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Produzindo-com-Ableton-Live-Módulo-1-v1.0_compressed.pdf

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APOSTILA CURSO APOSTILA CURSO PRODUZINDO COM PRODUZINDO TECHNO ABLETON LIVE MÓDULO 1 | PRIMEIROS PASSOS SUMÁRIO 1. Introdução.......................................................... 3 Aula 1 - Bem-vindo Aula 2 - Co...

APOSTILA CURSO APOSTILA CURSO PRODUZINDO COM PRODUZINDO TECHNO ABLETON LIVE MÓDULO 1 | PRIMEIROS PASSOS SUMÁRIO 1. Introdução.......................................................... 3 Aula 1 - Bem-vindo Aula 2 - Como funciona este curso? Aula 3 - Como funciona a plataforma de cursos? 2. Instalação e Configuração............................... 11 Aula 1 - Instalando em computadores com Windows Aula 2 - Instalando em computadores com macOS Aula 3 - A janela de preferências Aula 4 - Configurando sua interface de áudio 3. Conhecendo o Ableton.................................... 40 Aula 1 - Visão geral da interface do Ableton Live Aula 2 - As opções na parte superior da tela Aula 3 - Browser / Navegador Aula 4 - Packs Aula 5 - Session View Aula 6 - Arrangement View Aula 7 - Clip View e Track View 4. Entendendo a Session View............................ 73 Aula 1 - Tipos de canais do Live Aula 2 - Conceito de Clips Aula 3 - Conceito de Cenas Aula 4 - Mixer e suas funções Aula 5 - Mandadas de efeitos Aula 6 - Visão geral sobre os Inputs / Outputs 1 SUMÁRIO 5. Trabalhando com arquivos de áudio.................... 103 Aula 1 - Adicionando arquivos de áudio ao projeto Aula 2 - Clip View (parte 1) Aula 3 - Clip VIew (parte 2) Aula 4 - Principais elementos de uma música eletrônica Aula 5 - Adicionando novos elementos Aula 6 - Conhecendo os primeiros efeitos de áudio Aula 7 - Automação dentro do Clip Aula 8 - Variações de um mesmo áudio Aula 9 - Salvando seu primeiro projeto 6 - Gravação de áudio......................................... 151 Aula 1 - Conectando microfones e instrumentos Aula 2 - Gravando um clip de áudio externo Aula 3 - Gravando um clip de áudio interno 7. Warp................................................................ 165 Aula 1 - Visão geral do Warp Aula 2 - Modos de Warp Aula 3 - Warp de um áudio sem variação de BPM Aula 4 - Warp de áudios com variação de BPM Aula 5 - Usos criativos do Warp 8. Primeiro esboço da música.............................. 196 Aula 1 - Organizando o projeto Aula 2 - Entendendo a quantização do Live Aula 3 - Criando as cenas da música Aula 4 - Executando as cenas Aula 5 - Gravando na tela de arranjo Aula 6 - Exportando o seu esboço da música 2 INTRODUÇÃO Aula 1 - BEM VINDO Neste curso será utilizado o software Ableton Live para se aprender a produzir música, isso porque ele é um dos softwares mais fáceis de se utilizar e o mais fácil de se projetar ideias e criar projetos interessantes. Criado para se fazer processos ao vivo, ou seja, enquanto toca alguma coisa existe a possibilidade de interferir criando outros sons sem que atrapalhe o andamento do projeto, com ele você poderá criar sua primeira música do zero assim como dominar o uso do software e usá-lo em suas produções. Aula 2 - COMO FUNCIONA ESTE CURSO? Dividido em 4 módulos, o curso foi pensado para primeiro se dominar a ferramenta de trabalho para depois se iniciar a produção, mas desde o princípio tudo será apresentado de forma prática e não apenas teórica. No módulo 1 será apresentado a interface do Ableton Live e você aprenderá como fazer sua instalação, quais são seus conceitos, o que faz ele ser bem diferente dos outros softwares de produção, etc. Você trabalhará com vários loops e samples, e ao final de cada modulo criará um esboço da sua música. Não se preocupe se não tiver samples ou loops, pois dentro da comunidade será fornecido um Sample Pack para você fazer uso. No módulo 2 você irá trabalhar com bateria, criará sua bateria do zero, trabalhará também com samples e não apenas loops como no modulo anterior. No módulo 3 será o momento de criar outros elementos além da bateria já criada, você aprenderá sobre teoria musical, síntese sonora e tudo para se criar os outros elementos da música também do zero: bassline, leads, stabs, chords, pads etc. No módulo 4 será o momento de terminar sua música e criar seu último esboço que passará a ser uma track completa. Então você fará aplicações de algumas técnicas de arranjo, aprenderá técnicas básicas de mixagem e finalizará seu primeiro som autoral. É recomendado ver 1 módulo por semana, mas se for o caso de se ver 1 módulo em 1 dia, é sugerido passar os outros 6 dias da semana praticando o que foi aprendido no módulo em questão para depois passar para o próximo módulo. 3 INTRODUÇÃO Aula 3 - COMO FUNCIONA A PLATAFORMA DE CURSOS? Abaixo você verá algumas boas práticas para tirar melhor proveito da plataforma do curso. Na aba “cursos” é possível ver em quais cursos você está matriculado e também é possível ver quantos % de cada curso já foi concluído. Dentro de “See More/Ver Mais” do curso, você encontrará a lista vertical para navegar nas aulas do curso. Também é possível ver a lista logo abaixo da foto de capa do curso, tendo a possibilidade de clicar em “expandir" para ver todas as aulas dentro de cada capítulo. 4 INTRODUÇÃO 5 INTRODUÇÃO Como exemplo, na foto abaixo, foi escolhido a aula de “Bem-vindo” pela lista vertical a direita, e nesse caso só foi expandido apenas 1 módulo para ver as aulas. Repare que na parte superior da aula aparece “Capítulo Progresso”, essa barra indica quantos % do capítulo “Introdução” já foi concluído, diferentemente da barra que fica acima dos capítulos na parte direita que indica o “Progresso do Curso” por completo. Supondo que você queira tirar dúvidas sobre a aula, logo abaixo da aula existe um campo para você tirar dúvidas, um campo onde sempre estaremos ativos para responder a quaisquer dúvidas, seja eu ou os próprios alunos, alguém irá te responder, e essa é a parte boa de uma comunidade. 6 INTRODUÇÃO Se liga nesse detalhe importante que evitará que você assista a mesma aula 2 vezes por engano: ao assistir uma aula por completo, automaticamente terá um sinal verde com o símbolo de “visto” em cada aula assistida por completa, e ao terminar de assistir uma aula, conforme você vai usando o site da comunidade, o navegador irá entender que aquilo é uma atividade recorrente em sua navegação e passará para próxima aula de forma automática dando play de forma automática, ou seja, você vê uma aula por completo, ele dará o visto de aula vista, abrirá a próxima aula e dará play de forma automática. 7 INTRODUÇÃO Muitos alunos gostam de fazer anotações das aulas, alguns usam caderno, outros usam outras formas, mas caso você queira usar um recurso que também há na plataforma, sinta-se a vontade com “Take Notes”. Clicando nesse botão irá abrir um bloco de notas da própria plataforma, permitindo fazer anotações referente a aula que está se assistindo. 8 INTRODUÇÃO No futuro, caso queira consultar essas anotações, você pode entrar na aba “perfil” que sempre será exibida ao rolar qualquer tela para baixo, e dentro de “perfil” você verá em quais cursos está matriculado e também até quando está permitido o seu acesso a Comunidade, pois alguns de nossos cursos a renovação é anual e somente o curso “Produzindo com Ableton Live” é vitalício. Rolando a tela para baixo você encontrará o seus “Notes” feito por Curso/Capítulo/Aula e ao clicar as anotações abrirão em uma nova janela. 9 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO No futuro, caso queira consultar essas anotações, você pode entrar na aba “perfil” que sempre será exibida ao rolar qualquer tela para baixo, e dentro de “perfil” você verá em quais cursos está matriculado e também até quando está permitido o seu acesso a Comunidade, pois alguns de nossos cursos a renovação é anual e somente o curso “Produzindo com Ableton Live” é vitalício. Rolando a tela para baixo você encontrará o seus “Notes” feito por Curso/Capítulo/Aula e ao clicar as anotações abrirão em uma nova janela. 9 INTRODUÇÃO Por fim, se houver qualquer dúvida que não seja referente as aulas, você pode entrar em contato através da aba “Contato” que iremos receber via e-mail e responderemos em poucos dias ou até mesmo horas. 10 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Aula 1 - INSTALANDO EM COMPUTADORES COM WINDOWS Da mesma forma como se faz com todo software que se compra ou baixa, deve-se entrar direto no site do fabricante do software, o que neste caso é o site da Ableton: www.ableton.com e dentro do site da você pode clicar em “Try Live for Free” para baixar o Live. No centro da tela haverá a opção de baixar para Windows ou para Mac e no caso desta aula será para Windows. 11 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Após baixar o arquivo de instalação “Setup”, será preciso abrir esse setup para instalar o Live no computador seguindo o passo a passo das imagens abaixo. 12 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 13 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 14 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 15 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Após terminar de instalar e selecionar a opção para abrir o Live, abrirá a tela abaixo mostrando que é preciso ativar o teste de 30 dias. Para isso será necessário fazer um cadastro no site da Ableton, ou entrar em alguma conta já existente caso já tenha se cadastrado antes. Se você não estiver conectado a internet, tem a possibilidade de clicar na opção “Save/Export Disable”, porém essa opção quer dizer que não poderá ser salvo ou exportado nenhuma criação de dentro do Live. Então é recomendado que se inicie o teste de 30 dias criando uma conta no site da Ableton. Lembrando que após vencer o prazo de 30 dias, por você fazer parte dos alunos da comunidade tem direito a um cupom de 50% de desconto, basta nos enviar um e-mail pedindo esse cupom que você poderá comprar o software com desconto exclusivo da Comunidade. 16 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Após concluir o cadastro e efetuar o login, aparecerá uma tela informando que deverá abrir o Live clicando no botão para ativar o teste de 30 dias. Ao clicar o Live irá piscar na barra de tarefas e mostrará que ele está ativo por 30 dias com direito de salvar e exportar arquivos. 