Civilizações na África Subsaariana PDF
Document Details
Uploaded by YouthfulFriendship
Tags
Related
- Capítulo 1 - Introdução à História do Mar: Guerra e Paz PDF
- Revisão 6º Ano - Avaliação Trimestral - PDF
- Resumo das Aulas da Antiguidade (PDF)
- Civilización Asiática: Resumen PDF
- Historia de la Prehistoria y las Primeras Civilizaciones (PDF)
- Translatio Studiorum: Traslado de los libros y diálogo de civilizaciones en la Edad Media (PDF)
Summary
Este documento discute as interações entre as civilizações africanas e os europeus, focando-se no Império do Mali e no Reino do Congo. Detalha as relações comerciais, políticas e conflitos ocorridos. O texto parece ser um artigo ou ensaio histórico.
Full Transcript
Que civilizações encontraram os Europeus? África subsariana Entre as civilizações com as quais os Portugueses entraram em con- tacto, destacam-se duas. Império do Mali (1240- 1460) No século XIII, devido ao controlo exercido sobre as caravanas que tran sportavam ouro, cobre, marfim e escravos, da Á...
Que civilizações encontraram os Europeus? África subsariana Entre as civilizações com as quais os Portugueses entraram em con- tacto, destacam-se duas. Império do Mali (1240- 1460) No século XIII, devido ao controlo exercido sobre as caravanas que tran sportavam ouro, cobre, marfim e escravos, da África subsariana para as cidade s do norte de África e da Europa, constituiu-se no Mali um impé- rio próspero e poderoso que atingiu o seu auge no reinado de Mansa Musa (fo nte 1). Este governou entre 1312 e 1337, tendo efetuado uma peregrinação a Meca em 1324. No decorrer dessa viagem, parou no Cairo, onde a riqueza de monstrada se tornou lendária. Segundo o historiador Al- Umari, teria levado com ele cem camelos, cada um carregado com cerca de 13 7 quilos de ouro (fonte 2). A viagem despertou a atenção dos governantes crist ãos, numa Europa ávida de metais preciosos (fonte 3). No decorrer do século XV o Império do Mali sofreu transformações profundas, causadas por fatores i nternos e externos – como é o caso da concorrência comercial dos Portugueses que tinham, desde 1445, uma feitoria em Arguim – levando à sua extinção. Reino do Congo (c. 1390- inícios do século XX) Começou por ser uma federação de pequenas entidades políticas que reconheceram a autoridade suprema do manicongo (rei do Congo ). Este assentava o seu poder no controlo de rotas comerciais a partir da capita l, Mbanza Komgo. O rei D. João II estabeleceu uma aliança com o Congo par a promover o comércio e as condições para avançar com o projeto da Índia. N o final do século XV, por ação de missionários portugueses, ocor- reu a conversão ao catolicismo das elites congolesas (fonte 4). No século XVI , a capital mudou de nome para São Salvador do Congo, regressando ao seu n ome original após a independência de Angola, em 1975. No rei- nado de Álvaro I Nkimi a Lukeni, em 1568, Mbanza Komgo foi invadida pel os Jagas (guerreiros vindos do Leste). Os Portugueses intervieram para restaur ar o poder do manicongo e para assegurar a estabilidade das redes comerciais. Como recompensa, o manicongo autorizou os Portugueses a instalarem- se em Luanda em 1576. Estes iniciaram contactos diplomáticos e comerciais c om outro reino da região, o Ndongo, desviando o tráfico de escravos do porto congolês de Pinda para Luanda. Com o tempo, as relações entre a colónia port uguesa e o reino do Congo foram- se deteriorando. A partir de 1622, a presença dos Holandeses no porto de Pind a veio pôr em causa o monopólio dos Portugueses, que inva- diram o Congo em 1622, fazendo com que os Congoleses se aliassem aos Hol andeses. As disputas culminaram em 1665, com a batalha de Ambuíla, na qual os Portugueses mataram o manicongo reinante. A partir daí, o reino do Congo conheceu um período de descentralização política, embora con- tinuasse a ser reconhecido pelos impérios europeus e pelo Papa como um inte rlocutor político soberano. Em 1861, os Portugueses forçaram o rei do Congo a assinar um tratado de vassalagem. Mas foi apenas com a «guerra de Buta» ( 1913- 14), no contexto da conquista colonial, que o reino do Congo desapareceu defi nitivamente como entidade política soberana.