Geografia Etapa 2 PDF

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Este documento apresenta um resumo da geografia etapa 2, focado na estrutura etária da população, pirâmides etárias e transição demográfica no Brasil. Aborda indicadores educacionais e o Coeficiente de Gini.

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Etapa 2 - Os gráficos em forma de pirâmide representam a estrutura etária da população, sendo a largura da base associada às altas taxas de natalidade e o topo estreito à baixa expectativa de vida. Países subdesenvolvidos, historicamente com pirâmides largas, estão experiment...

Etapa 2 - Os gráficos em forma de pirâmide representam a estrutura etária da população, sendo a largura da base associada às altas taxas de natalidade e o topo estreito à baixa expectativa de vida. Países subdesenvolvidos, historicamente com pirâmides largas, estão experimentando um estreitamento devido à redução das taxas de natalidade. - A pirâmide etária é um gráfico que representa a distribuição por faixa etária e sexo de uma população, proporcionando uma visão dinâmica de sua estrutura. - A distribuição etária no Brasil, conforme proposta pelo IBGE: Jovens: até 19 anos Adultos: 20 até 59 anos Idosos: 60 anos ou mais - Pirâmide de base larga e topo pequeno é clássica de países subdesenvolvidos (alta taxa de natalidade, alta taxa de mortalidade, baixa expectativa de vida e alta dependência econômica). - Pirâmide de meio largo e base e topo menores é clássica de países desenvolvidos (baixa taxa de natalidade, alta expectativa de vida e baixa dependência econômica). - O Brasil apresenta uma maioria da população em idade economicamente ativa, enquanto a proporção de idosos tem aumentado e a de crianças tem diminuído. Essa estrutura demográfica oferece uma oportunidade para o desenvolvimento econômico se o país puder absorver essa mão de obra de forma qualitativa (bônus demográfico). - O Brasil está passando por uma transição demográfica avançada, com aumento da população idosa e redução da população jovem. Essa mudança reflete um declínio na taxa de natalidade e uma melhoria na expectativa de vida. - Países desenvolvidos buscam aumentar a natalidade e garantir alta expectativa de vida para suprir demanda por mão de obra. - Não apenas países desenvolvidos passam por um processo de envelhecimento populacional. - O envelhecimento populacional afeta a sustentabilidade dos sistemas previdenciários e encarece os planos de saúde devido aos custos médicos mais altos para os idosos. - Países com grande parcela de idosos investiram em qualidade de vida, saúde, educação e saneamento, fundamentais para o aumento da expectativa de vida. - A proporção de idosos no Brasil aumenta rapidamente. Isso implica desafios adicionais para o país, que precisa lidar não só com questões típicas de uma população jovem, mas também com as demandas de uma sociedade envelhecida. - Nos últimos séculos, os censos têm mostrado uma predominância numérica das mulheres na população global, com elas geralmente vivendo mais que os homens. Enquanto doenças cardiovasculares afetam mais os homens devido a fatores como estresse e hábitos alimentares, eles também enfrentam maiores riscos de violência e acidentes. - As mulheres ainda enfrentam desigualdades de gênero, incluindo salários mais baixos e menos oportunidades de promoção no trabalho, mesmo sendo mais qualificadas. - População em Idade Ativa (PIA) inclui pessoas com 15 anos ou mais capazes de exercer atividade econômica, divididas em economicamente ativas ou inativas. - A População Economicamente Inativa (PEI) abrange pessoas que não estão envolvidas na produção de riqueza, como crianças, estudantes, donas de casa sem remuneração, e indivíduos desempregados que não procuram trabalho (desalentados). - A População Economicamente Ativa (PEA) engloba indivíduos que estão empregados, formal ou informalmente, e aqueles que estão desempregados, mas em busca de trabalho. - A população economicamente ativa é dividida em 5 setores: Primário: trabalhadores rurais Secundário: indústrias e construção civil Terciário: prestação de serviços e comércio Quaternário: alta tecnologia Quinário: ocupações sem fins lucrativos - Até os anos 1970, o setor industrial era dominante nos países desenvolvidos, mas com avanços tecnológicos, o setor de serviços se tornou predominante, absorvendo mais mão de obra atualmente. - Até 1940, a maioria da população ativa no Brasil estava no setor primário, mas em 1999, apenas 24,2% estavam nesse setor, devido à industrialização, urbanização e mecanização agrícola, que promoveram o êxodo rural. Classificação das Classes Sociais No Brasil, a divisão das classes sociais é baseada no número de salários mínimos, com críticas à abordagem do IBGE por considerar apenas a renda e ignorar outros fatores socioeconômicos. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O IDH é uma medida criada pela ONU para avaliar o desenvolvimento humano de um país, considerando expectativa de vida, acesso ao conhecimento e padrão de vida decente. Análise da Renda Nacional Bruta (RNB) per Capita A análise da RNB per capita foi introduzida no critério econômico/renda do IDH, substituindo o PIB per capita. A RNB considera a renda obtida pelos habitantes de um país, incluindo fluxos internacionais como remessas e ajuda internacional, e exclui a renda gerada no país mas enviada ao exterior Mudanças nos Indicadores Educacionais Anteriormente, a taxa de alfabetização era utilizada como indicador educacional. Agora, foi substituída por dois novos indicadores: a média de anos de estudo da população acima dos 25 anos e a expectativa de vida escolar. Coeficiente de Gini O Coeficiente de Gini é utilizado para medir a desigualdade social, variando de 0 (menos concentrada) a 1 (mais concentrada). Migrações Internacionais Migração Sul-Sul Refere-se ao deslocamento de pessoas entre países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, motivado por conflitos, desastres étnicos, proximidade geográfica, melhor situação financeira e maior facilidade de entrada. Estima-se que dois em cada cinco imigrantes vivam atualmente em uma nação em desenvolvimento Refugiados Em 2022, havia cerca de 108,4 milhões de pessoas deslocadas à força no mundo, com 35,3 milhões sendo refugiados. A maioria dos refugiados é oriunda da Síria, Ucrânia e Afeganistão. A Turquia é o país que mais acolhe refugiados, com 3,6 milhões. Cerca de 70% dos refugiados vivem em países vizinhos aos seus lares, e metade dos refugiados são crianças, muitas sem acesso à educação formal Migrações Internas Incluem o êxodo rural, migração sazonal (transumância) e migração pendular. O êxodo rural é motivado pela busca de melhores oportunidades nas cidades, enquanto a migração sazonal envolve deslocamentos temporários para trabalho. A migração pendular refere-se aos movimentos diários de pessoas entre a periferia e o centro das cidades Migrações Inter-regionais São realizadas de uma região para outra dentro do mesmo país, geralmente de regiões menos desenvolvidas para regiões mais ricas, em busca de emprego e melhores condições de vida. No Brasil, destacam-se as migrações do Nordeste para o Sudeste e para o Centro-Oeste Imigração para o Brasil O Brasil começou a receber imigrantes em 1530, com a chegada dos primeiros portugueses. A imigração aumentou significativamente após a Independência do Brasil em 1822. Entre 1830 e 1934, cerca de 5 milhões de pessoas imigraram para o Brasil, principalmente italianos. Atualmente, o Brasil é mais emigratório do que imigratório, com cerca de 4,5 milhões de brasileiros vivendo no exterior em 2022 Características Gerais do Relevo Brasileiro O relevo brasileiro é caracterizado por uma estrutura geológica antiga, bastante erodida e com altimetria rebaixada. Predominam no país os planaltos e as depressões, enquanto as planícies são encontradas em áreas restritas, próximas aos rios e ao mar. O ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros, localizado no estado do Amazonas, na Serra do Imeri. Classificações do Relevo Brasileiro Aroldo de Azevedo (1949): Baseia-se na altimetria para classificar o relevo em planaltos (áreas que superam 200 metros de altitude) e planícies (áreas até 200 metros). Propõe sete grandes unidades de relevo. Aziz Nacib Ab’Saber (1962): Considera, além da altimetria, os processos geológicos de formação do relevo. Classifica as áreas