17 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Após dar OK, abrirá um projeto de demonstração do próprio Live para apresentar o programa, caso queira ouvir o projeto basta apertar a barra de espaço do teclado que ele começará a reproduzir o que foi feito nesse projeto. Para dar pause também, é só apertar a barra de espaço novamente. 18 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Ao fechar e abrir o Live novamente, ele irá iniciar de forma mais rápida e também sem projeto, virá no seu formato “tela limpa” pronto para criação, só não se pode esquecer de estar conectado a internet para ele validar a licença de 30 dias gratuitos, caso isso não seja feito não será possível salvar e exportar arquivo. Aula 2 - INSTALANDO EM COMPUTADOR macOS O processo é igual ao Windows a diferença é o sistema e a forma de instalação de cada sistema, então da mesma forma como foi feito no Windows, será preciso entrar no site www.ableton.com clicar em “Try Live for free” e depois fazer o download para Mac OS X. 19 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Depois de concluído o download, clique no arquivo baixado que geralmente têm a extensão.dmg e siga o passo a passo abaixo para instalação. 20 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 21 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Aqui será preciso arrastar o Live para pasta de aplicativos para realizar a instalação no mac, isso já é uma diferença entre mac e Windows. 22 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Após instalado, clique no ícone de aplicativos e abra o Live, aparecerá uma mensagem perguntando se você deseja abrir um software instalado via internet, clique em abrir para autorizar. 23 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 24 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO A partir desse momento o processo é o mesmo que foi feito no Windows, será preciso entrar no site da Ableton clicando na janela que abrirá ao abrir o Ableton pela primeira vez, fazer o cadastro caso não tenha, voltar para o Ableton e pronto. Aula 3 - A JANELA DE PREFERÊNCIAS Aqui será falado sobre a janela de preferência do Ableton que é aplicável tanto para Windows quanto para mac, com pequenas diferenças entre ambos. No Windows o caminho para abrir as preferências é: Dentro das preferências não será falado de todos os menus, mas será falado conforme a necessidade de uso e utilidade durante o curso. Então logo na primeira aba de preferências há o "Look Feel” e dentro de “Look Feel” é possivel configurar o idioma - “Language". Mais abaixo existe o sub menu “Allow Multiple Instances” que é um menu específico para Windows, quando ativado “On” permitirá que se abra diversos projetos em outra janela. Outra função também do Windows que é recomendado que fique desabilitada, é o “Allow Sleep Mode”, quando esta função está ligada ela irá permitir que o computador entre em hibernação caso não esteja em uso, e isso pode ocasionar problemas com a placa de áudio e o software. Então não permita que isso aconteça. Outra opção que também serve apenas para Windows é o “Pen Tablet Mode” que quando ligado permite mexer no Windows utilizando uma caneta touch, algo que alguns computadores Windows permitem. Outra função também para Windows é o “Enable HiDPI Mode” que quando ativado permite que o Ableton se adapte para telas de maior qualidade, como Ultrawide ou TV por exemplo. 25 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Agora algo que tem tanto para Windows quanto para Mac OS é a opção de “Zoom Display”, que permite aumentar ou diminuir a tela do Live e todos os seus menus dependendo de sua necessidade. Além do zoom, também é possível mudar a cor do display do Live, deixando sua interface de forma diferente e talvez até mais agradável de se visualizar, essa mudança pode ser "Mid Light" que é o padrão do Live 10, "Mid Dark”, “Dark", "Light” e ainda é possível fazer ajuste de brilho na opção “Brightness” ou ajustar a intensidade da cor em “Color Intensity”, tudo é questão de gosto e conforto na hora de escolher a cor preferida.telas de maior qualidade, como Ultrawide ou TV por exemplo. 26 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 27 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Aula 4 - CONFIGURANDO SUA INTERFACE DE ÁUDIO Quando se inicia o estudo ou a produção em si, geralmente não se tem interface de áudio e muito menos se sabe que dentro do próprio computador já existe uma interface de áudio embutida de fábrica, por isso que quando você conecta seu fone de ouvido na saída de áudio ou manda esse sinal da saída de fone para um soundsystem ou até mesmo seus monitores de áudio, é reproduzido algum som. Para configurar uma placa de áudio você terá que abrir as preferências e clicar no menu “Audio”. Dentro de Audio tem o “Driver Type” que é o tipo de drive que você está utilizando. Se for um Mac OS o driver embutido já é otimizado para produção musical que é o "CoreAudio". Ao escolher um tipo de driver abaixo aparecerá outras opções como "Audio Input Device”, aqui você irá determinar de onde está vindo o áudio, ou seja, essa opção é útil para quando você for gravar algum instrumento externo e precisará fazer com que o som chegue dentro do computador em forma de áudio. Você escolherá por onde irá passar esse sinal de áudio do instrumento externo. Já na opção “Audio Output Device” você irá escolher a saída de áudio do computador ou do Live, aqui você irá escolher por onde enviar o som do computador, que no caso do exemplo abaixo será pela interface de áudio, que depois enviará para os monitores de áudio ou fone de ouvido. Uma coisa importante de saber: ao configurar uma nova interface de áudio, independente de quantos canais de entrada e saída ela tenha, o Ableton irá configurar o Input e Output de forma automática, detectando apenas a entrada/input 1 e 2 e a saída/output 1 e 2. Caso ela tenha mais entradas e saídas e você tenha o desejo de utilizá-las, deverá clicar em “Input Config” e depois “Output Config” para habilitar o restante dos canais. Como exemplo, abaixo tem uma foto indicando mais canais sendo habilitados de uma interface “Fireface UFX (RME)” que contém 30 canais de entrada e 30 canais de saída. Algo legal que se pode fazer no campo cinza a frente de cada canal é escrever o nome do instrumento ou qualquer coisa que vá ser gravado no canal correspondente para facilitar encontrar na hora de configurar um canal para gravação, isso será reforçado mais a frente do curso. 28 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 29 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Outra coisa que é preciso configurar ainda dentro do menu “Áudio” é o "Sample Rate”. Sample rate quer dizer quantas amostras de áudio o computador vai captar por segundo de um som que está sendo gravado, o padrão de mercado é 44100khz. Mais abaixo há a opção de "Default SR & Pitch Conversion” isso quer dizer que, ao fazer alguma conversão de áudio, o quão bom ou ruim em termos de qualidade será definido por esta configuração, e você tem a opção "High Quality" ou "Normal", é recomendado deixar em "High Quality", mas se o seu computador não for muito bom, é uma opção que você pode voltar a mexer para aliviar o processamento durante o processo de produção. 30 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Seguindo ainda dentro do menu “Áudio” há o sub menu “Latency”, que quer dizer latência, e a latência é o atraso que irá demorar para o som sair do computador e chegar nos monitores de áudio, ou ainda é o tempo que ele irá demorar para reproduzir um som gerado através de um instrumento externo, o atraso com que acontecerá essas duas coisas é determinado pelo numero de “Buffer Size” que é dado em milissegundos, logo quanto menor o buffer size mais rápido será a resposta entre sair áudio do computador e ir para as caixas de som ou fone de ouvido, ou mais rápido será para uma dedilhada de guitarra ser gravada e reproduzida pelo computador. O problema é, quanto menor o buffer size mais processamento ele vai exigir do computador. É como uma balança, melhora de um lado e sacrifica do outro. Portanto, um número “ok” para se trabalhar é “256 Samples de Buffer Size". 31 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO No Windows existem 2 tipos de driver de áudio, se você abrir o menu “Audio” e for em "Driver Type", verá o “MME/DirectX” que não é um padrão adequado para produção de música, e o problema disso é que será necessário trabalhar com buffer size muito alto. Veja a seguir o padrão indicado pelo Ableton. 32 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO É possível diminuir para ficar em 256ms, mas não é algo que funciona bem para este tipo de driver pois ele não é apropriado. Então, quando comprar uma interface de áudio dedicada para esse processo de produção, vai aparecer no menu do Ableton um novo tipo de Driver que é o ASIO, esse sim foi feito para trabalhar com produção musical e é o driver otimizado para Windows que uma placa de áudio vai ter. Uma alternativa que você pode tentar utilizar que simula uma interface de áudio é utilizar a placa embutida do computador, baixe um ASIO “fake” para “enganar" a placa embutida no computador, fazendo com que ela trabalhe com maior qualidade. Para isso digite no seu navegador o seguinte e baixe: 33 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 34 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 35 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 36 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO 37 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Depois de instalar o “ASIO4ALL” feche e abra o Live para que no menu “Audio" e no sub menu "Driver Type" apareça o ASIO e em "Audio Device" apareça o “ASIO4ALL” que fará com que a placa do computador melhore a qualidade e se torne algo mais apropriado para usar na produção musical, semelhante a uma interface de áudio externa. 38 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO Note que algumas configurações não serão possíveis de se mexer dentro do Live, como o "Buffer Size". Para ajustar o buffer size é preciso clicar em "Hardware Setup" que abrirá o software do “ASIO4ALL” e dentro dele será possível ajustar o buffer size para o valor que se deseja. 