários sólidos sobre o próximo movimento e nunca além disso. Com base no que o preço tem feito, vamos dar a ele uma probabilidade de que um certo movimento se desenvolva mais tarde. E quando isto estiver finalizado, estaremos em condições de propor o próximo. Não faz sentido que, por exemplo, estejamos na Fase B e já estamos sugerindo a possibilidade de um esquema acumulativo ou distributivo. Isto é totalmente inapropriado. E aqui reside uma das vantagens da metodologia Wyckoff, no fato de que ela nos fornece um mapa claro, um contexto no qual se pode esperar por movimentos de preços. Quando o preço estiver numa posição de potencial agitação em baixa (Spring) e nossa análise confirmar, vamos esperar pelo movimento de ruptura em alta subsequente. E quando isto se desenvolver da maneira e forma que esperamos (com aumento de preço e volume), poderemos colocar o próximo movimento de recuo para o nível da estrutura rompida. E quando estivermos em tal posição BUEC, seremos capazes de avaliar para elevar o movimento de tendência subsequente para fora do intervalo. Esta é a dinâmica, não se trata de inventar nada, mas simplesmente seguir e avaliar em tempo real a ação de preço e volume para propor como mais provável o próximo movimento. O motivo é simples; e o raciocínio é encontrado novamente no casuísmo anteriormente visto dos esquemas com falhas: Não sabemos a intenção dos operadores que estão apoiando o movimento atual. Se são operadores de curto prazo que fecharão posições na próxima zona de liquidez ou se eles têm uma perspectiva a longo prazo e continuarão a apoiar a mudança até que a estrutura esteja totalmente desenvolvida. Não sabemos se os operadores com maior capacidade podem intervir. No momento da verdade, no teste após o rompimento que confirmaria a direcionalidade da estrutura, podem aparecer operadores agressivos com maior capacidade de mover o mercado, empurrando na direção oposta, pois podem ter uma visão diferente a longo prazo. 2.3 COMO DISTINGUIR ENTRE ACUMULAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO? Esta é a dúvida mais recorrente e é totalmente lógica porque, se encontrarmos a resposta objetiva, teremos finalmente encontrado a estratégia definitiva para ganhar dinheiro facilmente. Mas não, infelizmente não é assim. Em tempo real, não podemos saber do que se trata realmente; se é acumulação ou distribuição. O único momento em que podemos confirmar o que aconteceu nesse intervalo é quando ocorre o desenvolvimento completo da estrutura; quando temos a causa e o efeito totalmente desenvolvidos. Este é o campo de trabalho de todos aqueles que analisaram os gráficos no passado. Vamos deixar isso de lado. Quando tudo estiver terminado, já não tem mais utilidade para nós, é tarde demais para tirar proveito do mercado. Precisamos ingressar no mercado antes que o efeito da causa seja plenamente desenvolvido. Quando estamos colocando um cenário, sempre falamos em termos condicionais usando a palavra "potencial", pois não há certeza de nada. O mercado é um ambiente de total incerteza e nosso foco deve ser a análise dos traços que estamos observando até o momento atual da forma mais objetiva possível, visando tentar determinar onde o desequilíbrio irá ocorrer. Assim como estudamos no conteúdo do primeiro livro "A Metodologia Wyckoff em Profundidade", existem certos sinais que nos informam durante a criação da causa quem está assumindo o controle do mercado. A seguir faremos uma espécie de resumo destacando os pontos mais importantes a serem levados em conta na avaliação do sentimento de mercado. 1. T F A É o primeiro indício para avaliar toda a estrutura. A generalidade é simples: vamos dividir a distância vertical da estrutura em duas partes e, dependendo de onde o Secondary Test for realizado, ele nos dará algumas informações sobre a condição do mercado até esse ponto. Se o Secondary Test se desenvolver na parte inferior da estrutura, ou mesmo abaixo da extremidade inferior, ele estará indicando uma certa debilidade fundamental. Se o Secondary Test terminar na parte superior da estrutura, ou mesmo acima da parte superior, denotará solidez fundamental. Analisar o tipo de teste na Fase A é uma ação muito precoce no desenvolvimento da estrutura, mas é interessante avaliar desde o início com que condição se inicia o desenvolvimento posterior. É uma questão de somar indícios a favor de um lado ou do outro (compradores versus vendedores). 