em planaltos (processos erosivos predominantes) e planícies (processos deposicionais ou de sedimentação predominantes). Divide o Brasil em dez unidades de relevo. Jurandyr Ross (1989): Utiliza critérios morfoesculturais, morfoestruturais, morfoclimáticos e altimétricos. Introduz uma nova categoria de relevo: as depressões. Divide o Brasil em 28 unidades de relevo. Depressões: Terrenos entre 100 e 500 metros de altitude, com predominância de processos erosivos. Exemplos incluem a depressão sertaneja e do São Francisco. Pediplanos: Áreas rebaixadas e aplainadas pela ação dos agentes erosivos, associadas à alternância de condições climáticas extremas. Cuestas: Feição comum na alternância das depressões com os planaltos, predominante em terrenos sedimentares. Planícies e Planaltos Planícies: Ocorrem em áreas específicas, como ao longo do litoral e dos grandes rios (Amazonas, Araguaia, Pantanal Mato-Grossense, Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim). Planaltos: Encontrados tanto em estruturas geológicas cristalinas quanto sedimentares. As superfícies cristalinas apresentam-se de modo irregular, enquanto as sedimentares são mais aplainadas. Formas de Relevo Cristalinas: Exemplos incluem o Pão de Açúcar, típico de regiões de clima quente e úmido, comum no litoral Sudeste. Sedimentares: Grutas (cavernas) e dolinas são formas de relevo cárstico, comuns na região da Depressão Sanfranciscana, em Minas Gerais e na Bahia. Tipos de Relevo Terrestre Planaltos Caracterizados por uma topografia irregular. Predominam os processos erosivos, que desagregam as rochas. São áreas mais elevadas em relação às regiões adjacentes. Montanhas Formas de relevo com elevadas altitudes e encostas íngremes. Relevo acidentado, com vales profundos. Localizam-se em áreas de intensa atividade tectônica e vulcânica. Montanhas agrupadas formam cordilheiras. Planícies Áreas de topografia suave, com predominância de processos deposicionais. Encontradas às margens de rios, lagos e mares. Exemplos incluem planícies fluviais, marinhas e lacustres. Depressões Áreas rebaixadas em relação às regiões adjacentes, com topografia suave. Podem ser absolutas (com altitudes negativas) ou relativas (com altitudes positivas). Relevo Cárstico Marcado pela presença de sistemas de dutos e cavernas. Desenvolve-se em rochas carbonáticas ou calcárias. Relevo Marinho Plataforma Continental Área adjacente aos continentes até a profundidade de 200 metros. Superfície aplainada com declive pouco acentuado. Importante para a acumulação de recursos naturais, como petróleo. Talude Continental Região submarina que se estende de 200 a 1000 metros de profundidade. Localiza-se entre a plataforma continental e a zona abissal. Zona Abissal Corresponde aos abismos submarinos com profundidades superiores a 5000 metros. Abrange 3% dos oceanos. Fossas Abissais Áreas de depressões profundas da crosta oceânica. Podem atingir até 11.000 metros de profundidade. Formam-se nas zonas de subducção, onde placas tectônicas convergem e colidem. Introdução aos Agentes Exógenos Definição: Agentes exógenos são forças externas responsáveis pela erosão e modelagem do relevo terrestre. Processos Principais: Divididos em intemperismo e erosão. Intemperismo (Meteorização) Definição: Processo de desgaste das rochas na superfície terrestre. Fatores Influenciadores: Clima, relevo, tipo de rocha, estrutura da rocha, tempo. Tipos: ○ Físico ou Desagregação Mecânica: Alterações no tamanho e formato das rochas sem mudança na composição química. Influenciado por oscilações de temperatura, ação de raízes e formação de gelo. ○ Químico ou Decomposição: Mudanças na composição das rochas devido à água, mais intensa em temperaturas elevadas. Bactérias e algas liberam ácidos que promovem este tipo de intemperismo. ○ Tipos: Dissolução: água dissolve Hidratação: adição de água Hidrólise: quebra de moléculas pela água Acidificação: ácido de bactérias e algas Carbonatação: adição de carbono Oxidação: umidade oxida ferro presente Erosão Definição: Desgaste e transporte de material rochoso. Tipos: Fluvial: Erosão causada pela ação das águas dos rios, mais intensa em relevo inclinado. Eólica: Remoção de sedimentos, principalmente