Organização e Preparação do Trabalho - PDF

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This document provides an overview of work organization, including methods, task preparation, and the importance of optimization in achieving better results. It emphasizes the importance of balancing speed, safety, cost-efficiency, quality, and environmental impact. The document also touches on different types of work, including physical and intellectual labor, and the key role of a well-designed workspace in achieving productivity.

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Organização do trabalho ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO DO TRABALHO Organização do trabalho Introdução Panorâmica: Definir métodos de trabalho, organizar postos de trabalho, preparar e distribuir tarefas....

Organização do trabalho ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO DO TRABALHO Organização do trabalho Introdução Panorâmica: Definir métodos de trabalho, organizar postos de trabalho, preparar e distribuir tarefas. Proceder à organização do trabalho. Estabelecer e aplicar metodologias das sequências de operações nos postos de trabalho, assim como da seleção das ferramentas e dos equipamentos de produção. Proceder à preparação do trabalho. Organização do trabalho Introdução As empresas possuem um funcionamento similar, independentemente do segmento e do porte. Elas fornecem um produto ou serviço, que é comercializado e, em troca, recebem o pagamento. Esse valor torna-se parte da receita e pode servir para a expansão do negócio no futuro. Para que tudo isso caminhe conforme o previsto, é preciso contar com a preparação antecipada dos métodos de trabalho. Eles são os elementos-chave para a relação com os clientes e trazem diversas informações relevantes para o empreendimento. A questão é: Como otimizar o trabalho desses profissionais para que a sua empresa obtenha mais benefícios? A resposta está na gestão dos processos produtivos. Organização do trabalho Introdução Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes. Organizar significa pensar antes de iniciarmos a tarefa. Mas pensar em quê? ❖ Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles exagerados. ❖ No modo mais barato de fazer a tarefa. ❖ No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa. ❖ Num procedimento que seja mais rápido. ❖ Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável. ❖ Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa. ❖ Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause poluição do ar, da água e do solo. Organização do trabalho Introdução É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências. O problema surge quando desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar uma tarefa. Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso. Se, por exemplo, precisamos trocar rapidamente uma lâmpada queimada sobre a máquina de trabalho, podemos fazer a troca subindo na máquina. Mas esse procedimento não é bom, porque pode nos levar a um acidente. O correto seria usarmos uma escada. A tarefa seria mais demorada mas a segurança e a qualidade estariam asseguradas. Portanto, todos os itens devem ser pensados juntos, para que no final haja equilíbrio entre eles, de modo que um não prejudique o outro. Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos materiais necessários, na hora e no local em que eles devem estar. Organização do trabalho Introdução Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar: ❑ Máquinas ❑ ferramentas adequadas e em bom estado ❑ matéria-prima ❑ equipamentos diversos, inclusive os de segurança ❑ tempo necessário ❑ pessoas qualificadas etc. Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o trabalho para alcançar bons resultados. Organização do trabalho Introdução Trabalho do homem Sempre trabalhamos em função de um objetivo, que pode ser a fabricação de um produto ou a realização de um serviço. Serviço é o trabalho feito por uma pessoa para satisfazer a uma necessidade, como, por exemplo, consertar uma torneira. A torneira é consertada sem ser modificada. Produto é o resultado de um trabalho de fabricação. Quando fazemos algum produto, causando modificações nas suas caracter ísticas físicas ou químicas, ou quando fazemos um serviço, estamos realizando um trabalho com uma finalidade. Organização do trabalho Introdução Trabalho do homem (Cont.) Se, por exemplo, misturamos várias matérias-primas e levamos a mistura ao forno, as matérias se fundem num só produto. Ocorre uma transformação química, uma vez que mudam as características das matérias-primas. Por outro lado, se pegamos um pedaço de aço e o trabalhar-mos num torno, transformando-o numa peça, causamos uma transformação física sem que se transformem as características químicas do aço. Todas essas transformações são feitas graças à participação física ou intelectual do homem. Organização do trabalho Introdução Importância dos trabalhos físico e intelectual Quando carregamos uma pequena barra de aço para levá-la à fresa, esse trabalho é mais físico do que intelectual, pois estamos a usar a nossa força muscular. Organização do trabalho Introdução Importância dos trabalhos físico e intelectual Ao fazer um desenho mecânico, estamos a realizar um trabalho mais intelectual do que físico. Organização do trabalho Introdução Importância dos trabalhos físico e intelectual Quase tudo que está à nossa volta é fruto do trabalho dos homens, desde a sua criação até a sua execução. De manhã, ao tomar café com leite e comer pão com manteiga, podemos imaginar quantas pessoas colaboraram com seu trabalho físico e intelectual para termos esses produtos. Graças ao trabalho e à capacidade dessas pessoas, conseguimos viver com maior conforto e saúde. O ser humano moderno não conseguiria viver sem o trabalho de todos. Podemos imaginar, também, a importância do nosso trabalho para a sociedade. Muitas vezes, relacionamos essa importância com o salário que recebemos. Mas, além do salário, nosso trabalho tem um grande valor pelos benefícios que ele oferece a muitas pessoas. Organização do trabalho Introdução Importância dos trabalhos físico e intelectual É comum nos aborrecermos com a aquisição de um produto que apresenta defeitos ou ficarmos dececionados com um profissional que nos atende mal. Muitas vezes isso deve-se ao fato de os trabalhadores não saberem a importância do seu trabalho. É necessário que nosso trabalho seja bem-feito, da maneira mais eficiente e eficaz. É comum ouvir pessoas reclamando de um mau atendimento, mas, por outro lado, essas mesmas pessoas trabalham mal nos seus próprios postos de trabalho. É o caso de perguntar por que reclamar dos outros se também não trabalhamos bem? Podemos concluir que todos nós devemos trabalhar com dedicação e eficiência para o bem comum. Organização do trabalho Introdução Produtividade e produção Obtemos maior produtividade quando organizamos nosso trabalho e tomamos as medidas adequadas para a sua execução. Mas o que é produzir com produtividade? É obter um produto de boa qualidade com menor preço de custo, em menos tempo e em maior quantidade. Isso é conseguido graças ao desempenho do trabalhador. A produção é o aspeto da produtividade que indica a quantidade de produtos fabricados numa determinada unidade de tempo. Organização do trabalho Introdução Produtividade e produção Suponhamos, por exemplo, que numa certa fábrica sejam produzidas dez bicicletas por hora. Esse fato refere-se à produção. Já a produtividade é algo mais do que isso. Pode ser que as bicicletas não apresentem boa qualidade e que seu custo seja alto. Houve produção mas não houve produtividade. A produtividade é de muita importância para toda a nação. Em primeiro lugar, ela beneficia os usuários do nosso produto ou serviço porque eles são atendidos com boa qualidade e a baixo custo. Beneficia também a empresa, que consegue manter-se ativa graças aos lucros obtidos. E ainda beneficia o funcionário, possibilitando-lhe permanência na empresa e progresso profissional. Organização do trabalho Introdução Produtividade e produção Dessa forma, podemos concluir que a produtividade é um dos principais meios para o progresso da nação, uma vez que beneficia a todos e ajuda o desenvolvimento social e econômico. Para alcançar um nível ótimo de produtividade, temos, na prática, uma série de princípios e procedimentos. Os principais deles serão estudados a seguir. Organização do trabalho Introdução Posto de trabalho É o local definido e delimitado para a realização de uma atividade qualquer. Esse local deve ter tudo que é necessário para o trabalho: máquinas, bancadas, material, ferramenta, instalações etc. Num posto de trabalho, podem trabalhar uma ou mais pessoas. A organização do espaço do posto de trabalho é de grande importância para se obter produtividade, ou seja, para se produzir mais, com menos esforço, tempo e custo, sem perda da qualidade. Para essa organização, é valiosa a técnica baseada nos princípios de economia de movimentos. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Posto de Trabalho é o local onde um trabalhador ou equipa de trabalhadores realiza uma tarefa cuja tecnologia é característica, servindo-se para isso de uma ou mais máquinas, ou ferramentas adequadas e dispondo de: 1º - Área para as máquinas; 2º - Área para a armazenagem dos materiais a entrar e dos produtos saídos do posto; 3º - Área para a realização do trabalho com mobilidade tão fácil quanto possível; 4º - Área para acessos fáceis dos dispositivos de comando, manobra e segurança e ainda aos meios de circulação geral de pessoal e materiais; 5º - Armários para arrumação de ferramentas e acessórios. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO O Posto de Trabalho pode ser fixo ou móvel, dependendo esta característica do ramo da tecnologia a que pertence. Em metalomecânica, por exemplo, é geralmente fixo e o seu principal elemento é a máquina; em serralharia civil ou caldeiraria o posto de trabalho é pelo contrário, normalmente móvel, sendo o homem o seu principal elemento. Assim, quando falamos em serralharia civil ou em caldeiraria referimo- nos ao local onde um homem ou uma equipa de homens realizam a tarefas de construções metálicas, servindo-se para isso de várias máquinas; calandras, prensas, quinadeiras, guilhotinas, máquinas de soldar, etc., e de várias ferramentas manuais. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Podemos então concluir que: O posto de trabalho, ou ambiente físico, pode ser definido como o local onde um individuo desenvolve a sua atividade profissional. O posto de trabalho, ou ambiente físico, pode favorecer ou dificultar a execução do trabalho, podendo os seus componentes ser fonte de: ▪ Insatisfação ▪ Desconforto ▪ Sofrimento ▪ Doenças Ou proporcionarem uma sensação de conforto e segurança Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Diz-se que um Posto de Trabalho é «racionalizado» tendo em conta: A disposição das máquinas As áreas de trabalho As áreas de passagem Os armários, estantes, etc. As ferramentas e acessórios a utilizar no trabalho estão científica e racionalmente estudados para a realização das tarefas a executar nesse ponto. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Quando, num Posto de Trabalho racionalizado: O trabalhador ou trabalhadores que nele trabalham estão perfeitamente instruídos quanto aos meios postos à sua disposição pela racionalização, empregam esses meios suficientemente treinados em processos operatórios também cientificamente estabelecidos para cada tarefa que executam. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Importância da ergonomia no trabalho A ergonomia é definida como o estudo da relação entre o Homem e o trabalho. O seu objetivo é eliminar o desconforto dos colaboradores e reduzir o risco de lesões em contexto laboral. Portanto, a ergonomia no trabalho tem como propósito, o alcance de conforto e aumento da produtividade, nas organizações. Através de técnicas para simplificar e tornar mais confortáveis algumas atividades diárias, a ergonomia permite o bem-estar e a comodidade durante o dia de trabalho. O foco principal desta ciência é melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças associadas a posturas incorretas por longos períodos de tempo e esforço constante. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Importância da ergonomia no trabalho A ergonomia no trabalho é igualmente importante em casa ou no escritório. Através desta, podem ser aplicadas diferentes técnicas que, a curto e a longo prazo, influenciam a postura e a relação das pessoas com o trabalho, reduzindo a probabilidade de desenvolver problemas de saúde graves. O objetivo da ergonomia é simples: promover exercícios e métodos de prevenção para proteger a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Acima de tudo, a ergonomia no trabalho é uma grande aliada à tua saúde. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Qual o impacto da ergonomia no trabalho? A ergonomia no trabalho consiste na adaptação do espaço às necessidades de cada colaborador. Deve proporcionar conforto e prevenir doenças profissionais. Aplicando medidas de correção de postura e potenciando um ambiente agradável e ergonómico, a qualidade de vida será superior. No entanto, as empresas devem desenvolver ações conjuntas que beneficiem os colaboradores e os sensibilize para a importância da ergonomia. Sendo que, ao apostarem na formação e sensibilização das pessoas para a importância da ergonomia e formas corretas de deslocação e manuseamento de materiais, a probabilidade de ocorrerem acidentes no trabalho, é significativamente menor Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Consequências da falta de ergonomia no trabalho: – Dores nas costas e pescoço – Cefaleia – Fadiga – Problemas de visão – Lesão por esforço repetitivo – Tendinites – Stress – Ansiedade – Falta de energia – Má postura Certamente já sentiste algum destes sintomas de desconforto, ao longo de um dia de trabalho. É aqui que entra a ergonomia, como solução para ajudar a combater estes problemas. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Benefícios da ergonomia no trabalho: – Previne doenças ocupacionais – Reduz o risco de acidentes no trabalho – Melhora a produtividade – Aumenta a satisfação dos trabalhadores – Une colaboradores que pratiquem ginástica laboral em conjunto – Potencia um ambiente leve e positivo – Incrementa a saúde mental – Melhora a qualidade de vida – Melhora a aparência física – Corrige a posição da coluna vertebral – Diminui a tensão e dores nas costas e pescoço – Fortalece a saúde e impulsiona o bem-estar Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Como é que se pode aplicar a ergonomia no trabalho? Existe um conjunto de técnicas e estratégias a adotar que permitem aumentar o conforto e ter uma postura ergonómica no trabalho: 1. Define um local de trabalho confortável e ergonómico Se costumas trabalhar no sofá ou na cama, aconselhamos-te a abandonar esse hábito. Uma secretária com espaço para o teu computador e materiais e uma cadeira confortável. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Como é que se pode aplicar a ergonomia no trabalho? (Cont.) 2. Mantém o teu ambiente leve e organizado Ter um ambiente leve e limpo vai diminuir a probabilidade de te desconcentrares e elimina a sensação de tensão e desconforto. 3. Tem atenção à posição dos equipamentos A posição do monitor tem um grande impacto na saúde da tua visão e coluna. O monitor deve estar posicionado ao nível dos olhos, entre 40 a 75cm dos olhos. Assim, estarás também a prevenir a sensação de “vista cansada”. Em certos casos pode ser aconselhado o uso de óculos. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Como é que se pode aplicar a ergonomia no trabalho? (Cont.) 4. Ilumina o espaço Uma área de trabalho bem iluminada não só aumenta a boa disposição, como contribui para o cuidado da tua visão. Opta pela luz natural, sem que esta incida diretamente no monitor. A posição ideal é ter a mesa perpendicular à janela. Candeeiros e iluminação artificial também são essenciais. Recomenda-se a utilização de luz branca e fria, uma vez que estimula a concentração. 5. Ventila e areja o espaço Devido ao elevado tempo passado entre quatro paredes é importante, de vez em quando, renovar o ar. Um espaço bem ventilado contribui para uma sensação de conforto e potencia a energia para o trabalho. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Como é que se pode aplicar a ergonomia no trabalho? (Cont.) 6. Corrige a tua postura Uma boa postura no trabalho contribui para a saúde, bem estar e produtividade. A posição do corpo deve basear-se numa postura correta dos joelhos, quadris, cotovelos, pescoço e coluna. Os joelhos, quadris e cotovelos devem formar um ângulo de 90º, aproximadamente. Os pés, antebraços e coluna devem estar bem apoiados, para que as restantes partes do corpo fiquem alinhadas corretamente e sem esforço. Relaxa os ombros, senta-te confortavelmente e de forma correta e estás pronto para começar a trabalhar de forma produtiva e segura para a tua postura. Organização do trabalho 1. ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO Como é que se pode aplicar a ergonomia no trabalho? (Cont.) 7. Faz pausas É aconselhável fazer pausas ao longo do dia, de curta duração. Fazer pausas regulares ao longo do dia permitem a circulação do sangue e a ativação dos músculos. Nessas pausas podes aproveitar para te exercitar, fazer alongamentos ou deslocar-te até outra divisão. Aproveita, ainda, para descansar a visão, evitando aparelhos eletrónicos durante as pausas. Para facilitar a implementação de pausas podes colocar alarmes no smartphone ou elaborar um cronograma. 8. Exercita e faz alongamentos O segredo para uma postura exemplar está escondido no fortalecimento dos músculos. Exercícios que fortaleçam os músculos das costas e abdominais, bem como alongamentos, podem ter um impacto drástico na correção da postura e diminuição de dores corporais. