Noções Fundamentais do Sistema Nervoso (1) PDF
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Faculdade de Motricidade Humana
Raul Oliveira
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This document is an introductory overview of the human nervous system. It goes into the organization and concepts within the area like neural function. It covers topics like the organization of the functional nervous system, neuronal fundamental concepts, synapses and neural networks, and the basic structure of the nervous system.
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18/09/2023 FACULDADE de MOTRICIDADE HUMANA ANATOMOFISIOLOGIA I Raul Oliveira [email protected]...
18/09/2023 FACULDADE de MOTRICIDADE HUMANA ANATOMOFISIOLOGIA I Raul Oliveira [email protected] SISTEMA NERVOSO Noções Fundamentais BLOCO – SISTEMA NERVOSO (SN) TEMAS 1. Organização funcional do SN 2. Noções Fundamentais: unidade básica do SN, o neurónio, sinapses e redes neurais. 3. Espinal medula 4. Encéfalo : córtex cerebral, núcleos da base, tálamo, tronco cerebral, cerebelo, hipotálamo e sistema límbico. Raul Oliveira 1 18/09/2023 BLOCO – SISTEMA NERVOSO (SN) TEMAS 5. Sistema nervoso periférico - SNP 6. Receptores, vias de sensibilidade e vias de motricidade. Raul Oliveira SISTEMA NERVOSO SN CENTRAL SN PERIFÉRICO Andar superior SN Somático SN Autónomo Córtex Andar médio cerebral Tronco Andar inferior cerebral NERVOS Cerebelo Espinal N. craneanos Medula Tálamo N espinais Hipotál Nuc. Base Raul Oliveira 2 18/09/2023 ANDARES DO SNC Andar Superior SISTEMA NERVOSO Andar Médio ESTRUTURA GERAL Andar Inferior Raul Oliveira 3 18/09/2023 Funções do Sistema Nervoso input sensitivo. Monitoriza os estímulos internos e externos Integração da informação sensitivo-sensorial e inicio de uma resposta. Controla os músculos and glândulas Homeostase. Regulação das funções orgânicas Actividade Mental Raul Oliveira ESTRUTURA FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO No funcionamento do SN, há 3 etapas que se repetem e que permitem que nos adaptemos às diferentes e constantes solicitações do meio 1. A RECEPÇÃO da INFORMAÇÃO SENSORIAL 2. O PROCESSAMENTO da INFORMAÇÃO 3. A EXECUÇÃO da RESPOSTA Raul Oliveira 4 18/09/2023 Raul Oliveira 5 18/09/2023 ESTRUTURA FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Informação de Condução Tratamento e Condução Resposta Entrada Decisão RECEPTORES SN PERIFÉRICO SNC SN PERIFÉRICO EFECTORES Diferentes níveis Músculo Esquelético Superior – CC Exteroceptivos Médio – TC Interoceptivos Fibras Inferior - EM Fibras Órgãos Proprioceptivos Vasos Sensitivas Motoras Glandulas Nocioceptivos Raul Oliveira CICLO de INFORMAÇÃO Este Ciclo envolve a participação de SN PERIFÉRICO - vias de comunicação entre a periferia e o SNC – vias aferentes- e no sentido inverso –vias eferentes- SN CENTRAL responsável pelo processamento, análise, interpretação da informação e tomada de decisão. Raul Oliveira 6 18/09/2023 TIPOS DE INFORMAÇÃO (consoante a sua origem) EXTEROCEPTIVA - referente ao mundo exterior e baseada nos receptores dos 5 sentidos – INTEROCEPTIVA – relacionada com a informação sobre a vida orgânica interna proveniente de receptores localizados em órgãos internos como os pulmões ou o estômago. Raul Oliveira TIPOS DE INFORMAÇÃO (consoante a sua origem) PROPRIOCEPTIVA – informação sobre o funcionamento do aparelho locomotor, através de receptores localizados nos músculos, tendões e estruturas osteo-articulares. NOCIOCEPTIVA – informação referente à dor Raul Oliveira 7 18/09/2023 TIPOS DE EFECTORES MÚSCULO ESQUELÉTICO (aparelho locomotor) controlado pelo SN Somático (dependente do controlo voluntário). * MÚSCULO LISO (reveste os órgãos internos e os vasos) * MÚSCULO CARDÍACO (actividade cardíaca) * GLÂNDULAS (efector cuja acção consiste na libertação das hormonas que