39 CONHECENDO O ABLETON Aula 1 - VISÃO GERAL DA INTERFACE DO ABLETON LIVE O Live foi criado para ser um software de discotecagem, não tinha a finalidade de ser um software de produção musical, mas ao longo de suas versões ele foi ganhando recursos até se tornar o que é hoje, um software também de produção musical além de servir para discotecar. Até pouco tempo atrás o Ableton só tinha sua janela principal, hoje se você tiver 2 monitores é possível usá-los para visualizar mais de uma janela que será apresentada mais a frente do curso. Abaixo conheça a janela principal do Ableton de uma forma geral: 40 CONHECENDO O ABLETON 41 CONHECENDO O ABLETON 42 CONHECENDO O ABLETON Aqui vai uma dica para você que está começando a mexer com o Ableton, é importante deixar o info view aberto para se familiarizar com os nomes de cada função do Ableton Live e entender o que cada recurso pode fazer. É possivel ocultar tudo e visualizar apenas os canais do projeto, o que quer dizer visualizar a "Session View”. No canto superior direito existem “Barras Verticais” ou “Barras Horizontais”, as barras verticais correspondem a visualizar a Session View que também indicam que os canais estarão na vertical, já as barras na horizontal correspondem a visualizar os canais na horizontal, que também permitirá visualizar o projeto no modo “Arranjament View”, que é o modo de arranjo. A segunda tela do Ableton que é possível ser visualizada junto com a Session View quando se tem dois monitores, um exibindo a Session View e o outro o Arranjament View. Arranjament View é onde se cria a história da música, mas só haverá demonstrações e uso desse modo mais a frente no curso. Neste primeiro momento o foco é a Session View, ela é uma forma de visualização e contém um modo super fácil de se trabalhar, facilitando o processo para se criar uma primeira música, inclusive muitos produtores não utilizam esse modo de visualização, algo que é um “crime”, pois se for para iniciar uma música criando ela direto pelo arranjo, existem outros softwares melhores para fazer essa função e o grande diferencial do Ableton para os outros softwares é justamente a opção de criar pela session view. 43 CONHECENDO O ABLETON Aula 2 - AS OPÇÕES NA PARTE SUPERIOR DA TELA Na interface do Ableton existe uma barra superior que não é ocultável e está sempre visível com muitas funções para fazer uso. Aqui você irá conhecer algumas delas e outras serão apresentadas no decorrer do curso conforme necessidade de uso. 44 CONHECENDO O ABLETON Outra função que também existe na barra superior é o metrônomo, um recurso que funciona em conjunto com o BPM do projeto e pode ser ativado ou desativado clicando nele. Para que ele funcione é necessário dar play no projeto, mesmo que não haja nenhum som para se escutar, pois o metrônomo funciona conforme o projeto está em andamento. O seu som inicial sempre será um som diferente dos demais, isso porque o primeiro som do metrônomo indica a marcação do início de todo compasso de 4. Se for cantarolar seria mais ou menos assim: Pi pi pi pi, Pi pi pi pi, Pi pi pi pi o que no modo tradicional é 1 2 3 4, 1 2 3 4. Conforme se aumenta ou diminui o BPM do projeto esse andamento do metrônomo fica mais rápido ou mais lento. Cada vez que se conta 4 (1,2,3,4) haverá 1 compasso. Na música eletrônica de pista chama-se de 4 por 4 (4/4) porque ela é construída baseada nessa métrica de 4 compassos de 4 tempos. Para alterar essa métrica será preciso mudar a fórmula de compasso que fica do lado esquerdo do metrônomo, isso fará o metrônomo pulsar de forma diferente. As informações referentes a quantos compassos já se contaram, a cada quanto tempo vai se formando um novo compasso e a subdivisão desses tempos aparece no visor ao lado esquerdo do botão de play. Ao lado direito do metrônomo tem a escrita “1 Bar”. “Bar” dentro do Ableton significa compasso, então 1 bar quer dizer 1 compasso. Só lembrando que nas músicas tradicionais, mesmo que seja hip hop ou drum and bass, 1 compasso é equivalente a 4 tempos ou 4 batidas. Caso queira descobrir o BPM de uma música que não indica o seu BPM correto, você pode ficar apertando o botão “TAP” no ritmo da batida da música e o Live irá ajustar o bpm de acordo com a média de cliques dado nesse botão TAP. Raramente o BPM das músicas será um BPM quebrado como 127.30, provavelmente o bpm correto seja apenas 127.00, ou se por acaso der 127.80, provavelmente deva ser 128.00. O BPM vai ser escolhido de acordo com seu estilo musical, ou seja, se você faz Psy Trance provavelmente irá trabalhar com BPMs de 138 a 150, se for Drum and Bass provavelmente na casa dos 180, se for alguma linha de Techno provavelmente de 120 a 130, se for um Techno mais pesado, provavelmente de 130 pra cima, depende de cada estilo musical. 45 CONHECENDO O ABLETON Aula 3 - BROWSER / NAVEGADOR Dentro do browser há duas divisões, uma que são as pastas ou ferramentas de uso que fica à esquerda, e outra que são os utilitários que existem dentro de cada ferramenta ou pasta na direita. Na janela a esquerda é separado de duas formas, uma em “Categories” e outra “Places”, sendo que categories ou categorias são ferramentas do próprio Ableton. Já em “Places” são pastas que existem dentro do computador desde que configuradas para aparecerem ali, como por exemplo uma pasta de áudio que você queira deixar nesse espaço para facilitar acesso, uma espécie de atalho para encontrar a pasta facilmente dentro do computador. Na parte inferior do browser há uma mini janela de preview, nela será possível escutar algum áudio selecionado desde que o mini “alto falante” esteja ligado para reprodução. 46 CONHECENDO O ABLETON Agora entendendo cada categoria: Sounds: Aqui dentro é possível encontrar todos os sons que já vem com o Live, todos separados por categorias. Nem sempre virão áudios, a maioria das vezes são instrumentos já programados pela empresa da Ableton. Selecionando a categoria de “Bass” para se ouvir o "Infected Bass” por exemplo, basta dar 1 clique em cima dele e o preview na parte inferior irá reproduzir o som, isso se o alto falante estiver ligado, o que já vem por padrão. 47 CONHECENDO O ABLETON 48 CONHECENDO O ABLETON Drums: dentro da categoria de sounds não tem drums (bateria), esse recebeu uma pasta a parte e foi separado por kits. Ao clicar em algum kit se escutará um preview (prévia) de seu áudio. Alguns previews ficam em loops, começa e recomeça sem parar, se você quiser parar essa função basta apertar a tecla “ESC” que parará de tocar em loop. 49 CONHECENDO O ABLETON Instruments: são instrumentos virtuais que pertence ao próprio Live e você pode usá-los para criar todos os elementos da sua música. 50 CONHECENDO O ABLETON Audio Effects: aqui você encontrará todos os efeitos de áudio nativos do Live: 51 CONHECENDO O ABLETON Midi Effects: são efeitos também nativos do Live que podem ser utilizados em canais midi. 52 CONHECENDO O ABLETON Max For Live: aqui você pode criar os próprios efeitos e instrumentos, mas não é algo que será falado neste curso. 53 CONHECENDO O ABLETON Plug-Ins: aqui é onde você encontrará os plugins que são instalados e vem de fora do Live. 54 CONHECENDO O ABLETON Clips: são partes de algum instrumento ou de algum áudio já programado. 55 CONHECENDO O ABLETON Samples: são os áudios que já vêm com o Live e está organizado em ordem alfabética na janela da direita. 56 CONHECENDO O ABLETON Além disso, há também os Places. Packs: esse será apresentado na próxima aula. 57 CONHECENDO O ABLETON User Library: tudo que for criado vai indo para esse espaço como forma de “arquivo” para ser reutilizado futuramente. 58 CONHECENDO O ABLETON Current Project: tudo referente ao projeto que se está trabalhando, arquivos por exemplo, estará dentro dessa pasta conforme for salvando. 59 CONHECENDO O ABLETON Pastas Extras: são pastas que existem dentro do computador e foram adicionadas como atalho para facilitar encontrar algum áudio de forma rápida e prática. Como por exemplo a pasta "Raw Techno” que se apresenta na imagem a seguir. Que fique claro que o Live só abrirá arquivos de áudio, então ele não irá ler um arquivo PDF por exemplo. 60 CONHECENDO O ABLETON Aula 4 - PACKS Existem pacotes extras de sons dentro do Live que quando o software é instalado eles não se instalam sozinhos, é preciso acessá-los dentro de “Packs” e baixá-los conforme desejar. Há uma lista longa de instrumentos, sons e clips que podem ser instalados. Note que na foto abaixo há uma informação de que além de alguns instalados, existem mais 39 disponíveis para download. 61 CONHECENDO O ABLETON Para instalar basta escolher o pack, mas para saber que tipo de pack se está instalando é preciso deduzir por seu nome pois não é possível ouví-lo antes de fazer o download. Depois de escolher um para instalar basta clicar na “seta” que significa download. 62 CONHECENDO O ABLETON 63 CONHECENDO O ABLETON Após instalado, além de ele aparecer na lista de packs instalados, aparece uma mensagem no canto direito informando que tipo de pack é e o que vem dentro dele. Se você abrir a pasta dele poderá visualizar os “clips”, que são os clips de bateria prontos, “drums”, que são os kits de bateria e o “samples”, que são os sons individuais desse pack. 64 CONHECENDO O ABLETON 65 CONHECENDO O ABLETON Se por ventura você der um duplo clique sem querer e cair em uma nova tela ao apertar dentro de 1 kit, não quer dizer que será criado no projeto o som que você ouviu no preview. Na verdade, o Live irá criar um novo canal com um rack de bateria “Drum Rack” e todos os sons daquele kit separado para se utilizar, mas só haverá uso quando for o momento de utilizar cada instrumento individualmente, algo que será aprendido no próximo módulo do curso. Tudo que vem dentro do Live referente aos packs extras podem ser instalados, não será necessário baixar novos packs ou ficar correndo atrás de novos samples. Nessa primeira etapa do curso você irá trabalhar com loops e posteriormente utilizará samples separados. 