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UFRGS

Ana Paula da Rosa

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Semiotics Sign Communication Linguistics

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Este documento é uma apresentação sobre semiótica, abordando signos, símbolos e suas relações com a comunicação e linguagem. A autora aborda diferentes perspectivas e correntes do pensamento semiótico.

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Prof. Ana Paula da Rosa Semiótica : A Semiótica vem da raiz grega semeio, que significa signo, portanto a semiótica estuda os signos, mas mais que isto, estudo os sentidos. A semiótica é a ciência dos signos e de todas as linguagens Nos comunicamos por meio de cores, formas, linhas e traços, de so...

Prof. Ana Paula da Rosa Semiótica : A Semiótica vem da raiz grega semeio, que significa signo, portanto a semiótica estuda os signos, mas mais que isto, estudo os sentidos. A semiótica é a ciência dos signos e de todas as linguagens Nos comunicamos por meio de cores, formas, linhas e traços, de sons, do sentir. Existe portanto, uma linguagem verbal que é formada por nós e que se articula no nosso aparelho fonador, mas existe uma gama maior de linguagens. Essa gama de linguagens constitui o que chamamos de TEXTO na semiótica da cultura (Bystrina, Lotman) Lúcia Santaella afirma que todo e qualquer fato cultural, toda e qualquer prática social constituem-se como práticas significantes, isto é, práticas de produção de linguagem e sentido. O símbolo nasce da necessidade humana de partilhar com os outros o que pensamos e o que sentimos. No entanto como transmitir o que nos vai na mente? Para isso precisamos de algo que intermedeie. Esse é o papel do símbolo. O símbolo toma o lugar de algo que está em nossa mente ou em nossos sentimentos, fazendo visível e público o que é privado em cada um de nós. Então, conforme Bordenave, o símbolo é a representação observável e tangível de uma ideia intangível! Quando namorados ou amigos escrevem suas iniciais no tronco de uma árvore eles usam os símbolos. Nesse caso é a identidade. Quando além do nome se acrescenta um coração tem-se o símbolo do amor. E se esse coração ainda tiver uma flecha o atravessando, é o cupido simbolizado. O cupido na mitologia grega se refere a um menino Deus do amor).  Enquanto os símbolos representam ideias complexas como a paz, o comunismo (a foice e o martelo), os signos são qualquer coisa ou estímulo físico utilizado para representar objetos, qualidades, ideias ou eventos.  São signos as palavras, os sinais de trânsito, os desenhos, os gestos, as fotografias, os logotipos. Os signos fazem a intermediação da comunicação, pois a comunicação somente é possível quando as pessoas tiveram experiências prévias com os mesmo objetos ou com suas representações. Ex. os códigos precisam ser comuns  O significante é o elemento físico, já o significado é o elemento mental SIGNIFICADO Imagem mental REFERENTE (objeto, acontecimento) SIGNIFICANTE Apresentação física do significado As pessoas desenvolvem um hábito e um costume de chamar os objetos pelo nome que lhe foi dado, como se de alguma forma ele refletisse a qualidade dos objetos. Mas na verdade, não há nenhuma obrigação do significante se assemelhar ao referente. O cachorro não se parece com a palavra cachorro, mas é representado por ela. No entanto, existem os SIGNOS ICÔNICOS, os quais o significante (a forma física) se parece com a do referente. A fotografia de um cachorro é um signo icônico porque parece com o cão. Os signos que se baseiam na analogia entre o significado ( a imagem mental) e o referente são os signos icônicos. O cri-cri dos grilos, o miau dos gatos são icônicos tanto quanto ELE e ELA na porta dos banheiros. Devemos lembrar que os signo criados pelos homens só existem em função de uma convenção e de que eles são tacitamente aceitos A CONOTAÇÃO tb é uma propriedade dos signos. Ela consiste na capacidade de despertar significados complementares, diferente do DENOTATIVO.  Assim é possível dizer que um referente tem um significado MANIFESTO e mais uma constelação de signos LATENTES. Ex: O signo manifesto é o cachorro propriamente dito, já os latentes são - o cachorro é o melhor amigo do homem - “você é um cachorro!” - Eu gosto de cachorro-quente  A semiótica ( estudo dos signos e do sentido) possui três origens: uma nos EUA, outra na União Soviética e a terceira na Europa Ocidental.  Há três correntes de pensamento que se intitulam os pais da semiótica – Peirce (USA) que trabalhou a semiótica como um sistema de signos e sentidos lógico. A outra corrente vem da União Soviética nos trabalhos de Viesselovski e Potiebná, depois mais tarde Lotman, Bystrina (ênfase nos mitos, religião, ritos).  Na Europa os estudos foram feitos, principalmente, por Hjelmslev e Greimas.  