produzem) * controlados pelo SN Autónomo (SNA) não sujeitos a controlo voluntário. Raul Oliveira 8 18/09/2023 NEURÓNIO ESTRUTURA do NEURÓNIO Raul Oliveira 9 18/09/2023 10 18/09/2023 Organitos celulares do neurónio SINAPSES NEURAIS 11 18/09/2023 TIPOS de SINAPSES AXO-DENDRITICAS AXO-SOMÁTICAS AXO-AXÓNIOS Raul Oliveira 12 18/09/2023 SINAPSE QUIMICA 13 18/09/2023 SINAPSE QUIMICA SINAPSE QUIMICA Raul Oliveira 14 18/09/2023 SINAPSE QUIMICA 15 18/09/2023 SINAPSES NEURAIS Estes mediadores são libertados na membrana sináptica do telodendro, ao nível da MEMBRANA PRÉ-SINÁPTICA, actuando posteriormente na membrana sináptica de outras células, constituindo a MEMBRANA PÓS-SINÁPTICA. A passagem entre as 2 membranas faz-se através de um espaço – O ESPAÇO SINÁPTICO. Raul Oliveira 16 18/09/2023 POTENCIAL DE REPOUSO POTENCIAL de REPOUSO 17 18/09/2023 POTENCIAIS de MEMBRANA As funções do SN dependem de 2 propriedades que caracterizam o neurónio: 1. EXCITABILIDADE - A capacidade de alterar o seu estadio de repouso como resposta a um estimulo. 2. CONDUCTIBILIDADE - capacidade de conduzir estímulos. Raul Oliveira Action Potential in Neurons https://www.youtube.com/watch?v=CoQBMyFe7LM https://www.youtube.com/watch?v=iBDXOt_uHTQ 18 18/09/2023 Potencial de Repouso Na+ Cl- K+ Cl- A- K+ Na+ A- Cl- Cl- Cl- Cl- K+ A- Na+ A- K+ K+ Na+ Cl- K+ K+ Cl- K+ K+ Na+ Cl- A- Na+ A- Cl- MEIO EXTRACELULAR MEIO INTRACELULAR Membrana Celular Raul Oliveira 19 18/09/2023 Potencial de Repouso 20 18/09/2023 Estímulo limiar Potencial de Acção + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - a - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + - - + + + + + - - - - + + - - - - - b - - - - + + - - - - - Despolarização + + + + - - + + + + + + + - - - - - - - - + + - - + + + + + + + - - c - - + + + + + + - - - + + - - - - - - - + + - - - + + + + + + - - - + + + - - - - - - + + + d + + + - - - - - - + + + Repolarização - - - + + + + + + - - - Raul Oliveira 21 18/09/2023 Bomba Sódio-Potássio REPOLARIZAÇÃO da MEMBRANA A seguir à despolarização, abrem-se os canais por onde os iões K+ passam o que acelera a saída dos mesmos, repelidos pelos iões Na+. Este dado associado ao fecho dos canais de Na+, determina que o potencial de membrana retorne aos valores originais – REPOLARIZAÇÃO da MEMBRANA Raul Oliveira 22 18/09/2023 POTENCIAL DE ACÇÃO (PA) - Sequência despolarização/repolarização da membrana. A fase de despolarização é mais rápida. No final do PA a membrana não recupera imediatamente o potencial de repouso. POTENCIAL DE ACÇÃO (PA) 23 18/09/2023 24 18/09/2023 http://damiane.wikispaces.com/09+Nervous+System 25 18/09/2023 LIMIAR de EXCITAÇÃO da CÉLULA A alteração da permeabilidade pode ocorrer apenas no local da membrana onde foi libertado o neutransmissor. Para que a despolarização se propague a toda a membrana é necessário que a quantidade de mediador seja suficiente para atingir o LIMIAR DE EXCITAÇÃO DA CÉLULA. Só a partir desse limiar, a célula responde desencadeando um potencial de acção. Raul Oliveira LEI DO TUDO OU NADA - se o estímulo não atinge o limiar de excitação da célula, esta não responde; - se o estímulo atinge esse valor a célula responde de forma máxima, despolarizando-se. Raul Oliveira 26 18/09/2023 Normalmente, o limiar atinge-se através de processos de somação de estímulos A) SOMAÇÃO ESPACIAL – actuação conjunta de vários botões terminais, de uma ou mais células. Com esta “soma” de estímulos, em diferentes pontos da membrana, é mais provável que se atinja o limiar de excitação. Raul Oliveira B) SOMAÇÃO TEMPORAL – Processo de libertação do mediador pelo mesmo botão terminal, várias vezes consecutivas e com intervalos muito pequenos. – Frequência de disparo da célula pré-sináptica. Mesmo que a somação de estímulos não seja suficiente para excitar a célula, pode tornar a excitação