2. T F B Este é o segundo dos traços pelos quais podemos avaliar a aparente solidez ou debilidade subjacente do mercado. De um ponto de vista geral, tiraremos duas conclusões claras: O teste sobre a parte superior da estrutura denota solidez. O teste na parte inferior da estrutura denotaria debilidade. A lógica por trás dessas conclusões é que é impossível que o preço se movimente até alcançar essa extremidade da estrutura e até mesmo causar alguma penetração se não houver grandes operadores apoiando essa movimentação com convicção. Isto nos dá certa confiança ao determinar se um movimento tem harmonia em seu desenvolvimento. Em geral, ao ocorrer em um estágio muito precoce do desenvolvimento da estrutura, este tipo de teste denotaria uma certa urgência na direção em que ele ocorre. Um teste na extremidade superior sugere um impulso de compra enquanto um teste na extremidade inferior indicaria uma grande debilidade do mercado. Uma avaliação posterior da ação de preços nos ajudará a determinar se este movimento serviu para desencadear os stops dos operadores que estão posicionados no lado oposto, liberando assim o mercado da resistência; ou se, ao contrário, o movimento foi aproveitado para entrar agressivamente na direção oposta. Em outras palavras, um teste na parte superior da estrutura que consegue romper mesmo que levemente sobre os máximos e atinge esta zona de liquidez tem estas duas leituras: Por um lado, tal movimento pode ter servido para absorver as ordens de stop loss daqueles que estão posicionados em posição curta. Com isso, conseguem eliminar essa pressão de baixa para posteriormente iniciar o movimento de subida com um custo menor. Esta ação seria confirmada mais tarde quando observamos que o preço encontra algum apoio e é incapaz de continuar caindo. Por outro lado, outros grandes operadores podem ter tirado proveito de tal movimento de teste para entrar em venda. Tal ação seria posteriormente confirmada por uma visita à parte baixa da estrutura, uma verdadeira representação de debilidade. Portanto, o que acontece depois deste teste será muito útil para nossa análise. Poderíamos até mesmo estar diante de um evento de teste de Fase C, daí a importância de avaliar a reação posterior do preço. Uma impossibilidade de visitar o extremo oposto nos alertaria sobre uma falha estrutural, o que acrescentaria força na direção oposta; já que se fosse realmente a agitação em C o preço deveria pelo menos atingir o extremo oposto quase imediatamente. Este tipo de comportamento com teste em uma extremidade e depois falha estrutural na extremidade oposta é geralmente característico de esquemas que iniciam movimento de tendência fora do intervalo sem agitação prévia em todas as extremidades do intervalo. Para o caso do exemplo acumulativo, o teste na parte superior (UA) e a incapacidade de alcançar a parte inferior denota muita solidez subjacente e o mais provável é que o mercado gere a ruptura em alta de algum ponto no meio da estrutura (LPS) sem desenvolver aquele Spring que sempre procuramos na parte inferior. No exemplo da distribuição, o teste na parte inferior (ST as SOW) seguido pela incapacidade de desenvolver um teste na parte superior da estrutura denota muita debilidade e muito possivelmente o mercado desenvolverá um LPSY como um evento de teste de Fase C. 3. A F C A terceira e principal dimensão. Se trata do evento dominante em nossas análises e abordagens. Este é o comportamento que nos dá mais confiança na hora de operar. Uma agitação em uma zona de liquidez e a posterior reentrada no intervalo denota uma forte recusa do preço de continuar se movendo nessa direção e, nesse ponto, o caminho de menor resistência é para o lado oposto. O objetivo inicial de uma agitação é a visita ao extremo oposto da estrutura; e se estivermos em frente ao evento de teste na Fase C, isso dará origem à ruptura