silte e argila, pela ação do vento. Comum em desertos, áreas semiáridas, litorais e regiões desmatadas. Pluvial: Causada pela ação das chuvas, intensificada pela retirada da cobertura vegetal, levando à compactação do solo e aumento da erosão superficial. Pode provocar desde a erosão laminar, até a formação de ravinas e voçorocas. Marinha: Ação erosiva do mar, variando com transgressões e regressões marinhas, resistência das rochas e nível dos sedimentos fluviais. Pode linearizar litorais e formar falésias, restingas e recifes. Glacial: Erosão pelo gelo, formando vales em "U" e fiordes quando próximos ao litoral. Lixiviação: Processo em que a água da chuva infiltra no solo, reagindo quimicamente com os minerais e empobrecendo-o ao retirar sais minerais. - A estrutura geológica da crosta terrestre inclui escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos. - São áreas de rochas cristalinas ou metamórficas da Era Pré-Cambriana, altamente erodidas e tectonicamente estáveis, com grandes reservas de minerais metálicos. No Brasil, os escudos cristalinos ocupam cerca de 36% do território. - As bacias sedimentares são áreas côncavas no embasamento cristalino, recobertas por sedimentos de diferentes origens, podendo ter camadas de até 5.000 metros. Elas contêm combustíveis fósseis e minerais não metálicos, como o calcário. - Dobramentos são grandes elevações resultantes do tectonismo. Os dobramentos antigos, datados do Pré-Cambriano e Paleozóico, são grandes elevações desgastadas pela erosão e intemperismo. Os dobramentos modernos, formados no final do Mesozoico e na Era Cenozoica, são áreas instáveis devido à intensa atividade tectônica. - Os minerais são compostos químicos com estrutura organizada que formam as rochas. Alguns têm valor econômico, por isso são chamados de minérios e áreas onde as rochas são ricas em minerais são chamadas de jazidas minerais. - Além de sua utilidade em culinária e construção civil, certos minerais são valorizados por sua beleza, como diamantes. - A petrografia é o estudo que se dedica à descrição das rochas. - As rochas ígneas se formam a partir do resfriamento do magma, podendo ocorrer na superfície através de vulcões, resultando em rochas extrusivas. - As rochas magmáticas intrusivas se formam quando o resfriamento do magma ocorre internamente, abaixo da superfície terrestre. - Quando o resfriamento é intermediário (pouca profundidade) as rochas magmáticas formadas são chamadas de hipoabissais. - As rochas metamórficas são aquelas que sofrem transformações na composição e disposição de seus elementos devido a altas temperaturas e pressões, resultando em mudanças na composição química e na textura das rochas preexistentes. - O metamorfismo regional ocorre em áreas extensas próximas às zonas de colisão das placas tectônicas, resultando em dobramentos e fraturas de camadas sedimentares antes horizontais. - O metamorfismo ocorre também em: Dorsais oceânicas Áreas de atividade ígnea plutônica Grandes falhas Crateras de impacto de meteoritos. - As rochas sedimentares se formam a partir da acumulação de sedimentos resultantes da destruição de outras rochas, processo conhecido como intemperismo ou meteorização. - Etapas da formação de rochas sedimentares: 1. Intemperismo: degradação física e química das rochas 2. Erosão: remoção do material degradado pelos agentes exógenos 3. Transporte: leva os sedimentos até a bacia de deposição 4. Deposição: acumulação dos sentimentos em partes baixas do relevo 5. Litificação: transformação dos sedimentos em rocha por meio de compactação (devido ao peso dos sedimentos superiores) ou cimentação (junção de minerais e água que ligam os sedimentos) - As rochas sedimentares detríticas são formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas, principalmente quartzo e silicatos. - Os evaporitos são rochas e minerais salinos formados por precipitação química direta de salmouras concentradas. - As rochas sedimentares orgânicas são formadas pela deposição de restos de animais e vegetais. - O ciclo das rochas começa com a subducção de uma placa, levando à formação de cordilheiras por meio da orogenia. As rochas expostas sofrem desgaste pelo intemperismo químico e físico, além