mais fácil, diminuindo o potencial de repouso – FACILITAÇÃO. Raul Oliveira 27 18/09/2023 Processos de somação de estímulos Raul Oliveira PERÍODO REFRÁCTÁRIO ABSOLUTO E RELATIVO Raul Oliveira 28 18/09/2023 Raul Oliveira PROCESSOS de INIBIÇÃO O SNC não funciona só com os processos de excitação. Também são indispensáveis os PROCESSOS DE INIBIÇÃO SINÁPTICA (presentes a diversos níveis de processamento, selecção e análise de informação) de modo a podermos distinguir e SELECCIONAR os estímulos mais importantes que estamos constantemente a receber. Raul Oliveira 29 18/09/2023 INIBIÇÃO PRÉ-SINÁPTICA Os neurónios inibitórios actuam na parte terminal do axónio que se pretende inibir, provocando a libertação de pequenas quantidades de mediador, insuficientes para estimularem a célula seguinte, mas suficientes para descarregarem os botões terminais. Processos de Inibição Inibição pré-sináptica Inibição pós-sináptica Raul Oliveira 30 18/09/2023 O RECEPTOR NERVOSO como TRANSDUCTOR Os receptores sensoriais são constituídos por neurónios especializados com a capacidade de transformar um determinado tipo de estimulo em influxo nervoso. Daí o conceito de transdutor - órgão capaz de transformar um tipo de energia noutro tipo de energia. Raul Oliveira TIPOS de RECEPTORES 1. Mecanoreceptores – sensíveis a estímulos físicos como o deslocamento mecânico dos tecidos. Ex. Receptores do tacto, pressão, audição, alongamento e tensão muscular. 2. Receptores electromagnéticos – sensíveis a estímulos electromagnéticos como os receptores da visão localizados na retina. Raul Oliveira 31 18/09/2023 TIPOS de RECEPTORES 3. Termoreceptores – sensíveis ao frio e ao calor. 4. Quimiorreceptores – sensíveis a estímulos químicos como os do paladar, olfacto ou receptores que analisam a composição bioquímica do sangue. 5. Nociorreceptores – receptores da dor Raul Oliveira TIPOS de CIRCUITOS NEURONAIS Raul Oliveira 32 18/09/2023 NOÇÃO de SINAL Na realidade, a informação (sensitivo ou motora) nunca é transmitida apenas por uma fibra nervosa, mas por uma sequência de impulsos de várias fibras nervosas dispostas paralelamente. Daqui a necessidade do conceito “SINAL” e não de impulsos isolados. Raul Oliveira INTENSIDADE DO SINAL É REGULADA por PROCESSOS de SOMAÇÃO : SOMAÇÃO TEMPORAL – frequência de impulsos conduzidos por uma fibra. SOMAÇÃO ESPACIAL – nº de fibras paralelas que conduzem informação. Raul Oliveira 33 18/09/2023 Quanto à velocidade de condução do sinal (3 factores): 1) N.º de sinapses que os estímulos tem de percorrer. Dado que a sinapse “atrasa” a propagação do estimulo, quanto mais sinapses houver no percurso, mais tempo o sinal de demora. 2) Do tipo de fibras nervosas que conduzem o sinal.: 2.a – Espessura da fibra (+espessa = + rápida) 2. b. – Fibras mielinizadas = condução + rápida Raul Oliveira NEURÓGLIA – CÉLULAS NEURÓGLICAS As células nevróglicas encontram-se no SNC, junto aos neurónios, existindo cerca de 10 células neuróglicas para cada neurónio. FUNÇÕES da NEURÓGLIA 1) Funções mecânicas e de suporte, com preenchimento de espaços no tecido nervoso e separação de estruturas. 2) Transporte de substâncias, intervindo no equilíbrio hídrico e electrolítico do tecido nervoso. Raul Oliveira 34 18/09/2023 FUNÇÕES da NEURÓGLIA 3) Isolamento eléctrico dos neurónios. 4) Funções de regulação do metabolismo do neurónio. 5) Formação da bainha de mielina. Raul Oliveira 35 18/09/2023 AS FIBRAS NERVOSAS – NEURO FIBRA A FIBRA NERVOSA é constituída por um cilindro-eixo ou axónio. Um conjunto de fibras nervosas constitui um FEIXE NERVOSO. O conjunto de feixes nervosos constitui o NERVO. Raul Oliveira Raul Oliveira 36 18/09/2023 37 18/09/2023 38 18/09/2023 39 18/09/2023 CORRENTE SALTATÓRIA FACULDADE de MOTRICIDADE HUMANA ANATOMOFISIOLOGIA I Prof. Raul Oliveira SISTEMA NERVOSO Noções Fundamentais 40