A semiótica greimasiana também é conhecida como Escola de Paris e estuda a semiótica do discurso.  Os Greimasianos não admitem os peircianos, são opostos já que para Peirce tudo é um sistema de signos e para Greimas tudo é sentido.  Para Peirce um signo sempre vai depender do seu repertório, da cultura para que seja compreensível.  Peirce também tenta classificar os fenômenos, ele divide tudo em três : Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. O primeiro são as possibilidades, o segundo implica em uma ação – reação e o terceiro em generalizações.  Índice – Ícone – Símbolo Já Greimas trabalha com as noções de plano de expressão e de conteúdo, além do semi- simbolismo O Plano da expressão se refere a tudo que está plasticamente representado na imagem. Fazem parte do plano da expressão cores, categorias de claro x escuro, focado x desfocado, direita x esquerda, pequeno x grande...O plano da expressão compreende aquilo que está expresso.  O plano do conteúdo diz respeito aquilo que a mensagem quis transmitir e geralmente se dá por meio de um jogo de relações como vida x morte, dor x felicidade, tristeza x alegria, violência x paz.  Um sistema semi-simbólico para Greimas e Floch só pode ocorrer quando há relações semânticas entre as categorias do plano da expressão e do plano do conteúdo.  A escolha da cor das letras de um título relacionada com o formato pode atribuir mais significados do que se poderia imaginar. Para que haja um sistema semi-simbólico é imprescindível que se tenha a repetição de elementos, a reiteração. Ex. Propaganda Leite Ninho  Ainda no que diz respeito à semiótica é possível falar em estesia, que é segundo Erick Landowski (2004), quando os sentidos do corpo físicos do corpo são convocados. Quando isso acontece ocorre uma espécie de “presença na distância”, pois mesmo distantes do fato nos sentimos tocados, atingidos e como se fizéssemos parte da cena. A estesia significa “sentir o sentido”.  No entanto o sentido nunca é dado explicitamente, só se percebe sentido porque ficam marcas do que a pessoa quis dizer.  Julio Cortázar  Jose Saramago  PLANO DO CONTEÚDO Vida x morte Sofrimento x salvação Continuidade x interrupção Finito x infinito  PLANO DA EXPRESSÃO Próximo x distante ( perna x feridos) Claro x escuro (ao longe – remete céu) Reto x transversal (trem e trilhos, pessoas e rombos nos vagões)  O símbolo, para Peirce (2003, p. 73), “é um representámen cujo caráter representativo consiste exatamente em ser uma regra que determinará seu interpretante”.  Ainda para Peirce (2003, p. 73), “um símbolo, uma vez existindo espalha-se entre as pessoas. No uso e na prática seu significado cresce”. Isto quer dizer que aquilo que passa a circular nos meios é a força simbólica.  Para Cassirer (1994), a chave da natureza humana é o símbolo.  “O homem vive em um universo simbólico. A linguagem, o mito, a arte e a religião são partes deste universo. São os variados fios que tecem a rede simbólica, o emaranhado da experiência humana. Todo o progresso humano em pensamento e experiência é refinado por essa rede, e a fortalece. O homem não pode mais confrontar-se com a realidade imediatamente; não pode vê-la, por assim dizer, frente a frente. A realidade física parece recuar em proporção ao avanço da atividade simbólica do homem. Em vez de lidar com as próprias coisas o homem está, de certo modo, conversando constantemente consigo mesmo” (CASSIRER:1994, p 2).  Para Norval Baitello Júnior (1999, p.109-110), os símbolos só podem se manter quando são reiterados e repetidos. “Os símbolos carecem do apoio e da confirmação, eles precisam ser reiterados no coletivo para que possam ter sua credibilidade legitimada e mantida. Sem a legitimação da sociedade eles retornam ao universo da fantasia individual”.  Demanda um contrato social  Filme  O totemismo trata da crença, a crença que liga o homem ao seu estado mais primitivo, ou seja, ao seu lado mais animal, sem que com isso incorra na ausência de uma racionalidade.  Na verdade, a ideia de totem está ligada à concepção de uma substituição, isto é, o objeto tomado como representativo assume o lugar daquilo que representa e passa a ser adorado, sacralizado por isto.  Freud em Totem & Tabu, seja na filosofia ou na religião, como Émile Durkheim e Ernst Cassirer, ou na antropologia estruturalista, como com Levi-Strauss.  Para Strauss é a projeção do interno exteriorizada. Para Cassirer uma estrutura profunda do social convocada e para Durkheim um laço social que se atribui pelo impedimento de acesso ao objeto sagrado.  A imagem jornalística ou publicitária vista como totêmica pq:  A) demanda um consenso  B) uma replicação  C) uma sacralização que a torna autorreferente ocupando o lugar de outro  D) opacidade da indicialidade  E) ritualização no tempo  F)As representações do totem tem + força

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