da erosão, sendo transportadas e depositadas em bacias de recepção. Esses sedimentos, quando comprimidos, originam novas rochas. - O soterramento e o acúmulo de sedimentos podem resultar no rebaixamento do relevo. Sob maior pressão e temperatura, ocorre o metamorfismo. - Os agentes endógenos, como tectonismo, vulcanismo e terremotos, são processos estruturais que atuam do interior para a superfície, modificando o relevo. Relacionados ao movimento das placas tectônicas e fenômenos magmáticos, esses agentes criam ou destroem a crosta terrestre e afetam a vida na superfície, incluindo os seres humanos. - O tectonismo, também conhecido como diastrofismo, é um movimento na crosta terrestre que pode causar deformações nas rochas, manifestando-se como epirogênese ou orogênese. - A orogênese, resultado de esforços horizontais intensos na crosta terrestre, causa dobramentos em rochas maleáveis e fraturas em rochas rígidas. Os principais elementos de uma dobra são o anticlinal (parte convexa) e o sinclinal (parte côncava). - A tensão horizontal entre placas causa soerguimento e dobras nas rochas, formando montanhas ou cinturões orogênicos. As montanhas resultantes são também conhecidas como dobramentos modernos, e as áreas de soerguimento no mar podem originar arquipélagos. A orogenia alpina é um processo chave na formação desses dobramentos modernos. - A epirogênese envolve movimentos verticais na crosta, resultando em rebaixamentos ou soerguimentos, geralmente em escala continental. Em rochas rígidas, esses movimentos podem causar fraturas sem deslocamentos nítidos (diáclases) ou falhas, onde há deslocamentos nítidos entre as partes quebradas. - Quando um bloco se eleva, ele recebe a denominação de horst e, quando se rebaixa, de graben. - O movimento epirogenético ocorre quando o equilíbrio isostático é rompido, forçando uma região da crosta a penetrar no manto. A isostasia, baseada no ajuste entre o peso relativo das placas e sua porção na astenosfera, explica esses movimentos, resultando nos dois níveis topográficos da Terra: o continental, mais elevado, e o oceânico, mais rebaixado. - Cordilheiras tem crosta mais profunda, a erosão retira material das áreas mais altas, ativando a isostasia. Partes mais leves sobem, enquanto as mais pesadas rebaixam, compensando mudanças de massa causadas pela erosão, em um processo chamado recuperação isostática. - A estabilidade de um bloco continental está relacionada à sua espessura, sendo mais estável quanto mais profundamente incrustado no manto magmático. Continentes são mais elevados devido ao material menos denso em comparação com os fundos oceânicos, enquanto grandes cadeias montanhosas têm raízes profundas de material pouco denso, o que as torna mais altas. - É um processo lento, só observável em áreas onde ocorre de maneira mais rápida. - Afeta a hidrografia, erosão e litorais. Causa rebaixamentos e soerguimentos, alterando o débito dos rios, o transporte de sedimentos e os padrões costeiros através de transgressões e regressões marinhas. - O vulcanismo é a formação e atividade dos vulcões, ocorrendo devido à ascensão do magma do manto através de falhas geológicas, fissuras intraplacas e limites de placas tectônicas. A lava resultante resfria e forma rochas ígneas, podendo originar solos férteis. A acumulação de lava forma cones vulcânicos com uma chaminé central. - Além das erupções vulcânicas, o magma pode extravasar de forma efusiva, fluída e menos violenta, dando origem aos derramamentos vulcânicos ou campos de lava. Esses derrames abundantes, ricos em gases, podem formar planaltos ao longo de milhares de anos, resultando em solos altamente férteis, como a "terra roxa". - A maioria dos vulcões ativos está nas bordas das placas, sendo o Brasil, localizado no interior da Placa Sul-Americana, ausente de atividade vulcânica. Cerca de 75% dos vulcões ativos estão no Círculo de Fogo do Pacífico. - Cerca de 5% dos vulcões estão localizados em hotspots, pontos intraplaca causados por grandes plumas do manto que emergem na superfície. - Os terremotos resultam do deslocamento entre blocos de rochas na crosta terrestre, gerando tremores que se propagam em ondas em todas as direções. Suas