efetiva e ao desenvolvimento posterior de tendências fora do intervalo. O mais importante quando analisamos um gráfico é o presente, o que o preço está fazendo agora mesmo em relação ao que estava fazendo. E a segunda coisa mais importante é o momento imediatamente anterior ao presente. Ou seja, se o movimento atual é precedido por uma agitação, essa agitação é o evento dominante que marcaria o viés direcional de nossa análise. Uma vez que o controle do mercado pode variar durante o desenvolvimento da estrutura, precisamos fazer uma avaliação contínua das novas informações que entram no mercado. Então, sempre daremos maior relevância às últimas informações disponíveis para nós. Então isso significa que a agitação é mais importante do que qualquer outra ação que tenha ocorrido anteriormente no intervalo? Com certeza, sim. Pela própria natureza do movimento, a agitação por si só deve ser válida o suficiente para nos influenciar em favor de sua direção. Descartamos então a análise anterior? Ficará a critério do operador. Em minha opinião, são pequenos traços que se somam à análise como um todo. É uma questão de analisar objetivamente e acrescentar indicações em favor de um lado ou do outro. E lembre- se de que a agitação nem sempre aparece nos extremos. Como acabamos de ver na seção anterior, saber como ler os traços nos alerta para o desenvolvimento iminente do efeito. Se estivermos em uma situação de potencial ruptura em alta e não tivermos tido anteriormente um Spring para os mínimos da estrutura, mas tivermos um teste no topo e posteriormente uma falha estrutural abaixo, sabemos que tais comportamentos são característicos de esquemas acumulativos cujo evento de teste na Fase C é um simples LPS e, portanto, estaremos igualmente em posição de favorecer o BUEC e a continuação em alta. 4. A F D Esta marca simplesmente tenta aplicar a Lei do Esforço e resultado entre a ação do preço e o volume. Queremos ver velas que denotam intencionalidade em favor do movimento subsequente à agitação e esta intencionalidade é representada por amplos intervalos e alto volume (SOS/SOW bar). O valor real de uma agitação manifesta-se no fato de ela ter ou não continuação. Como já foi discutido, todas as ações devem ser posteriormente confirmadas ou rejeitadas. Poderíamos estar em uma posição potencial de agitação e inicialmente tratar essa ação como tal; mas se o movimento subsequente que é a ruptura da estrutura não se desenvolver, o sentimento do mercado muda. A agitação é uma busca de liquidez, mas também deve ser capaz de gerar posteriormente um movimento com algum ímpeto que, no mínimo, atinja o extremo oposto da estrutura e, de preferência, provoque sua ruptura. Por exemplo, se observarmos um potencial UpThrust After Distribution (UTAD), idealmente desejaríamos ver seguir um movimento com forte impulso de baixa que conseguisse romper os mínimos da estrutura para continuar o desenvolvimento distributivo. Se devido à condição do mercado não conseguir romper a estrutura, devemos pelo menos exigir que ela chegue a essa parte baixa, deixando tal movimento como um minor Sign of Weakness (mSOW). Caso contrário, o mercado denotaria certa solidez subjacente e colocaria em dúvida se seria realmente a agitação verdadeira. O fato de que o preço está se movimentando com amplos intervalos, boa movimentação e um aumento no volume é a representação final de que tal movimentação está sendo apoiada por grandes operadores. O mercado não seria capaz de desenvolver tais movimentos sem a intervenção deles. Em gráficos de intervalos de tempo inferiores, tal movimento de intencionalidade será observado como uma sucessão de máximos e mínimos decrescentes, a representação ideal de um movimento de tendência decrescente saudável. Na ação concreta da ruptura queremos ver o aparecimento de um grande volume sugerindo intencionalidade e absorção de todas as ordens passivas localizadas naquela zona de liquidez. Às vezes, podemos até ver uma vela com ampla movimentação e com um pavio em sua extremidade. Por exemplo, no caso de uma tentativa de ruptura em alta, este tipo de vela com um pavio em sua parte superior poderia