66 CONHECENDO O ABLETON Aula 5 - SESSION VIEW Na “Session View” existem canais de áudio e midi em forma de coluna, dentro desses canais há os quadradinhos que são chamados de “slots” e nesses slots é onde você criará seus “clips", seja ele de áudio ou midi. Além disso, nos canais ainda têm o “Fader de Volume” que permite aumentar ou diminuir o volume, e do lado direito existem os "Canais de Retorno” e o “Canal Master". No canto direito na parte inferior há alguns botões pequenos que, estando ligado ou desligado, revela ou oculta alguma informação da session conforme escrito abaixo: Aula 5 - ARRANGEMENT VIEW A tela que você mais utilizará é a “Session View”, mas nem por isso deixará de ver a tela de arranjo durante o curso. Para ir para tela de arranjo basta clicar nas barras horizontais no canto direito superior da tela do Live. 67 CONHECENDO O ABLETON A tela de arranjo não tem muito segredo, ela nada mais é do que uma visualização da session na forma horizontal, os canais são visualizados na forma horizontal, as configurações de entrada e saída do canal, liga e desliga, tudo é visto na horizontal. Da mesma forma que na session é possível configurar o que visualizar ou não no arranjo clicando nas bolinhas no canto direito da tela na parte inferior. A grande diferença entre a session e o arranjo é que no arranjo é onde acontece a história da música. Como visto na aula de instalação do Live para Windows, ao abrir o Ableton pela primeira vez o Live já carrega um projeto com sua estrutura e história montada com começo meio e fim. Um atalho super importante na mudança de janelas entre a “Session View” e o “Arranjament View”, para evitar ter que ficar clicando nas barras verticais e horizontais, é apertar a tecla “TAB”, isso fará com que o software mude de uma tela para outra de forma prática e rápida. 68 CONHECENDO O ABLETON Aula 7 - CLIP VIEW E TRACK VIEW Na parte inferior do Live existe o “Clip View” e o “Track View”, uma janela é exibida praticamente a todo instante. Lembra das setas que oculta ou exibe partes do Live? Pois então, se você não estiver visualizando o “Clip View e/ou Track View” deverá clicar nessa seta para exibir ambos. 69 CONHECENDO O ABLETON Tudo que estiver dentro de um canal (track) irá aparecer no “Track View”, seja um instrumento ou efeitos e outros processamentos, serão todos exibidos no track view. Agora para visualizar o “Clip View” será necessário criar um clip ou jogar um clip para dentro de um slot de um dos canais. Como exemplo, na foto abaixo foi arrastado o clip “Electrified" que está dentro do pack que você baixou na aula anterior para um slot vazio. Ao criar o clip basta clicar nele e você terá a visualização do “Clip View” na parte inferior do Live. 70 CONHECENDO O ABLETON Para ouvir a programação de cada clip midi você pode dar play apertando no ícone de play que se encontra ao lado esquerdo do clip que arrastou para o canal. Ao dar play em um e depois dar play no outro, isso fará com que o anterior que estava tocando pare para então tocar o outro, ou seja, quando eles estão no mesmo canal eles tocam apenas de forma individual. É possível inverter a forma de visualização entre “Track View” e “Clip View” clicando em um dos dois quadrados localizado na parte inferior da session, veja nas imagens a seguir: 71 CONHECENDO O ABLETON No “Track View” é visto apenas uma única informação de um único canal. No “Clip View” é exibido um de cada vez, pois pode existir vários por canal. Da mesma forma que há um atalho para "Session View” e “Arranjament View” que é o TAB, também há um atalho para alterar de forma rápida entre o “Clip View e Track View” utilizando SHIFT + TAB. 72 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 7 - TIPOS DE CANAIS DO LIVE Algo importante de saber sobre a “Session View”, além do que já foi falado anteriormente, é que através dela da para acessar todos os canais existentes em nosso projeto. Então, uma música quando criada contém diversos elementos diferentes e cada elemento precisa de canais específicos, o que significa que o baixo da música (bassline) vai ter o canal dele, o prato (hat) também terá seu canal especÍfico, o bumbo (kick) também terá seu canal específico e a visualização desses canais será no modo vertical, que é o modo como a “Session View” exibe os canais. Existem 3 tipos de canais: canais midi, canais de áudio e canais de return (que aparece como Reverb e Delay na abertura inicial do Live). O que é o canal midi? É um canal que serve para abrir e executar o som de um instrumento, seja ele virtual (instalado no computador ou nativo do Live) ou externo (plugado na placa/interface de áudio e tocado para gravação). Em outras palavras é um canal que irá receber dados em forma de notas musicais, essas notas musicais passarão pelo canal midi até chegar ao instrumento virtual, e o instrumento irá gerar o som que posteriormente será executado em forma de áudio digital. 73 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 7 - TIPOS DE CANAIS DO LIVE Exemplo: escolha um som de “synth keys” dentro da categoria “sounds”, neste caso pode ser o “Classic Juno Wave” ou qualquer outro. Clique, segure e arraste até um canal midi. Ao tentar jogar ele dentro de um canal de áudio o Live acusa um erro dizendo que canais de áudio só podem receber efeitos de áudio, ou seja, somente canais midi podem receber instrumentos. Na foto abaixo há um exemplo do instrumento “Wavetable” carregado em um canal midi e a exibição dele no “Track View”, também é possível ver a mensagem de erro na segunda foto indicando que um canal de áudio não recebe instrumento. 74 ENTENDENDO A SESSION VIEW Como dito anteriormente, ao carregar um instrumento virtual em um canal midi o canal midi irá receber informações em forma de nota musical e enviará para o instrumento e o instrumento irá executar sua configuração de timbre e sairá som por seu output gerando áudio. Você pode pegar um clip midi para jogar em um canal midi para executar algumas notas musicais e ver isso acontecer na prática. Na visualização de “Clip View” enxergue as notas musicais que se refere ao clip carregado no canal, elas serão executadas ao dar play no próprio clip que já está no canal, assim será possível ouvir o som do instrumento. 75 ENTENDENDO A SESSION VIEW 76 ENTENDENDO A SESSION VIEW Para saber se o instrumento está recebendo esse sinal midi em formas de códigos/notas musicais, repare no seguinte detalhe mínimo abaixo. Deixando claro que após a saída de áudio do instrumento só se pode adicionar efeitos de áudio após o instrumento. Tudo referente a midi deve ser colocado antes do instrumento. Outro detalhe: você só irá trabalhar com midi mais a frente no curso, nesse primeiro módulo conhecerá os canais existentes dentro do Live, mas trabalhará apenas com áudio por enquanto. 77 ENTENDENDO A SESSION VIEW O que é canal de áudio? Como o próprio nome diz, canal de áudio recebe apenas arquivos de áudio. Por exemplo: pegue 1 loop de áudio dentro da categoria “Clips” e jogue dentro de um slot do canal de áudio, assim terá a seguinte visualização do “Clip View” (foto abaixo). Na maioria das vezes você fará uso sempre de arquivos em extensões.wav ou.aiff por sua maior qualidade e definição de áudio, eventualmente você pode utilizar.mp3 também. 78 ENTENDENDO A SESSION VIEW Então, até esse momento você sabe que o canal midi é utilizado para quando queremos utilizar algum instrumento virtual ou externo, e que depende de uma informação midi/notas musicais para gerar seu áudio. Já o canal de áudio precisa de um áudio que já esteja pronto em formato.mp3,.wav ou.aiff. Existe um 3º tipo de canal no Live que é o canal de “return”, você encontrará sempre alocado do lado direito da session ao lado do canal master. Quando se abre o Ableton Live, por padrão, ele abre com canais de return, um reverb e um delay, e seus nomes também são exibidos de forma diferente dos canais de áudio e midi, eles aparecem no formato A, B, C… Os outros canais aparecem nos formatos 1, 2, 3, 4…, mas é possível renome´-los apertando com botão direito do mouse no nome do canal e escolher a opção de “rename”. Algo importante na hora de renomear um canal: sempre utilize o formato “ # + NOME DO CANAL “ pois colocar a # fará com que os canais sejam numerados automaticamente de acordo com sua posição. Já os canais de return funcionam na forma alfabética e não tem como tirar e nem mudar as letras, eles são conhecidos como “Send Return” que na tradução seria como “Envio e Retorno”. Ganha também esse nome porque nos canais do projeto existem as letras alfabéticas A e B e a escrita sends. Quando se aumenta esse send você estará enviando sinal desse canal de áudio para os returns que aplicará o efeito de áudio e somará ao sinal original, sendo todos “encontrados” no canal master. Em outras palavras o som original vai para o master e paralelamente o som apenas com o efeito também é enviado para o master, ambos se encontram lá. Essa é a função do canal de return. 79 ENTENDENDO A SESSION VIEW 80 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 2 - CONCEITO DE CLIPS Um conceito bem importante de se dominar é o conceito de clips, dominar as formas de uso fará com que se tenha uma boa forma de trabalhar. Como já deve ter percebido, clips são formas retangulares que surgem ao jogarmos algum clip de midi ou de áudio no canal, ou dar dois cliques em qualquer slot vazio do mesmo. O primeiro conceito de clips é que eles podem ser infinitos dentro do mesmo canal, mas na hora de tocar é apenas 1 por vez. Se quiser que um mesmo clipe toque ao mesmo tempo que o outro deve-se colocar esses clips em canais separados. Para criar um novo canal clique com botão direito em cima do canal existente que corresponde ao tipo de clip que esta utilizando e insira um novo canal de áudio “Insert Audio Track”, ou CTRL + T no Windows, ou COMAND + T no macOS, depois é só arrastar o clip para o novo canal criado e dar play no clip do novo canal e no outro desejado, inclusive eles não precisam estar na mesma linha de slots para tocarem juntos, basta dar play nos clips. 81 ENTENDENDO A SESSION VIEW 82 ENTENDENDO A SESSION VIEW Como o Ableton foi feito para ter modificações conforme ele é executado ao vivo, você pode criar novos canais de áudio e mudar os clips de lugar para dar play em outro canal, assim eles podem ser tocados ao mesmo tempo, e tudo isso sem travar ou ter qualquer intervenção de forma totalmente sincronizada com o BPM do projeto. Para dar stop aperte nos quadrados pequenos cinza escuro em qualquer slot vazio do canal, ou se não houver slot vazio tem um stop geral do canal. Na segunda foto há um exemplo de um caso em que não há botão de stop nos slots, pois o botão de armar para gravação está ligado. As bolinhas que estão nos slots servem para ativar a gravação enquanto o projeto está tocando ao vivo, então não são botões de stop. Mais a frente do curso haverá um capítulo sobre gravação. Para dar um stop geral no projeto há o quadrado pequeno no canal master, ele para todos os clips do projeto, mas ainda assim não é a mesma função da “Barra de Espaço” que da stop no projeto todo. 83 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 3 - CONCEITO DE CENAS Scene” em inglês ou “cena” em português, são as linhas numeradas no canal master (desde que não tenha sido mudado manualmente sua forma padrão de ser apresentada ao abrir um novo projeto), geralmente aparece de 1 a 8 e é possível criar diversas cenas/linhas, renomear, arrastar, mudar de posição, etc. 84 ENTENDENDO A SESSION VIEW 85 ENTENDENDO A SESSION VIEW Após renomear do modo que deseja, com a cena pode-se executar todos os clips e slots vazios que estão em sua linha, facilitando dar play em mais de um clip ao mesmo tempo ou até mesmo dar stop em mais de um clip, também ao mesmo tempo. Ao dar play pela cena a função é de executar tudo de sua linha, logo, se existem slots vazios na linha atual e na linha anterior havia um clip sendo executado, ele irá parar ao dar play na linha atual, tente entender melhor abaixo: 86 ENTENDENDO A SESSION VIEW Caso queira que 1 dos clips anteriores receba stop e o outro continue tocando, existe duas formas de fazer isso: 1 - clicar com botão direito no clip e duplicar (foto 1 a seguir). 