principais causas incluem acomodação de camadas, vulcanismo e movimentação das placas tectônicas. - Os desmoronamentos internos causam tremores de baixa intensidade e transparecem apenas na região afetada. Podem ocorrer pela dissolução de rochas em áreas cársticas ou pela acomodação de sedimentos devido a mudanças de peso, resultando no solapamento de rochas ou sedimentos circundantes. - Tremores vulcânicos têm origem em desabamentos, explosões ou acomodações das áreas afetadas pela saída do magma. A intensidade de um terremoto é seu grau de destruição A magnitude de um terremoto é a quantidade de energia liberada por ele Há duas escalas para definir intensidade e magnitude: Mercalli e Richter O hipocentro é o local de origem no subsolo. O epicentro é o ponto na superfície com maior intensidade. - A Escala Richter classifica a energia liberada durante um terremoto, onde 5,3 indica moderado e acima de 8,0, extrema violência. - A Escala de Mercalli não usa dados sismográficos, mas avalia os danos causados às estruturas e percebidos pelas pessoas nas proximidades do terremoto. - Os tremores no fundo do oceano podem gerar tsunamis, ondas gigantes e extremamente rápidas. Enquanto em alto mar as ondas são baixas, ao se aproximarem da costa, podem atingir mais de 30 metros de altura devido à menor profundidade. - O recuo do mar próximo à costa em áreas de atividade tectônica indica a iminência de um tsunami. Buscar terrenos elevados, como morros e montanhas, é fundamental para se proteger, já que edifícios e veículos podem ser destruídos pela força da onda. - A litosfera terrestre está dividida em aproximadamente 12 placas, que se movem de forma divergente, convergente ou transformante. - Durante a Segunda Guerra Mundial, os sonares foram desenvolvidos para localizar submarinos, e após a guerra, eles possibilitaram o mapeamento detalhado do fundo oceânico, revelando sua complexidade geológica com fendas, fossas e elevações montanhosas, ao invés de plano como se acreditava. - Expedições mapearam o fundo oceânico e coletaram amostras rochosas, revelando a Dorsal Meso-Oceânica, uma extensa cadeia montanhosa submarina. Descobriu-se que áreas próximas à Dorsal são vulcânicas e sísmicas, como a Islândia, frequentemente afetada por terremotos e erupções vulcânicas. - Harry Hess e Robert Dietz propuseram nos anos 1960 que a crosta se afasta em riftes nas Dorsais Meso-Oceânicas devido à ascensão de nova crosta quente. Isso ocorre quando correntes convectivas trazem magma até a superfície, formando novo assoalho oceânico. Essa ideia invalidou a noção de que as rochas mais antigas estavam nos fundos dos oceanos, explicando convincentemente como os continentes podem afastar-se devido ao surgimento de nova crosta em riftes oceânicos. - Geólogos contestaram a ideia, pois deveria haver expansão da Terra devido ao crescimento do assoalho oceânico, sugerindo que ele deveria estar sendo reciclado nos terrenos mais ativos. - John Tuzo Wilson, em 1965, introduziu a ideia das placas tectônicas e seus três tipos de limites (convergentes, divergentes e transformantes), que correspondem às áreas de maior atividade geológica, definindo os aspectos básicos da Teoria da Tectônica de Placas. Essa teoria explica a movimentação independente das placas sobre o manto terrestre, impulsionada pelas correntes de convecção, preenchendo lacunas deixadas pela Teoria da Deriva Continental. Limites divergentes: placas se afastam (movimentos construtivos) Limites convergentes: placas se chocam (áreas de contato destrutivo) Limites transformantes: placas se deslocam horizontalmente - Os limites divergentes resultam na formação do assoalho oceânico, onde a crosta se fragmenta e se afasta, causando um alongamento e afinamento da crosta. Durante a abertura inicial de um oceano, a crosta continental sofre deformações, formando arcos extensos e depressões que podem se tornar lagos tectônicos com a invasão da água das áreas adjacentes. - Intensa atividade vulcânica ocorre nas rift valleys devido ao afinamento da crosta continental. - No estágio seguinte, a crosta continental se divide em dois continentes separados por um oceano, formando uma grande fratura. O vulcanismo é resultado do