inicialmente sugerir a possibilidade de uma agitação, uma vez que tal pavio indica objetivamente uma entrada de venda. Mas devemos lembrar que estamos em uma zona de liquidez e, portanto, a execução dessas ordens estaria dentro do intervalo esperado. A chave está na capacidade dos compradores de absorver esse fornecimento, continuar empurrando e não deixar o preço entrar novamente no intervalo. Embora seja verdade que poderíamos ver uma verdadeira ruptura em volume baixo (devido à falta de interesse do lado oposto), em condições normais uma ausência de volume sobre tal comportamento nos colocaria inicialmente mais na posição de tratar a ação como uma potencial agitação; embora obviamente teríamos que esperar pela reação posterior do preço. Portanto, a característica mais visual do movimento de ruptura genuína será a observação de uma vela ampla que consegue fechar perto da extremidade e é acompanhada de um alto volume. Podemos então afirmar que esse traço é o segundo em importância, depois da agitação. 5. O A terceira dimensão mais importante. Como regra geral, o volume isolado durante o desenvolvimento da estrutura também mostra algum padrão identificável: Os processos de acumulação serão acompanhados por um volume decrescente durante o desenvolvimento da estrutura. Nos processos de distribuição é possível identificar volumes altos ou incomuns durante o desenvolvimento do intervalo. Obviamente, trata-se de diretrizes gerais, o que significa que nem sempre será este o caso. Para o exemplo acumulativo, um volume decrescente indica que está ocorrendo um processo de absorção do stock disponível. Como no início existem muitos operadores dispostos a vender, um número maior de transações ocorre, o que leva a volumes maiores. À medida que o tempo é consumido durante o desenvolvimento do intervalo, as unidades continuam sendo trocadas, mas obviamente com cada vez menos intensidade, o que é representado como um volume decrescente. Quando o evento de teste da Fase C é gerado, praticamente toda a oferta flutuante já foi eliminada. Uma coisa muito diferente acontece nos processos de distribuição. Uma característica importante desses esquemas é que eles tendem a se desenvolver muito mais rápido do que os acumulativos. E é por isso que você pode ver grandes flutuações de preços e volumes elevados e constantes. Esta menor duração obriga a executar as transações com certa rapidez; enquanto nas campanhas acumulativas leva algum tempo para esgotar o stock, nos processos de distribuição a urgência de vender provoca um rápido desenvolvimento acompanhado de uma alta volatilidade. 6. A W W Esta ferramenta não tem nada a ver com os indicadores convencionais que todos nós conhecemos. O Indicador das ondas de Weis coleta e analisa dados de volume para representar graficamente o acúmulo de transações realizadas por movimentos de preços. Isto é, dependendo da configuração que lhe atribuímos, a primeira coisa que o código faz é identificar o ponto inicial e final de um movimento de preços. Uma vez determinado, soma todo o volume operado durante o desenvolvimento desse movimento e o representa sob a forma de ondas. Como você pode ver no gráfico, todas as ondas começam a partir de uma base estabelecida em 0 (exatamente como o volume vertical clássico). Esta ferramenta serve basicamente para realizar análises sob a Lei do Esforço e Resultado. Ao desenvolver tal análise, podemos abordá-la de diferentes maneiras: No desenvolvimento dos movimentos. A regra básica ao se procurar harmonia e divergência é que os movimentos inicialmente impulsivos devem ser acompanhados por grandes ondas, ondas que estão crescendo em relação às anteriores, sugerindo um maior interesse na direção desse movimento. Por outro lado, os movimentos corretivos devem ser mostrados com ondas pequenas e decrescentes em termos comparativos, sugerindo uma certa falta de interesse nessa direção. Ao alcançar áreas operacionais. Da mesma forma, uma análise de harmonia seria obtida pela identificação de uma grande onda de alta cujo movimento de preços consegue romper uma zona de resistência. A leitura que fazemos é que este movimento de caráter