2 - "forma recomendada": apertar com botão direito no slot vazio e “Remover Stop Button”, isso removerá o botão de stop do slot e ao dar play na cena “base” teremos o nosso clip da linha anterior tocando normalmente, (foto 2 e 3 a seguir). 87 ENTENDENDO A SESSION VIEW 88 ENTENDENDO A SESSION VIEW Caso queira adicionar mais cenas/linhas, você deve ir em qualquer linha ou cena e apertar com o botão direito selecionando a opção “Insert Scene”, CTRL + i ou COMAND + i. 89 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 4 - MIXER E SUAS FUNÇÕES Inicialmente o mixer abre “pequeno” em sua forma padrão, o que fará com que algumas coisas fiquem ocultas, como por exemplo uma nova “caixinha retangular” que indica em que ponto está o volume do canal, tanto de pico real quanto do valor desejado de volume. Além disso, o “headroom” ganhará mais detalhes em seus números e mostrará de forma mais precisa em qual volume está ajustado. Para fazer essa ampliação e enxergar essas novas visualizações, muitos produtores não sabem que é possível aumentar o tamanho do mixer clicando e arrastando na linha que divide o mixer e os sends, e assim exibindo esses novos detalhes. Algo que ajuda muito quando exibimos essa nova “caixinha” é que você pode digitar o valor que deseja ao invés de ajustar o fader de volume. Suponha que não consiga deixar o fader em -6.0dB, você pode digitar o valor clicando nessa caixinha. 90 ENTENDENDO A SESSION VIEW Ao passar de 0db o áudio do canal começa a aparecer em vermelho e a caixinha acima da que ajustamos o volume acende em amarelo com valor positivo, o que isso quer dizer? Quer dizer que o áudio está passando de 0db e estourando em seu pico máximo. Isso acontece porque o mundo digital só suporta áudio até 0db, tudo que fica acima de 0db de pico máximo irá distorcer, porém softwares como Ableton, Logic, StudioOne, Cubase, trabalham com um algoritmo chamado “Float in Point”, isso quer dizer que ao passar um áudio de 0db ele fará com que se ajuste a ponto de não ficar distorcendo e assim não estragar o áudio, pois distorção digital não é algo legal de se ouvir, mas isso só acontece se forem poucos canais passando de 0db e sem ser de forma exagerada, do contrário, mesmo o software trabalhando com esse ajuste, poderá ainda haver distorção se forem muitos canais estourando de forma exagerada. O problema maior acontece quando o canal master está estourando e principalmente acendendo vermelho, pois além de se escutar algum tipo de distorção digital em nosso som dentro do projeto, ao exportar e mandar um áudio para um amigo ou para você mesmo ouvir, será bem pior de se escutar, pois o software não reproduz nada que esteja passando de 0db e o canal master esteja passando +8.66dbs como no exemplo abaixo. 91 ENTENDENDO A SESSION VIEW Ou seja, ao exportar a música o software irá fazer um corte, como se fosse uma faca cortando todo esse volume e áudio que está passando de 0db, formando um tipo de onda sonora que se chama “quadrada”, e isso sim é um problema maior ainda. Uma forma de considerar esses dBs acima de 0 seria converter o áudio no formato 32bits, mas o problema é que nada reproduz esse formato de bits no dias de hoje, nem mesmo a CDJ que é usada para tocar no club, nem CD físico, muito menos canais de streaming. Então o ideal é abaixar os volumes dos canais de forma que nada fique estourando no vermelho. É possível fazer isso selecionando todos de uma única vez com SHIFT e abaixar seus volumes igualmente. Para ver os novos valores após mexer nos volumes, basta clicar nos quadrados onde aparecem os valores de cada canal e ele irá atualizar com os novos valores de volume. 92 ENTENDENDO A SESSION VIEW Outra função que existe no mixer é a função de ligar e desligar um canal, seria como deixar mudo ou não um determinado canal. Diferentemente de algumas outras funções do Ableton, essa não acontece de forma sincronizada com o projeto, ou seja, ao desligar o canal ele desliga a qualquer momento que desejar e para ligar é a mesma coisa. 93 ENTENDENDO A SESSION VIEW Uma função que funciona de forma contrária do liga/desliga é o “S” de solo. Essa função faz com que se escute um canal de forma isolado/sozinho. Se você clicar no solo de outro canal apenas irá substituir o solo de um canal para o outro, ouvindo o som de forma isolada dos outros elementos. É possível também solar mais de 1 canal para se ouvir juntos, algo útil para quando existem muitos canais no projeto e ao invés de desligar vários canais para ouvir apenas 2, pode-se solar os 2 e ouvir apenas eles. 94 ENTENDENDO A SESSION VIEW Mais uma função do mixer é o “habilitar e desabilitar” para gravação. Todo canal tem um botão de habilitar para gravar, que é o mesmo que desabilita, mas isso não quer dizer que estará gravando, ele apenas preparará o canal para ser gravado. Repare na imagem abaixo que ao clicar no botão de preparação em cada canal, os slots vazios mudam para uma bolinha ao invés de ficar com o quadrado pequeno de stop, isso quer dizer que o canal esta preparado para gravar, basta apertar nessa bolinha e tocar seu instrumento externo ou virtual que a gravação acontecerá, mas isso será explicado no capitulo de gravação. 95 ENTENDENDO A SESSION VIEW Por fim, há um knob muito útil no mixer que é o "Pan”. Com ele podemos deixar um elemento da música mais para direita ou mais para esquerda apenas girando ele de um lado para o outro e com isso criar o que se chama de “stereo”. 96 ENTENDENDO A SESSION VIEW Aula 5 - MANDADA DE EFEITOS Como já foi falado anteriormente um pouco sobre eles, as mandadas de efeitos ficam sempre ao lado direito do projeto, colado ao nosso canal master e, basicamente, elas recebem o sinal de áudio via sends A, B, C, D... De cada canal da música. Inicialmente o Ableton abre como padrão apenas o return A e B com reverb, e o outro com delay, se você quiser adicionar mais canais de return deve clicar com o botão direito no canal de return e clicar na opção "Insert Return Track. Se fizer isso clicando no A o Ableton irá criar esse novo return no lugar do B e o B virará C. O Ableton faz isso de forma automática e inteligente, pois se tiver enviando sinal via send para esses canais que tiveram suas posições alteradas, o Ableton corrigirá de forma automática para nova posição. Os canais de áudio e midi não contém limite de números e só dependem da potência do computador, já os canais de return o limite é 12. 97 ENTENDENDO A SESSION VIEW Para treinar você pode criar mais alguns returns e jogar um novo efeito de áudio nesses canais fazendo uma breve utilização e entender seu funcionamento, paralelo ao canal de midi e áudio, ficando claro que o canal de return deve ter o sinal “wet” (sinal com efeito) e você deve controlar o sinal de “dry” (sem efeito/som original) através dos sends de cada canal de áudio e midi, assim temos um som final original e com efeito paralelamente tocando juntos. 98 ENTENDENDO A SESSION VIEW Ao utilizar muitos canais de return, muitas das vezes boa parte da tela estará ocupada, você pode selecionar todos os canais de return e diminuir seu tamanho, mas talvez ainda fique ocupando muito espaço ou eles talvez fiquem muito pequenos a ponto de sumir a letra e dificultar o entendimento. Então, uma outra forma que já foi mostrada aqui, é ocultar utilizando os botões que ficam ao lado do master, assim você pode ocultar o return e os sends se desejar, e isso não fará com que os canais de return parem de funcionar ou que cancele o envio de sends para os canais de return, apenas ganhará mais espaço para trabalhar na session. Aula 6 - VISÃO GERAL SOBRE INPUTS/OUTPUTS Inputs e outputs é basicamente por onde se determina as rotas dos canais de áudio e midi, é aqui que se configura de onde vem o sinal de entrada de áudio (input) e para onde mandaremos sua saída de áudio (output). Como padrão do Ableton, todos os canais têm sua saída configurada para o canal master. 99 ENTENDENDO A SESSION VIEW Para exemplificar, abaixo tem um novo canal de áudio criado e foi nomeado de BOLIVAR (canal de áudio na cor rosa), alguns outros canais do projeto tiveram suas saídas (outputs) direcionados para esse novo canal BOLIVAR: 100 ENTENDENDO A SESSION VIEW Da forma como está acima, ao dar play no projeto será possível perceber que não irá sair som dos canais que foi enviado para o novo canal de áudio Bolivar, e isso acontece porque o canal Bolivar não está configurado para que seja monitorada sua entrada, ou seja, ele não esta “ouvindo” o que esta entrando nele (input). Para isso é necessário clicar em “In” na seção monitor e assim será possível ouvir o que está chegando de áudio nesse novo canal. 101 ENTENDENDO A SESSION VIEW Se for o caso de querer captar um som externo do computador, é nessa mesma seção que se deve configurar a entrada de áudio (input). Você deve selecionar de onde vem o áudio e de qual canal está vindo, mas não se preocupe que isso será mostrado na aula de gravação. 102 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Aula 1 - ADICIONANDO ARQUIVOS DE ÁUDIO NO PROJETO Para iniciar a criação de uma música, você irá utilizar o “Sample Pack” que foi comprado exclusivamente para este curso no www.splice.com e está disponibilizado para download gratuito. Você pode baixar clicando no link abaixo: SAMPLE PACK CURSO ABLETON Qualquer áudio externo que se deseja utilizar dentro do Ableton é encontrado no browser em “places”. Nesse menu é possível adicionar uma pasta externa para ser acessada com mais facilidade, como uma espécie de atalho, algo que para localizar os loops e samples do “Sample Pack” baixado será de extrema utilidade. Para isso, clique na opção “Add Folder…” e depois procure a pasta “Sample Pack” dentro do seu computador, depois adicione ela ao “places”, assim facilitará encontrar seus loops e samples acessando essa pasta do “Sample Pack” dentro do Ableton. 