movimento ascendente de magma da astenosfera, formando rochas basálticas quando solidifica. As rochas basálticas, ao se afastarem da zona de rifteamento, esfriam e se integram à plataforma continental, passam a fazer parte da crosta oceânica. - Na fase final, a atividade vulcânica cria a Dorsal Meso-Oceânica. À medida que as placas se afastam, suas bordas continentais esfriam e são recobertas pelas águas oceânicas, formando a plataforma continental. - A tectônica de placas nos permite compreender fenômenos como: Terremotos Vulcanismo Zonas de movimentação de crosta terrestre e suas características mais relevantes na paisagem. - Características do movimento divergente em áreas oceânicas: Vulcanismo ativo Terremotos Fraturas Expansão do assoalho oceanico - Características do movimento divergente em áreas continentais: Vales em rifte Vulcanismo Terremotos - Áreas de limites convergentes são caracterizadas pela compressão e destruição de crosta. - Convergência oceano-oceano: nas zonas de subducção, a litosfera oceânica mais densa afunda sob outra placa oceânica, resultando na fusão das rochas e formação de uma fossa oceânica. A pressão aumenta devido à subducção, originando arcos de ilhas vulcânicas e atividades vulcânicas recorrentes ao longo da placa subduzida. - Convergência continente-oceano: na convergência das placas, a placa continental, mais leve, sobrepõe-se à placa oceânica, resultando na formação de montanhas paralelas à linha de subducção. Nessa região, também há fossas oceânicas, além de intensa atividade sísmica, vulcânica e ocorrência de tsunamis. - Convergência continente-continente: Na colisão continental, ocorre obducção, com uma placa mais jovem sobrepondo-se à mais antiga, formando cordilheiras e dobramentos modernos. Tremores de terra violentos e atividades vulcânicas são comuns, especialmente onde a crosta está sendo enrugada. - Em áreas de limites transformantes ocorrem deslizamentos tangenciais entre placas, denominados conservativos, onde a litosfera não é criada nem destruída, comuns ao longo das dorsais meso-oceânicas. - Transformante oceano-oceano: É caracterizado pelo deslocamento do eixo das cordilheiras oceânicas e pela presença de abalos sísmicos. - Transformante continente-continente: Provoca deformações ao longo do contato entre as placas na área de falhamento e terremotos. - Todos os continentes faziam parte de um supercontinente chamado Pangeia que posteriormente se dividiu em Laurásia e Gondwana, que continuaram se dividindo até formar os continentes como estão atualmente. - Na época da Pangeia áreas da América do Norte, norte da África, do Oriente Médio e da Eurásia estavam próximas ao equador e cobertas de florestas, já áreas da América do Sul, África Meridional, Índia, Austrália e Antártida estavam próximas aos polos e eram cobertas de gelo. - Dentre os continentes o que mais se destacou foi a África, indo em direção a Ásia. - Estamos no Período Quaternário (Era Cenozóica). - Abraham Ortelius dizia que o Atlântico surgiu após a separação dos continentes banhados por ele, terremotos e enchentes. - Francis Bacon teorizou sobre o encaixe da costa Sul-americana e da África e que um dia estiveram unidas - Benjamin Franklin comparou a crosta a uma concha que poderia ser quebrada e reordenada devido a movimentação dos fluidos em que repousam. - Todos propunham que os continentes estiveram unidos, porém não tinham evidências disso. - Já Alfred Wegener escreveu um livro com o mesmo conceito chamado “a origem dos continentes e oceanos” apresentando semelhanças entre estes para fundamentá-lo Semelhanças geomorfologicas: devido a Serra do Cabo e a Sierra de La Ventana que teriam sido uma só e também reservas de carvão mineral presentes nas latitudes médias. Semelhanças fósseis: fósseis de uma mesma espécie de réptil encontrada no Brasil e na África. Semelhanças climáticas: evidências de glaciação no Brasil, África, na Índia, na Antártida e na Austrália. - Wegener disse que a deriva continental tinha sido a responsável por essas fragmentações, porém não conseguia provar que força seria responsável por tal fenômenos, então sua obra caiu em descrédito.

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