impulsivo alcançou a ruptura efetiva. Com relação a uma análise que sugeriria divergência seria visualizar o mesmo movimento de alta que rompe uma resistência prévia, mas fazendo isso com uma onda Weis muito pequena, denotando que muito pouco volume foi negociado e, portanto, sugerindo que o grande profissional não está apoiando o movimento. É preciso estar novamente consciente da importância de uma análise contínua. Podemos observar um potencial Spring que é seguido por um movimento em alta acompanhado por uma grande onda de Weis que consegue romper o Creek da estrutura (até agora o cenário ideal). Nesse ponto estaremos favorecendo a continuação em alta (BUEC potencial); mas um forte volume pode entrar e empurrar o preço de volta para o intervalo e uma grande onda de baixa pode ser vista, sugerindo assim a possibilidade de um potencial Upthrust. A ideia é que simplesmente porque vemos que as impressões estão a favor da abordagem inicial, ela não tem necessariamente que ser desenvolvida. Como discutido anteriormente, novas informações estão continuamente entrando no mercado e precisamos estar cientes disso. No exemplo acima, em uma situação BUEC potencial, precisaremos ver ondas de baixa que denotam falta de interesse, a fim de propor com mais confiança um cenário de alta. 2.4 COMO ANALISAR UM GRÁFICO A PARTIR DO 0? Esta é uma das primeiras barreiras que o trader iniciante encontra, que começa a analisar os gráficos pela primeira vez do ponto de vista da ação do preço e do volume. A primeira coisa que deve ser esclarecida é que um gráfico, quanto mais limpo, melhor. De nada adianta ter cem mil objetos desenhados nele. A única coisa que conseguimos com isto é esconder a informação que é realmente importante: o preço. É por isso que sou a favor de, assim que a estrutura tiver sido totalmente desenvolvida, eliminar absolutamente tudo o que está rotulado. Desta forma, descartamos a possibilidade de que tudo o que foi traçado possa interferir em uma análise mais aprofundada. No máximo, deixar os níveis das estruturas desenhadas para ver rapidamente de onde estamos vindo. Neste tipo de análise onde o que procuramos é entender qual é o contexto do mercado, é essencial iniciar a análise a partir de períodos mais altos para descer a partir daí. Porém, a partir de que período de tempo em particular começar? Do que for necessário. Geralmente o gráfico semanal já mostrará todas as ações de preços relevantes e não será necessário ir até o gráfico mensal. Uma vez que o gráfico esteja aberto, a primeira coisa que vamos procurar são os eventos de parada de algum movimento de tendência e o posterior movimento lateral do preço. Operacionalmente, o que nos interessa é ver que o mercado está construindo a causa do movimento subsequente; isto é, que ele está na Fase B. Obviamente, em muitas ocasiões você abrirá o gráfico de um ativo e não verá nada claro, ou ele ainda poderá estar no desenvolvimento de um movimento de tendência que tenha sido precedido por um intervalo de equilíbrio. Nestes casos não há nada a fazer a não ser esperar para ver aquela mudança de caráter que determina o aparecimento da Fase A. Em outros momentos você identificará esses eventos de parada mais a geração de alguma causa na Fase B e o mercado pode estar em uma situação de ruptura/agitação potencial. Este é o contexto ideal para se mover para baixo no tempo. É uma questão de identificar neste período de tempo superior o contexto geral para determinar qual cenário seria mais interessante de se trabalhar, se deve ser longo ou curto. Em resumo, nos posicionarmos efetivamente no gráfico de longo prazo nos ajuda a influenciar a direção de nossos cenários futuros. Enquanto não tivermos clareza sobre o contexto do gráfico acima, não poderemos ir em baixa temporalidade. Por contexto, entendemos a combinação de estruturas e zonas de operação: 2.4.1 Estruturas É aqui que entra a importância de ter estudado a fundo toda a seção teórica do primeiro livro "A Metodologia Wyckoff em Profundidade". As estruturas nos fornecem um mapa claro que guiará nossas abordagens do cenário. Por exemplo: Se estivermos na Fase B construindo a causa, vamos