103 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Ao clicar para ver o conteúdo da pasta, você conseguirá visualizar as pastas e arquivos que estão dentro do “sample pack”, inclusive da forma como foi organizada na pasta original salva em seu computador. Todos os samples estão afinados em Fá Menor, caso você ainda não saiba o que é isso terá aulas de teoria musical no módulo 3, mas o fato de tudo estar afinado em um mesmo tom fará com que você só se preocupe em combinar os loops que combinem entre si sonoramente, criando algo coerente com seu gosto e estilo musical. Se você der play e escutar o preview de cada áudio, verá que na frente do arquivo aparecerá uma espécie de “quadradinho pequeno preto”, isso quer dizer que o Ableton criou um arquivo dentro da pasta de loops na extensão.ASD, que é um arquivo que gravará qualquer alteração feita no áudio original, o que mudará sua forma original. Se por ventura você quiser levar esse arquivo para outro computador ou doar para um amigo, para o Ableton considerar as modificações feitas anteriormente é necessário tanto levar o arquivo de áudio.wav, mais esse arquivo.ASD que irá constar todos os registros de mudanças realizadas no arquivo original. 104 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO 105 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Para iniciar o primeiro processo de criação, é recomendável apagar quase todos os canais deixando apenas 1 de áudio, isso facilitará trabalhar com áudios desde o princÍpio de forma organizada, utilizando apenas o que achar mais interessante. Após isso você pode iniciar a música por um loop de kick (bumbo). Selecione todos os loops e arraste para o primeiro slot do canal de áudio existente. O Ableton ajustará todos em cada slot, mesmo arrastando todos em um único slot vazio. Em seguida você pode fazer o mesmo com o restante dos loops de diferentes elementos em outro canal de áudio, inclusive você pode arrastar os outros elementos na parte vazia da session e automaticamente o Ableton irá identificar que são loops de áudio e criará um canal de áudio com todos os elementos selecionados em sequência, kick, clap, hats, percs, snare e bass ficando conforme a foto 2 abaixo. Vale ressaltar que o Ableton não mostra o quadradinho pequeno de volume real do fader de cada canal e é importante abaixar o volume dos canais já que eles posteriormente irão tocar todos juntos, isso evitará que eles estourem acendendo em vermelho. Para fazer o ajuste, você deve expandir os canais para ter uma maior visualização e abaixar seus volumes conforme foi feito no capítulo anterior. 106 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Depois de todos os loops em seus respectivos canais, é importante ouvir cada um deles e ir escolhendo os loops que combinam entre si e que faça sentido um com o outro, levando também em consideração gosto musical, estética e até mesmo gênero. Não esqueça de ajustar o BPM de acordo com o gosto ou talvez de acordo com o estilo que deseja fazer. 107 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Aula 2 - CLIP VIEW (PARTE 1) Quando se trabalha com “clip” existe a possibilidade de renomeá-los, mudar sua cor, além de também reposicioná-lo dentro de algum novo slot. Repare abaixo que você pode realizar essas mudanças dentro do próprio clip, como também é possível fazer essas mudanças acessando a janela localizada no “Clip View” logo a esquerda, na parte inferior do Live, como exemplo do kick na foto abaixo. Quando se carrega vários loops nos canais, todos eles ficam com a mesma cor que o canal, isso acontece porque nas preferências do Live está configurado para ser dessa forma. Se desejar que todo clip dentro de um canal receba uma cor diferente, você pode acessar as preferências e ir no menu "Look/Feel” e no submenu “Track and Clip Colors”, depois “Clip Color” e nessa opção é possível configurar para todo novo clip no canal receber uma cor aleatória - “Random”, ou se quiser que todos os canais sejam da mesma cor, você pode mudar no “Auto- Assign Track Colors” para Off e depois escolher uma cor que será a padrão. 108 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Entrando na janela localizada no “Clip View”, há uma caixinha referente ao sample que consta o nome original do arquivo de áudio que se está trabalhando, inclusive, se passar o mouse por cima será exibido na barra de status em qual pasta esse arquivo está. Abaixo do nome do arquivo existem informações referente ao arquivo de áudio, como 44.1kHz de sample Rate, 24 de bit depth e 2 Ch (canal L e R). A opção “edit” não está disponível para ser utilizada dentro do Live, é uma ação que só funcionará trabalhando em conjunto com o software “Audition” ou “Soundforge”, não é um assunto que falaremos neste curso. Na opção “save” o Ableton irá salvar o áudio naquele arquivo.ASD que fica junto do arquivo na pasta do loop, inclusive essas duas ações são ações aplicadas diretamente no arquivo original. 109 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO 110 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO O menu “HiQ” que se apresenta ligado por padrão, é algo que já foi falado e configurado anteriormente no começo do curso na janela de preferências, lembra? Aquela opção de deixar em “High Quality” no menu áudio e no submenu sample rate, ficou configurado para que tudo que for convertido internamente no Live seja feito em alta qualidade, como por exemplo converter de sample rate menores para maiores e vice versa, isso é o HiQ ativado. 111 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Outra função que por padrão aparece ativada na janela de Sample do “Clip View” de áudio é o “Fade”, e o fade é um ajuste que é feito no começo e no final do áudio para quando ele for “loopado” não ficar dando uma espécie de estalo. Com esse fade ligado o Live tenta ajustar o começo e o final do áudio de forma a evitar acontecer esse tipo de problema e assim o som sempre tocará sem estalar. A opção RAM é útil para quando se deseja que o computador economize processamento no áudio, fazendo com que a memória ram seja processada e não o HD. Essa função era mais útil antigamente, hoje em dia os arquivos de áudio são minúsculos e quase não pesam. 112 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Ainda dentro da janela de sample, algo muito útil de se utilizar é o “Transpose”. O transpose faz o ajuste em semitons de um determinado som, podendo ficar mais agudo ou mais grave gerando uma desafinação do som original e mudando também o tom do timbre ou até mesmo de uma música. Também é possível utilizar o “Detune” que é uma micro desafinação a ser aplicada no áudio. Por fim há também o ajuste de volume que é feito apenas dentro do áudio original e não no canal do projeto, o que podemos ajustar no fader ao lado do transpose. 113 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Aula 3 - CLIP VIEW (PARTE 2) Visualizando o “Clip View” você verá a onda sonora dividida em duas, sendo a parte de cima representando a informação de áudio do lado direito, e a parte de baixo representando a informação de áudio do lado esquerdo. Quando a onda sonora tem essa configuração visual, basicamente é um som que está em stereo, isso porque a onda sonora da parte de cima e da parte de baixo são diferentes apesar de serem bem semelhantes, se fossem iguais seria uma configuração chamada mono. 114 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Se você der play no áudio perceberá que ele vai até o final e se repete caracterizando um loop, isso acontece porque o LOOP está ligado no clip view, com ele desligado o áudio para de tocar, mas não porque ele termina em seu final e sim porque o Live tem 2 setas acima da onda sonora determinando onde começa e onde termina o áudio, e a de cima (primeira) determina onde começa e termina o loop, a (segunda) determina onde começa e termina o áudio, mas para isso o loop precisa estar desligado. 115 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Na foto abaixo há um exemplo de como acontece a “conversa” das setas de cima e de baixo. Ao ajustar as setas para começar e terminar sem o loop ativado em uma parte menor do áudio, aparecerá uma linha preta mais escura passando pelo áudio, tanto no começo (Start) quanto no final (End). Ao ligar o loop acontecem 2 coisas, 1 o áudio e o loop começam a partir do Start configurado pelas setas de baixo (setas referentes ao começo e final do áudio quando o loop está desligado), ou seja, no meio da onda sonora considerando o exemplo da foto abaixo. 2 a seta de baixo referente ao final (End) fica um preto mais claro quase inexistente, isso acontece porque o loop anula o final da seta de baixo e segue as setas de cima que são referentes ao loop. Em outras palavras o loop respeita o início das setas de baixo (Start) mas ignora o final até começar a se repetir pela primeira vez, também ignora o começo e respeitar apenas suas próprias setas de loop. 116 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Agora suponha que você queira “loopar” somente o meio da música, mas ter seu ponto inicial a partir de outro ponto (Start), você terá o som iniciando no Start escolhido pelas setas de baixo e depois ficará “loopado” apenas aonde as setas do loop começam e terminam, o que pode gerar algo criativo e diferente. 