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Importância do Estudo do posto de trabalho Sendo o Posto de Trabalho a mais pequena unidade tecnológica que concorre para a produção, dele depende como é evidente: o A qualidade o O prazo de entrega o O custo É no Posto de Trabalho, pela utilização de boas técnicas e economizando materiais, energia e tempo que se consegue melhorar os três pontos acima enunciados. É frequente, através do estudo do Posto de Trabalho, obterem-se melhorias de 100 % nas produções o que nos mostra a importância do seu estudo. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Importância do Estudo do posto de trabalho O estudo do Posto de Trabalho pode abranger os seguintes campos: o Movimentos o Tempos o Ferramentas o Processo tecnológico Duma maneira geral podemos dizer que se estuda o método operatório. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Importância do Estudo do posto de trabalho No estudo de um Posto de Trabalho há que escolher uma ordem tendo em vista os seguintes pontos: o A rentabilidade do estudo o A facilidade em atingir uma solução o A urgência da solução o O lado espetacular da solução há quase sempre na oficina pessoas a convencer da necessidade da organização. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Importância do Estudo do posto de trabalho Por isso há que analisar: o Se há ou não postos da mesma espécie o Se a qualidade obtida é má o Se o volume de sobras ou de peças inutilizadas é importante o Se há gargalos o Se o consumo de ferramentas é demasiado o Se há acidentes frequentes o Se o pessoal se fatiga demasiado Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Escolha de Soluções A escolha de soluções e o estabelecimento de novos métodos guiar-se-ão pela experiência profissional dos técnicos que trabalham nos postos de trabalho específicos. A organização do exposto deverá ser a seguinte: ▪ Movimento contínuo de materiais, (seguindo trajetórias o mais curtas possíveis e sem retornos). ▪ Meios de manutenção adequados. ▪ Princípios de economia de movimentos no posto de trabalho. ▪ Princípios de adaptação do homem à máquina. ▪ Fatores de ambiente. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Escolha de Soluções Os estudos que envolvem o melhoramento dum posto de trabalho fazem nascer numerosas questões: 1. exame crítico do produto 2. nível de cada peça destacada 3. fabricação propriamente dita 4. meios de execução Normalmente agrupam-se estas questões em listas de controlo. Elas formam um auxiliar de memória que tem a vantagem de obrigar a passar em revista os diversos aspetos do ponto e do modo operatório. Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Escolha de Soluções Os princípios de organização que permitem encontrar soluções para novos métodos normalmente são os seguintes: 1º Os movimentos inúteis deverão ser eliminados; 2º Os movimentos devem ser da categoria mais pequena possível, pondo apenas em jogo uma massa muscular proporcional ao esforço pedido; 3º A energia despendida para manter a posição do corpo deve ser reduzida ao mínimo; Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Escolha de Soluções Os princípios de organização que permitem encontrar soluções para novos métodos normalmente são os seguintes: (Cont.) 4º Os movimentos das duas mãos devem ser tanto quanto possível simétricos e simultâneos; 5º As peças e ferramentas devem estar dispostas por tal forma que possam ser facilmente apanhadas e postas no lugar; 6º As mãos devem ser libertadas de todo o trabalho que possa ser feito pelos pés ou outra parte do corpo; Organização do trabalho 2. RACIONALIDADE DOS MEIOS TÉCNICOS E HUMANOS Escolha de Soluções Os princípios de organização que permitem encontrar soluções para novos métodos normalmente são os seguintes: (Cont.) 7º A gravidade deve ser utilizada para a alimentação e evacuação; 8º Os dispositivos mecânicos devem ser utilizados sempre que possam facilitar o trabalho; 9º Os movimentos devem ser naturais; 10º Num trabalho repetitivo, o ritmo é essencial para uma execução rápida e sem fadiga. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos Esses princípios orientam procedimentos para reduzir movimentos do profissional e aumentar a produtividade. A idéia básica desses princípios é a de que não se deve fazer nada que seja desnecessário. Normalmente, esses princí- pios são empregados em trabalhos contínuos, manuais e em pequenas montagens. De acordo com tais princípios, o trabalho deve ser organizado com base nas seguintes idéias: 1. Uso de músculos adequados Deve haver concordância entre o esforço a ser feito e os músculos a serem utilizados num trabalho físico. Pela ordem, devemos usar os músculos dos dedos. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos Se estes não forem suficientes para o esforço despendido, vamos acrescentando a força de outros músculos: do punho, do antebraço, do braço e dos ombros. Essa quantidade de músculos deve ser usada de acordo com a necessidade: nem mais, o que seria desperdício de energia; nem menos, porque a sobrecarga de um só músculo pode causar problemas sérios ao trabalhador. Quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta numa determinada altura, ele deve usar os músculos dos dedos mais os músculos dos punhos. Se utilizasse também o antebraço, estaria fazendo esforço desnecessário. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 2. Mãos e braços As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-se organizar o trabalho de modo que ele possa ser realizado com as duas mãos ou os dois braços num mesmo momento e em atividades iguais. Se, por exemplo, temos de colocar uma porca num parafuso, dar meia-volta na porca e colocar a peça numa caixa de embalagem, devemos fazer esse trabalho com as duas mãos e os dois braços. Numa empresa, esse tipo de trabalho pode ser feito de modo rápido e eficiente pelo trabalhador, desde que se façam as adaptações necessárias no posto de trabalho e que o trabalhador passe por um treino. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 2. Mãos e braços Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 3. Movimentos curvos Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínuas, isto é, sem paradas e, se possível, de forma combinada. Um exemplo de movimento em curvas é o de encerar que, em vez de vaivém, deve ser feito em círculos contínuos. Um exemplo de movimento combinado é o que fazemos quando pegamos num parafuso com as mãos e o seguramos de modo que sua posição fique adequada para encaixá-lo num furo. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 4. Lançamentos Quando necessitamos transportar coisas, poderemos lançá-las em vez de carregá-las, se a distância assim o permitir. Esse lançamento deve seguir uma trajetória chamada balística porque descreve uma curva igual ao caminho que faz uma bala disparada de uma arma de fogo. É o que fazem os pedreiros Ao usarem pás para lançar areia de um local para outro. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 5. Ritmo O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamos uma longa distância, devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar. Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente. Ao serrar uma barra de aço de bitola fina, por exemplo, com uma serra manual, o movimento de vaivém deve ter um ritmo normal. Um movimento excessivamente rápido, além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte malfeito, sem boa qualidade. Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito cansaço. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 6. Zonas de trabalho É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão das mãos do trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentar o corpo. No plano horizontal, temos a chamada zona ótima, adequada para a realização de tarefas mais precisas, em que são movimentados os dedos e os punhos. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 6. Zonas de trabalho Quando usamos dedos, punho e antebraço na execução de um trabalho, estamos usando a zona normal, conforme ilustra a figura abaixo. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 6. Zonas de trabalho A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada zona máxima. Além desse limite, não é recomendável a realização de nenhuma tarefa. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 6. Zonas de trabalho Todas as ferramentas, materiais, botões de comando e pontos de operação devem estar sempre colocados nessas áreas, seguindo, se possível, a sequência: zona ótima, zona normal, zona máxima. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 7. Altura do posto de trabalho A altura do posto de trabalho é um dos aspetos importantes para manter o conforto do trabalhador e evitar cansaço. Sempre que possível, a pessoa deve ter liberdade para trabalhar em pé ou sentada, mudando essas duas posições de acordo com sua disposição física. Portanto, as máquinas e bancadas devem ter altura adequada à altura do trabalhador para ele trabalhar em pé. Para seu conforto, deve haver um assento alto, regulável, que lhe possibilite trabalhar sentado. No entanto, existem trabalhos que só podem ser feitos com o trabalhador sentado, como é o caso dos motoristas, e trabalhos que só podem ser feitos em pé, como é o caso dos cozinheiros à frente do fogão. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 7. Altura do posto de trabalho Em cadeira alta, o trabalhador precisa ter um apoio para os pés, de modo que haja facilidade de circulação do sangue pelas coxas, pelas pernas e pelos pés. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 8. Um lugar para cada coisa Deve haver sempre um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar sempre no seu lugar. Pondo isso em prática, evitam-se fadiga, perda de tempo e irritação por não se encontrar o que se necessita. Um exemplo desse princípio de ordem e organização é o dos quadros de oficinas mecânicas, que apresentam contornos das ferramentas a fim de que cada uma volte sempre ao seu local. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 9. Objetos em ordem Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se, numa sequência de operações, se usam ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem da sequência de uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso mais frequente devem ficar mais próximos. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 10. Uso da força da gravidade A força da gravidade faz com que os corpos sejam atraídos para o centro da Terra. Deve ser aproveitada para pequenos deslocamentos, como é caso de abastecimento e retirada de materiais. A sua bancada, por exemplo, pode ter uma calha para receber peças ou transportá-las para outro posto. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 11. Fatores ambientais Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para aumentar a produtividade e assegurar a qualidade do produto ou serviço que está sendo feito. Esse assunto será estudado com mais detalhes no item Segurança no trabalho. 12. Ferramentas As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho. Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar uma porca com chave de boca com tamanho e tipo apropriados. Seria incorreto usar um alicate. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos 13. Ferramentas combinadas Podemos utilizar combinações de ferramentas, desde que não criem risco de acidentes. É o caso do canivete de pescador, que tem lâmina de corte, abridor de latas, de garrafas etc. É o caso, também, da chave de bicicleta, que retira diferentes tipos de porcas e serve como chave de fenda. 14. Acessórios astuciosos Alguns acessórios úteis são inventados para aumentar o rendimento das máquinas e para proporcionar maior segurança para quem trabalha. Exemplos disso são os encostos, gabaritos, suportes, guias. São acessórios conhecidos como astuciosos porque são feitos por quem tem astúcia, ou seja, esperteza. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Princípios de economia de movimentos Conclusão Ao aplicar muitos desses princípios de economia de movimentos, consegue-se facilmente, apenas com pequenas modificações, grande aumento de produtividade no trabalho manual. São coisas que podemos fazer e que, na maioria das vezes, só dependem de nós. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Resumo São inúmeros os casos aos quais podem ser aplicadas as técnicas constituintes do estudo dos métodos. Em qualquer local de trabalho onde circulem materiais ou onde sejam executados trabalhos manuais, estas técnicas poderão ser utilizadas para melhorar os métodos de trabalho, aumentando a produtividade. O modo como o trabalhador emprega o seu esforço e a fadiga que daí resulta exercem na sua produtividade uma influência primordial. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Quando a natureza do trabalho é essencialmente manual, deveremos concentrar a nossa atenção na simplificação do método de trabalho, fazendo com que os movimentos sejam tão poucos e fáceis quanto possível. o As mãos devem estar livres de todo o trabalho que consiste em “segurar” e que possa ser efetuado por um escantilhão, uma montagem, um suporte ou um dispositivo de aperto, etc. o Devem combinar-se duas ou várias ferramentas numa só, sempre que possível. o Os punhos das manivelas, das chaves de fendas, das limas etc. devem oferecer a máxima superfície de contacto com a mão. Esta consideração é particularmente importante sempre que o punho suporte um esforço considerável. o As alavancas e volantes devem estar situados de tal maneira que o executante as possa manipular com um deslocamento mínimo do corpo e com o melhor “rendimento” possível. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS As Figuras 1 e 2 representam as zonas de trabalho normal e máxima de um trabalhador de estatura média. Sempre que possível, deve evitar-se a colocação de objetos imediatamente à frente do executante, pois o movimento de extensão em frente é um motivo de esforço para os músculos dorsais, sendo, portanto, uma fonte de fadiga. Figura 1 - Exemplo de zonas de trabalho normal e máxima Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Figura 2 - Exemplo de zonas de trabalho normal e máxima Se repararmos na quarta regra da economia de movimentos na utilização do corpo humano, veremos que existe uma referência à classe dos movimentos. Organização do trabalho 3. ECONOMIA DE MOVIMENTOS Esta classificação tem por base a parte do corpo que serve de eixo aos movimentos. CLASSE EIXO ÓRGÃOS EM MOVIMENTO 1 Junta do dedo Dedo 2 Pulso Mãos e dedos 3 Cotovelo Antebraço, mãos e dedos 4 Ombro Braço, antebraço, mão e dedos 5 Tronco Tronco, braço, antebraço, mão e dedos Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Nos dias de hoje, a Produtividade é a palavra de ordem dos governos, industriais, economistas, financeiros, etc., de todas as nações, por representar o mais fiel índice do desenvolvimento técnico de um país ou duma empresa. Baixa produtividade, boa produtividade, alta produtividade, traduzem a situação real da produção e da eficiência atingida na indústria, na agricultura, no comércio, nos serviços públicos e de um modo geral, nas diferentes atividades humanas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Em qualquer linha de produção, os equipamentos que a constituem devem ser sempre instalados em áreas de trabalho limpas e desimpedidas, onde haja espaço suficiente para um correto posicionamento dos equipamentos de produção, e onde seja fácil a manobra e manuseamento de peças e componentes sem que, por exemplo, estejam constantemente a chocar com paredes, pilares, vigas ou outros equipamentos adjacentes. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE É importante criar condições quando se vai instalar um equipamento, para que todo o conjunto de cablagens e ligações fiquem devidamente protegidos, pois é frequente observar-se os cabos elétricos passando pelo chão das oficinas e por vezes, ainda mais grave, de forma totalmente desprotegida, sujeitando-os, deste modo, a possíveis esmagamentos e cortes dos isolamentos facilitando a ocorrência de acidentes Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE A produtividade pode ser definida como sendo a relação existente entre produto obtido e a quantidade de recursos utilizados para o efeito. Esta definição pode ser aplicada, segundo os casos, a uma empresa de serviços, a uma unidade industrial ou ao conjunto de toda a economia, portanto, no sentido que aqui é utilizado, a produtividade não é mais do que a relação aritmética entre quantidade do produto e a quantidade dos recursos utilizados na sua produção. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Estes recursos podem ser: ▪ Matérias ▪ Instalações ▪ Máquinas e ferramentas ▪ Atividade do homem Geralmente estes quatro recursos são combinados em proporções variáveis. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Verificar que a produtividade da mão-de-obra, por exemplo, da terra, das matérias ou das máquinas numa empresa, numa indústria ou num país aumentou, nada nos diz quanto às razões desse aumento. O aumento da produtividade da mão-de-obra, por exemplo, pode ser devido a uma melhor organização do trabalho por parte da direção ou à instalação de maquinaria mais moderna. Um aumento de produtividade das matérias pode ter origem numa maior perícia dos colaboradores ou numa melhor conceção dos produtos fabricados, etc. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Seguem-se alguns exemplos que ajudarão a precisar o significado do termo produtividade: a) Produtividade da terra Se a utilização de melhores sementes, de melhores métodos de cultura e de maior quantidade de fertilizante permitir obter, de um hectare de terra, três quintais de trigo em vez de dois, a produtividade da terra, do ponto de vista agrícola, terá aumentado 50%. Poderá dizer-se que a produtividade da terra utilizada para fins industriais aumentou se a produção de bens ou serviços, realizada no terreno em questão, foi aumentada por qualquer meio. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE b) Produtividade das matérias Quando um alfaiate hábil consegue cortar onze fatos completos de uma peça de tecido da qual um alfaiate menos experiente só consegue cortar dez, pode dizer-se que o primeiro obteve da peça uma produtividade 10% superior. c) Produtividade das máquinas Se uma máquina-ferramenta que produzia cem peças por dia consegue produzir cento e vinte, graças ao uso de melhores ferramentas de corte, a sua produtividade terá aumentado 20%. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE d) Produtividade da mão-de-obra Se um oleiro, adotando um novo método de trabalho, eleva a sua produção horária de trinta para quarenta pratos, a sua produtividade terá aumentado 33,3%. Em todos estes exemplos, deliberadamente simples, o produto (ou a produção) aumentou percentagem idêntica à da produtividade, mas um aumento da produção não implica, necessariamente, um aumento da produtividade. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Se o volume dos recursos utilizado aumenta proporcionalmente ao crescimento da produção (nesse caso estaremos a produzir mais à custa de um maior número de recursos utilizados), a produtividade permanece inalterável. Se o volume dos recursos utilizados aumenta numa percentagem superior à da produção, tal implicará, obrigatoriamente, uma descida da produtividade (imagine-se o caso de um colaborador a efetuar horas extraordinárias: a sua produtividade poderá baixar devido, por exemplo, à fadiga), numa palavra, elevar a produtividade significa produzir mais com o mesmo consumo de recursos. O aumento da produtividade é o grande objetivo de todas as empresas, sendo também, um objetivo global de toda e qualquer economia. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE A forma de aumentar a produtividade tem a ver com numerosos fatores, desde os fatores humanos, passando pelos equipamentos, instalações, matérias-primas, métodos de trabalho, etc., pelo que é necessário um exame cuidadoso de todos os recursos postos à disposição da empresa, de forma a garantir que todos eles são convenientemente utilizados, só desta forma, se conseguirá um aumento da produtividade global da empresa, atuando conjuntamente nas diversas frentes, pois não chega melhorar determinados pontos, se continuarem a existir falhas noutros locais. Esta preocupação deverá ser de todos os sectores da empresa, e não apenas de quem a dirige, pois, normalmente em todos os locais é possível efetuar algumas mudanças, por muito pequenas que sejam, mas que, quando tomadas no seu conjunto, terão uma grande importância no desempenho de toda a empresa. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho A simplificação do trabalho constitui outro meio que favorece diretamente a produtividade. Essa simplificação se relaciona com a melhoria de um método de trabalho, seja ele de natureza científica ou simplesmente surgido da prática. Simplifica-se com o objetivo de aumentar a produtividade. Para isso, o método passa por alterações de modo que o trabalho se torne: l MAIS SIMPLES l MAIS BARATO l MAIS RÁPIDO l MENOS FATIGANTE l MENOS PERIGOSO l MENOS POLUIDOR l COM MELHOR QUALIDADE Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Na técnica de simplificação do trabalho são usados os próprios recursos humanos e materiais da empresa e poucos recursos financeiros. Para a melhoria de método de trabalho, a simplificação dá resultados altamente compensadores. Essa melhoria só modifica o método existente e não pode modificar as características de projeto ou processos que são da competência de outro departamento. Isto, no entanto, não impede que demos sugestões. Como a simplificação do trabalho se liga ao modo ou método de trabalho, é necessário saber o que se entende por modo ou método de trabalho. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Método de trabalho Se um trabalho simples for distribuído a diversas pessoas sem que se indique a elas o método a ser usado, talvez cada pessoa use um modo diferente para fazer sua tarefa. Como consequência, os trabalhos poderão ser feitos em tempos diferentes, com custo e qualidade variados. O que lhes falta, então, é um método de trabalho. Método de trabalho é um conjunto de princípios, procedimentos e técnicas, adotado para se fazer algo, ou a maneira como se trabalha. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Método de trabalho Imaginemos que dois indivíduos tenham de transportar lingotes de alumínio do almoxarifado para o forno. Um indivíduo pode fazer o transporte pegando um lingote com cada mão e colocando-os num carrinho. O carrinho é empurrado até próximo ao forno e os lingotes são empilhados. Já o segundo indivíduo decide apanhar dois lingotes de cada vez, puxando o carrinho e empilhando os lingotes, aos poucos, perto do forno. São dois métodos diferentes de trabalhar, e um deles deve ser mais adequado à produtividade. É preciso analisar e estudar os dois métodos para identificar as vantagens de cada um. Com esse estudo, é possível chegar ao melhor método ou forma de fazer o trabalho, ou seja, um modo de trabalhar que seja simples, rápido e produtivo. É o que se chama de método simplificado de trabalho. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Método de trabalho Para adotar um método simplificado de trabalho, é necessário que as pessoas sejam treinadas no seu uso, até se acostumarem com ele e trabalharem de forma entrosada. A duração do treinamento vai depender dos operários e do nível de dificuldade das mudanças feitas. No início, o emprego de um novo método de trabalho pode causar dificuldades. Isto é normal porque toda mudança na forma de trabalho exige tempo e força de vontade para os operários se adaptarem ao novo método. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Método de trabalho É importante que todos os operários usem o mesmo método para racionalizar o trabalho, ou seja, com economia de esforços, de tempo e de materiais, sem prejuízo da qualidade. Convém lembrar que a simplificação do trabalho liga-se diretamente ao método de trabalho com o objetivo de que ele fique melhor para se alcançar maior produtividade. Portanto, quando vamos simplificar um trabalho, só vamos modificar o modo como se trabalha. Apesar de a troca de equipamentos velhos, a revisão de projetos etc. serem procedimentos necessários para aumento da produtividade, esses procedimentos não podem ser incluídos na técnica da simplificação do trabalho porque, como já vimos, eles vão interferir nas atividades de outros departamentos. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Simplificando o trabalho Método de trabalho Plano para simplificação do método de trabalho Vamos tomar como exemplo a fabricação de caixas de madeira para embalagem, na seção de marcenaria de uma empresa. As partes de madeira já vêm cortadas, de outro setor, nas medidas exatas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho Método em uso Pega-se o fundo e uma lateral maior da caixa, fixando-as com três pregos. Em seguida, pega-se a outra lateral maior, que é também pregada com três pregos. Depois são colocadas as laterais menores, pregando cada uma com dois pregos. Finalmente, é colocado o tampo com três pregos nos lados maiores e dois pregos nos lados menores. Esses pregos são cravados levemente (apontados) e não profundamente, para serem retirados facilmente quando a caixa for usada como embalagem. Depois os pregos serão cravados totalmente. Em seguida, as caixas são empilhadas num carrinho, colocado ao lado esquerdo da bancada. Quando cheio, o carrinho é transportado para a expedição e substituído por outro carrinho vazio.. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho MATERIAIS: l Fundo de madeira e tampo de madeira: 400 ´ 300 mm l Lado menor de madeira: 280 ´ 200 mm l Lado maior de madeira: 400 ´ 200 mm l Pregos sem cabeça l Espessura da madeira: 10 mm FERRAMENTA: l Martelo de orelha EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: l Luvas de malha l Óculos de proteção Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho Para facilitar a melhoria do método em uso nesse trabalho, vamos utilizar um plano simples mas de resultados surpreendentes, bastando, para isso, seguir os passos indicados: Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 1. Observar l Verificamos que as laterais, tampos, fundos e pregos são abastecidos, continuamente, por um ajudante do próprio setor; l O mesmo ajudante é quem retira o carrinho cheio de caixas prontas. Ele leva-as à expedição e volta com o carrinho vazio; l Observamos que, às vezes, falta matéria-prima, o que acarreta interrupção de produção por alguns minutos; l Os carrinhos, às vezes, saem com excesso de carga e não são substituídos por outro carrinho vazio, quando um cheio é transportado. l Em cada caixa são usados 28 pregos. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 1. Observar (Cont.) As partes das caixas, menos os pregos, estão colocadas na bancada, fora do alcance máximo das mãos, o que obriga o operador a dobrar-se para fazer a caixa. A altura da bancada é de 750 mm em relação ao piso. Por isso, o trabalhador precisa se abaixar muito para colocar as primeiras caixas prontas no carrinho. Além disso, o trabalhador só pode trabalhar de pé porque não há cadeira para ele se sentar. Este primeiro passo é o de observar. Devemos observar toda a sequência do método de trabalho usado, anotando detalhes, desde quando a matéria-prima ou o produto semiacabado chega ao seu posto de trabalho até como eles são retirados e transportados para outros postos. Observe, portanto, os detalhes que você acha importantes para depois os analisar. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 2. Dividir o método TRABALHO DE GRUPO Neste passo deve se registrar todos os movimentos do trabalhador para fazer a caixa (já efectuado) Ao lado de cada movimento registrado, indiquem, se for o caso, o que deve ser modificado, de modo a simplificar o método de trabalho. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 2. Dividir o método TRABALHO DE GRUPO (Cont.) Como vocês vêm no exemplo, o modo como o trabalhador faz a caixa é descrito de uma maneira simples, mas bem detalhada e na sequência dos acontecimentos. Essa descrição permite uma visão clara para que vocês possam simplificar o trabalho. As ideias para melhorar o método são anotadas ao lado de cada movimento registrado. Use uma linguagem que vocês entendam. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 2. Dividir o método TRABALHO DE GRUPO (Cont.) Também devem observar e registrar outros aspetos do trabalho, como, por exemplo: l manejo de ferramentas l manejo de matéria-prima l trabalho de máquina l trabalho manual Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 3. Criticar Após descrever o método em uso, vamos criticá-lo, isto é, fazer perguntas a nós mesmos e tentar responder a elas: l Por que pegar prego tantas vezes? l É possível fazer melhor? l A sequência do trabalho pode ser outra? Podem ainda fazer outras perguntas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 3. Criticar Criticar significa colocar em dúvida como está sendo feito o trabalho para que ele possa ser melhorado. Adote uma atitude interrogativa, isto é, levante questões para cada movimento que foi registrado no quadro de descrição de movimentos. Tente responder às questões, colocando em dúvida a necessidade de cada movimento. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 3. Criticar As perguntas podem ser: l Por que é feito? l É necessário fazê-lo? l Seria possível fazer melhor? l Por que nesta quantidade? l Por que sou eu que faço? l Sou suficientemente competente? l Preciso ser mais treinado? l Por que é feito no meu posto de trabalho? l Não poderia ser feito antes? Ou depois? l Não poderia ser feito com outra tarefa? l Por que é feito desse jeito? l Por que é feito com esses meios? Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 3. Criticar SERIA POSSÍVEL FAZER MELHOR? Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 3. Criticar Em resumo, as perguntas são feitas para responder ao seguinte: O que deve ser feito? Onde? Quando? Por quê? Como? Com quem? Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Depois de observar, registrar e criticar o modo como as caixas são feitas, você já tem condições para melhorar esse modo de trabalhar. Para isso, é precisoidentificar que modificações devem ser feitas. Por exemplo: Eliminar movimentos, - Reduzindo o número de vezes que se pega pregos e que se pega e deixao martelo sobre a bancada. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Outras modificações para a simplificação do trabalho: Combinar: Pegar as laterais menores e depois, as maiores. Redispor: Colocar as laterais maiores e menores antes de colocaro fundo da caixa. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Outras modificações para a simplificação do trabalho: Melhorar: Acessórios astuciosos ❑ Providenciar um cepo de madeira do tamanho interno da caixa para facilitar a montagem das laterais. O cepo deve ter abas com ranhuras para encaixe das laterais. Por baixo do cepo deve haver um eixo que possibilite o conjunto girar sobre a bancada. ❑ Colocar os pregos a uma distancia mais próxima da montagem das caixas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Outras modificações para a simplificação do trabalho: Zonas de trabalho: ❑ Colocar a matéria-prima ao alcance dos braços. ❑ Levantar a bancada até a altura correta (aproximadamente, à altura do umbigo de um homem em pé)e providenciar um assento alto com apoio para os pés eencosto para as costas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Outras providências para simplificar e melhorar o trabalho: ❑ Determinar quantias mínimas de materiais (ex. 8 unidades) de cada parte da caixa para solicitar mais materiais. Quando o trabalhador verificar que só há 8 unidades, deve avisar ao abastecedor, colocando um cartão vermelho sobre a bancada. Quando o carrinho estiver quase cheio, faltando5 caixas para completá-lo, avisar o encarregado por meios de um cartão amarelo, para retirar o carrinho e deixar outro carrinho vazio. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Outras providências para simplificar e melhorar o trabalho: ❑ Mudar o carrinho para o lado direito e construir uma rampa em madeira (as caixas são leves). A rampa facilita a tarefa do trabalhador de modo que ele não precise se abaixar. Com estas ideias postas em prática, elaborem, agora, um novo método, reduzido, de procedimentos. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método COMBINE. REDISPONHA. COMBINAR OU MELHORE...! Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Como, a partir da análise crítica, foi possível elaborar um novo método. Foram verificadas todas as possibilidades para o simplificar usando a seguinte ordem de importância: 1º - Eliminar tudo aquilo que não acrescenta valor ao produto. Por exemplo: O transporte. Se ele não faz falta nenhuma, deve ser eliminado. 2º - Combinar detalhes entre si. Ao apanhar um parafuso com as mãos, combina-se o movimento, pegando, também, anilhas e porcas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Como, a partir da análise crítica, foi possível elaborar um novo método. Foram verificadas todas as possibilidades para o simplificar usando a seguinte ordem de importância: 3º - Redispor as operações mudando a sua sucessão para outra mais racional. Por exemplo: Uma operação de furar um material é feita logo no início de cada ciclo de trabalho e a de escarear no seu final. Podemos redispor essa atividade furando e, em seguida, escareando o material. 4º - Melhorar o método usando criatividade, as técnicas já conhecidas de simplificação do trabalho, os princípios de economia de movimentos etc. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 4. Elaborar o novo método Em resumo: ✓ Desenvolva suas próprias ideias, discutindo-as com outras pessoas. ✓ Descreva o novo método, por escrito, dizendo quais as pessoas que o ajudaram. ✓ Faça a medição do tempo. ✓ Faça novas medidas de distâncias, se as distâncias anteriores foram modificadas. ✓ Compare os resultados com o método anterior. ✓ Faça experiência do novo método. ✓ Verifique se houve interferências não autorizadas no projeto ou processo. ✓ Veja se todos os fatores para alcançar a produtividade foram consideradose equilibrados. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 5. Aplicar o novo método Só depois de mostrar aos colegas e superiores as vantagens do novo métodoa ser posto em prática, se dará inicio à sua aplicação. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 5. Aplicar o novo método Outras medidas, ainda, devem ser tomadas, como: ▪ Fazer o cepo giratório e a rampa para os carrinhos, a serem colocados no lado direito da bancada. ▪ Aumentar as “pernas” da bancada, para ela se tornar mais alta, e colocar um apoio para os pés. ▪ A cadeira alta foi obtida em outros setores da própria empresa, como, por exemplo, a seção de desenho. ▪ Os sinais para abastecer (cartão vermelho) e retirar carrinho (cartão amarelo), podem ser feitos em cartolina nas respetivas cores, com tamanho de 200 mm * 200 mm para serem vistos com facilidade. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 5. Aplicar o novo método Placa amarela Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 5. Aplicar o novo método Apresentação das vantagens do novo método aos superiores e colegas para que aceitem o método proposto. Mostrando-lhes, por exemplo, como o novo método permite aumentar a produtividade. Terá de haver um certo período para a estabilização do novo método. Este tempo é necessário para que as outras pessoas envolvidas se habituem com os novos movimentos, sequências, posição de trabalho etc. Preparar o posto de trabalho de acordo com as novas ideias. Treinar e exercitar as outras pessoas envolvidas no novo método. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 6. Padronizar Após as providências tomadas, incluindo as modificações necessárias, aguardar uma semana (neste caso) para se familiarize com o novo método. Depois desse período, fazer a medição do tempo gasto para fazer o trabalho (cronometragem final). Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 6. Padronizar Todos os procedimentos contidos no novo método devem ser escritos e arquivados. Verificar, também, se as experiências e os conhecimentos adquiridos podem ser transferidos para outros trabalhos. Eliminar folhas, formulários etc. que não são mais usados. Este trabalho (novo método) escrito poderá servir como base para a elaboração dos manuais de procedimento que são descritos e exigidos na série ISO 9.000. A série ISO 9.000 é um conjunto de normas internacionais que orientam empresas de diversos países em termos de produtividade e competitividade. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 6. Padronizar Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho Exercício Peguem duas canetas simples, tipo esferográfica, destapem-nas e desmontem-nas. Certamente elas se dividirão em tampa, carga e corpo. Coloquem as partes sobre uma mesa, a uma distância situada, no máximo, na sua zona de trabalho normal, e na mesma ordem de desmontagem. Usando um método próprio, monte a caneta novamente. Depois disso, aplique o plano simplificação do método de trabalho, constituído de seis passos: a) Observar: observem o método que vocês usou. b) Dividir o método: dividam e descrevam o método numa folha de papel. c) Criticar: critiquem o método em uso para colocar em dúvida como ele está a ser usado e melhorar o método. d) Elaborar o novo método: elabore o novo método e descreva-o num papel, aplicando os conhecimentos que você já adquiriu sobre simplificação do trabalho. e) Aplicar o novo método: testem o novo método e faça várias montagens para comprovar a eficiência dele. Comparem os resultados obtidos (vantagens). Fazer medidas de tempo antes e depois, isto é, do método antigo e do atual e comparem os dois métodos para verificar se houve melhoria. f) Guardar o papel onde foi anotado o novo método para possíveis usos como, por exemplo, para treino do pessoal. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Desperdícios Se necessitamos de apenas uma pessoa para executar um serviço e colocamos duas, essa segunda pessoa representa um desperdício, pois ela poderia estar a fazer outro trabalho, também importante. Mesmo que as técnicas de simplificação do trabalho sejam aplicadas e os equipamentos sejam os mais modernos e adequados, a melhoria da produtividade será ainda difícil, enquanto houver desperdícios nas fábricas. Desperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitado na execução de alguma coisa. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Desperdícios Pode haver desperdício nas seguintes situações: Estoque em excesso. Espaços mal aproveitados. Energia: máquinas, luz etc. ligados desnecessariamente. Material em excesso: coloca-se um litro de óleo na máquina, quando apenas meio litro seria suficiente. Tempo: precisa-se de apenas uma hora para fazer a tarefa, e ela é feita em duas horas. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Refugos Riscar uma peça metálica para depois usiná-la é a mesma coisa que riscar os contornos de uma figura no papel e depois, com a tesoura, recortar os contornos. Só que, em mecânica, esse corte é realizado por máquinas especiais e o risco é feito com técnica própria. Se, no entanto, houver erros no momento de riscar, a peça toda estará perdida. Ocorrerá perda de dinheiro, tempo, esforços e materiais. Portanto, se erramos ao fazer algo, e se esse erro estraga completamente o que fazemos e não é mais possível corrigi-lo, o material inutilizado passa a constituir um refugo. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Refugos Refugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinas e não serve mais para o que se destinava, passando a ser considerado resto. Pensando em todos esses fatos, podemos concluir que o importante é: Fazer sempre certo, usando todos os nossos esforços para atingir um nível de produção sem nenhum defeito. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Retrabalho Imaginemos uma pessoa que necessita de um cano de água de plástico com o comprimento de 260 mm. Ela apanha uma serra e, sem medir o cano com exatidão, corta-o com o comprimento de 270 mm. Na hora de o encaixar no local, o cano não entra. Torna-se necessário fazer novamente as medidas corretas para novo corte. A nova medição e o novo corte constituem um retrabalho. Retrabalho é fazer novamente o que já foi feito, originando confusão, perda de tempo e prejuízo financeiro. Organização do trabalho 2 AULA 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas CHEGUEI MESMO Retrabalho NA HORA, CHEFE SIM, MAS A ENTREGA NÃO É NESTA OBRA! Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Reflexão Estes três elementos: desperdícios, refugos e retrabalho representam uma parcela muito grande no aumento dos custos dos produtos. É comum uma pessoa comprar algum produto sob encomenda, com preço e tempo de entrega combinados. Entretanto, a encomenda é entregue com atraso e o preço só é mantido porque foi pago com antecedência, mas o fabricante reclama que o preço de custo foi maior do que o que foi pago. Tais fatos, que ocorrem diariamente, podem ser, na maioria das vezes, causados por desperdício, refugos e retrabalho, que aumentam demais o tempo de trabalho e, consequentemente, os custos, prejudicando o empregado, a empresa e o consumidor. Precisamos mudar essa maneira de pensar. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Reflexão Infelizmente, somos campeões em desperdício, refugos e retrabalho, não só nas fábricas como na vida particular. Num estudo feito por uma organização, foram pesadas sobras de alimentos, diariamente, após servir 1.000 refeições aproximadamente. Foi constatado que, em 40 dias, o valor dos restos de alimentos (desperdícios), equivalia ao preço de um carro popular zero quilômetro, ou ao dinheiro necessário para alimentar muitas pessoas famintas. Por isso, devemos nos empenhar numa luta constante e inteligente contra o desperdício, refugo e retrabalho. Organização do trabalho 4. PRODUTIVIDADE Plano para simplificação do método de trabalho 7. Perdas Exercício Coloque à frente de cada alternativa a letra R para o que for refugo, a letra D para o que for desperdício e as letras RT para o que for retrabalho. a) ( ) Um furo grande e uma pessoa tentando colocar um parafuso bem menor. b) ( ) Máquina a funcionar sem nada produzir. c) ( ) Uma torneira que se quebra ao ser fechada. d) ( ) De cada oito frascos de perfume produzidos, dois se quebram. e) ( ) O tintureiro esqueceu o ferro de passar sobre a calça e queimou-a. f) ( ) Faz-se uma parede numa construção e depois quebra-se uma parte para poder colocar uma janela. g) ( ) Numa sala de aula de 20 alunos, existem três professores dando aula. h) ( ) Uma pessoa, enquanto escova os dentes, deixa a torneira aberta. i) ( ) O carro foi todo pintado. Depois verificou-se que havia partes amassadas nos Paralamas. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Qualquer posto de trabalho, inclusive o nosso, está ligado aos demais postos de trabalho, num local qualquer de uma empresa. Esse local pode ser uma área grande ou pequena. Em geral, essa área é coberta e abriga certos tipos de trabalho que estão ligados entre si por apresentarem serviços semelhantes ou completarem o produto fabricado. São denominados setor, departamento ou planta. Nos locais destinados à fabricação, existem homens, máquinas, equipamentos, matérias-primas etc. localizados em determinados pontos que permitem que várias atividades sejam realizadas. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Pensando novamente em produtividade, verifica-se, muitas vezes, um excesso de locomoção de pessoas e movimentação de matérias-primas; produtos semiacabados e produtos acabados, causando transtornos diversos e aumentando os riscos de quebra e acidentes, além de custos e de tempo de produção. A ideia básica da simplificação do trabalho é a de eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao produto, ou seja, tudo aquilo que não melhora ou não transforma o produto e que aumenta custos. O transporte pode ser o tipo de atividade que não tem valor para nada e, nesse caso, é necessária a sua eliminação ou redução. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO A melhor forma de reduzir o transporte entre dois postos de trabalho é a de aproximar os dois postos, o máximo possível. Essa distância mínima entre os dois postos segue uma norma de segurança do Ministério do Trabalho chamada N.R. - normas regulamentadoras. A NR 12 dessa norma diz, resumidamente: Quando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumas partes que se movimentam horizontalmente, como, por exemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquina e qualquer outro posto de trabalho deve estar contida numa faixa variável entre 0,70 m e 1,30 m. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Se, no entanto, a máquina não possuir partes móveis, essa distância mínima entre ela e outro posto de trabalho deve ser entre 0,60 m e 0,80 m. Lembramos, ainda, que a mesma norma indica que as vias principais de circulação para pessoas e materiais devem possuir largura mínima de 1,20 m. Faixa de cor amarelo fluorescente X 10,0 Cm 1,20 m Faixa de cor amarelo fluorescente X 10,0 Cm Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Dentro desses princípios, para melhor organizar a produção, podemos elaborar um estudo de reposicionamento, ou seja, mudança de máquinas, equipamentos etc. Esse estudo é denominado “layout” ou arranjo físico Na melhoria de um arranjo físico, a primeira coisa a fazer é observar o local em estudo e fazer um desenho em planta, a mão livre, relativamente simples, mas com detalhes importantes. Anotar, também, o caminho que o produto percorre, ou seja, o caminho que ele segue nos diversos postos de trabalho. Com uma fita e faça medidas dos contornos do local, distâncias entre máquinas e, se necessário, do percurso dos transportes. Peça ajuda a um colega para medir e use o metro como unidade de medida. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local – layout Como vimos, o primeiro passo para a melhoria de um arranjo físico consiste em elaborar uma planta do local (desenho), que poderá ser feito até a mão livre ou, se alguns desejarem e souberem, em escala, preferencialmente de 1:50, contendo detalhes importantes que devem ser marcados claramente na planta. O produto obtido é chamado, também, de leiaute. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Aspectos importantes que devem ser observados e, se necessário, anotados: Materiais: produto semiacabado; acabado ou matéria-prima. Postos de trabalho. Equipamentos: pontes rolantes, esteiras transportadoras etc. Pessoal: posição de trabalho. Transportes: circulação de pessoas, materiais e equipamentos. Armazenamento de materiais. Características do edifício: andar, dimensões etc. Instalações: elétrica; pneumática, vapor, hidráulica etc. Fluxo de circulação: sequência ordenada da movimentação do produto, indicado por flecha. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout O layout (desenho) pronto, feito por você, deve ser examinado para ser reorganizado. Esse exame começa sempre pela eliminação ou redução de transportes. Para isso, os postos de trabalho devem ser colocados o mais próximo entre si, obedecendo-se às Normas do Ministério do Trabalho. É necessário saber se as máquinas podem ser removidas com facilidade e se suas instalações também podem ser modificadas facilmente. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Há máquinas pesadas, difíceis de serem removidas, como as que exigem fundações especiais, grandes prensas e as montagens especiais, como grandes fornos, que devem ser preservados em seus locais. Essas máquinas só devem ser mudadas em casos extrema- mente necessários. Verifique, também, a posição dos postos de trabalho em relação à posição do trabalhador. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Para facilitar esse estudo, recorte pedaços de cartolina, representando cada posto de trabalho e, por tentativas, coloque-os numa posição que você julga adequada. Depois verifique se as posições são as melhores. Caso não sejam, faça modificações, colocando os recortes de cartolina em outra posição. Vá tentando até conseguir o melhor esquema de arranjo físico. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Por exemplo, podemos chegar a um arranjo adequado, conforme esta ilustração: Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local - layout Esse arranjo apresenta as seguintes vantagens: Os tornos e fresadoras foram posicionados a 35º em relação à parede para facilitar a iluminação natural do posto de execução do trabalho, aproveitando a iluminação vinda das janelas. A distância entre as partes móveis das fresadoras foram mantidas com um mínimo de 1,30 m e as demais distâncias entre os postos de trabalho foram mantidas num mínimo de 0,80 m, também entre os postos e as paredes. Foram feitas faixas de circulação que não havia no layout anterior. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local – layout Para os “containers”, Foram feitos cavaletes com altura de 0,80 m para o trabalhador não ter de se curvar. Alguns “containers” estão próximos de dois postos de trabalho. Assim, o trabalhador os alcança só com o movimento dos braços. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 1º Passo: desenho (planta) do local – layout A distância média anterior mantida para movimentação era de 29,50 m e a atual, de 15,40 m. Portanto, houve uma redução de 14,10 m. Isto dá uma ideia da redução que se pode fazer de transporte em metros, ao se transportar 10.000 peças. Neste caso, alcança-se uma redução de 141.000 metros ou 141 km Além disso, sobra espaço para a colocação de mais postos de trabalho Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 2º Passo: elaboração do novo leiaute No segundo passo, devemos procurar um melhor posicionamento das máquinas, dos homens e dos equipamentos para uma utilização adequada do espaço disponível. Alguns aspetos devem ser considerados: As distâncias entre os postos de trabalho devem ser as mínimas possíveis, de acordo com a NR 12. Evitar cruzamentos de materiais e produtos. Eliminar riscos de acidentes. Facilitar a circulação (movimentação) de homens, materiais e produtos. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 2º Passo: elaboração do novo leiaute No exemplo dado no primeiro passo, as máquinas mantêm-se fixas. É fabricado um único tipo de produto, que segue sempre o mesmo caminho (fluxo) Neste caso, temos um arranjo físico por produto. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Procedimentos 3º Passo: implantação do novo leiaute Após elaborar o novo arranjo físico, podemos implantar o novo layout. Para isso, é necessária a autorização dos superiores, após explicar-lhes o que deve ser feito, isto é, as mudanças necessárias e suas vantagens em relação ao layout existente. Também se deve apresentar o novo layout aos colegas e chefes. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Tipos de arranjo físico Arranjo físico por produto É o tipo de arranjo físico em que o produto se move e as máquinas estão fixas. Arranjo físico por processo É o arranjo adequado para um setor que fabrica diferentes produtos com as mesmas máquinas. Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Tipos de arranjo físico Num mesmo local fabricamos bolsas e calçados Quando se fabricam bolsas, a sequência de fabricação é a seguinte: A B C D E Quando se fabricam sapatos, a sequência é: A B C D E Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Tipos de arranjo físico Num mesmo local fabricamos bolsas e calçados Para atender à produção de bolsas e sapatos, o melhor arranjo físico é o que permite agrupar B as máquinas e não colocá-las em linha reta. A C D Assim, as distâncias percorridas serão sempre as menores possíveis E Organização do trabalho 5. “LAYOUT” ESQUEMA OU ARRANJO FÍSICO Tipos de arranjo físico Arranjo físico fixo É usado quando o produto fica fixo (por exemplo, na construção de navios) enquanto os trabalhadores, as máquinas, os equipamentos e as matérias-primas se movimentam. Nesse caso, a movimentação deve ser a mínima possível. Tudo deve estar próximo ao produto Maquinas Matérias Primas PRODUTO Trabalho Equipamentos Organização do trabalho 6. “JUST-IN-TIME” BEM- A-TEMPO Podemos dizer que estamos a usar a técnica ou sistema just-in-time (bem-a-tempo) ou, abreviadamente, JIT : Quando produzimos algo sem desperdício de matéria-prima; Quando solicitamos e utilizamos somente itens necessários à produção na quantidade e no momento exatos em que são necessários para consumo num determinado período; Quando fabricamos nas quantidades exatas, solicitadas pelos clientes; Quando evitamos desperdício de tempo parado do operador e da máquina, sendo que esse desperdício compreende tempo exagerado para preparação e troca de ferramentas de máquinas, grande movimentação de material, produção de peças defeituosas que necessitem retrabalho e manutenção de grandes estoques de produtos acabados. Organização do trabalho 6. “JUST-IN-TIME” BEM-A-TEMPO

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