esperar pelo preço nos extremos da estrutura para buscar uma ação de ruptura/agitação. Se estivermos em condições de confirmar uma agitação, vamos esperar que o preço atinja o extremo oposto com algum impulso. Se estivermos em uma posição de uma possível ruptura genuína, vamos esperar por algum tipo de teste na estrutura rompida para continuar o desenvolvimento fora do intervalo. Se não soubermos realmente como o mercado se move do ponto de vista do desenvolvimento de estruturas, é impossível para nós propor cenários ponderados. É por isso que a primeira coisa a fazer é internalizar como estes processos de acumulação e distribuição geralmente se desenvolvem: 1. Parada da tendência anterior 2. Construção da causa 3. Avaliação da oposição 4. Movimento de tendência dentro do intervalo 5. Movimento de tendência fora do intervalo 2.4.2 Áreas de operação O objetivo é identificar a localização das áreas de negociação de acordo com os níveis de preços. Para isso, vamos recorrer à ferramenta Volume Profile. Se bem que discutiremos esta ferramenta em profundidade mais tarde, por enquanto vamos nos ater a ela para identificar áreas de negociação e níveis operacionais com base no volume que será muito útil para a abordagem de cenários, entre outras coisas. Conforme o mercado se move de uma zona de equilíbrio para outra, devemos saber onde estamos no momento e quais são as áreas de negociação acima e abaixo para levá-las em conta como possíveis alvos a serem visitados. O Volume Profile é uma ferramenta que acrescenta objetividade à nossa análise e, em conjunto com a leitura do mercado oferecida pela metodologia Wyckoff, nos possibilita determinar melhor quem provavelmente está no controle do mercado. 2.4.3 Baixa de temporalidade. Estruturas da maior para a menor Uma vez que este contexto geral esteja claro; que com base em onde o preço está no gráfico superior, determinamos como sendo mais interessante apresentar largos ou curtos; e que identificamos as áreas operacionais tanto acima como abaixo, podemos baixar a temporalidade para iniciar uma nova análise. Poderíamos então abrir o gráfico de 8, 4 ou 2 horas de temporalidade intermediária. Uma vez feita a primeira análise mais geral (no gráfico mensal, semanal ou diário), podemos determinar que a situação do mercado se encontra em condições para buscar uma entrada de compra. Nesse ponto, seria interessante ver o desenvolvimento de uma estrutura de acúmulo menor que apoiaria tal ideia. Por exemplo: Se estivermos em uma situação de potencial Spring (Fase C) do período superior, a situação ideal seria observar as impressões em uma estrutura menor que sugere alguma entrada de compradores. Por um lado, estamos em uma situação operacional interessante da estrutura macro e, ao mesmo tempo, observamos uma estrutura acumulativa potencialmente menor. Estaríamos analisando uma potencial estrutura acumulativa menor que, se confirmada, atuaria como uma função de potencial Spring da estrutura principal. Se estivermos em uma situação de potencial BUEC (Fase D) após uma ruptura em alta e a análise dos traços acompanhar, nessa posição deveríamos favorecer a continuação do roteiro do desenvolvimento das estruturas e, portanto, procurar uma pequena estrutura de reacúmulo em função de teste à estrutura rompida para então continuar com o movimento de tendência fora do intervalo. Se estivermos durante o desenvolvimento de um movimento de tendência ascendente (Fase E), favoreceremos o desenvolvimento de estruturas de reacumulação menores para tentar nos juntarmos aos anseios em favor do movimento. Não sabemos o impulso com que o mercado pode se mover e o desequilíbrio em favor dessa direção pode ter alguma urgência. Tal urgência pode levar ao desenvolvimento de estruturas rápidas e é aí que queremos estar. Esta é a razão pela qual baixamos o marco temporal: para procurar estruturas menores que se enquadrem no contexto da análise de estruturas maiores. Esta é a dinâmica que temos que ter em mente com relação à análise do contexto, onde estruturas menores se encaixam em estruturas maiores. Mas atenção, porque o fato de estarmos inicialmente inclinados para uma