117 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Uma outra forma de ajustar o loop é pela janela do lado esquerdo digitando os valores dos números de compasso, beat, subdivisão do beat assim como visto nas primeiras aulas do curso, porém é mais interessante fazer de forma visual. Para fazer de forma visual será necessário ajustar o loop de forma bem precisa, para isso você terá que visualizar a onda sonora com mais detalhes e será necessário dar mais ou menos zoom para enxergar os números de compassos e beats em mais detalhes. Na a foto seguir há uma demonstração de onde posicionar o mouse para ver a lupa de zoom, para logo em seguida arrastar para baixo ou para cima para dar menos ou mais zoom, quanto mais zoom mais detalhes será visto para ajustar o loop. Há também outra forma de fazer isso que é escolhendo o grid de outras formas, basta clicar com botão direito no 1/8 e escolher o tipo de grid desejado para ver as subdivisões de acordo com o gosto e formas de uso, a recomendação é utilizar o “Adaptive Narrow” para que o grid sempre se adapte conforme o uso. 118 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Caso queira “loopar” apenas uma parte do áudio e ainda visualizar apenas essa parte no clip view, você deve selecionar a região que quer fazer o drop, ajustar o loop nessa mesma seleção desejada, apertar com o botão direito do mouse e ir na opção “Crop Sample”, o Live irá criar um novo arquivo apenas com esse pedaço que “loopou” e fez o crop. 119 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Quando o ponteiro do mouse está mais abaixo da onda sonora no clip view ou na barra de compasso, ele virá com uma espécie de alto falante que ao clicar com botão esquerdo do mouse irá dar play no áudio a partir de onde ele está posicionado. Algo útil de se utilizar quando se tem um áudio muito longo como vocais, ou músicas inteiras. Essa função facilita ouvir por partes ou “pulando”. Aula 4 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA MÚSICA ELETRÔNICA Independente do estilo que almeja produzir, a música eletrônica sempre irá ter alguns elementos que são clássicos para qualquer estilo de música de pista, como o kick (bumbo) e o bassline (baixo), ou se for alguma coisa mais específica como Techno Industrial cria-se algum tipo de textura para fazer essa função, diferente de parecer que tem alguém tocando algo, mas também terá clap (palmas) ou snare (caixa), provavelmente algum tipo de hi hat (pratos) no contra tempo para dar ritmo, depende de cada estilo, mas praticamente todos terão esses elementos mesmo que de forma mais sutil, assim como os leads, que é um tipo de elemento que chama muito atenção na música, normalmente é o que mais marca na música por se tratar muitas vezes de uma melodia ou algum timbre que marque e faz com que aquela música seja reconhecida. Geralmente é por causa do lead que você lembra de determinada música, mas também pode haver pads que são synths que criam um certo envolvimento na música, muitas vezes é responsável até pelo sentimento que a música carrega, costuma ficar um pouco mais baixo criando uma espécie de cama. 120 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Elementos da música é algo muito variável de estilo para estilo, existem estilos que contém uma proximidade tão grande um do outro que o simples fato de você repetir menos os elementos na música e torná-los mais melódicos pode fazer você sair de um Tech House e virar Progressive House ou Melodic House. Então uma dica inicial muito importante, principalmente se você quer fazer Tech House diferentão, é ouvir muita música e entender como cada estilo funciona em sua construção, pois as vezes querer colocar melodia em tech house vai te levar a um outro caminho, e as vezes querer inventar a roda no começo da produção não é bom caminho. O ideal é aprender a fazer o básico correto, ver a música funcionando na pista para depois pensar em outras possíveis possiblidade para o estilo de som, até porque as grandes gravadoras e as mais sérias geralmente focam apenas em um único estilo, e são um pouco contra músicas que ficam “em cima do muro”. É sempre interessante bater o pé forte em uma pegada para depois, quando você for um artista maior, receber o reconhecimento de lançar algo mais inovador, e para chegar a esse nível é super válido ouvir diversos estilos e principalmente o estilo que se quer produzir, entender a estética, os elementos presentes e principalmente a timbragem presente para ter uma direção de onde quer levar a música. Aula 5 - ADICIONANDO NOVOS ELEMENTOS Algo primordial em qualquer projeto musical é a organização dos canais e dos clips. Anteriormente você arrastou diversos clips para seus canais para escolher o que mais era interessante para seu gosto e seu som, aqui você irá excluir tudo que não irá utilizar e deixará apenas o que usará. Depois é valido deixar todos na mesma linha/cena, cada um em seu canal. Se ao tocar todos os loops ao mesmo tempo o master estiver estourando, você deve selecionar todos os canais e abaixar seus volumes de forma conjunta até o master parar de acender, inclusive ajustar os volumes dos canais de forma individual para não ficar acendendo o pico em amarelo, igual ao que acontece no master. 121 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Organizar inclui também nomear todos os canais, e não se deve esquecer de colocar o # antes de nomear para que o canal fique numerado da forma correta e em sequência. 122 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Se for o caso de utilizar mais de 1 clap ou 3, mais de 1 ou 3 hats, é possível criar um efeito de grandeza e largura para a música deixando um elemento no centro do pan, outro elemento mais para esquerda e outro mais para direita, fazendo com que se ganhe um stereo no som. A seguir tem uma foto exemplificando essa ação. 123 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Depois de organizar todo projeto e deixar o loop mais interessante fazendo pan para alguns timbres, para adicionar novos elementos a sua música você pode deixar o loop tocando e ao mesmo tempo procurar por novos sons. Manter o projeto em execução fará com que os novos timbres toquem sincronizados com o projeto mesmo sendo apenas no preview, facilitando a escolha de timbre. Lembrando que você sempre deve procurar algo que combine com o que já existe e faça sentido. Suponha que encontrou um som que combine mas não está sincronizado com o projeto, ao arrastar ele para dentro de um clip você vai em seu “clip view”, posiciona o mouse em cima do pontinho amarelo que está bem no começo da onda sonora no clip view, aperta com botão direito nele e depois escolhe a opção “Warp From Here”, isso fará com que o sample se ajuste ao BPM do projeto e coloque tudo dentro do grid. Antes de dar play, não se esqueça de ajustar o volume do novo elemento para não fazer mal aos seus ouvidos e nem ficar de forma grotesca em seu projeto. Em alguns casos pode haver uma sobra desnecessária no timbre após o warp, você pode ajustar as setas de loop tanto em seu início quanto em seu final para que o timbre fique “loopado” da forma correta. 124 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO 125 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Para adicionar mais elementos a sua música você deve levar em consideração onde quer chegar sonoramente, e também entender quais são os elementos que irá utilizar. Geralmente uma música eletrônica é composta da bateria (bumbo (kick), caixa (snare/claps), pratos (hats/crash/rides), toms, percussão, baixo (bassline) melodias e acordes (synths, lead, pluck, pads, chords, stabs) e efeitos de transição e textura (FX, sweeps, risers, white noise, uplifter, downlifter), então vai depender de cada estética musical para adicionar mais ou menos elementos. A seguir contém um exemplo onde foi adicionado um pad para fazer a “cama” da música e ditar um pouco do sentimento dela, bem como chords (acordes). 126 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Esse é um momento de dar um stop das aulas e criar o seu próprio loop com a ideia de uma música, testar com os loops que você baixou ou até utilizar seus próprios loops se tiver. Quando chegar a algum resultado interessante você pode seguir adiante para incrementar ainda mais essa ideia até chegar em seu primeiro esboço de uma música. Aula 6 - CONHECENDO OS PRIMEIROS EFEITOS DE ÁUDIO Os primeiros efeitos de áudio e provavelmente os mais utilizados na produção de música eletrônica são os reverbs e os delays. Você já viu uma pequena introdução sobre eles anteriormente na aula sobre returns e mandadas, mas aqui a ideia é utilizá-los em canais individuais, nos elementos da música. Entendendo o Reverb: o reverb é um efeito que serve para simular que um determinado som está em um determinado espaço, seja em uma sala grande ou até mesmo dentro de uma igreja. O reverb tem a função de simular esses espaços, provavelmente você já deve ter escutado em algum lugar alguém dizer a palavra reverberar. Ele é também um tipo de efeito responsável por dar a sensação de profundidade, dependendo do tipo de reverb, dando uma sensação de mais largo ou mais longe. O Live tem seu próprio reverb que leva o nome de "Reverb" e um dos seus parâmetros principais na hora de configurá-lo conforme a necessidade e gosto é: 127 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Decay Time: esse parâmetro tem a função de regular e determinar a duração do reverb, na foto abaixo é possível ver que ele se encontra em 2.50s, ou seja, o reverb terá a duração de 2.50 segundos e ele pode ser bem curto ou até mesmo mais longo. Ao mexer no parâmetro ele vai de 200ms a 60.0s, mas geralmente devemos ficar entre 500ms a 3.00s. Usa-se valores mais altos geralmente para criar expectativa em um break, maior tensão para voltar ao drop. Filtro Lo Cut e Hit Cut: são filtros que servem para cortar ou deixar passar frequências do reverb, é possível filtrar o efeito do reverb ajustando a equalização dentro do próprio efeito através do ajuste do input/entrada e até mesmo filtrar seu output/saída. Diffusion: refere-se a como ele irá se espalhar no espaço. Em outras palavras é possível fazer reverb em regiões mais graves e espalhar em regiões mais médias/agudas ajustando o diffusion. 128 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Agora a parte boa de se utilizar um reverb em um canal de return é que da para direcionar outros elementos para esse mesmo reverb, o que fará com que se economize processamento do computador, mas caso queira fazer um tipo de processamento especifico para cada canal, terá que colocar um reverb em cada canal que desejar e fazer esse processamento especifico. Para carregar um reverb em um canal individual abra o browser clicando na seta no lado esquerdo do projeto para exibir, vá na categoria de Audio Effects e verá todas as opções de efeitos de áudio nativas do Ableton. Procure o reverb e arraste ele para o canal desejado. Na foto a seguir há um exemplo dessa aplicação. Existem duas formas de jogar ele no canal, uma é arrastando o reverb para o canal, e a outra é selecionando o canal que receberá o efeito e depois clicar duas vezes no efeito que ele abrirá dentro do canal e aparecerá no Track View. Caso não esteja vendo o canal por conter muitos canais criados é só arrastar pela barra de rolagem e localizar o canal desejado e fazer esse mesmo processo, ou se quiser deletar o efeito é só clicar acima de seu nome “Reverb” e apertar o botão “Delete” do teclado, ou apertar o botão direito do mouse e ir na opção "Delete". 129 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Agora um parâmetro muito importante de todo plugin e principalmente do reverb é: Dry/Wet: esse knob basicamente determina o quanto se deseja do som original com efeito, sendo que dry significa o som seco sem efeito algum, e wet significa o som com efeito. Então 0% = a totalmente dry, sem efeito nenhum. Acima de 0% começa a existir a aplicação de alguma quantidade de efeito no som original. Agora se estiver 100% Wet só será possível ouvir o som do efeito. Muitas das vezes o ideal é ajustar entre Dry/Wet de acordo com o gosto e necessidade de cada som. Global Quality: Dentro desse menu é possivel determinar em qual qualidade nosso reverb irá trabalhar o processamento de seus sons, idealmente é interessante utilizar em “high” que significa alta qualidade, mas isso também pode variar de acordo com a intenção de uso do reverb, pois a vezes pode haver a necessidade de querer um som “podre” de forma proposital e o que utilizar o reverb em baixa qualidade ajudará a chegar nesse resultado. 130 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO By/Pass: é o botão de liga e desliga de um efeito ou plugin. Funciona da mesma forma para todo plugin, efeito de áudio e midi utilizado no Ableton Live, serve para desligar o processamento que se está fazendo e ligar novamente para checar o Antes/Depois do efeito e decidir se ficou bom ou não. 131 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Entendendo o Delay: faça o mesmo processo feito com reverb, coloque ele dentro do mesmo canal onde foi utilizado o reverb e siga o raciocínio. Neste primeiro momento será possível reparar que o delay ficou em sequência do reverb a direita, isso acontece porque o Live trabalha com os efeitos acontecendo em sequência, sempre da esquerda para direita, ou seja, no caso da foto abaixo primeiro o clap passou pelo reverb para depois que ele tiver o efeito de reverb passar pelo delay. Como o delay é um efeito de repetição, ele irá repetir o clap já com reverb. Se colocar primeiro o delay e depois o reverb, isso fará com que o clap primeiro recebesse o efeito de repetição para depois receber o reverb, algo que tem diferença sonora. Para arrastar e colocar um antes e outro depois, basta clicar e segurar no nome de um deles e colocar na sequência desejada. 132 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Continuando com o delay: o delay é um efeito de repetição que é determinado por um tempo de acordo com cada número escolhido em seus parâmetros, geralmente vem com a opção "Sync” ligada, indicando que o efeito de repetição estará sempre em sincronia com o bpm do projeto. Caso queira ajustar de forma manual e criar um efeito diferente, é possível desativar a sincronização com o bpm o que fará com que ele mude para “Time” e assim basta ajustar da forma que desejar. Dry/Wet: da mesma forma que existe no reverb, o delay também tem o knob de Dry/Wet que irá determinar a mesma função de forma semelhante ao reverb, o quanto se quer do som com delay/repeticão ao som original, sendo dry som sem efeito e wet totalmente com efeito. Será preciso encontrar um meio termo entre Dry/Wet que seja interessante. Feedback: o feedback determina quantas repetições o delay irá executar, quanto mais % mais repetições haverá, mas a cada nova repetição o volume irá reduzir gradativamente. 133 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Filtro: alguns delays tem isso e outros não, mas o do Live contém esse filtro de suas repetições. Se imaginar o real espectro de frequências verá que na esquerda tem as regiões graves, no meio as regiões médias e mais para direita as regiões agudas. Também uma questão de gosto e necessidade do som para realizar o filtro das repetições e criar uma estética interessante. Mode Ping Pong: ao ligar essa opção o delay irá jogar um efeito para direita e outro para esquerda de forma alternada, causando um efeito semelhante a um Ping Pong real. 134 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Esses são dois efeitos vastamente usados tanto em canais individuais quanto em canais de return, por isso é muito importante entendê-los e aprender a utilizá- los. Aula 7 - AUTOMAÇÃO DENTRO DO CLIP Automação é programar o movimento de algum parâmetro dentro do Ableton Live para acontecer de forma automática. Utilizando o delay para criar automação de alguns de seus parâmetros, você pode querer que em alguns momentos o “Feedback” aumente para causar determinado efeito e logo no próximo segundo isso diminua. Ao invés de fazer isso utilizando o mouse, você pode programar uma automação diretamente no clip de áudio. Para isso, clique no clip que deseja automar e ative o painel de exibição dos envelopes, no canto esquerdo do “Clip View” na parte inferior da janela de clip. 135 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO No painel de exibição de envelopes há duas caixas para escolha, a primeira é o efeito de áudio ou plugin a ser utilizado para fazer a automação, e a segunda é a caixa de parâmetros desse efeito de áudio ou plugin escolhido para fazer automação. No caso escolha o delay como efeito de áudio e o parâmetro a ser automado será o “Feedback” que irá fazer uma variação em determinado momento, mas para selecionar de forma mais prática o parâmetro que deseja, você deve voltar para tela de “Track View” para selecionar o parâmetro feedback dentro do delay e ao voltar para o “Clip View” já estará selecionado o parâmetro que deseja. 136 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Para programar a automação, no Clip View aparece uma linha vermelha pontilhada, é nessa linha vermelha que se programa a automação clicando e criando alguns pontos vermelhos e assim “desenhar” como queira a automação. Observe a seguir que ao passar o mouse por cima da linha ela indicará a porcentagem em que o parâmetro está regulado originalmente direto do plugin (algo que já foi feito anteriormente). É importante manter nesse valor as partes do áudio que não queira realizar a automação, uma vez que esse é o valor que deseja para as outras partes do áudio em que não haverá automação. Caso não queira criar pontos é possível utilizar a ferramenta lápis que fica no canto superior direito do Ableton para desenhar a automação da forma que desejar, depois é importante desligar a ferramenta lápis. 137 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO 138 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Não há como o clip que se está trabalhando atualmente mexer nos parâmetros de outros canais/clips, cada clip/canal trabalha de forma independente em seu canal/clip, logo só se pode fazer qualquer tipo de automação nos clips que contenham processamentos dentro do seu respectivo canal. Uma vez que a ordem dos plugins faz a diferença no áudio, coloque primeiro o delay e depois o reverb no canal do clip e para criar um efeito interessante que existe dentro do reverb, você pode “congelar” o efeito de reverb em determinado momento do áudio, o que é algo interessante para ser automado em algum momento que desejar. Para automar faça o mesmo processo anterior, mas dessa vez escolha o reverb como plugin de efeito e pegue seu parâmetro “Freeze” para realizar a automação. 139 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Você pode fazer automação de sends também, basta abrir o clip, exibir os envelopes e clicar no parâmetro que deseja automar para que ele apareça no envelope e autome conforme queira. 140 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Aula 8 - VARIAÇÕES DE UM MESMO ÁUDIO As variações de áudio são muito importantes para que a música tenha mais dinâmica. Pegando o exemplo da aula anterior onde você programou a automação de um dos clips, duplique ele e crie essa variação. Para deixar tudo organizado é importante mudar a cor desse novo clip que irá ser uma variação do anterior para facilitar a identificação, inclusive já pode apagar a automação que foi feita anteriormente, para isso aperte com o botão direito do mouse na automação e vá na opção “Clear Envelope”. 141 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO 142 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Agora você pode fazer uma nova automação utilizando um shape diferente do delay, crie pontos diferentes, a ideia é fazer algo diferente do clip anterior para ter uma variação de um mesmo timbre. Caso erre os pontos é possível clicar 2 vezes em cima deles e deletá-los, você pode ainda curvar algumas partes da automação, basta segurar o ALT do teclado e depois clicar e arrastar para cima ou para baixo para fazer uma curva. Abaixo tem uma imagem exemplificando essas ações. 143 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Agora você pode fazer uma nova automação utilizando um shape diferente do delay, crie pontos diferentes, a ideia é fazer algo diferente do clip anterior para ter uma variação de um mesmo timbre. Caso erre os pontos é possível clicar 2 vezes em cima deles e deletá-los, você pode ainda curvar algumas partes da automação, basta segurar o ALT do teclado e depois clicar e arrastar para cima ou para baixo para fazer uma curva. Abaixo tem uma imagem exemplificando essas ações. 144 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO Tudo depende de criatividade, ideias e influências, mas é algo que também pode se aplicar a outros clips, basta duplicá-los e fazer uma variação em seu tamanho, por exemplo, utilizando apenas o loop, deixando um clip tocando por inteiro e outro apenas “loopando” uma parte desse clip anterior, fazendo com que o elemento toque mais rápido/vezes. 145 TRABALHANDO COM ARQUIVOS DE ÁUDIO É importante criar essa variação pois isso evitará que a música se torne enjoativa mesmo sendo repetitiva. Muitos produtores não usam e abusam da session sendo que é onde as ideias acontecem de forma super rápida como visto acima. Aula 9 - SALVANDO SEU PRIMEIRO PROJETO Para salvar o projeto é simples, apenas aperte o CTRL + S ou COMAND + S no caso do macOS que já abrirá a tela para salvar, ou você pode ir ao menu “File” depois “Save Live Set”. Ao salvar, as vezes pode aparecer a seguinte mensagem

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