direção não deve nos levar a não sermos totalmente objetivos ao analisar esta estrutura menor, porque, como já sabemos, estaríamos em uma área chave, área de liquidez e é provável que cause a entrada de grandes volumes no mercado. Em outras palavras: A situação de potencial Spring é também, ao mesmo tempo, uma situação de potencial ruptura em baixa efetiva. A análise da estrutura maior pode sugerir que os compradores estão no controle até agora, mas se durante o desenvolvimento desta estrutura menor não vemos estes mesmos sinais e, pelo contrário, vemos o surgimento de vendas fortes, não faria sentido continuar a favorecer o esquema acumulativo e, em vez disso, deveríamos considerar o cenário de baixa. A situação de potencial ruptura em alta também é, ao mesmo tempo, uma potencial situação Upthrust. Se no momento, onde deveríamos favorecer o desenvolvimento de um esquema acumulativo menor em função do BUEC da estrutura maior, o preço gera uma estrutura de distribuição menor, isto ativaria o cenário curto e deixaria uma estrutura de distribuição menor em função do Upthrust da estrutura maior. Por isso, a importância de ter uma mente aberta e não muito rígida em relação aos movimentos direcionais. Além disso, é sempre necessário ter tanto cenários longos quanto curtos preparados para não hesitar quando chegar a hora de tomar uma decisão. Se desejar, você pode continuar diminuindo a temporalidade para a análise das estruturas. O ponto-chave é favorecer o desenvolvimento de estruturas maiores em detrimento das menores. Com este princípio em mente, fica a critério de cada operador decidir até que ponto diminuir a temporalidade. Tenha em mente que quanto mais baixo você for, mais barulho você vai perceber. 2.4.4 Alta de temporalidade. Estruturas da menor para a maior Outra dúvida muito frequente é com que tipo de estrutura trabalhar, como decidir passar de uma estrutura para outra. Estruturas da menor para a maior. É uma dúvida mais complexa que denota um certo conhecimento da metodologia. Após internalizar todo o conhecimento teórico, o subconsciente começa a raciocinar e levantar este tipo de dúvidas interessantes; e este fato é tremendamente significativo como um sinal de que um bom trabalho está sendo feito. Diferentemente do que acontece na análise do contexto onde o desenvolvimento das estruturas principais é priorizado, encaixando as estruturas menores dentro delas; no que diz respeito à primeira identificação de uma estrutura, daremos prioridade ao desenvolvimento das estruturas de temporalidade mais baixas e depois passaremos a temporalidade mais alta se o preço indicar assim. Quando o mercado está desenvolvendo o efeito (movimento de tendência) de uma causa anterior (intervalo acumulativo/distributivo), estaremos olhando para gráficos temporais inferiores principalmente por duas razões: para identificar estruturas menores com as quais unir o movimento; e para identificar a parada de tal movimento de tendência. O primeiro destes motivos já foi discutido na seção anterior e é uma das situações em que se pode baixar a temporalidade. Nesta ocasião, é uma questão de analisar quando se deve subir na temporalidade. Neste contexto de velocidade, podem começar a se desenvolver estruturas menores e estas podem ser a origem do desenvolvimento de grandes eventos visíveis em temporalidades superiores. Por exemplo; se o mercado estiver caindo e observarmos o desenvolvimento de um padrão de acumulação rápida em um pequeno período de tempo, o efeito dessa acumulação menor pode ser a geração do evento do Automatic Rally sobre um marco temporal superior. A princípio pode parecer um pouco confuso, mas não é de forma alguma. Repito o exemplo ao contrário: se o mercado estiver subindo durante o desenvolvimento da Fase E após uma acumulação, poderemos observar um esquema de distribuição que atuará como um evento Buying Climax, e o efeito desta distribuição atuaria como um evento de Automatic Reaction de algum marco temporal superior. Evidentemente não é necessário reduzir o marco temporal para a identificação de tais eventos, tudo depende

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